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3. A OFICINA DE PIANO COLABORATIVO

3.4 Período de observação da oficina

3.4.2 Período sem o acompanhamento

3.4.2.1 Entrevistas

Pesquisadora: Como você avalia o seu desempenho na oficina? Se você fosse participar de uma nova oficina, o que vocês mudariam?

Aluno:Eu acredito que a oficina para mim, foi um, assim, uma

experiência de como é realmente o mercado lá fora. Assim, e, foi assim, um pontapé inicial para ver realmente como é a coisa sabe?E..., e a oficina, ... Qual a segunda pergunta?

Pesquisadora: Se você fosse participar de uma nova oficina, o que vocês mudariam?

Aluno:Em relação à leitura?

Aluno: Eu acho que eu tentaria olhar para as músicas com uma visão mais analítica, uma visão mais ampla sabe, e não ficar com uma visão muito restrita, fechada, sabe.. Por exemplo, essa peça que estou pegando, Vá Pensiero, né, eu tive que olhar assim, como se eu fosse olhar uma coisa assim, muito, de uma visão assim, muito grande, sabe? E não me limitar a pequenos trechos sabe? E mudaria isso assim, tentar olhar para uma peça como um todo assim sabe, e não pedaços. Mudaria isso.

Pesquisadora: Após seis meses do término da oficina de piano colaborativo, você notou alguma diferença ou crescimento no seu cotidiano musical?

Aluno: Sim! Sim notei, na, é, eu notei uma diferença, é... por

mais pequena que seja, na leitura à primeira vista. É, e eu comecei a praticar fora da UDESC a, a colaboração.... Isso...

Pesquisadora: Então fora das obrigações acadêmicas você faz trabalhos colaborativos?

Aluno:Sim, comecei a fazer mais frequentemente....

Pesquisadora: Humm, legal!

Aluno:Antes da oficina eu não fazia.

Pesquisadora: A prática da leitura à primeira vista foi incorporada no seu estudo diário?

Aluno: Hum, eu tento fazer diariamente. Então, todo final de

noite eu tento pegar um trechinho assim, de alguma peça que eu tenha, alguma partitura solta assim lá em casa, e tento praticar. Mas não é todo dia. Não é assim, é...como se fosse uma coisa....

Pesquisadora: Diária?

Aluno:Não é diário, eu tento fazer, mas não é sempre, sempre,

sempre...Porque tem muitos afazeres aqui das disciplinas aqui da Universidade e às vezes não dá.

Pesquisadora: O que você sente quando alguém lhe apresenta uma partitura para ler à primeira vista?

Pesquisadora: E essa sensação mudou depois da oficina ou não?

Aluno:(PAUSA)Ela vem... depois da oficina sim, sim, sim e, e,

então, como falei no início, a oficina foi assim um pontapé inicial sabe? E agora mesmo estou começando a ter essa coisa de, ter a visão ampla sabe, da peça que eu pego. Por exemplo essa peça que eu peguei novamente, usando o exemplo da Vá Pensiero, eu, eu tive assim, a gente, sempre o primeiro contato com ela é assim, ah, é grande e né, é difícil, sei lá, tem muito, sei lá, tem muito sei lá. Tem polirritmia mas não, vai olhando com calma, passa o olho uma vez, depois a segunda vez vai vendo que não é, não é o bicho de sete cabeças pode...quantidade não nada sabe, quantidade de folhas. Eu aprendi isso assim, que tem que olhar com uma visão analítica no geral, no todo da peça sabe e tentar fazer uma análise harmônica, para onde vai, o que acontece com a melodia, saltos, essas, esse tipo de coisa.

Pesquisadora: Durante a oficina trabalhamos algumas sugestões para o desenvolvimento de uma série de habilidades, tais como vocalize, reduções, música de câmara (com diálogos). Em que medida você está utilizando os conhecimentos adquiridos na oficina?

Aluno: É, (pausa) então, sempre quando vou acompanhar

alguém é, eu não tenho usado essa prática.

Pesquisadora: Não? Por quê?

Aluno: Não sei, acho que... eu costumo acompanhar uma

soprano e ela já tem o hábito de fazer os vocalizes por ela mesmo, então eu procuro não interferir. Então eu não tenho colocado isso em prática não.

Pesquisadora: Você nunca tentou falar para ela: “Olha, vamos fazer um vocalize diferente?”

