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No mesmo ano que acontecia o 1º Festival de Jazz de São Paulo, em 1978, ele trocou o teatro pela música, na mesma ECA-USP onde estudava. Ainda nesse período o garoto que cresceu ao som do rockn’roll se apaixonou pelo jazz e daí para

todo tipo de música negra foi um passo rápido. Nos estudos seu foco era música popular, embora não recusasse as lições de música erudita. De tão fascinado pelos ritmos negros, assistiu duas vezes aos dois primeiros festivais de jazz de São Paulo: uma ao vivo, outra pela TV Cultura. Ainda não sabia, mas seu destino o levaria para sempre nos rumos dos festivais de jazz pelo mundo.

Seus primeiros escritos foram para revista Som Três, cujo editor era Maurício

Kubrusly, primo de uma amiga que os apresentou. Depois foi para Folha de São Paulo e por lá ficou também por uma coincidência: no dia em que foi entregar um pequeno artigo para ser publicado no caderno Folhetim, encontrou um conhecido

que o avisou sobre a procura do jornal por novos críticos de música. O conhecido era Leon Serva, na época chefe de reportagem da Ilustrada, que o convidou para fazer o teste. Ele fez e passou. Ficou por um tempo como colaborador, escrevendo críticas e depois reportagens, mas como a Folha estava um pouco descoberta na área de música, o trabalho foi só aumentando, até que decidiram contratá-lo em 1987. Ele tentou recusar a princípio, porque nessa época estava escrevendo sua dissertação de mestrado, mas vendo-se sem saída, topou e adiou um pouco mais a entrega da pesquisa.

Seu primeiro curso sobre jazz foi feito pela rádio Cultura, num programa sobre a história do jazz elaborado pelo então crítico do Jornal da Tarde, Armando Aflalo, que ele teve o prazer de conhecer, pois era tio de um amigo. Conheceu o crítico e também sua discoteca e ficou maravilhado com aquela sala cheia de prateleiras cobertas por discos. Diz ter aprendido a fazer crítica dentro do dia a dia dos jornais, lendo os que ele considera grandes críticos musicais, como o próprio Aflalo, João Marcos Coelho, Tárik de Souza, entre outros. Hoje Calado já tem quatro livros publicados: O Jazz como Espetáculo, Tropicália: A História de Uma Revolução Musical, A Divina Comédia dos Mutantes e Jazz ao Vivo. Também já cobriu dezenas

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escrito para diversas revistas de música como Bravo e Showbizz. Também

mergulhou nessa nova tendência dos blogs jornalísticos e criou o seu: Música de Alma Negra.

Sua presença constante dentro dos veículos de comunicação o torna, hoje, um dos principais críticos de música no Brasil, com preferência em jazz e música brasileira. Dentre os críticos do Free Jazz está, sem dúvida, entre os mais importantes, por ter feito a cobertura desde os primórdios até o final. Responsável por estabelecer um olhar menos purista dentro do veículo para o qual escreve, a Folha de São Paulo e

com ouvidos abertos para a diversidade, propõem uma crítica menos ortodoxa e mais rica de elementos históricos, para que desta forma a estética de cada músico seja mais bem compreendida pelos leitores, mesmo que estes não entendam nada sobre música. Para ele, o excesso de ortodoxia é um fator empobrecedor da crítica musical, que em suma, deveria mais esclarecer do que apelar para juízos de valor. - Muitas vezes a crítica é exageradamente agressiva com o artista. Como você vê isso?

Acho que a Folha sempre chamou a atenção por ter, em determinados momentos, pelo menos um crítico que fazia o papel de palhaço. Ele ia para o show realmente para desancar...

