• Nenhum resultado encontrado

PARTE I – Natureza Teórica e Metodológica

2. METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO

2.1. Enquadramento Metodológico

137

2. METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO

138

capítulos ou seções usando sempre um fio condutor. Deste modo, para além da pergunta de partida e os objetivos gerais e específicos deverá existir uma coesão dentro de cada capítulo ou seção capítulo evitando confusão54.

Pretendemos neste trabalho realizar uma abordagem sistemática em torno da redefinição do sistema de informação arquivística. E, em troca, receber um conhecimento científico que abrange uma dimensão sobre o novo normal e que incentiva a comunidade de prática a necessidade de continuar a escrever sobre esta temática em dimensões de competitividade, por ser ainda um objetivo a cumprir em algumas organizações. Ao fixar um sistema de informação que precisa um pouco de tudo para alcançar a missão, os fins, e os objetivos que se propõe a concretizar, apresenta propostas para superar um problema, apresentando uma abordagem mais construtiva, que resulta em transformações a nível da cultura institucional. Ou seja, o objetivo a atingir passa por compreender e estudar, e apresentar interpretações e perceções que, por sua vez, podem ajudar a organização. Por outro lado, queremos alcançar uma aprendizagem que nos permita transmitir a importância e os benefícios e a aplicabilidade deste trabalho em contextos alargados e multidisciplinares ao longo da vida. Uma gestão do topo que entenda os benefícios do sistema de informação e apoia, constitui um aparato para a Ciência da Informação, o campo disciplinar que esta na base dessa investigação.

Bell (2010, p. 19), considera que os «investigadores empregam termos e, por vezes, também jargões quase incompreensíveis para as outras pessoas e que o mesmo acontece em qualquer campo em que se desenvolva uma linguagem especializada no sentido de facilitar a comunicação entre profissionais. Esta autora considera que a linguagem utilizada pelo investigador deve ser clara, pois o investigador pode escrever em direção a dois públicos distintos. O primeiro relativo a não profissionais da área e o segundo, ligado a profissionais da área em que o estudo se insere - Ciência da Informação. Importa

54O problema a superar passa por verificar, dentro de cada seção, transparecer trechos, alguns bem longos ou não, que o leitor não consegue descortinar a pertinência e/ou correndo o risco da informação não estar referenciada ou sustentada cientificamente. Por vezes, também muita informação sobre diversos aspetos e questões, que se encontra espalhada ao longo das secções, e possivelmente outras, e que deveria ser sistematizada, para estar reunida em secção própria, para não ter de sofrer o investigador a procurar os bocados separados, pelo texto todo. Em terceiro lugar, o fio condutor aumenta a compreensão do leitor sobre o texto, e o investigador deverá indicar, em poucas palavras, o que pretende fazer neste capítulo ou seção, se possível apresentar quais os eixos condutores que utiliza e, ainda dentro de cada seção, quais são os temas/aspetos/características que quer abordar. Assim, fio condutor cumpre com a sua função e dá nexo ao discurso que o investigador apresenta em cada secção deste ou daquele capítulo. O investigador que capta isso consegue transformar o seu texto em algo mais leve sem perder pertinência, sintético, mas ser sistémico.

139

lembrar que o investigador deve ter em linha de conta que o seu leitor, inicialmente, não sabe o que o investigador quer dizer, nem sabe sobre o que está a falar. Porém, tem o investigador de ensinar o leitor, mais não seja para fazer entender o que propõe, quando for altura de o apresentar o objeto de estudo. Assim, o investigador deve usar uma linguagem mais científica, erudita e sustentar porquê das afirmações e por vezes, tem que refazer, ou explicar o porquê de cada uma destas características e com base em que autores.

A estrutura pensada para a dissertação é representada de acordo com os objetivos estabelecidos. Considerando que o primeiro capítulo contempla algumas das dificuldades, e possíveis soluções, para o estudo da CMC, e que o segundo capítulo se ocupa da metodologia de investigação científica, se por um lado os três primeiros objetivos específicos estão para o primeiro objetivo geral e são atingidos no desenvolvimento do primeiro capítulo, reservado à revisão de literatura, por outro lado, os três últimos objetivos específicos estão para o segundo objetivo geral. Contudo, este último é também enriquecido pelo estudo empírico da análise do estudo orgânico e funcional da CMC, que surge no terceiro capítulo, com um período cronológico situando com início em 2005 com o seu término em 2019. O ano 2005 correspondente a data de constituição da CMC e 2019 porque corresponde a vigência de um conjunto documental que foi analisado e que tem o seu período temporal de duração com termos em 2022.

No presente estudo, focamo-nos no nível descritivo da gestão da informação, procurando interrogar e interpretar os dados extraídos da observação direta, confrontando-os com os que foram obtidos na revisão de literatura. Estando definidos os métodos, procuraremos descrever as etapas de elaboração do trabalho conjuntamente com os métodos utilizados.

Antecedendo a definição do tema central da nossa dissertação, procedemos a uma investigação documental e a uma revisão de literatura prévias, centradas no tema do Sistema de Informação Arquivística da CMC de Angola, com o objetivo de tomar conhecimento do espetro de publicações respeitantes ao tema, e analisar o conjunto de obras que considerámos serem fundamentais para ficarmos a par do estado da arte do estudo da informação arquivística em Portugal. Ou seja, descrevemos o que existe e o que não existe na CMC, e depois comparamos com a revisão de literatura para dizer o que falta e no final propor o que deveria passar a haver ou como devia ser feito.

140

Dentro de cada subcapítulo, trataremos de aspetos específicos constituintes como os seus eixos condutores enquadramento metodológico, caracterização do problema, objetivos gerais, objetivo específicos, justificação, motivação, classificação da pesquisa e procedimentos metodológico. Em síntese, uma apreciação detalhada, o construto apontou que a realização adequada de uma investigação faz referência à três perspetivas:

enquadramento teórico, a abordagem de investigação e os métodos/técnicas de recolha de dados. Iniciamos com a Regra d’Ouro, que é optar pela identificação do paradigma de investigação mais adequado, para que o investigador envolvido numa situação emocional tenha meios de refletir, e avaliar as questões de forma inteligente e adequada, ou seja, «a escolha do paradigma determina a intenção, motivação e expectativas da investigação»

(Corujo, 2017, p. 45).