Aluno: Eu já tentei, mas parece que ela se sentiu

Pesquisadora: Ainda sobre esses conhecimentos ou habilidades. Quais os que você percebe que já possuía e quais foram adquiridos após a oficina?

Aluno: Já possuía alguns e a oficina somou nesse conhecimento.

Pesquisadora: E você poderia dizer quais?

Aluno: Exercícios de vocalize, os mais básicos e tradicionais né, já tinha conhecimento, mas, é, você me passou os restantes assim.

Pesquisadora: O que suas atividades musicais (acadêmicas e profissionais) atualmente estão requerendo?

Aluno: É, (pausa) eu acho que, (pausa) acho que acima de tudo musicalidade. Musicalidade e, eu sinto que a Universidade não cobra tanto na questão da leitura à primeira vista, e, eu acho que pra mim, é, isso é essencial para um músico, acho que um músico se faz disso, para ele permanecer no mercado de trabalho ele tem que ter uma leitura à primeira vista boa senão acho que ele acaba correndo risco de não comer depois, (risos) sabe, e, é isso.

Pesquisadora: Você tem intenção de assumir a prática colaborativa como uma possibilidade profissional?

Aluno: Quando eu estava fazendo a oficina eu cheguei a pensar que eu não queria isso para minha vida, mas, eu comecei a pegar gosto pela coisa sabe, e é muito interessante como essa troca de ideia acontece e comecei a pegar gosto, então agora estou gostando de acompanhar, essa coisa de entregar a partitura hoje para tocar amanhã isso é muito legal, quando tu consegue dar conta assim, é muito gratificante, por mais que seja simples.

Pesquisadora: Sim, claro, é sempre muito gratificante. E a atividade de concertista solista, também está nos seus planos? Aluno: Não! Eu acho que é uma coisa muito, que vem muito de berço sabe, é, na minha opinião né, posso estar enganado nessa minha fala, mas acho que vem de muito cedo, acho que da cultura sabe da cidade de onde a pessoa vem, dos pais,

incentivo dos pais acho que conta muito. Eu acho que tem muito assim de criança sabe, pra ti ser um concertista, solista. Mas, eu acho que não penso não. Sim, eu penso em fazer umas apresentações como o Guilherme Amaral, talvez né, quando eu ficar bom (risos) e sei lá, nesse nível, nada assim muito, porque a gente vê tanta coisa na internet né, muita gente boa mesmo né, por exemplo nesse concurso, fiz o concurso Rosa Mística , eu vi lá criança de 8, 10 anos né, debulhando no piano, então, acho que isso me, não sei, não vou dizer desanimou assim mas, acho que tem essa coisa que vem de berço mesmo, não vem de uma hora para outra sabe, eu já comecei tarde também, eu sou apaixonado pela música pelo piano mas é uma coisa que vem desde cedo , na minha opinião, sabe....

Pesquisadora: Você vê no caso então, o piano colaborativo como uma opção de mercado? Você visualiza isso?

Aluno: Sim, sim visualizo como uma opção de mercado, profissionalmente, com certeza, profissionalmente falando.

Aluno 2

Este aluno não reside mais em Florianópolis e por isso não participou da entrevista.

Aluno 3

Pesquisadora: Como você avalia o seu desempenho na oficina? Se você fosse participar de uma nova oficina, o que vocês mudariam?

Aluno: É, (pausa) eu teria tocado naquela vez da masterclass. Eu não toquei, eu tava nervosa é, mas só que eu tô trabalhando essa coisa na música pra tocar, mesmo que eu não fosse tão bem, o importante era tocar do que não ter tocado. É, eu acho que teria tentado pegar mais tempo por dia assim pra estudar a leitura à primeira vista. Ai, é tentar menos com os erros e dar mais continuidade nas músicas.

Pesquisadora: Após seis meses do término da oficina de piano colaborativo, você nota alguma diferença/crescimento no seu cotidiano musical?

Aluno: Sim, principalmente isso de errar e tentar dar continuidade, é, na época já tinha trabalhado com uma pessoa assim, de violino e, eu tinha muito mais problema de ficar parando e o instrumentista precisar de apoio para continua. E depois da oficina também pensei mais nisso, e dar mais continuidade na peça, de ir para frente, é, acho que melhorei nisso.

Pesquisadora: A prática da leitura à primeira vista foi incorporada ao seu estudo?

Aluno: (Pausa) Teria que incorporar mais, mas o duro é o tempo.

