3.1- Considerações Gerais
No final de cada exercício económico é necessário efectuar vários registos e
movimentos de regularização contabilísticos, designados de operações de fim de
exercício.
Consideram-se operações de fim de exercício, os registos e movimentos contabilísticos
realizados no final do exercício económico, com vista ao apuramento de resultados,
elaboração do balanço, demonstração de resultados e demais demonstrações
contabilísticas, nos três primeiros meses do ano imediato àquele em que respeita o
resultado, nos termos do artigo 62º do Código Comercial (CC).
As operações de fim de exercício têm como ponto de partida os elementos fornecidos
pelo Balancete de Verificação de 31 de Dezembro de cada exercício e pela
inventariação do património da empresa.
Figura 3: Apuramento de Resultados
Lançamentos de
Apuramento de Resultados
Lançamentos de Lançamentos de Fecho
Regularização de Contas
Relatório de Estágio
O objectivo do processo de Encerramento de Contas apresenta, genericamente, duas
grandes finalidades que são:
A apresentação de contas ao fisco apresentada nos documentos de carácter
fiscal;
A prestação de contas para efeitos de gestão, fonte de informação para as
restantes entidades com interesse na situação económico-financeira da
empresa, e claro, para alimentar o sistema de informação da gestão interna.
3.2 - Lançamentos de Regularização e Rectificação das Contas (Mês 13)
3.2.1 - Classe 1 - Disponibilidades
11 – Caixa: Confirma-se, através da contagem física, se os valores em Caixa
correspondem ao saldo da Contabilidade. Caso exista moeda estrangeira, é necessário
convertê-la à taxa de câmbio na data do balanço e efectuar eventuais lançamentos
contabilísticos relativamente às diferenças de câmbio.
No saldo de caixa não devem estar incluídos os seguintes documentos:
Vales de empregados, de membros dos órgãos sociais ou de sócios
relacionados com adiantamentos ou com outras situações;
Cheques pré-datados e cheques sacados por terceiros e que tenham sido
devolvidos pelos bancos por qualquer motivo;
Cheques emitidos ou recebidos posteriormente à data do Balanço;
Documentos justificativos de despesas efectuadas;
Senhas de almoço e combustível.
Selos de correio.
Se algum destes documentos referidos estiver incluído no saldo de caixa, devem ser
objecto de rectificação.
Relatório de Estágio
12 – Depósitos à Ordem: Deve efectuar-se a reconciliação bancária entre o saldo das
contas de depósito à ordem e os saldos dos extractos que são enviados no final do
exercício. As diferenças que forem encontradas têm de ser regularizadas na
contabilidade.
3.2.2 - Classe 2 - Terceiros
21 – Clientes: Deve verificar-se se existem recibos ou facturas que não tenham sido
lançados na contabilidade, adiantamentos por regularizar ou lançamentos a realizar na
conta 212 – Clientes Títulos a Receber, e, por fim, verificar a necessidade de constituir
ajustamento sobre clientes na conta 28 – Ajustamentos de Dívidas a Receber, nos
termos do artigo 35º do Código do Imposto Sobre os Rendimentos Colectivos (CIRC).
O ajustamento só pode ser constituído se esse valor estiver reflectido na subconta 218 –
Clientes de Cobrança Duvidosa.
22 - Fornecedores: Devem ser conferidas as respectivas contas correntes, para se
assegurar a exactidão do saldo à data do balanço.
23 - Empréstimos Obtidos: Consiste na verificação de todas as amortizações dos
empréstimos bancários efectuadas durante o exercício e lançadas na contabilidade, e
fazer a separação entre empréstimos a curto e a médio/longo prazo.
3.2.2.1 - Estado e Outros Entes Públicos
24 - Estado e Outros Entes Públicos: Deve proceder-se à conferência dos saldos de cada
uma das sub contas que existe no balancete de verificação, confrontado com os
montantes que efectivamente foram retidos e entregues ao Estado, para assim averiguar
a veracidade dos seus saldos.
241 - Imposto Sobre o Rendimento: Terá de se verificar a situação de todas as sub
contas no final do exercício, nomeadamente a conta 24111 – Pagamentos Normal por
Relatório de Estágio
dos pagamentos feitos e serão rectificadas após liquidação do IRC. No fim do exercício
será calculado, com base na matéria colectável, a estimativa do imposto, a qual será
registado a crédito da conta 2413 (Estimativa para Imposto) por débito da conta 86
(Imposto sobre o Rendimento do Exercício).
