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Pesquisador: Ok, muito boa tarde, Professor, e desde já agradeço pelo tempo cedido para essa entrevista, acerca do tema que já foi colocado que é a Formação Docente em Angola, que eu pretendo saber um pouco mais sobre esses elementos desde 2002 até 2012 dentro da reforma educativa e gostaria de saber da parte do professor sobre essa legislação ou concretamente a lei de bases do sistema de educação, como é que ele foi organizado se houve consulta ou participação de vários docentes também experientes no caso, foram consultados ou foi colocado de uma forma só a nível da gestão, dizendo assim, nacional?

Entrevistado: Sim, muito obrigado, boa tarde! Falando um pouco da Lei 13/ 2001 que da Legislação do Sistema Educativo Angolano, na verdade era uma lei já esperada na altura porque houve um momento que se trabalhou de fato sem nenhuma legislação atualizada e em 2001 quando esta lei sai em vigor, de fato vem com maior alegria porque veio para ajudar o crescimento do sistema educativo. Agora, se houve a consulta pública ou não, necessariamente digo que não houve a consulta pública.

Acredito que foi muito mais elaborada em função das exigências da conferencia mundial de Educação que aconteceu em Senegal, em Dakar Senegal, em 1999, então é dali onde saiu os inputs para preparação da legislação que pudesse dar resposta às insuficiências que aconteceram ou acontecem no nosso sistema educativo.

Pesquisador: Ok, e o professor acha que poderia ter ou seria importante também um pouco dessa consulta pública ou nem por isso?

Entrevistado: Sim seria benéfica, toda educação é fruto das vivências das comunidades, se a educação parte do berço, a lei também partiria dessas comunidades que vivem a vida da educação, seria benéfica.

Pesquisador: Ok, então e quanto a esses objetivos que lá forma estabelecidos olhando a questão da qualidade do nosso sistema, será que ainda precisamos, carecemos ainda de elementos pra assim dar sequência daquilo que foram os objetivos traçados nessa lei de bases?

Entrevistado: Sim de fato houve fracasso, houve fracasso porque, quais os objetivos fortes da reforma educativa de 2001 à 2012? Os fortes eram, no primeiro passo tirarem no ensino primário que era de quatro classes para seis classes, para corresponder

com a expectativas não só de África, da África Austral, mas do geral mundial, para ter um ensino primário que levasse mais classes. Essa expectativa foi feita de fato já o sistema leva o ensino primário de seis classes, partindo da primeira classe até à sexta classe, (a monodocência nesse caso), e com a monodocência primeiro houve essa expectativa, mas houve também fracasso, fracasso na formação docente. O nosso regime do sistema pedagógico secundário, sobretudo quando falamos das escolas das ADPPs, EPFs, Escola de Formação dos Professores do Futuro, ADPP de fato dinamizou a partir desta data dado a formação de monodocência. Os magistérios nós chamamos na nossa realidade angolana, magistério, as escolas de formação de professores do ensino primário nesse caso estamos a falar do primeiro ciclo, que foram professores do primeiro ciclo, essas escolas também deram alguma resposta, mas indo à prática houve o fracasso da monodocência porque se um professor tivesse valências na disciplina de Língua portuguesa e outras, as vezes tinham fracasso na disciplina de Matemática, se um professor tivesse valência na Matemática, Língua portuguesa, tinha o fracasso na Educação Moral e Cívica, Educação Laboral, Manuais e Plástica, artes, etc, musical, então isso fez com que a monodocência não tivesse uma boa expectativa é a razão do aparecimento da atual lei que é 32/20 que já coloca num regime próprio a monodocência na quinta e sexta classe, não é, quinta e sexta classe, regime a adotar e da primeira classe a quarta, monodocência, logo, é um fracasso de um dos objetivos da reforma de 2002 à 2012.

Pesquisador: Ok, e nesse fracasso que nós podemos aqui constatar, a questão do próprio corpo docente em si, o quê que o professor pode falar sobre o corpo docente dado a este sistema que foi colocado aí de formação ok, mas como é que está atualmente o corpo docente será que tem atendido a demanda essa expectativa que foi lá colocada?