Pesquisadora: Mas alguma coisa assim, mínima que seja,

você faz?

Aluno: Sim! Sim, eu fiz isso acompanhando as pessoas. Porque às vezes não dava tempo de estudar e fui lendo à primeira vista.

Pesquisadora: O que você sente quando lhe é apresentada uma partitura para ler à primeira vista? Essa sensação mudou após o trabalho na oficina?

Aluno: Ainda fico com medo, mas acho que tenho outra visão assim, é, já olho aqueles pontos que foram falados na oficina. Apesar de antes, até ia falar desse ponto, mas acabei esquecendo, que foi, não sei, foi mais trabalhado e direcionado para isso e, é, eu fico com medo, mas acho que tô mais, tô tentando enfrentar mais.

Pesquisadora: Durante a oficina trabalhamos algumas sugestões para o desenvolvimento de uma série de habilidades, tais como vocalize, reduções, música de câmara (com diálogos). Em que medida você está utilizando os conhecimentos adquiridos na oficina?

Aluno: (Pausa) É, vocalize e reduções prontas e feito os cortes dos tuttis.

Pesquisadora: Poxa, que bom [pausa]. Ainda sobre esses conhecimentos ou habilidades, quais os que você percebe que já possuía e quais foram adquiridos após a oficina?

Aluno: Acho que vocalize eu fazia, porque faço canto, aí já sabia fazer alguns. Só que depois da oficina, eu comecei a pensar mais na direção de que instrumento é, estilo, se é cantor popular, se é erudito aí tem que mudar um pouco o aquecimento e, a questão das alturas (notas, texturas) eu já sabia. Mas também, o que mudou é, (pausa)... a questão dos sinais, tentar os contatos visuais.

Pesquisadora: Comunicação?

Aluno: Comunicação. Eu ainda não sou muito boa não, (risos) mas já melhorei um pouquinho.

Pesquisadora: Fora das obrigações acadêmicas, você tem feito algum trabalho colaborativo?

Aluno: Sim! Eu tô fazendo, é, com uma menina da viola que é a parte, é o primeiro movimento de um concerto. E acompanho uma menina que começou a aprender viola e aí então é até bom pra mim e pra ela, porque as duas vão aprendendo juntas.

Pesquisadora: O que suas atividades musicais (acadêmicas e profissionais) atualmente estão requerendo?

Aluno: No sentido de que?

Pesquisadora: Musicalidade, leitura....

Aluno: (Pausa) É eu acho que musicalidade. Porque vou tirando a música e tenho que incorporar mais a música, aí eu tenho que pensar mais nessa parte. Talvez eu demore mais pra incorporar isso. Mas com a ajuda do outro instrumentista, ele vai falando...

Pesquisadora: Você sente mais facilidade então?

Aluno: Sim!

Pesquisadora: Você tem intenção de assumir a prática colaborativa como uma possibilidade profissional?

Aluno: Eu tava pensando seriamente nisso, é, só tenho que me organizar pra ter bastante tempo pra estudar assim, me dedicar realmente. É uma das coisas que me passa pela cabeça...

Pesquisadora: Então é uma possibilidade?

Aluno: Sim!

Pesquisadora: E a atividade de concertista solista, também está nos seus planos?

Aluno: Não!

Aluno 4

Pesquisadora: Como você avalia o seu desempenho na oficina? Se você fosse participar de uma nova oficina, o que vocês mudariam?

Aluno: Eu acho que eu comecei um pouco melhor comparado com os outros alunos por já ter tido momentos que eu aprendi leitura. E eu já fazia com professores antigos leitura, mas tiveram alguns momentos que, depende da peça, eu tava em confronto né, depende do tipo de escrita, geralmente escrita brasileira, assim de ritmos brasileiros ou a própria notação, assim, da partitura, assim, de compositores brasileiros, às vezes é um pouco mais difícil de ler à primeira vista. Mudaria? Como assim mudaria? No processo?

Pesquisadora:Nas suas atitudes .

Aluno: Olha não sei, talvez eu tentaria tocar com mais pessoas por que a gente só teve experiência com alguns cantores né? Talvez eu tentaria fazer com outros instrumentistas, não só com cantores. Mas em relação ao meu comportamento, talvez eu pudesse ter tido mais leituras durante a oficina, eu me cobrar mais de fazer mais leituras durante a semana, porque em alguns momentos a gente lia e tal, mas nem sempre eu pegava todos os dias leitura. Então talvez, se tivesse pego com mais constância, pudesse ter tido um resultado um pouco melhor também.

