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6.5.5. Ensaio de flexão em paredinhas

7.2.1.7. Ensaios de compressão em prismas com três fiadas

A partir dos resultados dos ensaios, considerando que o número de elementos da amostra foi dez, efetuaram-se verificações estatísticas. Constatando-se que o número ideal de cps estava abaixo do número de prismas testados, esta amostra foi considerada satisfatória.

7.2.1.7.1. Prismas sem argamassa nos furos pequenos

A FIGURA 87 apresenta um prisma-padrão composto de três fiadas com blocos TJ 110 e com os furos menores sem argamassa:

Tensão de compressão no tijolito x tensão de tração no sépto

y = 5,0567x + 0,0743 R2 = 0,9634 - 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 - 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80

tensão de tração no sépto (MPa)

ten s ão de c o m p re s s ão ( M P a )

FIGURA 87 – Prisma-tipo, composto de três fiadas de TJ 110 e, com os furos menores sem argamassa

A Tabela 11 apresenta os resultados médios do ensaio de compressão em prismas compostos por três fiadas de blocos-padrão ou TJ 110:

Tabela 11 – Resultados médios do ensaio de compressão em prismas sem argamassa

Dimensões (mm) Cargas (N) Resumo Comprimento largura Área bruta (mm2) Absorção (%) Fissuração ruptura Tensão ruptura (MPa) médias 220,4 110,3 24.319 12,9 36.944 50.198 2,06 s 0,12 0,14 35,54 0,67 10.797 5.757 0,24 cv % 0,05 0,13 0,15 5 29 11 11 n* 10 10 10 10 10 10 10

Como pode ser visto na tabela acima, o número ideal de cps foi de 10 para medir qualquer das grandezas indicadas. Como o número de elementos desta amostra foi dez, não houve necessidade de efetuar nenhum teste complementar.

Observando os resultados mostrados nesta tabela, verifica-se que a tensão de compressão média nos prismas ensaiados, sem argamassa nos furos menores, está próxima de 2,1 MPa, e que a variabilidade foi de 11%. A variabilidade das cargas de fissuração e ruptura foi de 29% e 11%, respectivamente. A carga de fissuração média situa-se em torno de 74% da carga média de ruptura.

A FIGURA 88 – Fissuras no final do ensaio dos prismas-tipo e, sem argamassa de injeção apresenta um dos prismas ensaiados, com as fissuras identificadas no final do teste, após a carga última:

FIGURA 88 – Fissuras no final do ensaio dos prismas-tipo e, sem argamassa de injeção Não se identificou, um padrão de fissuração que pudesse caracterizar as fissuras ocorridas. A FIGURA 88, à esquerda, apresenta as fissuras nas faces norte e oeste, e, à direita, mostra as fissuras nas faces sul e leste.

7.2.1.7.2. Prismas com os furos menores preenchidos por argamassa

Os prismas utilizados neste conjunto de ensaios de compressão foram montados como se observa na FIGURA 87, porém, os furos menores foram preenchidos por argamassa de injeção. A Tabela 12 apresenta os valores médios obtidos durante os ensaios de compressão nestes prismas. Os valores médios obtidos foram: o comprimento, a largura da base comprimida, a área desta base, a absorção de água, as cargas de fissuração (na primeira fissura observada), e de ruptura e a tensão de ruptura.

Como dito anteriormente, foram ensaiados dez prismas, num primeiro momento. Calculando-se o numero n*, verificou-se ser necessário ampliar para dezessete os elementos da amostra, o que foi feito. Os valores a seguir apresentados foram obtidos numa amostra com dezessete prismas.

