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O CAMINHO ATÉ AO SÉCULO XXI.

ENSINO TRADICIONAL ENSINO MODERNO

O

P

ROF

ESSOR

- Está instituído que detém todo o saber; - Contenta-se em discursar bem durante toda a aula;

- Exige atitudes de acordo com um modelo que ele próprio se esforça por impor.

- Reconhece a relatividade dos conhecimentos e procura actualizar-se;

- Sabe que o saber resulta de um processo activo, comunicativo, de análise de situações e não de uma acumulação de conhecimentos;

- Mantém os alunos em actividade constante, ajudando cada um deles e coordenando o trabalho de todos.

O

A

LUN

O

- Limita-se a utilizar rotineiramente o património científico;

- Exige-se-lhe obediência e que responda bem nos raros momentos em que é avaliado; - É penalizado se o seu raciocínio sobre qualquer questão difere do raciocínio do professor.

- Procura redescobrir a Ciência e as suas maravilhas;

- Exige-se-lhe responsabilidade e respeito por si e por todos os outros elementos da aula;

- É estimulado a desenvolver raciocínio pessoal sobre as questões e a discutir esse raciocínio com os colegas.

A

A

UL

A

- Tipo lição magistral;

- Distribuição dos alunos em colunas e filas; - A avaliação é pontual e tem um carácter meramente sumativo (e muitas vezes punitivo).

- Os alunos pesquisam e o professor orienta; - Distribuição em módulos de trabalho; - A avaliação é permanente e tem um carácter predominantemente formativo (e muitas vezes remediativo).

Fonte: VALADARES e COSTA PEREIRA, 1991)

O ensino CTSA (Ciência-Tecnologia-Sociedade-Ambiente), enquanto mobilizador de um ensino por pesquisa, leva o aluno a sentir necessidade de encontrar no seu dia- a-dia a resposta para diferentes problemas com que se vai defrontando. O aluno tem um papel activo na pesquisa de soluções para o problema, formulado também por ele, mantendo-se assim motivado para aprender.

Apesar de todas as transformações já decorridas nas nossas escolas e que apelam a um papel cada vez mais activo por parte do aluno na sua própria aprendizagem, continuamos a assistir a uma postura dos professores que maioritariamente se identifica, ainda, com a Escola Tradicional.

Doutoramento em Química 30

2.1. – As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) na Educação

Com o aparecimento dos computadores e, sobretudo, dos computadores pessoais (adiante PC), dos tablets e dos smartphones, os softwares foram-se também adaptando a áreas específicas do saber e, obviamente, também às áreas educacionais.

O desenvolvimento das novas tecnologias passou também a exigir a todos os profissionais diferentes competências e uma actualização permanente face às constantes evoluções das TIC. O indivíduo tem, agora, de adquirir novas competências constantemente, e a sua formação base não se pode alhear desta realidade, tendo presente que se estão a formar indivíduos para a sua integração numa sociedade do conhecimento em que a aprendizagem tem de ser permanente.

A sociedade da informação em que vivemos tem permanentemente ao dispor de quem quiser uma grande quantidade de informação, e apenas à distância de um mero clique numa tecla ou no rato de um computador. Não há restrições de hora, uma vez que a Internet não encerra para descanso, nem sequer de local pois com a introdução da tecnologia Wireless, em praticamente todos os lugares se encontra acessível. O rápido desenvolvimento das TIC, que permitem o acesso a redes globais de informação, ao correio electrónico, a salas de chat, a bibliotecas virtuais, a uma panóplia interminável de DVD’s e CD’s de software desde o mais genérico ao absolutamente específico, tem transformado toda a organização da nossa vida e das nossas formas de trabalhar.

A introdução das TIC em contexto educativo revela-se ainda mais importante quando, ao analisar o contexto social e económico em que se vive, se verifica que o poder deixou de estar essencialmente ligado à força muscular ou à detenção de recursos energéticos, mas antes aos grandes detentores de mais e melhor informação e da forma mais organizada. Estes são, de facto, os senhores do poder dos nossos dias. A aprendizagem será pois a actividade principal dos indivíduos e das organizações.