242 – Retenções de Impostos Sobre Rendimentos: Esta conta deve ter como saldo a
retenção efectuada no mês de Dezembro que tem de ser entregue até ao dia 20 do mês
de Janeiro do exercício seguinte. Caso contrário há que proceder à devida regularização,
acrescida de Juros de Mora.
243 - Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA): O saldo em 31 de Dezembro de
2008, deve ser no caso de IVA a pagar referente ao mês de Dezembro (IVA Mensal), ou
referente aos meses de Outubro, Novembro e Dezembro no caso de IVA Trimestral, que
é o caso da empresa Golbal Stadium, Lda.
245 - Contribuições para a Segurança Social: O saldo que se encontra nesta conta,
deverá corresponder aos descontos (referentes à entidade patronal e ao pessoal)
efectuados em relação aos salários e subsídios pagos no mês de Dezembro. Estes
valores têm de ser pagos até ao dia 15 do mês de Janeiro do exercício seguinte.
3.2.2.2 - Acréscimos e Diferimentos
27 – Acréscimos e Diferimentos: Esta conta destina-se a permitir o registo dos custos e
dos proveitos no respectivo exercício económico a que respeitam. Registam-se nesta
conta os custos ou proveitos quando obtidos ou incorridos, independentemente do seu
recebimento ou pagamento.
271 – Acréscimos de Proveitos: Esta conta é utilizada em contrapartida dos proveitos a
reconhecer no próximo exercício económico, ainda que não exista documentação
vinculativa e cuja receita só se venha a obter no próximo exercício. É debitada ao
registo de, por exemplo, devoluções de compras efectuadas no corrente exercício
económico cuja nota de crédito só será emitida pelo fornecedor no exercício económico
seguinte; serviços prestados no actual exercício económico que só vão ser debitados ao
Relatório de Estágio
cliente
no
exercício
económico
seguinte;
Juros
de
depósitos
bancários
referentes/imputáveis ao actual exercício económico, mas que só serão creditados na
conta de depósitos bancários no exercício económico seguinte.
272 - Custos Diferidos: Esta conta compreende os custos a serem reconhecidos no
próximo exercício económico. São objecto de registo nesta conta, a débito:
Prémios de seguros pagos antecipadamente;
Despesas com honorários pagos antecipadamente;
Despesas suportadas referentes a publicidade e propaganda pagas no actual
exercício económico antecipando assim a data do respectivo pagamento;
Despesas suportadas com descontos de títulos, entre outros.
273 – Acréscimos de Custos: Serve de contrapartida aos custos a reconhecer no
próximo exercício económico, ainda que não tenham documentação vinculativa, e cuja
despesa só venha a ter lugar no próximo exercício económico. Esta conta é creditada e
destina-se ao registo de:
Remunerações e respectivos encargos devidos por motivo de férias a liquidar
referentes ao actual exercício económico;
Seguros a liquidar no exercício económico seguinte, mas que dizem respeito
ao actual;
Diversas despesas relativas ao último mês do actual exercício económico
(água, luz, telefone comunicação) que vão ser regularizadas no exercício
económico seguinte;
Juros do exercício a processar no exercício seguinte.
274 - Proveitos Diferidos: Compreende os proveitos que devam ser reconhecidos nos
exercícios económicos seguintes. Registam-se nesta conta, entre outros, os seguintes
factos:
Relatório de Estágio
Facturas emitidas sobre serviços a serem prestados que ainda não
foram concluídos;
Rendas recebidas antecipadamente.
3.2.2.3 – Provisões / Ajustamentos da Classe 2
28 – Ajustamento de Dividas a Receber - Esta destina-se a fazer face aos riscos da
cobrança das dívidas de terceiros. Para que isso aconteça há que consultar os saldos de
clientes para verificar se é ou não necessário proceder ao ajustamento, para aqueles em
que existe probabilidade de não serem cobradas.
29 – Provisões - Esta conta destina-se a evidenciar as responsabilidades/encargos que a
empresa espera vir a ter no futuro, e cujo montante não se consiga ainda contabilizar. Os
mesmos podem constituir-se sempre e quando a empresa entenda os considere
necessários. Pela sua constituição ou reforço, a conta 29 é creditada em contrapartida de
uma conta de custos, sendo debitada pela redução ou cessação desses mesmos riscos
que a empresa espera vir a ter, ou no caso de já constituídos, sempre que os mesmos
sejam revistos em baixa.
