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Pesquisador: Muito bom dia, vou tratá-lo aqui como professor e já vi aqui a ficha, a experiência que já tem no campo da docência e gostaria dar início a nossa entrevista sobre a Formação Docente em Angola que é o meu tema, mais concentrado na questão do ensino superior e falando na questão da Lei, a legislação do país que visa direcionar a questão da educação, eu gostaria saber um pouco da parte do professor, das experiências, informações que tem sobre a sua forma de organização, mais concretamente da Lei de Base do Sistema de Educação concernente à Formação Docente, não sei o que que o professor tem assim a dizer sobre isso.

Resposta 1 - Entrevistado: Tá, muito obrigado e tenho de agradecer pelo convite para esta entrevista, pode de qualquer formas ajudar na sua Tese, dizer aqui que relativamente à Lei de Bases do Subsistema, nesse caso é subsistema do Ensino Superior com algum realce no que tange a formação docente é uma lei que a meu ver posso já começar a adiantar, que já devia ser revista, porque foi preparado num contexto que até já não se adequa tanto a aquilo que é a realidade atual porque houve uma dinâmica muito grande no sistema, da economia nacional e consequentemente com reflexo no subsistema do ensino porque, no fundo, o ensino tem de estar alinhado com aquilo que é a exigência da economia do país sobretudo sem for em áreas de formação diferenciadas e que sabe profissional. Se bem me lembro, quando a lei foi...

a lei em si foi estabelecida por um dado período de tempo, não tenho aqui, como não tive como fazer a revisão da lei, mas estou a crer que o período que a lei foi estabelecida para vigorar já venceu. Até porque eu faço alguma menção desta lei a quando da minha dissertação de mestrado porque eu falei também algum aspeto ligado ao ensino na área de ciências contabilísticas e então eu fiz aí um fundo uma consulta da Lei e percebi que na altura, a lei já estava praticamente quase no fim e agora que se falamos passam mais ou menos quase 4, 5 anos, então sinto que a lei esteja ultrapassada, daí que eu sugeria mesmo ao executivo uma revisão desta lei. A Lei em si na altura parecia até que podia dar resposta a alguma exigência dado que na altura precisávamos dinamizar qualquer coisa do ensino tendo em conta mesmo as exigências, mas volto a dizer que a lei acho precisa ser revisada mesmo. Precisa

ser revisada e atualizada com o contexto atual. A organização em si da lei eu não tenho muito que dizer porque quando eu explorei a lei eu explorei apenas alguns aspectos concretos, então não fiz assim um estudo da lei do princípio ao fim. Então isto eu não tenho muito a dizer.

Pesquisador: E se é uma lei, ela rege um sistema de educação e também estamos diante de um currículo que é estabelecido para ser basicamente seguido, então ali penso que algumas normas na elaboração de currículos requerem algumas participações, não sei como é que feita, se houve colaboração do corpo docente, por exemplo foram consultados X% ou uma parcela para dar um parecer ou simplesmente é uma lei mais imposta que outra mais democrática , podemos dizer...

Resposta 2 - Entrevistado: Bom, se eu não estiver em erro, esta lei é de, acho que começa a vigorar em 2002, e depois teve uma revisão aí acho que 10 anos depois que então na altura quando a lei foi, começou a vigorar eu ainda não fazia parte do quadro docente do ensino superior, então não sei exatamente dizer se houve ou não colaboração. É verdade que tem algumas leis que a universidade colabora e isto devidamente quando solicitado, mas nem todas... esta concretamente não sei muito dizer porque eu não fazia parte do subsistema do ensino, então estava um pouco assim fora daquilo que era a realidade do subsistema.

Pesquisador: Ok, então isso quer dizer que, se houve uma revisão ou necessita de uma revisão quer dizer que os objetivos que eles lá estabeleceram será que foram cumpridos, não foram cumpridos dada depois o tempo que o professor começou a fazer parte do corpo docente, há uma necessidade de uma mudança talvez porque não cumpriram o que eles lá colocaram?