A crítica que eu fiz como teste para entrar na Folha foi “Chuck Mangione, efeito de latin lover” (Maio de 1986). Eu me arrependo um pouco dela. O Chuck era um trompetista de jazz respeitável, mas eu não concordava com algumas coisas que ele fazia. Naquela época, ser crítico significava ter diversos estímulos para, caso tivesse que falar mal, poder falar bastante mal dos músicos. Se eu tivesse escrito essa crítica alguns anos depois, eu teria sido um pouco menos venenoso, mas no fundo era o que eu achava naquele momento e acabou sendo meu teste. Ainda assim, eu não quero colocá-la na próxima edição do livro Jazz ao Vivo, que deve ser reeditado.

- E o que seria, então, uma boa crítica?

Eu não sou formado em jornalismo, nunca fiz o curso, minha escola foi acompanhar bons críticos nos jornais. Para mim, fazer uma boa crítica é conseguir achar o ponto de equilíbrio entre falar para o grande público e falar para o público profissional. A

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questão é que grande parte dos leitores são leigos, não adianta pensar em falar só para os seus colegas da escola de música. É preciso equilibrar para não ficar só no superficial, não basta dizer: “gostei disso”, “não gostei daquilo”, “achei uma droga”, como muita gente chegou a fazer no início dos anos de 1980.

- Como você percebe a crítica nos dias de hoje?

Hoje em dia a crítica está em franca extinção, é uma categoria no jornalismo cultural que está sendo enterrada dia-a-dia. Cada vez mais o espaço é mínimo para ela. Um exemplo que eu dou para explicar o problema está nas páginas dos jornais. No início dos anos de 1990 eu passei alguns meses como editor das páginas de música do caderno de cultura da Folha e, naquela época, nós tínhamos duas páginas semanais inteiras, quase sem anúncios, só para discos, onde os altos de páginas eram temáticos. Mais ou menos como se faz no Estadão, hoje.

Em finais de 1980 o blues estava começando a aparecer forte por aqui, embora não

fosse novidade na Europa, no Brasil era novidade ter um foco maior no blues,

principalmente porque em 89 aconteceu um festival de blues em Ribeirão Preto, que

trouxe músicos importantes como Buddy Guy, Magic Slim e Bo Didley, importantes inclusive na história do rock. Esse era um bom tema como matéria para estas

páginas, assim como um pacote de discos de uma determinada corrente que estava sendo lançado no Brasil, coisas assim. Em média 3 ou 4 reportagens, com o rodapé todo coberto por pequenas críticas, como se faz hoje no Estadão e se fez por muitos anos na Ilustrada.

Semanalmente tínhamos, então, essa duas páginas para discos e no Domingo tínhamos outra página inteira. Ou seja, três páginas inteiras para música. Hoje o Estadão tem isso, passados 20 anos; a Folha já teve, mas hoje quando consegue numa quarta-feira encher uma página inteira com música é muito. Essas três páginas eram fixas, críticas de show exigiam espaço extra. Festivais exigiam mais várias páginas, muitas vezes didáticas para preparar os leitores para o festival. Fazíamos cadernos especiais temáticos, pré-festival, para que o público entendesse o que era o jazz, sua história e modificações ao longo dos anos. Fisicamente houve uma redução radical de espaço. A ilustrada chegava a ter 36 páginas no final de semana. Se o espaço do caderno que cobre música foi diminuído radicalmente

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(acho que hoje deve ter 50% a menos de espaço), qual a primeira coisa que você acha que foi cortada? A crítica, claro. Gastronomia e moda, ao contrário, ganharam cada vez mais espaço, saíram dos assuntos marginais. O espírito crítico esta deixando de ser incentivado.

- Espírito crítico?