3.2.3 - Classe 3 - Existências
A conta que diz respeito ao Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias
Consumidas (CMVMC) é a conta 61, que segundo o POC regista a contrapartida das
saídas das existências nela mencionadas, por venda ou integração no processo
produtivo. Cada empresa deverá então optar pela utilização de um dos dois Sistemas de
Inventário, o Permanente (SIP) ou o Intermitente (SII):
No caso de utilização do Sistema de Inventário Intermitente, o inventário
físico é imprescindível para a determinação da existência final e, por
consequência, a determinação do CMVMC. No SII, a contagem é obrigatória
no final do ano, ou seja, nos últimos dias do ano, ou nos primeiros dias do
ano seguinte.
Relatório de Estágio
No SIP, a empresa não necessita de efectuar a contagem física das
existências em 31/12, uma vez que tal sistema lhe permite conhecer em
qualquer momento as quantidades em armazém. No entanto, tem que fazer
pelo menos uma por ano.
No final do exercício vão-se proceder aos movimentos de regularização (mês 13), ou
seja, transferir os saldos de Compras para as contas representativas daqueles stocks,
como se verifica de seguida:
DESCRIÇÃO
D
C
VALOR
Transferência dos Saldos da Conta de Compras
para o CMVMC.
61
316 592264,25€
O apuramento do CMVMC, resulta da seguinte fórmula:
CMVMC = Existência Inicial + Compras ± Regularizações – Existência Final
Inventariada
CMVMC = 0 + 597264,25 ± 0 – 5000,00
CMVMC = 592264,25
39 – Ajustamentos de Existências – Estabelecida nos artigos 34º e 36º do CIRC, este
tipo de ajustamentos servem para que a empresa possa fazer reflectir nos seus activos
(existências) às diferenças entre o custo de aquisição ou de produção das existências
constantes do balanço no final do exercício económico, e o seu respectivo valor de
mercado à mesma data.
Relatório de Estágio
Esta conta é creditada pela sua constituição ou reforço em contrapartida de uma conta
de custos, e debitada pela redução ou cessação das questões que originaram a sua
constituição.
3.2.4 - Classe 4 - Imobilizações
Esta classe de Activos Imobilizados inclui todos os bens detidos com carácter de
permanência, contínua no tempo, e que não se destinam a ser vendidos no decurso
normal das actividades desenvolvidas pela empresa, quer a propriedade dos mesmos
seja da empresa, quer estes estejam em regime de locação financeira.
Como os bens vão perdendo valor ao longo da sua vida útil, torna-se essencial que seja
efectuada uma amortização dos mesmos anualmente, de modo a reflectir nas respectivas
contas o real valor dos mesmos.
O custo de aquisição ou de produção dos elementos do activo imobilizado deve ser
determinado de acordo com o critério adoptado para as existências, pelo que ao custo de
aquisição acrescem todos os gastos directos e indirectos suportados para a sua colocação
em funcionamento, contribuindo também para o custo de aquisição dos mesmos, os
gastos suportados relativos a operações de desmantelamento e montagem de
equipamentos. As amortizações do activo imobilizado servem para acrescer aos custos
de cada exercício económico, uma quota anual correspondente a cada elemento do
activo imobilizado susceptível de depreciação.
As amortizações previstas no Decreto Regulamentar 2/90 de 12 de Janeiro, só podem
praticar-se nos termos do artigo 1º, nº 2 do mesmo Decreto. Por outro lado e conforme o
disposto no nº 3 do mesmo Decreto Regulamentar, as reintegrações ou amortizações só
são aceites para efeitos fiscais quando contabilizados como custos ou perdas do
exercício a que respeitam.
A quota anual de amortização é calculada em função do tipo de imobilizado e das
respectivas taxas previstas nas tabelas anexas ao Decreto Regulamentar 2/90 de 12 de
Janeiro (taxas máximas – período de vida útil mínimo).
Relatório de Estágio
Para proceder à respectiva amortização é ainda necessário identificar certos elementos
referentes ao tipo de activo, como por exemplo:
Tipo de activo imobilizado;
Taxa anual de amortização;
Data de aquisição;
Valor de aquisição; e,
Data entrada em funcionamento.
Existem diferentes métodos para se proceder ao cálculo das reintegrações e
amortizações, dos quais se destacam:
Método das quotas constantes, regime anual e por duodécimos; e,
Método das quotas degressivas.
Método das Quotas Constantes Regime Anual:
Este método pressupõe que o desgaste do bem é directamente proporcional à sua vida
útil. Optando pela sua utilização, as quotas de amortização a efectuar são simples e
rápidas de determinar, e o valor a amortizar anualmente vai ser igual ao longo de todos
os anos da sua vida útil. Este método encontra-se regulamentado no artigo 5º de DR
2/90 de 12 de Janeiro.