Resposta 3 - Entrevistado: Sim, obviamente, obviamente estamos a falar de uma lei que já vigora por aí a mais de 10 anos e... é bem óbvio que a lei precisa ser revisada porque a lei em si não pode vigorar de forma permanente porque a realidade, o contexto do país é dinâmico quer a nível do país em termos particulares, quer a nível daquilo que são objetivos próprios do... da economia internacional, então, não podemos estar a seguir um instrutivo, vou assim chamar a lei como sendo um instrutivo permanente para uma realidade com paradigma assim muito inovador em que estão em constante crescimento. Com este eu acho que a lei, seriamente precisa ser renovada, revista porque quando uma lei é elaborada ela parte de um dado

contexto e esse contexto uma duração de um período de tempo, normalmente as leis duram por ali se calha três, quatro ou até em alguns casos 6 anos, é um projeto que o governo leva até alcançar uns certos objetivo que normalmente são de médio prazo e tendo em conta o tempo que a lei já dura já não estamos a falar do curto prazo nem médio prazo, estamos a falar do longo prazo e a dinâmica já não é a mesma... o sistema de ensino hoje já não tem a mesma... tem mais exigências do que ontem; o que se espera hoje do professor universitário é bem diferente do que se esperava ontem. Ontem nós estávamos numa fase assim bem embrionária, mas hoje queremos estar em desafios mais em aspetos mais desafiantes do modo que possamos se calhar estabelecer algum paradigma de comparabilidade com outras realidades, então se calhar a lei precisa mesmo ser revista por esses aspetos.

Pesquisador: E quanto a questão do corpo docente propriamente dita, será que a situação atual dá para pensarmos por exemplo numa qualidade de ensino ou ainda temos aqueles, restos se assim posso dizer do sistema do colonialismo que era muito mais de improviso uma vez que alguns países, no nosso caso, no meu caso quando cheguei ali no contexto brasileiro, algumas universidades começaram a adotar o sistemas de todos que não tivessem pelo menos uma pós graduação não poderiam lecionar no ensino superior, uma exigência também do próprio Ministério da Educação, não sei se ainda temos casos assim ou já ultrapassamos essa situação?

Resposta 4 - Entrevistado: Olha, há melhorias assim até certo ponto significativos no sistema do ensino superior. Hoje para fazer a carreira no sistema do ensino superior é um pouquinho mais exigente do que ontem. Eu enquanto aluno experimentava uma realidade, mas depois, enquanto docente encontrei outra realidade e por sorte foram realidades assim distintas por um lado estava mais no lado da carteira, mas do outro lado estive mais no lado vamos dizer assim do quadro então percebi que a lei, aliás o subsistema em si é desafiante, mas ainda não estamos assim dentro daquele padrão qualitativo que a gente precisa para podermos ombrear com outras realidades com outras universidades. Basta ver por exemplo, as nossas universidades dificilmente estão assim no top da 100 melhores universidades africanas, então tem alguma coisa que ainda precisa ser feita em parte, grande parte se calhar é mesmo responsabilidade do executivo, é próprio do Ministério do Ensino Superior. Outra parte é mesmo desfio dos próprios profissionais, infelizmente, digo isso infelizmente Angola vive ainda uma realidade de desemprego acentuada e