Sim. Eu não acho que crítica, necessariamente tem que ser a crítica pejorativa ou a crítica negativa. Acho que o conceito de crítica é, antes de tudo, tentar decifrar ou, de certo modo, explicar o que é uma obra para o leitor. Mas o que seria uma boa crítica sobre um concerto ou um disco? Antes de tudo, contextualizar aquele trabalho

num período histórico, para relatar ao leitor qual o universo estético que aquele músico surgiu. Na verdade, cada músico tem sua história, suas relações, pertence a uma geração e tem uma determinada estética que construiu ao longo da vida. Os “Miles Davis” são raros, quer dizer, um músico que lidera quatro ou cinco mudanças importantes dentro de um estilo é muito raro. Na maioria dos casos, ou pelo menos no jazz, a maioria dos músicos acaba se identificando com uma determinada época e um determinado estilo, assim como no Brasil muitas vezes encontramos músicos que tocam samba a vida inteira, ou choro, ou mpb, sem mudar nunca. Algo normal, na verdade.

Por exemplo, um músico que era jovem nos anos de 1930 e 40 e tocou nas big bands do swing, provavelmente vai tocar swing a vida toda, porque isso é música para ele, tem a ver com sua juventude. Isso também tem a ver com o gosto pessoal que normalmente é marcado pela juventude.

Podemos dizer que o primeiro erro de um crítico que não faz direito o seu trabalho seria o de não se colocar no lugar desse músico e tratá-lo segundo o seu gosto pessoal. Ou seja, um crítico que gosta de heavy metal não vai fazer um bom trabalho se tiver que escrever sobre jazz, é possível que ele escreva que o show foi chato devido às longas improvisações. O efeito será o mesmo de um elefante pisando em taças de champagne. Pois antes de tudo é preciso familiaridade com o assunto, sensibilidade para tratar com a música. Eu já vi esse tipo de coisa acontecer, muitas vezes porque o jornal coloca o cara errado, no lugar errado. É claro que cada pessoa vai ter o seu estilo preferido, músicas que sensibilizam mais à

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outras, mas para fazer crítica é preciso ter bagagem, escutar o máximo de coisas e não ficar circunscrito apenas em um determinado estilo. O conhecimento é fundamental não só para embasar o texto como também para conseguir certa parcialidade na crítica, você não está ali para destruir a música, ou chamar aquilo de chato e dizer que não gostou. Isso é ridículo, você faz com os seus amigos. A responsabilidade com a crítica é muito maior, o que se espera é que alguém saia enriquecido com o texto que você escreveu. A crítica para mim não tem que ser um juízo de valor, tem que ser um esclarecimento, agir como um iluminador, até conseguir que o leitor tenha um interesse novo sobre aquele evento ou aquela música. T.S.Elliot já disso isso em outras palavras. Para mim a crítica musical não é simplesmente uma opinião; pode até ser, mas neste caso você precisa estar muito embasado.

- Onde está a satisfação neste ofício?

Já faz alguns anos que eu não me identifico com a cobertura da Ilustrada. Praticamente 90% da cobertura se dedicam ao rock, à música eletrônica e ao pop,

como se somente isso interessasse aos leitores, acho isso bastante discutível. Ainda assim, acho que a coisa mais satisfatória que aconteceu comigo foi quando, numa entrevista, perguntaram para o compositor André Abujamra se alguma crítica já o tinha ajudado em alguma coisa e ele citou textualmente uma crítica minha. Certamente nós até poderíamos ser amigos, mas não foi o caso, a crítica foi quem ajudou.

- Mário de Andrade tentou elaborar uma nova função para a música brasileira. Você acha que ele foi mal interpretado pelos nacionalistas?

A proposta modernista está muito longe da realidade dos jornais. Mário de Andrade foi um exemplo, mas sua proposta era bem mais ampla, tinha um programa nacionalista, feita por um antropólogo, musicólogo... É diferente do crítico que cobre acontecimentos diários para o jornal. Eu, particularmente, me espelhei em profissionais de redação, aprendi na prática do dia-a-dia dos jornais. Claro que antes da minha primeira experiência eu já tinha passado uns dez anos lendo críticas do Armando Aflalo, do Zuza Homem de Mello, do Tárik de Souza, do José Domingues Rafaeli, do Luiz Orlando Carneiro... Quer dizer, críticos importantes ou de jazz, ou de

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música brasileira, que eu respeitava. A minha escola crítica foi essa. Mas também os encartes dos discos, que vinham com longos ensaios sobre o artista.