Entrevistado: Olha, eu digo sim e não ao mesmo tempo, porquê é que disso sim, digo sim em algumas escolas sobre tudo escolas urbanas a expectativa maior é de é da cobertura docente, primeiro é da cobertura docente e em segundo lugar, aqueles professores com maiores valências também cobram a essas escolas. Escolas rurais, muitas das vezes vão aqueles professores rejeitados nas escolas urbanas a tendência é: tem maior qualidade então não vou na área rural, o quê que está a dizer, a área rural tem maior défice de professores, às vezes tem professor mais défice na qualidade só que digo qualidade entre aspas, a qualidade exige vários aspetos,

aspetos materiais, didáticos, etc, infraestruturas, muitas das vezes temos infraestruturas, mas a qualidade dos matérias didáticos não é o suficiente aquele que desejávamos logo belisca a expetativa do corpo docente.

Pesquisador: Será que esse, esses elementos que são básicos olhando a qualidade, isso afeta também o ensino superior em si em termos de olhando a qualidade do corpo docente nesses aspectos que o professor disse aqui não só num sentido, mas olhando as vezes tem uma estrutura bem montada, mas pode ser que os materiais também podem dificultar isso também tem sido notado no ensino superior ou nem por isso?

Entrevistado: É genérico, é genérico, no ensino superior hoje seria um pecado capital ver um professor a trabalhar suponho na realidade angolana falamos com um fascículo então acredito na realidade brasileira tem um nome que usam, um fascículo (apostila), uma apostila, na verdade apostila poderia ser, é necessário as vezes algumas conferências, mas apostila não pode ser um documento total que o professor utiliza, disponibiliza aos seus estudantes como um material acessório para a formação, mas aqui um professor se não elabora um fascículo de fato o professor não trouxe um material porque falta de material didático, necessariamente afeta todo o sistema.

Pesquisador: E, se de modo geral, e... a situação, quais são as possíveis sugestões para essa melhoria olhando a qualidade daquilo que são os objetivos que se pretende alcançar, sugestões que talvez possa vir da parte do professor para a nossa qualidade mesmo do corpo docente em si?

Entrevistado: Como sugestões em primeiro lugar, insisto, colocar o homem certo no lugar certo, primeiro eliminar vícios no sistema de ensino, no sistema de ensino devemos eliminar vícios, na verdade só deve ser professor quem tem formação de professor, para quem não tem a formação de professor deve ter agregação pedagógica para vir a ser professor, estruturar muito bem as políticas que são traçadas a partir da macroestrutura não é, da macroestrutura, muitas das vezes a macroestrutura é coberta por pessoa que as vezes não tem domínio do processo de ensino e aprendizagem nem da estruturação das políticas educativas então isso belisca a nossa qualidade, se queremos ter um ensino superior em bons carris no país, devemos formar o homem certo na área certa para todos andarem de mãos

dadas e responder a expectativas, aquilo que é desejado nos objetivos internacionais, nacionais e internacionais, da carreira docente.

Pesquisador: Então temos visto muito exatamente isso que o professor acabou de aqui colocar, desse preparo, essa falta de preparo, será que ainda tem muito em termos de um percentual, vamos supor do corpo docente ali no ensino superior no sentindo de esse preparo pedagógico que lhe dá essas competências para estar nesse lugar, ainda temos muito défice nesse sentido de professores atuando no ensino superior sem talvez uma formação ou agregação pedagógica?

Entrevistado: Sim, para o nosso sistema por exemplo eu trabalho no sistema pedagógico, no sistema pedagógico na sua totalidade quase todos têm agregação pedagógica, ou a formação pedagógica, mas também existem áreas que também que talvez se precisaríamos da agregação curricular, quer dizer tem a formação pedagógica suponho trabalhar com a educação musical é um professor formado em ciências de educação, ele estudou a música, mas também precisava de uma especialização para qualificar melhor, para trabalhar com metodologia de educação visual e plástica, são artes, então para trabalhar com essas artes na verdade precisa de uma agregação curricular nas áreas das expressões, das expressões, todas áreas de expressões, então na verdade isso ainda carece, precisamos!