algumas pessoas que estão, que lecionam no Ensino superior lecionam não por vocação mas lecionam simplesmente por questões de... chamo assim por questões de.. uma forma de fugir do desemprego. Isto afeta sobretudo naquilo que é a qualidade do próprio ensino porque que leciona porque tem vocação tem formação na área e quem leciona só porque é uma forma de obter alguma renda não há mesma entrega mas também tem quem entra não por vocação, mas acabam amando aquilo que faz, então uma das coisas que certo ponto veio mudar isto e até foi um pouquinho motivador na altura e sobretudo mesmo na minha experiência apesar de a lecionação ser uma paixão, mas eu antes de entrar no ensino superior eu já estava no ensino geral eu dava aulas no ensino médio fiquei dois anos no ensino médio, dei aulas no ensino médio durante dois anos, mais depois, tendo em conta aquilo que eram as minhas aspirações também, então achei a política na altura, a política do Ministério do Ensino Superior era um pouquinho mais motivadora porque na altura.. e por força mesmo desta lei, havia uma abertura dos docentes formarem-se e hoje grande parte dos quadros que nós temos no subsistema do ensino superior sobretudo com nível de formação diferenciada a nível das pós-graduações, mais concretamente mestrados e doutoramentos é fruto mesmo de um reflexo da lei, então o Ministério deu essa abertura das pessoas se formarem e passamos a ter mais mestres e hoje temos doutores e consequentemente veio melhorar até certo ponto, aquilo que é exigência do Ministério. Agora, esta é uma questão estratégica do próprio executivo, mas tem aquela questão que é própria do profissional, por exemplo a preparação de uma aula não depende do executivo, depende mesmo do profissional, mas também as vezes o executivo pode até certo ponto através dos seus órgãos competentes por exemplo, fazer valer ou exigir por exemplo alguma agregação pedagógica. Hoje já se fala disto por exemplo, ninguém mais consegue concorrer para o Ministério do Ensino Superior sobretudo para as áreas quando não tiver agregação pedagógica que é no fundo é uma ferramenta que ajuda de certo modo a qualidade do ensino sobretudo no preparo do profissional, mas ontem as pessoas, grande parte se tu fizeres por exemplo esse paralelismo um pouquinho mais a fundo apesar de tua investigação na altura não...

neste momento não vai por ali, mas eu já tinha começado a fazer uma investigação do gênero e dei conta que mais de 70% dos quadros do Ministério do ensino superior não tinham formação, alguma componente de agregação pedagógica para tal e isto na verdade levava para algum improviso naquele que é o processo do ensino e aprendizagem e isto é uma lacuna que na altura eu detectei e outra lacuna é que eu

faço menção na minha dissertação de mestrado.. tem a ver com um improviso que é reflexo de no fundo de adaptação tipo, as vezes pessoas erradas no lugar certo. Por exemplo, nós que estamos mais na área técnica e sobretudo no mundo empresarial, eu particularmente não admito, não admito que por exemplo um professor de contabilidade, não tenha experiência profissional em contabilidade porque se o professor se basear simplesmente naquilo que ele lê nos livros e certos livros já são já de algum tempo, então nós vamos passar ao aluno uma realidade que no fundo que é mais acadêmica e que um pouquinho obsoleta e o aluno quando vai ao mercado de trabalho encontra uma realidade totalmente diferente. Então, aí há a necessidade de fazer esse casamento entre aquilo que é o real e aquilo que é acadêmico e isto estimula o pensamento crítico do aluno, estimula também ajuda o aluno se inteirar depois da sua formação facilmente se reintegrar no mercado de trabalho, mas essa realidade nós ainda constatamos em muitas áreas, temos muitas muitas áreas, por exemplo, professores de Educação Física que não têm nenhum treinamento ou alguma formação desportiva (esportiva), professores de psicologia que nunca foram psicólogos em nenhum momento e por aí fora. Isto na verdade periga de que forma a qualidade do ensino tenho em conta aquilo que esperamos do produto final.

Pesquisador: Realmente quando comecei a me deparar com o tema desta pesquisa veio nascer exatamente baseado nesse relato do professor porque no mestrado a minha dissertação estava mais concentrada no ensino primário, mas naquilo de conversar com os professores, foram relatando sobretudo a famosa monodocência em que alguns relatavam a questão de muito improviso por exemplo, nós estamos acostumados, uma das professoras dizia assim: olha, eu estou acostumada a trabalhar com criancinhas então, até pelo menos 2ª classe, 3ª. Só que quando vem 4ª, 5ª e muito mais 6ª classe eu sou abrigada a trabalhar Matemática com frações e eles encontravam dificuldades. Ela disse olha, as vezes tem muitos dos colegas que não vão dar Matemática, coloca uma coisa que ele melhor domina...