A sociedade em permanente mudança coloca assim um incessante desafio à educação, a qual terá de dar resposta a estas mutações, promovendo novas formas de ensinar e de estar em sala de aula, trazendo as tecnologias para a escola, adaptando pedagogias e metodologias aos tempos que correm, deixando o aluno de ter um papel limitado no processo, praticamente um mero receptor da informação transmitida pelo

Doutoramento em Química 31 seu professor, para passar a ser personagem activa no seu processo de ensino/aprendizagem, tomando muitas vezes a iniciativa, propondo novos desafios.

A sobrevivência das escolas dependerá da sua capacidade de se adaptarem e de se tornarem o centro da comunidade aprendiz, e da sua flexibilidade para proporcionarem a cada momento aquilo que delas é esperado, permanecendo sempre actualizadas.

Na escola actual, os alunos necessitam de ter um papel mais activo do que até aqui. A Informática permite-lhes fazer, refazer, corrigir, avançar, recuar, sem serem por isso recriminados pelo professor e perante colegas. São diversas as experiências que demonstraram que o ensino assistido por computador possui virtudes pedagógicas. Por exemplo, obriga o aluno a estar mais concentrado nas suas tarefas, o que pode não acontecer nas aulas ditas tradicionais.

As bases da informática educacional são, pois, os programas que servem de forma de comunicação e interacção entre o homem e a máquina, sendo eles que permitem a preparação e leccionação de aulas diferentes.

O desenvolvimento de recursos digitais com qualidade científica e pedagógica poderá ajudar a uma melhor utilização das tecnologias na escola e no espaço de estudo, em grupo ou individual, dos alunos, conduzindo a uma aprendizagem mais efectiva.

O tipo de ferramentas posto ao serviço dos docentes e dos alunos é variado e poderá dividir-se em duas grandes categorias: o software educativo específico para certos assuntos de uma determinada disciplina curricular, e o software utilitário mais genérico, no qual se inserem os processadores de texto, as folhas de cálculo ou até os de tratamento de imagem ou de produção de diapositivos para apresentações.

O professor, para além de ser um difusor de conhecimento, terá de proporcionar aos alunos experiências de aula que lhes permitam adquirir ferramentas que possibilitem a sua adaptação às permanentes alterações que a sociedade em que se inserem vai sofrendo. Tem de ser um agente animador dos processos de selecção e organização, para os quais os jovens não possuem ainda maturidade suficiente, despertando-lhes a curiosidade, fomentando a análise e o espírito crítico, auxiliando e orientando a síntese e a reflexão, sendo um coadjuvante na construção do conhecimento levada a cabo pelo aluno. A ele compete também o papel de organizador e facilitador da aprendizagem.

Doutoramento em Química 32 São já diversas as ferramentas ao dispor da educação e que podem favorecer o conhecimento e a aprendizagem, onde se inserem os jogos, os audiovisuais, as simulações de acontecimentos, entre outros.

Não poderão, todavia, ser descartados os objectivos principais da utilização das TIC na Educação, tais como dotar o ensino de uma maior qualidade, dotar as crianças e jovens de competências para trabalharem em ambientes tecnologicamente avançados, bem como da capacidade de pesquisar e seleccionar a informação pertinente ao processo de conhecimento.

São muitas as aplicações das TIC na Educação. Na tabela seguinte (tabela 2.2) apresentam-se algumas destas aplicações e a forma como podem ser utilizadas.

Tabela 2.2.– Algumas aplicações das TIC e actividades a desenvolver com os alunos APLICAÇÕES DAS TIC ACTIVIDADES REALIZADAS

Processador de texto Produção e edição de informação Programas gráficos/de desenho / de edição

vídeo

Programa de informação de forma

gráfica/actividades artísticas / produção de filmes

Folha de cálculo Organização e gestão da informação Multimédia /CD-ROM / DVD Consulta e pesquisa de informação

E-mail Comunicação e intercâmbio em rede

Internet (WWW) Consulta e pesquisa de informação

Redes Sociais Partilha de informação

Software pedagógico Simulação / jogos

Software de aquisição de dados Recolha e tratamento de dados em ciência Fonte: Paiva 2002

São também diferentes os contextos em que se poderá recorrer à sua utilização (tabela 2.3).

Tabela 2.3.- Alguns contextos educativos do uso das TIC

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