Pesquisador: Porque eu me lembro na época que fazia pesquisa do mestrado e uma das professoras diziam-me que olha, reclamava da monodocência, dizia olha eu não entendo de música, música exige um todo, tem a questão de nota, e eu não sei o quê que eu vou passar por exemplo para as crianças e ela disse olha foi colocado um, a intenção foi até talvez boa, mas não houve um preparo curricular ao se implementar certos recursos da reforma educativa não sei se é isso…

Entrevistado: Sim , aí acho que estamos juntos não é, estamos juntos no mesmo lugar, o quê que acontece, quando se implementava a reforma educativa ou se fazia a preparação da reforma educativa um dos primeiros objetivos era formar o corpo docente que estaria atuar na reforma educativa, por isso que a reforma educativa atuou ou foi preparada em partes, numa parte começou na primeira classe não é, dos professores que atuariam para a monodocência da primeira até a sexta classe, na outra na sétima classe até os professores que atuariam no primeiro ciclo da sétima até a nona classe e a outra começava na décima, nos professores que atuariam até a

décima segunda, isso levaria um ciclo, que ciclo, o ciclo foi de 2002 até 2012, não, até 2011, 2012 se faria uma avaliação geral para ver até que ponto que expectativa a reforma educativa está no país, na verdade também se fez essa avaliação, dentro da avaliação onde encontrar aqueles 12 princípios que disseram que teriam de ser requalificado a reforma educativa, então tentou-se fazer essa requalificação infelizmente a parte negativa apareceu e tiveram que regredir na política de retirar a quinta e a sexta classe na monodocência, quase se retira, eu digo se retira porque, quando se diz que colocar no regime próprio, regime próprio é para dizer que a mesma classe terá professores diversificados, pode ser um professor de língua portuguesa só vai trabalhar com a língua portuguesa, um vai trabalhar simplesmente com a Matemática e outro virá trabalhar com a Educação Moral e Cívica, EVP, etc, então para dizer a mesma classe irá mais de um docente ( como no antigo sistema ), como o antigo sistema sim, logo, isso é um fracasso na reforma educativa, também é um fracasso de um dos objetivos mais importante de colocar o sistema de ensino angolano na UNESCO, agora se fracassamos também significa que fracassamos colocar o nosso sistema na UNESCO e responder de igual para igual com outros países.

Pesquisador: Então quais são os esforços que talvez tenha sido ou tem se tomado para melhorar ou como dizem os brasileiros dar uma volta em tudo isso tem se feito alguns esforços para tal ou…

Entrevistado: Tentou-se fazer, eu digo tentou-se fazer porque eu vejo acho que se regrediu nessas políticas em 2010 e 2011 o Ministério da Educação na qual o departamento de formação de quadros nacional do Ministério da Educação tinha uma cooperação com uma agência japonesa, essa agência japonesa fazia oferta formativa dos professores primeiro nos cursos técnicos, esta cooperação veio até 2012 e 2013 e infelizmente os contratos se desfizeram e parou por ali, houve uma outra cooperação com Portugal das escolas técnico-profissionais, não é, essa cooperação era de qualificar, troca de experiências, professores de Portugal, do norte de Portugal, e professores de Angola dessas escolas, essa cooperação até 2014 cortou-se. Houve uma segunda cooperação dos professores portugueses a darem formação da supervisão pedagógica os professores angolanos e essa formação foi dada, infelizmente essas políticas foram pra falência, então eu digo que políticas tendenciosas, se alguém leva um projeto no ministério o projeto deve ser continuo, se

leva o projeto até na sua época quando for exonerado também as políticas exoneradas então nunca vamos dar o contorno, nunca vamos fazer o contorno a esta situação sempre haverá um início, se sempre haver um início nunca haverá um fim, os problemas vão continuar connosco.

Pesquisador: E isso continua ferindo aquilo que é a nossa qualidade de ensino de modo geral e em especial a nossa formação docente?

Entrevistado: Justamente belisca, Justamente belisca, a todos os sistemas ou subsistemas.

Pesquisador: Então e nesse caso olhando será que existe um orçamento tem tido um orçamento que olha a questão por exemplo das políticas educacionais com vista essa melhoria em termos de estruturais, materiais por assim dizer, existe um orçamento que é colocado só para atender essa demanda, temos notado que existe uma falta como o professor disse que as vezes a qualidade não é só um ângulo esse orçamento existe mesmo ou talvez só está no papel e não tem sido colocado em prática?

Entrevistado: Olha, na verdade eu nunca trabalhei na parte administrativa financeira, sempre o meu papel na parte pedagógica, organizativa pedagógica, agora há orçamento de investigação? Não temos, necessariamente não temos, eh nos anos atrás me refiro lá para 2012, 2013 e 2014, eu acredito que existia uma rubrica que rondava não sei se é a 0,5 ou 4 para a compra de material didático, mas isso já não existe, agora orçamento para investigação Angola não tem, Angola não desprende orçamento para investigação, o contraditório com o que está na lei internacional, que existe uma percentagem que se deve disponibilizar para a investigação, mas o resto se calhar é lá nos segredos dos deuses dos que gerem não é, as finanças, eu nunca gerei as finanças desconheço dessa parte.

Pesquisador: E pensando em termos de formação sendo que esses valores não chegam se existe ou não, mas que chegam isso talvez deva ser um fato, isso afeta em si a própria pesquisa no nosso campo onde o professor está sendo formado não só pensando numa sala de aula, mas olhando o horizonte numa forma macro em termos de pesquisa mesmo produção científica isso temos falta não sei se o professor poderia nos dar mais elementos ali?

Entrevistado: Olha é uma utopia falar da produção cientifica na nossa realidade, porquê que digo utopia? Não porque não se fazem investigação, no meu entender de acordo as experiências que acatamos a nível das nossas formações, eu tenho algumas experiências europeia, portuguesa, espanhola, etc. Eh, a pesquisa é realizada numa organização, tem agências que patrocinam as pesquisas, para nossa verdade nós somos pesquisadores, por exemplo eu sou autor desses livros e não só, de vários artigos, livros eletrônicos, agora se perguntarem como é feita a pesquisa, a pesquisa é feita particularmente, o financiamento é em função do meu salário, significa corto o meu ordenado, patrocino a minha pesquisa porque eu quero fazer com objetivo simplesmente de eu próprio saber aquele dado; e qual é o fim desse dado? Talvez é o próprio consumo, não ajudam ninguém porque ninguém está interessado em solicitar esse dado, então esta é a nossa realidade, muita gente investigam, muitos professores, por exemplo na nossa instituição tem bons investigadores, publicam bastante, mas sacrificar os ordenados pessoais. Não existe uma política direcionada das instâncias superiores que quem pesquisar isso vai fazer X, mas dentro dos requisitos até o passado havia um protocolo não protocolo, não diria protocolo, mas sim uma percentagem do financiamento quer dizer do salário da pesquisa, se calhar quem escrever X livros, quem participar em X banca do mestrado X teria 5% do seu salário, mas infelizmente isso já não anda nos ordenados já está desfeito a bastante tempo.

Pesquisador: Continuamos a cair na questão de uma falta de incentivo no sentido, falta de incentivo à pesquisa porque em outros países, outros lugares têm isso exato como bem foi colocado aqui, onde a pessoa recebe uma bolsa a pesquisa e ali tem um acompanhamento e coisa que nós não sei se é por falta de recursos ou so Deus sabe e continuamos assim nessa falta de materiais ou de elementos que vão dar aquele sustento essa sustentabilidade na nossa área de investigação científica porque eh, ficaria acho que muito pesado dependendo dos custos que vai ser eh...colocado ali para esse material sair como livro por exemplo que é o caso, não sei, até onde podemos ali parar ou pensar…

Entrevistado: Eu acho a falta de vontade, orçamente a falta de recursos não acho, eu acho que é a falta de vontade das pessoas que estão lá a dirigir não é, o sistema, porque se fosse a falta de recursos não diríamos, e recursos são visíveis na rua, carrões bonitos estão aí a circular, palácio e vivendas estão aí ser feita pelos

particulares, se estão a fazer é porque há recursos, mas a falta de vontade de investir no processo de investigação é que faz com que não tenhamos esses recursos nas instituições, por exemplo se houvesse uma agência de investigação que patrocina a investigação e essa agência encarregasse em publicar os resultados das investigações não é, que vem dali e acolá, agência ganharia com isso não é, a agência ganharia com isso, o país também ganharia com isso porque teria resultados a tempo, infelizmente relega-se a universidade em terceiro lugar e andamos como andamos

Pesquisador: E já houve tipo tentativas de dialogo nesse sentido ou ainda não se tem formado algo de género, tentativa de dialogo para apresentar propostas desse patrocino, desse investimento na nossa área cientifica no caso?

Entrevistado: Há conferências, tem havido conferências nacionais e internacionais a falar da investigação científica, falar de projetos educativos, etc, e essas conferências geram conclusões, as conclusões são sempre remetidas nas instâncias superiores as pessoas não é, de direito mas infelizmente essas conclusões não refletem em nada.

Pesquisador: Ok, então de forma resumida só para chegarmos numa conclusão aí, quais os desafios ou as nossas dificuldades em torno do nosso sistema, do subsistema de formação de professores em Angola do que se tem evidenciado?

Entrevistado: Desafios, tem expectativas, há expectativas, a tendência é tentar contribuir o possível para ver se amanhã tenhamos um professor que consegue olhar todas as dimensões, um professor atento, um professor que consegue levar um processo de ensino dinâmico, um processo reflexivo acima de tudo coisa ignorada, um professor que consegue velar quando é que a formação é um processo, quando é que a formação é um resultado, quando é que a avaliação é um processo, quando é que a avaliação é um resultado, isso temos estado a fazer constantemente, agora caberá a colaboração se venha pegar, acredito que a vontade que já focamos se acontecerem teremos instituições brilhantes eh, que poderá competir com as instituições que já andam a séculos.

Pesquisador: Então, e... não sei se está pelos veículos de imprensa, ta tendo uma reforma em termos de alguns cursos que estão deixando de fazer parte a nível do próprio ISCED, o quê que o professor poderia dizer sobre essa questão, essa

temática, alguns cursos estão deixando de existir como psicologia talvez por ali, filosofia, deixarão de (pedagogia), pedagogia que é o caso…

Entrevistado: Na verdade deixarão, é uma descontinuidade, chama-se descontinuidade curricular, então como é que está funcionar a descontinuidade curricular? Anteriormente formou-se tanta gente em filosofia, formou-se tanta gente em psicologia educacional, formou-se tanta gente em pedagogia, gestão escolar, supervisão escolar, e velando no nosso currículo, o currículo angolano, não existe um curso que tipicamente está formar filósofos ou uma sala que forma filósofos, mas sim nos currículos dos segundos ciclo tem professor de filosofia, tem uma cadeira de filosofia como disciplina e um professor com dois tempos cobre mais ou menos 5, 10 turmas, um único professor, agora formando milhares e milhares onde é que vão trabalhar não tem mercado de trabalho. Formar um professor em psicologia educacional, na verdade a psicologia educacional só atua em algumas, a psicologia no geral é uma cadeira nos currículos dos que fazem ensino o pré-universitário, também nas escolas de formação de professores tem a psicologia do desenvolvimento, mas para dizer que em 10 anos uma província talvez só emprega um professor de psicologia, talvez um professor de filosofia, agora onde é que irão a moldura humana que está a ser formada nas escolas ou que já está a ser formada nesses 20 anos? Em nenhuma parte; todos andam aí sem emprego. Também formou-se muita gente em gestão escolar, supervisão escolar como curso onde estão essas pessoas, muitas delas não trabalham estão em milhares então o ministério do ensino superior elaborou uma tabela dos cursos excedentários, então esta tabela indicou por exemplo a Gestão Empresarial já existe mais ou menos mais 10 mil desempregados e formados, licenciados e mestres alguns. Direito já são milhares e milhares e muitos deles desempregados, tantos cursos então cada curso na tabela ocupa uma posição e esses cursos mais ou menos estão lá 28, 29 cursos não é, que já são excedentários estão em descontinuidade, a princípio não corresponde com o currículo porque suponhamos curso de Pedagogia opção Gestão Escolar onde é que vai trabalhar é verdade gestor escolar tem conhecimento da escola, mas a escola não precisa um gestor principiante, precisa um gestor que já conhece o funcionamento administrativo de uma escola que já é professor depois é que vai para administração, agora os novos irão para onde, para nenhuma curso, então a descontinuidade, isso é uma descontinuidade dos cursos antigos, agora esses cursos também antigos podem ser

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