- Nas críticas do Free Jazz você sempre destacava o caráter mercadológico do festival como sendo algo que merecesse ser esclarecido. Por quê?

Essa era uma maneira de eu me posicionar frente às discussões que ocorriam nos bastidores. Eu era relativamente novo diante dos outros críticos que cobriam o festival e percebia que nos bastidores os comentários eram muitas vezes bastante ortodoxos. Em primeiro lugar, quase todos eles detestavam rock, até por uma

questão de formação, mas eu cresci ouvindo rock, para minha geração o rock foi

muito forte. Ainda assim, meu interesse pelo jazz surgiu cedo, por volta dos 17, 18 anos e por um tempo eu segui escutando as duas coisas. Também sempre gostei muito de música negra como soul, rythm’n’blues, blues, funk... Isso tudo sempre me

interessou muito. Assim, ficava bastante claro que o jazz e todos os ritmos negros sempre mantiveram um forte contato, eram músicas que se completavam. E, nesse contato com os críticos da velha guarda, eu sentia que tinha muito preconceito com relação ao festival, devido a abertura cada vez maior concedida a diversos estilos. Claro, o festival tinha uma obrigação com o patrocinador de manter salas cheias, mas também havia uma cena musical que estava ficando cada vez mais diversificada e aí o festival tinha a obrigação, não de se abrir para todas as tendências, mas de mostrar as novidades, como cabe a um bom festival de música. Daí a dizer que o Free Jazz, por trazer músicos de blues, do jazz fusion, uma

cantora de soul ou algo do tipo, descaracterizava um festival de jazz, eu encarava como sendo uma ortodoxia muito grande. Não acho que o festival tivesse que seguir com fronteiras extremamente definidas, porque isso interessaria a poucas pessoas. Não estou me colocando acima desses críticos importantes, mas minha geração teve a sorte de viver em um período aonde o rádio era muito eclético. Nas melhores rádios, nós tínhamos condições de acompanhar programas semanais de jazz, de música erudita, de música internacional como a italiana e até bons programas de música brasileira, que sempre existiram. Havia também uma tendência de se fazer programas direcionados para o passado e aí nós tínhamos a oportunidade de nos atualizarmos diante de coisas que não tínhamos ouvido. Então eu nunca senti a necessidade de determinar especificamente o meu gosto musical, achava importante transitar entre os vários estilos e por isso, na hora de cobrir o Free Jazz

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eu me sentia na obrigação de incentivar uma visão mais aberta sobre a música. Escutar jazz é tão prazeroso quanto escutar um determinado samba ou uma peça erudita em determinados momentos. Quando eu lia uma crítica muito purista, eu fazia questão de dizer que não concordava, para estimular uma experiência mais rica.

- Seu modo de entender o festival acabou deixando a Folha sob um ponto de vista mais aberto neste sentido.

Voltando àquela linhagem dos palhaços da crítica, eu acho que alguns críticos se prestaram a isso. Antes de eu entrar na Folha foi o Pepe Escobar, que atuava majoritariamente na área de música pop. Ele era um cara muito narcisista e escrevia sob um ponto de vista muito particular, muitas vezes na primeira pessoa _nisso eu vejo um problema porque acho que o crítico deve escrever com um olhar um pouco mais distante, de fora do contexto, para conseguir transmitir alguma além da sua opinião. O Pepe era bastante favorável a críticas mais pejorativas, tanto que, certa vez, chegou a ser agredido na porta da redação. Quem depois assumiu isso na Folha foi o próprio Giron, inclusive eu sei de uma história que quando Caetano Veloso o conheceu, disse para um amigo em comum: “Nossa, esse é o Giron? Até eu dou uma porrada nele!”. Acho que eu posso falar isso porque acompanhei seu trabalho diariamente sei que, quando você ataca alguém muito importante, em tese, passa a ser tão importante quanto sua vítima. Em última instância é isso.

