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V SEMINÁRIO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO, POBREZA E DESIGUALDADE SOCIAL

09 E 10 DE NOVEMBRO DE 2018 UFT – Campus de Palmas

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O resultado da Avaliação Nutricional dos alunos do Ensino Fundamental (6 a 15 anos) da escola informa que a condição de eutróficos corresponde a 64,18%, os com magreza acentuada são de 6,40%, magreza 9,86%. Os com sobrepeso são 11,93%, obesidade de 6,57% e obesidade grave 1,03%. Verifica-se que nestes alunos as condições de sobrepeso, obesidade e obesidade são mais expressivas do que na Educação Infantil. Sendo que na Educação Infantil as condições de magreza e magreza extrema são significativas. As condições apresentadas são alarmantes, pois os alunos de 4 a 5 anos apresentam déficit de energia e os alunos de 6 a 14 anos estão com consumo excedente de energia.

Gráficos 05, 06 e 07

A Avaliação Nutricional dos alunos do EJA passou por três faixas etárias, o que ocasiona classificações nutricionais diferenciadas. Quanto aos alunos adolescentes do EJA verifica-se que 81% estão no estado eutróficos, 9,09% em sobrepeso e 9,09% com obesidade. Com relação aos alunos adultos do EJA tem-se na situação de eutróficos o percentual de 23,52%, em sobrepeso 70,5% e com obesidade 5,88%. No que tange aos alunos idosos do EJA os eutróficos correspondem a 40% e os com sobrepeso 60%. Com grande preocupação verifica-se as condições nutricionais dos alunos deste segmento, o que justifica-se o aumento das doenças crônicas não transmissíveis na população.

Considerações Finais

Historicamente no Brasil, as questões referentes à fome começaram a ser discutidas com a atuação do médico Josué de Castro, com a produção da obras “Geografia da Fome”, em 1946. Desde então, este assunto passou a ter um cunho social e político, culminando em várias discussões e reivindicações sociais, o que resultou na instituição do salário mínimo, cesta básica e quantidade de calorias mínimas necessárias diariamente para o consumo humano. Com objetivo de dirimir as privações alimentares, o governo brasileiro instituiu diversas políticas públicas como estratégias de reduzir os índices de fome e desnutrição no país.

O foco desta pesquisa foi pautado no PNAE como política pública desenvolvida no ambiente escolar, este que apresenta conquistas significativas. É um programa que existe há 63 anos iniciou com a denominação de Merenda escolar e atualmente Alimentação Escolar e que defende pontos essenciais como o direito humano à alimentação adequada, a

0 20 40 60 80 100 81% 9,09 % 9,09 %

Avaliação

Nutricional -

EJA/Adolescentes

0 20 40 60 80 23,52 70,5 5,88

Avaliação

Nutricional -

EJA/Adultos %

0 20 40 60 40 60

Avaliação

Nutricional -

EJA / Idosos %

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universalidade, a equidade, a sustentabilidade e a continuidade, além do respeito aos hábitos alimentares e a participação da comunidade.

Com importantes resultados alcançados a partir da incorporação do tema alimentação e nutrição nos currículos e nas formações permanentes dos profissionais de educação. Bem como a exigência de Nutricionista no programa, que tem como funções a elaboração do cardápio, a inclusão de ações de Educação Alimentar e Nutricionais no ambiente escolar, Avaliação Nutricional dos alunos, articulação de ações com a agricultura familiar e com Programa de Aquisição de Alimentos, atuação em conjunto com o NASF- Núcleo de Apoio a Saúde da Família, no Programa de Saúde na Escola – PSE.

Sabe-se que o caminho a seguir ainda perpassa por mais conquistas tais como: a melhoria na qualidade dos alimentos representados por uma produção agroecológica, uma produção orgânica, com a proteção e a valorização da biodiversidade, contribuindo assim para o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida da comunidade escolar. Tem-se um grande desafio da nutrição no âmbito da saúde pública, ou seja, trabalhar ao mesmo tempo com situações aparentemente contraditórias, como a desnutrição e a obesidade e suas implicações. Sendo assim é imprescindível que haja uma abordagem integral que possibilite a prevenção das doenças causadas por deficiências nutricionais e a redução da prevalência do excesso de peso, assim como das doenças a ele associadas, trabalhar com a promoção de saúde no ambiente da educação.

Referências

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BRASIL. Aquisição de Produtos da Agricultura Familiar para Alimentação Escolar- Ministério da Educação/FNDE. 3ª Ed. Brasília, 2017.

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CECANE. Cartilha do Curso Planejamento de Ações de Educação Alimentar e

Nutricionais no Ambiente Escolar. 1ª Ed. – Porto Alegre, 2017.

INTITUTO MAYTENUS. Caderno de Legislação PNAE e PAA. Toledo – Paraná. Maio de 2011.

LUCERO, L. M.; et al. Acompanhamento nutricional de crianças de baixa renda que se

beneficiam do programa nacional de alimentação escolar (PNAE). Revista da AMRIGS,

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PICCOLI, L.; et al.. A educação nutricional nas séries iniciais de escolas públicas

estaduais de dois municípios do oeste de Santa Catarina. Nutrire: rev. Soc. Bras. Alim.

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