Resposta 5 - Entrevistado:.. (dano sequência da minha fala responde:) ele vai se inteirar daquilo que que ele acha que é do domínio dele e aquilo que não é do domínio dele ele vai deixando por parte. Aí no fundo acaba por fazer uma inclinação tendo em conta não com os objetivos estrategicamente estabelecidos, mas sim com aquilo que ele pode; no fundo é o que ele pode dar e não é aquilo que ele tem de dar. Veja que por exemplo nesse caso, a monodocência está em vias de extinção e acho que foi um

erro, um erro traço do executivo porque não teve alguma atenção ou se calhar, algum descuidado de copiar mal alguma coisa que foi feita em outra realidade e depois não dá certo porque quase todos os países que experimentaram o sistema da monodocência, aquilo foi um fracasso, mas Angola infelizmente tentou, tentou insistir mesmo com alguns depoimentos, mesmo com alguma análise crítica de entidades assim, ligadas à área, mas parecia que o executivo estava determinado naquilo mas depois deu conta que era mesmo um insucesso, e está em vias de regredir ao sistema normal, então quer a monodocência, quer a própria... aquilo que são os próprios objetivos da Reforma Educativa quando implementada também não surtiram assim grandes efeitos. No fundo nós aumentamos a quantidade e depois reduzimos a qualidade... e temos que aqui depois refletir bem o que o país quer, precisamos de qualidade ou precisa de quantidade? É verdade que até um certo ponto precisávamos de alguma quantidade porque tínhamos que sair, sobretudo reduzir significativamente o analfabetismo e isto até certo ponto é de aplaudir aquilo que são... foram a ações implementadas quer até aí... eu tenho também de aplaudir a iniciativa da própria...das próprias igrejas, sobretudo as igrejas evangélicas, existiam programas aí de alfabetização das nossas mães, nossos avôs e aquilo era muito salutar, mas depois já não conseguimos muito, diminuímos o analfabetismo significativamente, mas depois aquilo que se pretende porque não basta as pessoas saberem escrever e ler, mas é preciso abrir as mentes, então nós precisamos de mentes abertas, mentes com pensamentos críticos, ´pessoas com capacidades de refletir e dar solução aos problemas, não basta apenas escrever o nome, o seu nome ou saber assinar, mas é preciso preparar a massa cinzenta porque o país, o país enfrenta vários desafios, então precisamos ver o preparo da massa cinzenta para dar resposta a isto e sobretudo para um preparo melhor para substituir as gerações que são os nossos pais, os nossos pais estão em frente de nós, então temos de estar preparados para substituirmos eles da melhor forma possível e também prepararmos as gerações que vão nos substituir; se isso não acontecer vai sempre existir aquela resistência de que os jovens são imaturos, os jovens tão menos preparados, mas estamos menos preparados porque? Quando o governo diz não pode apostar por exemplo na juventude porque acha que a juventude está menos preparada é culpa do próprio executivo porque não desenha o sistema do ensino e formação de maneira que prepare os jovens para o substituir.

Pesquisador: Há dias, acho que pouco menos de três semanas, eu estava lendo uma pesquisa, não sei se é mesmo... se condiz à verdade, mas é como se fosse que Angola caiu, não sei que ponto já está no ranking em termo de qualidade das Universidades, mas caiu ainda mais acho que 100 posições e dizia que o motivo era falta de quadros que se virasse na questão da pesquisa... não sei se hoje, de acordo com os objetivos da Lei estabelecida aí no subsistema de formação de professores se visa também essa questão de preparar não só olhando aquela questão da sala de aula em si, mas também olhando o campo da pesquisa e isso também levanta um pouco o nível de qualidade...questão da pesquisa, não sei como é hoje, ta a situação do nosso corpo docente ou os objetivos do subsistema do ensino superior se visa também essa questão de preparar não só olhando a aquela questão da sala de aula em si, mas também olhando o campo da pesquisa e isso também levanta um pouco o nível de qualidade. A questão da pesquisa não sei como é que hoje ta a situação atual do nosso corpo docente ou os objetivos do subsistema do ensino superior se visa essa parte da pesquisa, os docentes além de olhar nessa lado também se viram para pesquisa, não sei...