Tabela 12 – Resultados médios do ensaio de compressão em prismas com argamassa

Dimensões (mm) Cargas (N) Resumo Comprimento largura Área bruta (mm2) Absorção (%) Fissuração ruptura Tensão ruptura (MPa) médias 220,2 110,3 24.276 9 28.586 52.621 2,17 s 0,17 0,17 42,94 1,84 11.618 9.436 0,39 cv % 0,08 0,16 0,18 21 41 18 18 n* 10 10 10 10 17 10 10

Observando-se os resultados mostrados nesta tabela, verifica-se que a tensão de compressão média nos blocos, com argamassa nos furos menores, está próxima de 2,2 MPa, e que a variabilidade dos resultados foi de aproximadamente 18%, pior do que os resultados dos prismas sem argamassa. A variabilidade das cargas de fissuração foi bem maior do que a ocorrida nos prismas sem argamassa (29% sem argamassa e 41% com argamassa). A carga de fissuração média situou-se em torno de 54% da carga média de ruptura. A tensão de ruptura melhorou, relativamente ao prisma sem argamassa, como este acréscimo foi somente 5%, não deve ser considerado, pois, estatisticamente pode ter havido um empate entre os valores. O aumento da variabilidade nos resultados pode ter sido causado pelo fato de que a argamassa fluida, e mais expansiva, expande-se, quando comprimida (efeito do barrilamento). Tal fato favorece a ruptura por tração do septo do bloco. As rupturas por tração não são tão uniformes, se comparadas com as que ocorrem por compressão.

A FIGURA 89 apresenta um dos prismas ensaiados, com as fissuras identificadas no final do teste, após a carga última:

FIGURA 89 – Fissuras no final do ensaio dos prismas-tipo e, com argamassa de injeção Não se identificou um padrão nas fissuras para que pudesse ser relacionada à tensão com fissura. A FIGURA 89, à esquerda, apresenta as fissuras nas faces norte e oeste, e, à direita, mostra as fissuras nas faces sul e leste. Pode-se destacar para estes prismas que: (i) as fissuras verticais próximas ao furo central apresentam alguma semelhança; e (ii) na maioria dos ensaios, o colapso do prisma está vinculado ao aparecimento da fissura no septo externo.

7.2.2- Flexão em paredinhas: resultados dos ensaios

7.2.2.1. Informações preliminares

Segundo as recomendações da BS 5628, as paredinhas foram divididas em duas séries tal como já informado neste trabalho. A primeira série foi montada com quatro blocos na horizontal e quatro fiadas. A segunda série, com dois blocos na horizontal e dez fiadas. Nos ensaios preliminares na série 2x10 não se obtiveram leituras nos EE. Por ter havido dúvida em relação a essa ausência de deformação, resolveu-se efetuar um novo grupo de ensaios, desta vez com modificações no número de fiadas.

Para evitar-se a execução do ensaio de flexão em todas as paredes, sem antes analisar os resultados, e se necessário efetuar as mudanças exigidas, preparou-se, conforme os procedimentos anteriormente informados, quatro paredinhas, duas mp 4x5 e duas mp 2x11. Após a montagem e preparação dos dispositivos de carregamento em cada paredinha, foram aplicados os carregamentos de forma gradual até se atingir a carga máxima.

As paredinhas com dois blocos na horizontal e onze na vertical foram flexionadas em torno do seu eixo horizontal. Constatou-se que a ruptura foi brusca, e sem aviso através de ruídos ou outro tipo de som.

Os extensômetros elétricos (EE) horizontais e verticais não apresentaram nenhuma deformação do início ao fim do ensaio, para a série mp 2x11. Então, assumiu-se, por hipótese, que o bloco no qual se encontravam os EEs movimentou-se como um corpo rígido, não sofrendo deformações nas suas faces.

Objetivando verificar se realmente tal bloco não apresentava deformações, conforme se hipoterizou, uma nova parede foi ensaiada com três relógios comparadores instalados sobre a diagonal do bloco central da parede da série mp 2x11. A FIGURA 90 mostra como foram instalados os relógios comparadores:

RC1

RC2

RC3

FIGURA 90 – Face de um bloco central da parede e a posição dos relógios comparadores Durante todo o ensaio, observou-se que os três relógios apresentavam as mesmas leituras. A partir deste resultado, concluiu-se que realmente não seriam necessários os EE horizontais e verticais para esta série de paredinhas, por que nenhum deles teria utilidade, pois o objetivo era utilizar as deformações medidas neste local.

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