Método das Quotas Constantes Regime Anual por Duodécimos:
Outro tipo de regime anual que existe, é o das quotas constantes regime anual por
duodécimos. Neste regime de amortizações, a quota-parte a amortizar é calculada com
base no mês de aquisição/entrada em funcionamento do bem ao serviço da empresa.
Apenas difere do método anterior no primeiro e no último ano de cálculo da
amortização. Por exemplo, um activo comprado em Outubro do ano n, o valor a
amortizar no final do ano apenas vai ser de 2/12 do custo de aquisição, reflectindo na
conta do respectivo activo a desvalorização que este sofreu no ano n, pois apenas entrou
em funcionamento em Novembro, dois dos 12 meses do ano, passando em n+1 a ser
Relatório de Estágio
amortizado em 12/12. No último ano de amortização, o bem é amortizado por 10/12,
ficando assim concluída a amortização deste bem.
As amortizações por duodécimos encontram-se regulamentadas no Decreto
Regulamentar 2/90 de 12 de Janeiro no seu artigo 7º.
Método das Quotas Degressivas:
Outro método que existe para o cálculo das amortizações é o método das quotas
degressivas.
Este método encontra-se regulamentado no D.R. 2/90 de 12 de Janeiro no seu artigo 6º,
o qual refere:
“1. No caso de utilização do método das quotas degressivas, a quota anual de
reintegração que pode ser aceite como custo do exercício determina-se aplicando aos
valores mencionados nas alíneas a) e b) do nº 1 do artigo 2° que, em cada exercício,
ainda não tenham sido reintegrados as taxas aplicáveis segundo o disposto nos ns1 e 3
do artigo anterior, corrigidas pelos seguintes coeficientes:
a) 1,5 Se o período de vida útil do elemento é inferior a cinco anos
b) 2 Se o período de vida útil do elemento é de cinco ou seis anos
c) 2,5 Se o período de vida útil do elemento é superior a seis anos”
Ou seja, a principal vantagem deste método é que permite que nos primeiros anos de
vida útil do bem se efectuem grandes amortizações, de modo a fazer reflectir assim nos
custos dos primeiros anos de utilização dos bens o seu maior desgaste que se verifica
nos primeiros anos. É um método mais trabalhoso do que os anteriores uma vez que são
necessários cálculos mais complexos.
Para se encontrar o valor da amortização anual a efectuar, é necessário aplicar ao custo
de aquisição e à taxa de amortização correspondente, os coeficientes atrás mencionados.
Através das amortizações acumuladas respectivas obtemos o valor contabilístico do
activo. Para o correcto cálculo das amortizações, nos últimos anos de vida útil do bem
Relatório de Estágio
torna-se necessário saber o seu valor pendente, ou seja, o valor pendente corresponde ao
custo de aquisição do bem dividido pelo número de anos de vida útil que se espera.
Sendo assim, nos últimos anos de vida útil do bem, quando o seu valor pendente
ultrapassar o seu valor contabilístico, a quota anual de amortização que se vai passar a
utilizar vai ser o valor pendente do bem correspondente ao ano anterior, de modo a que
no final da sua vida útil, o activo tenha como valor contabilístico zero.
A Global Stadium, Lda. utiliza para o cálculo das suas amortizações o Método das
Quotas Constantes, pelo que de seguida se irá proceder à contabilização das respectivas
amortizações do seu activo imobilizado, e um exemplo de um bem imobilizado,
referente ao exercício económico de 2008, cujos mapas recapitulativos (Modelo 32.1) se
podem encontrar no Anexo 14.
Exemplo de um bem com o código 2210 (aparelhos de ar condicionado). Este aparelho
foi adquirido em 2008 por 1825,00€. A sua taxa de amortização é de 12,50% que
equivale a um período útil de 1/0,125 = 8 anos.
Amortização anual de 2008 = Valor de Aquisição x Taxa Amortização = 1825,00€ x
0,1250 = 228,13€
Amortização anual de 2008 = 228,13€
Desta forma, em 2015 teremos o imobilizado 2210 (Aparelhos de ar condicionado)
totalmente amortizado sendo as amortizações acumuladas 8 x 228,23 = 1825,00 €.
O Quadro da contabilização das amortizações a realizar no exercício económico de
2008 apresenta-se no quadro 15:
Relatório de Estágio
Quadro 15: Amortizações
Descrição
D
C
Valores
Imobilizado corpóreo
Elementos de reduzido valor
6625
4825
84,00 €
Aparelhos de ar condicionado
6623
4823
228,13 €
Computadores
6626
4826
949,08 €
Maquinas de escrever, de calcular, de
contabilidade e de fotocopiar
6626
4826
78,00 €
Equipamento publicitário colocado na via
publica
6628
4829
140,63 €
Mobiliário
6623
4823
77,81 €
Imobilizado incorpóreo
Despesas de instalação
6631
4831
166,65
Fonte: Balancete de Verificação
3.3 – Balancete Rectificado
Após a regularização de contas relativas a 2008, é extraído o Balancete Rectificado que
se encontra no Anexo 15. Nesta fase encontram-se reunidas todas as condições
indispensáveis para o apuramento de resultados.