Resposta 6 - Entrevistado: Isso tem alguma verdade, tem alguma verdade patente nisso porque ali nos finais de 2010 até pelo menos 2015 bem antes da crise, então 2010, 2015 houve aquela abertura para a formação dos docentes como eu disse anteriormente muitos de nós aproveitamos, fizemos, tivemos essa abertura de fazer as formações e beneficiamos desta estratégia do governo, mas a pesquisa em si, a pesquisa em si precisa ser estimulada, ta, não se faz pesquisa quando não se tem dinheiro, então não existe pesquisa quando não tem dinheiro e se nós formos a ver no OGE (Orçamento Geral do Estado), qual é a percentagem o o governo aloca para a área área da investigação? E isso não chega nem 1%, então se o executivo não estimula a investigação, se o próprio executivo não estimula aquilo que é o preparo técnico e tecnológico das próprias universidades, nós temos universidades praticamente nós não temos universidades com grandes laboratórios, nós universidades com muita carência em termos bibliográficos, nós temos nas poucas bibliotecas temos bibliografias praticamente ultrapassadas, não temos centros de investigação praticamente, não temos centros de investigação, em tempos eu estive a acompanhar aí acho que foi na semana passada, acompanhei extrato da entrevista de alguém, não me vem o nome em mente, que dizia mesmo por exemplo que os

centros de investigação da Universidade Agostinho Neto tendem a desaparecer, tendem a desaparecer que praticamente era a nossa Universidade modelo, centros de investigação desapareceram e nós cá localmente tínhamos o projeto de um centro de investigação ligado à Universidade 11 de Novembro, mas ficou no projeto, antes mesmo de começar a funcionar foi a abaixo e depois nota-se que as vezes as pessoas, os dirigentes das nossas universidades são mais isto aqui se calhar pode até certo ponto ferir a sensibilidade, mas é a verdade, nós temos cada vez mais dirigentes universitários mais políticos do que acadêmicos, e quando isso acontece é mais os objetivos da política sobreporem aos objetivos da academia. É claramente por exemplo que nos últimos 5 anos em termos daquele que é investigação propriamente dita não se faz sentir, um ou outro professor faz a sua investigação particular, publica um ou outro artigo com os seus recursos que já são totalmente escassos, mas ainda tem de subtrair lá alguma coisa para poder publicar, para fazer algum artigo, enfim, e depois não consegue fazer publicações em grandes, em revistas internacionalmente aceites, em grandes que... porque as vezes não tem condições, o próprio salário não ajuda muito e tinha que depender de algum apoio, algum suporte da universalidade ou do Ministério mas não tem, então não consegue se fazer sentir. Veja que por exemplo, a Universidade tem três pilares: Ensino, Investigação e Extensão e no fundo as nossas universidades não são muito diferentes das escolas médias ou do ensino geral porque o que nós “façamos”, qual é o nosso principal foco? Nosso principal foco é simplesmente o ensino, o ensino já tem os problemas que tem; os outros dois pilares da universidade que são investigação e extensão quase não se faz sentir, por isso que as vezes os titulares dessas áreas, quer da área da investigação científica, quer da área de extensão praticamente não funcionam, são cargos que praticamente estão aí estáticos tirando a administração geral e um pouco da área acadêmica, as outras áreas praticamente não funcionam, não temos investigação, não temos estímulo à investigação, a única coisa que temos são algumas promessas que dificilmente são cumpridas, depois vem a crise, a crise agora é desculpa para tudo, sobretudo para investigação.

Pesquisador: E muita das vezes têm até pessoas preenchidas nestes postos, mas a realidade não se faz cumprir...

Resposta 7 - Entrevistado: Sim, sim, temos muitas áreas voltadas à investigação, não tem falta de quadros como tal, mas as pessoas que estão aí não fazem nada, não

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