- E o Ruy Castro?

Eu nem acho que o Ruy Castro cria um personagem para se promover como tantos outros, na verdade ele tem uma relação tão visceral com a Bossa Nova que realmente acredita que depois dela nenhuma novidade aconteceu no campo musical brasileiro. É o ponto de vista dele, eu acho bastante pobre, mas é o ponto de vista dele, eu posso entender, tanto que hoje em dia ele nem está tão voltado para a crítica, prefere elogiar as coisas que ele gosta, tudo que está ligado ao Rio e à geração da Bossa Nova.

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É, na verdade começou a virar uma vitrine de novidades, mas faltava uma liga ali... Acabou virando um panorama da música mundial e não necessariamente com as coisas mais interessantes dentro do seu contexto. Isso acabou o transformando. Mas também acontecia de trazer novidades que se destacassem nos grande festivais de jazz pelo mundo. Eu, por exemplo, dei várias dicas. Quando a Monique, diretora do festival, me ligou para avisar do cancelamento da vinda de Mel Thormé, para que eu corrigisse a divulgação, perguntou sobre os músicos interessantes que tocaram no Festival de Jazz de Montreaux daquele ano. Eu tinha voltado há pouco tempo de lá e feito uma entrevista com a cantora Cassandra Wilson, estava com o cartão do seu empresário na mão, porque havia marcado com ele. Eu já era fã e acabei sugerindo para o Free Jazz. Deu certo! Aliás, teve um ano que eu publiquei várias sugestões... Um pouco pretencioso, mas vários deles acabaram vindo depois. - Houve uma descaracterização que levou o festival ao seu fim?

Não, não! Foi um problema realmente de patrocínio, o cigarro não podia mais bancar. Um festival como o Free, se não tivesse havido essa mudança na legislação, acho que dificilmente teria terminado naquele momento. Era um festival de grande sucesso. Sem dúvida, o principal festival de música do país naquela época, não sei se tanto quanto o Rock’n’Rio o foi, mas se pensarmos em espaço na

mídia e prestígio, o Free era o principal. Depois, num segundo momento, uma empresa de telefonia assume o patrocínio...

- E aí tiram o jazz do nome...

Sim, e fez todo o sentido, porque naquele momento já não era, exatamente, um festival de jazz, era um festival genérico de música. O jazz se manteve no palco do Ibirapuera, construíram uma tenda para a música eletrônica e outro palco para a música pop... Assumiram esse novo formato. Afinal, os festivais não foram inventados pelos produtores de jazz, mesmo que por décadas tenham sido muito importantes como divulgadores desse formato. Mas ainda existem festivais de jazz, né? O Toy Lima, produtor do Bridgestone Music Festival, ainda mantém, com certa sensibilidade, o formato de um festival de jazz não tão ortodoxo, mas que pode perfeitamente continuar sendo chamado de festival de jazz. E no começo dos anos 2000 fez o Shivas Jazz Festival, também bastante jazzístico.

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- Você não acha que havia uma pressão mercadológica para que o Free Jazz expandisse suas fronteiras musicais?

Imagine um festival como esse, feito pelo Sesc. Poderia, né? E ele até faz coisas como uma mostra anual, mas não segue um determinado gênero, cada ano a temática é diferente e multidisciplinar, atuando em várias áreas. Imagine então um Free Jazz feito pelo Sesc. Certamente depois de alguns anos ele não se tornaria tão comercialóide como o Free Jazz acabou se mostrando nos últimos anos. Na época do Tim, o festival já estava numa trajetória do que era muito popular. Claro, tem gente que gosta e o palco de jazz foi mantido de maneira justa para seus ouvintes.

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