Relatório de Estágio
3.4 - Apuramento de Resultados
O apuramento de resultados (Classe 8 do POC) consiste em transferir os saldos das
contas subsidiárias das contas de Custos e Perdas e de Proveitos e Ganhos para as
respectivas contas de Resultados.
Sendo assim e deste modo, os lançamentos de apuramento de resultados permitem
atingir simultaneamente dois objectivos, que são:
Agrupar, nas contas principais os factores positivos e negativos do rédito,
resultando daí o seu valor.
Fechar as contas de custos e de proveitos, com vista a ficarem com saldo
nulo após a transferência do seu saldo para a respectiva conta de resultados.
As diferentes contas de resultados, permitem apurar em distintas fases os diversos
resultados obtidos pela empresa no decurso do corrente exercício económico.
3.4.1 - Resultados Operacionais
Para o apuramento dos resultados operacionais (Conta 81) concorrem da classe 6 do
POC – Custos e Perdas, as contas 61 a 67, e da classe 7 do POC – Proveitos e Ganhos,
as contas 71 a 77, e assim sendo o apuramento do referido resultado vai ser o que se
apresenta no quadro 16:
Relatório de Estágio
Quadro16: Apuramento dos Resultados Operacionais
Descrição
D
C
Valor
Apuramento
Dos
Resultados
Operacionais
61
592264,25€
62
277489,76€
63
1706,81€
64
95570,94€
66
1724,30€
81
968756,06€
71
418858,57€
72
611503,35€
73
4443,57€
81
1034805,49€
Resultados operacionais
66049,43€
Fonte: Balancete de Regularização
A Global Stadium, Lda, obteve um lucro operacional, pois obteve um saldo credor de
66049,43€, surgindo da diferença entre as contas de custos com um valor de
968756,06€ e das contas de proveitos de 1034805,49€.
3.4.2 – Resultados Financeiros
Para o apuramento dos resultados financeiros (Conta 82) concorrem da classe 6 do POC
– Custos e Perdas, a conta 68 e da classe 7 do POC – Proveitos e Ganhos, a conta 78
Assim sendo, o apuramento do referido resultado vai ser o seguinte, conforme o Quadro
17:
Relatório de Estágio
Quadro 17: Resultados Financeiros
Descrição
D
C
Valor
82
68
8057,19€
78
82
0
Resultados financeiros
8057,19€
Fonte: Balancete de Regularização
A Global Stadium, Lda, obteve um Saldo Devedor no valor de 8057,19€ no resultado
financeiro o que significa que, existem custos e perdas financeiros superiores aos
proveitos e ganhos financeiros, obtendo um prejuízo financeiro.
3.4.3 – Resultados Correntes
A conta de resultados correntes é de utilização facultativa que concentra os saldos das
contas 81 e 82. Consideram-se resultados correntes os resultados da actividade normal
da empresa, ou seja, das decisões relacionadas com a exploração corrente. Assim sendo,
o apuramento do referido resultado vai ser o descrito no Quadro 18:
Quadro 18: Resultados Correntes
Descrição
D
C
Valor
Transferência
81
83
66049,43€
83 82
8057,19€
Relatório de Estágio
O Saldo da conta 83 - Resultado Corrente é de 57992,24€ com um saldo credor, o que
significa que a empresa teve um lucro corrente.
3.4.4 – Resultados Extraordinários
A conta de resultados extraordinários reúne os saldos das contas 69 e 79, custos e
proveitos
extraordinários
respectivamente.
Consideram-se
como
resultados
Extraordinários os resultados de factos ocasionais ou acidentais, na medida em que
traduz em ganhos ou perdas alheias à Exploração, logo, com carácter de eventualidade.
No caso da Golbal Stadium, Lda, não existe saldo nestas contas, logo não existem
resultados extraordinários.
3.4.5 - Resultados Antes de Impostos (RAI)
A conta de Resultados Antes de Impostos, é de utilização facultativa e serve para
englobar os saldos das contas 83 e 84 ou os saldos das contas 81,82 e 84. Esta conta
No documento
Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Grupo Alberto Couto Alves (ACA). (OTOC)
(páginas 54-74)