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Muitos dos países da OCDE revêm as suas projeções a cada 3-5 anos, ou a seguir à entrada em funções de um novo governo. No Chile e no Japão as projeções cobrem um período de on- ze a trinta anos e são revistas anualmente. Os países que produzem estimativas macroeconó- micas que cobrem um período de tempo superior a 5 anos e atualizam essas projeções anual- mente, com exceção de Israel, onde as projeções cobrem 6-10 anos com nenhuma frequência de revisão regular. Em metade dos países da OCDE o orçamento anual ou o cenário de médio prazo, devem ser produzidos, com base em ou consistentes com, as projeções de longo prazo.

61 Fonte: Elaboração própria com dados obtidos em International Budget Practices and Procedures Da-

tabase (OCDE, 2012) resposta de 33 países à Pergunta 13

Na maioria dos países da OCDE a ACO é responsável pelas projeções de longo prazo. Em alguns países esta responsabilidade situa-se em outros departamentos do Ministério das Finan- ças, ou em outros ministérios. Na Bélgica, República Checa, Finlândia, Grécia e Portugal, esta é uma responsabilidade de outros departamentos do Ministério das finanças; na França, Japão e Espanha por outro ministério ou gabinete. Apenas quatro países da OCDE têm atribuído a esta responsabilidade de uma instituição independente (Áustria, Alemanha, Holanda e Reino Unido).

Fonte: Elaboração própria com dados obtidos em International Budget Practices and Procedures Da- tabase (OCDE, 2012) resposta de 34 países à Pergunta 16

Ao desenvolverem as suas projeções a longo prazo a maioria dos países da OCDE con- sidera fatores como as taxas de juros, as taxas de crescimento económico, tendências de desemprego, projeções de défice orçamental e os efeitos de reformas em políticas significa-

Figura 9 - Quantos anos as previsões macroeconómicas de longo prazo cobrem e quem é o responsável por elas?

Figura 10 - Quais das seguintes variáveis são regularmente consideradas/incluídas nas projeções a longo prazo fiscais subjacente ao orçamento?

7 16 19 20 24 25 27 29 30 30 31 33 34 Contabilidade Intergeracional Passivos c/pensões não financiadas

Fluxos Eimigração/emigração Taxa Câmbio Projeção défice Orçamental Obrigação Pensões Servidores Públicos Taxas Juro C/P divida Governo Custo Cuidados Saúde Alteração demográfica Taxas Juro L/P divida Governo Efeito reformas significativas (pensões, etc.) Tendências Desemprego Taxa crescimento Económico > 50 anos 1 ≤ 5 anos 20 11-30 anos 2 31-50 anos 8 6-10 anos 3 ACO 18 55% Órgão Indepen dente 4 12% Outro órgão do Governo 11…

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tivas (por exemplo, reformas nas Pensões e na saúde). As alterações demográficas, as ta- xas de câmbio e os custos com os cuidados de saúde são outros fatores que a maioria dos países inclui em projeções fiscais de longo prazo. Questões intergeracionais e obriga- ções/responsabilidades com pensões futuras são raramente incluídas nas estimativas.

A

FORMULAÇÃO DO ORÇAMENTO

A circular de orçamento (por vezes chamada de memorando ou instruções) é geralmente emitida pela ACO e contém informações processuais e/ou informações sobre orientações políticas para guiar todas as entidades do governo na preparação das suas propostas de orçamento. Todos os países da OCDE usam a circular do orçamento para comunicar infor- mações processuais, incluindo as regras e os formulários. Os pressupostos macroeconómi- cos a serem usados na preparação das estimativas de orçamento são incluídos em metade dos países. Setenta e três23 por cento dos países da OCDE utilizam a circular para comuni-

car as orientações políticas do governo, especificando os limites máximos de despesas (58%) ou delineando prioridades do governo (42%) A circular do orçamento parece estar assim bem instituída no seio dos países da OCDE existindo mesmo um número crescente de países a incluir mais elementos por comparação de 2007 com 2012. (Figura 11).

Fonte: Elaboração própria com dados obtidos em International Budget Practices and Procedures Da- tabase (OCDE, 2012) resposta de 33 países à Pergunta 32

23 Vinte e quatro países utilizam a circular para informar prioridades e/ou limites de despesas.

Figura 11 - Que tipo de informação está contida na circular do orçamento emitida pela ACO para guiar os preparativos dos ministérios para o OE

30 14 9 17 33 17 14 19

Um conjunto de regras para o processo de orçamento e os principais formulários/modelos a serem usados na

apresentação das estimativas

Os pressupostos macroeconómicos para serem usados processo de OE

Informações sobre as prioridades do governo Tetos ou metas de gastos

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Desde 2007 que mais países da OCDE introduziram a orçamentação top-down e tam- bém existe uma maior quantidade de países que definem limites máximos para a solicitação inicial de orçamento dos ministérios. Trinta e nove por cento dos respondentes relataram tetos globais sem sublimites enquanto 33% dos países estabelecem limites máximos ao nível setorial do programa.

Fonte: Elaboração própria com dados obtidos em International Budget Practices and Procedures Da- tabase (OCDE, 2012) resposta de 32 países à Pergunta 32

Há portanto mais países a definir tetos globais para os ministérios. No entanto essa ten- dência não se revela para cinco países que continuam a não estabelecer limites nos ministé- rios setoriais: Austrália, Canadá, França, Hungria e EUA. Quarenta e nove por cento dos países da OCDE confirmaram a existência de limites agregados para a solicitação inicial de orçamento, sem sublimites. Vinte e oito por cento dos países estabelecem limites ao nível do setor ou programa, enquanto 9% aplicam limites máximos nos níveis inferiores da estru- tura orçamental. Alguns dos países que impõem limites máximos fazem-no para um grupo específico de despesas. O Luxemburgo, por exemplo, define especificamente limites máxi- mos para algumas categorias de despesas (por exemplo, despesas de viagem). Na Nova Zelândia, o governo reserva fundos para serem atribuídos a determinados setores ou pro- gramas (por exemplo, saúde ou educação). O governo do Reino Unido impõe um limite na parte não cíclica e não volátil das despesas departamentais. Esse limite deve então ser alvo das revisões regulares da despesa. Para a parte volátil e cíclica o governo estabelece então um nível espectável. No Chile, cada organismo de despesas propõe um orçamento inicial para seu setor, e em seguida, após a avaliação da ACO, é definido um limite para o orga- nismo que deve então ajustar os seus programas em conformidade.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Limite geral despesa no ministério setorial Outros níveis agregados (Programa/setor) Nível da entidade ou outro nível organizacional

Não existem limites

2007 2012

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PROVAÇÃO E EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO