• Nenhum resultado encontrado

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística5 (IBGE), em 2016, o Brasil possuía mais de 206 milhões de habitantes. Desse total, 166.270.000 tem mais de 13 anos. Na pesquisa:

 mais de 15 milhões não tem instrução;

 47 milhões tem ensino fundamental incompleto;  17 milhões tem fundamental completo;

 12 milhões com ensino médio incompleto;  44 milhões tem ensino médio completo;  7milhões possuem superior incompleto;

 apenas 20 milhões tem curso superior completo.

Para melhor visualização desta análise apresenta-se a figura 4 seguinte:

5 “IBGE se constitui no principal provedor de dados e informações do País, que atendem às necessidades dos mais diversos

segmentos da sociedade civil, bem como dos órgãos das esferas governamentais federal, estadual e municipal. Tem a missão de retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento de sua realidade e ao exercício da cidadania.” www.ibge.ogv.br/institucional. Acessado em 27 de outubro de 2017.

39

Figura 4 - Nível de instrução de população acima de 14 anos

Fonte: elaboração própria com base em dados do IBGE disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas- novoportal/sociais/trabalho/17270-pnad-continua.html?edicao=18971&t=resultados. Acessado em 27 de

outubro de 2017.

Outro ponto importante é que a quantidade de pessoas com nível superior é muito pequena, contendo 20 milhões 853 mil, apenas; porém, isso demonstra uma oportunidade para o crescimento das IES, uma vez que o número de aptos para cursar esse grau de instrução é de mais de 52 milhões de pessoas (soma de pessoas com ensino médio incompleto, completo e superior incompleto), conforme figura 5 a seguir.

Figura 5 - Potencial de crescimento do ensino superior

Fonte: elaboração própria com base em dados do IBGE. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas- novoportal/sociais/trabalho/17270-pnad-continua.html?edicao=18971&t=resultados. Acessado em 27 de

outubro de 2017.

Apesar do Brasil ainda ter um longo caminho a percorrer até a situação ideal, o ensino superior desenvolveu-se consideravelmente nos últimos 15 anos.

40 Quando analisando os últimos 15 censos realizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira6 (Inep), visualiza-se que houve um aumento de 42,2% na quantidade de instituições que fornecem esse tipo de ensino no país. Os dados consideram entidades privadas e públicas, onde se apresenta a evolução e crescimento das IES na Figura 6.

Figura 6 - Crescimento das instituições de ensino superior no período de 2001 a 2016

Fonte: elaboração própria com dados do INEP disponível em http://portal.inep.gov.br/web/guest/sinopses- estatisticas-da-educacao-superior. Acessado em 27 de outubro de 2017

Da análise da figura anterior, destaca-se que houve uma enorme subida de 2001 até 2007, e uma ligeira queda de 2013 a 2015, em uma retomada de crescimento em 2016.

Consequentemente, com o aumento das IES, houve também um aumento dos cursos ofertados nesse período. Apesar da queda da quantidade de instituições em 2013 o número de cursos ofertados cresceu. No período de 2001 a 2016 houve um aumento da quantidade de cursos em 62,8%, tal como é expresso na figura 7 a seguir.

6“ O Inep é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC). Sua missão é subsidiar a formulação de políticas educacionais dos diferentes níveis de governo com intuito de contribuir para o desenvolvimento econômico e social do país.”

41

Figura 7 - Aumento na quantidade de cursos no período de 2001 a 2016

Fonte: elaboração própria com dados do INEP disponível em http://portal.inep.gov.br/web/guest/sinopses- estatisticas-da-educacao-superior. Acessado em 27 de outubro de 2017.

Na análise dos censos, também, é possível verificar a quantidade de vagas ofertadas e a demanda pelos cursos (número de inscritos nos processos de seleção).

Na figura 8 constata-se que houve uma crescente evolução na quantidade de pessoas interessadas em cursar uma graduação, bem como um crescimento do número de vagas ofertadas

Figura 8 – Relação oferta de vagas x inscritos no período de 2001 a 2016

Fonte: Elaboração própria com dados do INEP disponível em http://portal.inep.gov.br/web/guest/sinopses- estatisticas-da-educacao-superior. Acessado em 27 de outubro de 2017.

Mais uma vez, é notável a oportunidade de crescimento das IES. Em 2016 a procura pelos cursos apresenta-se 2,5 vezes superior à quantidade de vagas disponibilizadas.

42 Outra informação relevante extraída com a análise dos dados no INEP refere-se à quantidade de alunos ingressantes nos cursos e a quantidade de concluintes. A evasão no ensino superior é muito alta.

O cenário preocupa Ministério da Educação, bem como as IES, pois em 2016 apenas 50,5% dos estudantes que ingressaram concluíram o curso. Em 1997, o MEC elaborou um trabalho, por meio da comissão especial de estudos sobre a evasão nas universidades públicas brasileiras, que descreveu que o recomendável/aceitável nível de insucesso seria de 20% de evasão (MEC/SESU, 1997).

Observa-se, na figura 9, que quase metade dos alunos que entram sai da universidade sem concluir o curso. A comissão explica, ainda, que há diferentes tipos de evasão: 1) de curso quando o estudante deixa o curso superior em situações diversas, tais como: o abandono (deixa de matricular-se), desistência (oficial), exclusão por norma institucional; 2) da instituição quando o estudante desliga-se da instituição na qual está matriculado; 3) do sistema quanto o estudante abandona de forma definitiva ou temporária o ensino superior (MEC/SESU, 1997).

Figura 9 – Relação quantidade de ingresso x concluintes no período de 2001 a 2016

Fonte: Elaboração própria com dados do INEP disponível em http://portal.inep.gov.br/web/guest/sinopses- estatisticas-da-educacao-superior. Acessado em 27 de outubro de 2017

Os números apontam que em 2013, 2015 e 2016 houve uma redução de ingressos e que o número de concluintes variou, tendo ocorrido uma redução em 2013 e 2014.

43 Paredes (1994) descreve que os motivos para evasão são diversos, podendo ser classificados como internos (vinculados aos cursos) e externos (vinculados ao aluno). Os motivos internos mais comuns são: insatisfação com a qualidade do ensino; problemas com os discentes; políticas praticadas pela instituição e infraestrutura. Os motivos externos mais comuns: por falta de teste de aptidão quando o aluno descobre que não tem interesse na área do curso; dificuldade de efetuar o pagamento das mensalidades e materiais escolar; dificuldades de locomoção; dificuldades de conciliar estudo e trabalho.