Pesquisadora: Após seis meses do término da oficina de piano colaborativo, você nota alguma diferença/crescimento no seu cotidiano musical?

Aluno: Eu, então, logo depois da oficina eu já notei, porque eu já comecei a pensar em aceitar acompanhar algum instrumentista, algum cantor.No caso a cantora que queria que eu começasse a acompanhar, ela mesmo desistiu, mas instrumentista. E já topei tocar com dois, um violinista e um cellista. Inclusive já me apresentei com o cellista e já tive coragem de aceitar, entendeu, acompanhar alguém que antes, assim, mesmo que eu achasse, mesmo que eu achava que a peça não fosse tão difícil e que eu pudesse ter uma capacidade de desenvolvimento da peça em um curto período de tempo, eu não tinha coragem de dizer, porque, né, é muito mais responsabilidade.

Pesquisadora: A prática da leitura à primeira vista foi incorporada ao seu estudo?

Aluno: Então, assim, eu não tenho um método, um livro que eu pego só pra ler. Eu aplico isso com meus alunos. Todos os alunos eu faço leitura à primeira vista e ajudo, ensino né, da melhor maneira que eu tô julgando por enquanto como fazer. Mais agora com a oportunidade que eu tô tendo de trabalhar com euritimia, na aula de euritimia, a

professora de euritimia me dá vários pedaços de peças para eu ler na hora pros exercícios, então é um exercício gigante, porque eu tenho que dar conta da leitura dentro daquele tempo curtíssimo certo e não perder nada, elemento nenhum, porque eles precisam disto pra fazer os movimentos. Então eu tenho que realmente fazer aquele esquema que a gente fez na oficina, enxugar o que realmente é mais importante pra dar conta e, na segunda tocada incluo outro elemento, na terceira tocada incluo mais outro elemento, então assim, isso está sendo meu exercício semanal mas é um exercício bem, com bastante responsabilidade .

Pesquisadora: O que você sente quando lhe é apresentada uma partitura para ler à primeira vista? Essa sensação mudou após o trabalho na oficina?

Aluno: Então, eu sempre gostei, eu sempre achei prazeroso o desafio de ler, eu prefiro. Se me dessem uma partitura cheia de acordes assim cabeludos, eu ia tremer na base. Agora uma partitura cheia de notas eu já penso assim, tá, esse território eu conheço entendeu? Então, por um certo momento eu não me sinto tão desconfortável e depois da oficina eu acho que dá pra resolver. Daí se eu não consigo tocar tudo, eu vou escolher alguma coisa pra tocar, entendeu? E essa "alguma" coisa que eu tocar, vou tocar do começo ao fim. Então eu acho que na verdade auxiliou pra eu ver que eu não preciso tocar tudo que tiver na partitura quando eu começar a tocar.

Pesquisadora: Durante a oficina trabalhamos algumas sugestões para o desenvolvimento de uma série de habilidades, tais como vocalize, reduções, música de câmara (com diálogos). Em que medida você está utilizando os conhecimentos adquiridos na oficina?

Aluno: Então, a questão do vocalize eu aprendi totalmente lá, eu não sabia fazer nada, sabia a questão de ir passando de cada semitom, mas nunca tinha feito, por exemplo. Então é um exercício que a gente escuta os cantores fazer, mas a gente nunca realmente faz no piano. Isso eu aprendi, mas depois eu não acompanhei mais cantor. Mas assim, se um cantor viesse falar comigo agora, eu teria coragem de falar na hora, eu posso fazer, eu sei fazer, eu consigo fazer. Porque a gente aprendeu meio que uma fórmula né? E dá. Se o cantor tiver um diferente, ele vai cantar pra mim e eu vou conseguir pegar e fazer tranquilo. Então eu absorvi bastante, assim, bem, essa questão de vocalize.

Pesquisadora: Você falou que acompanhou um cellista e um violinista. É redução ou sonata?

Aluno: São peças próprias para piano e cello e a do violinista é sonata.

Pesquisadora: Ainda sobre esses conhecimentos ou habilidades, quais os que você percebe que já possuía e quais foram adquiridos após a oficina?

Aluno: Olha, eu sempre ia na partitura já olhando assim, a melodia, porque talvez seja uma habilidade, de já ir lendo e cantando as notas. Isso já me norteia para onde tô indo na música, tonalidade, saltos, o ler cantando, falando o nome de notas, já era uma coisa que vinha junto comigo. Foi exatamente o que eu disse. Na oficina eu aprendi a olhar a mão esquerda de um jeito menos preocupante que eu tinha antes, porque eu queria fazer todas as notas na mão esquerda, no caso, quando tinha uma peça com muita informação. E aí, agora não. Agora eu reduzo ela na primeira leitura, vou manter só o baixo, não vou fazer esse recheio aqui, e depois quando eu volto, eu faço ela. Então isso eu adquiri na oficina.

Pesquisadora: Fora das obrigações acadêmicas, você tem feito algum trabalho colaborativo?

Aluno: Então, fora eu tocar com os meninos ali (na UDESC), que também não tô fazendo isso nem como um trabalho, digamos assim, nem como matéria, não tô validando isso como nada, tô fazendo mesmo de boa vontade para acompanhar eles e porque eu quero sentir isso né, essa experiência.

Pesquisadora: Adquirir experiência...

Aluno: Isso, adquirir experiência, conhecimento, então eu topei na boa vontade e tá sendo ótimo. Fora isso tem esse curso de euritimia que está sendo semanalmente música erudita tal, e tem que ler prelúdio, trechos de arietta e tal, e isso está sendo uma experiência. E fora isso, com outro instrumento, no caso a flauta, eu faço bastante leitura à primeira vista.

Pesquisadora: O que suas atividades musicais (acadêmicas e profissionais) atualmente estão requerendo?

Aluno: (Pausa) Compreensão musical, valendo, entende? Valendo assim, nosso primeiro ensaio já tem que rolar e, acompanhando os meninos está sendo assim, porque eu me

sinto na obrigação de estar já incorporada com a peça, mesmo que ainda não tá totalmente segura eu já tenho que tá me sentindo segura pelo menos. E fora do contexto acadêmico eu convivo com isso direto né? O ensaio já é pra valer, o ensaio já tá valendo, porque a gente geralmente tem pouquíssimos ensaios para um show que vai exigir bastante. Compreensão musical na hora.

Pesquisadora: Você tem intenção de assumir a prática colaborativa como uma possibilidade profisional?

Aluno: Sim, não excluo. Realmente antes eu nem pensava nela, porque eu não tinha conhecimento assim, tinha conhecimento, mas não como uma linha, de profissão, dentro do uso do piano, principalmente na música erudita. Mas assim, sempre gostei muito da música de câmara, sempre tive um "Q" a mais pela música de câmara do que pela apresentação solo. Uma não exclui a outra propriamente, mas tocar com alguém pra mim sempre foi mais prazeroso. Então a questão da colaboração é bastante provável que eu vá trabalhar, não sei por quanto tempo, mas muito provavelmente depois da faculdade pretendo pegar alguns trabalhos, assim, para me desenvolver mais, tocar peças que eu não toquei na graduação.

Pesquisadora: E a atividade de concertista solista, também está nos seus planos?

Aluno: Olha, tá. Mas assim, tenho outros planos também. Então, às vezes, fica meio em conflito. Mas assim, se eu for fazer um mestrado em práticas interpretativas, muito provavelmente isso vai se efetivar por mais dois anos que eu vou estar estudando o repertório assim, apresentando e tal. Porque também gosto muito, mas não tenho muita ambição assim não, em relação a isso assim. Eu acho que por enquanto eu sou mais assim da galera. (risos)

Pesquisadora: Como você avalia o seu desempenho na oficina? Se você fosse participar de uma nova oficina, o que vocês mudariam?

Aluno: Total? Ou só com o John?

Pesquisadora:Total, na oficina. Se você pudesse participar de novo, o que mudaria?

Aluno: Eu acho que eu, antes de tudo, eu dedicaria mais. Eu não estava fazendo as leituras como você tinha sugerido, eu não tava tendo tempo pra fazer as leituras à primeira vista, tocar com, com... fazer leituras com outras pessoas, também tava só estudando as músicas do repertório e outras músicas. Teria focado mais na leitura.

Pesquisadora:Mais dedicação então? Aluno: Sim.

Pesquisadora: Após seis meses do término da oficina de piano

No documento BACHARELADO EM INSTRUMENTO- PIANO DA (páginas 131-162)

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