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P ESO DO INVESTIMENTO EM EQUIPAMENTO NO CUSTO TOTAL DA MEDIDA (10 PONTOS )

A2 R ÁCIO BENEFÍCIO CUSTO ORDENADO (25 PONTOS )

G. P ESO DO INVESTIMENTO EM EQUIPAMENTO NO CUSTO TOTAL DA MEDIDA (10 PONTOS )

Com este critério pretende-se premiar as medidas que maximizem o investimento directo em equipamentos mais eficientes disponibilizados ao consumidor participante, em detrimento dos custos indirectos ou administrativos associados à medida.

Cada medida de eficiência no consumo de energia eléctrica será avaliada tendo em conta a distribuição do seu orçamento nas rubricas de investimento directo em equipamentos, a oferecer aos consumidores participantes na medida, e de custos indirectos ou administrativos associados à medida. A avaliação deste indicador é calculada através do Índice de Investimento Directo em Equipamento, de acordo com a seguinte expressão:

CT K

ID=

em que:

K Montante previsto para comparticipação de aquisição de equipamento;

CT Custo total da medida.

Importa clarificar que, quer a comparticipação de aquisição de equipamento, quer os custos totais utilizados no cálculo deste índice, são os custos comparticipados pelo PPEC, isto é, não devem ser incluídos os custos comparticipados pelos consumidores participantes, nem os custos comparticipados pelos promotores ou outras entidades.

A pontuação a atribuir a cada medida com base neste critério é feita tendo em conta o valor relativo obtido por cada medida candidata para um determinado segmento de mercado.

Cada medida será pontuada com base no valor do seu Índice de Investimento Directo em Equipamento, com a atribuição da pontuação a cada medida a ser efectuada de forma proporcional ao valor do índice, até ao limite de 10 pontos. A pontuação máxima de 10 pontos será atribuída à medida que apresentar o índice mais elevado. A pontuação das restantes medidas é dada por,

max 10 ID ID G= × em que:

max

ID Valor máximo do Índice de Investimento Directo em Equipamento no conjunto das medidas de um segmento de mercado.

H.SUSTENTABILIDADE DA POUPANÇA DE ENERGIA (10 PONTOS)

Em qualquer medida de eficiência no consumo a implementar é muito importante que as economias de energia eléctrica alcançadas sejam verificáveis e duradouras. Neste sentido, as medidas de eficiência no consumo cujas poupanças de energia sejam sustentáveis no tempo são mais valorizadas. A sustentabilidade das poupanças de energia no tempo induz uma sustentabilidade do comportamento dos consumidores que será devidamente valorizada e incentivada.

A classificação no âmbito deste critério é obtida da seguinte forma:

• Medidas que produzam poupanças de energia até 3 anos: 3 pontos.

• Medidas que produzam poupanças de energia por um período de 3 a 10 anos: 1 ponto por cada ano.

• Medidas que produzam poupanças de energia por um período superior a 10 anos: 10 pontos.

Desta forma, este critério pretende valorizar as medidas que visam alcançar poupanças efectivas de energia em detrimento de medidas que visem unicamente a transferência de consumos, fundamentalmente entre períodos horários, aumentando-se progressivamente a pontuação consoante a medida produza resultados por períodos mais duradouros. A adopção deste critério resulta do reconhecimento de que as tecnologias que visem poupanças de médio prazo são das que enfrentam maiores barreiras à sua implementação, em parte devido aos consumidores terem dificuldade em incorporarem nas suas decisões poupanças em anos futuros.

3.3 D

EFINIÇÃO DE PARÂMETROS DE VALORIZAÇÃO

Como referido, a valorização das medidas de promoção da eficiência no consumo segundo critérios métricos assenta na utilização de parâmetros harmonizados. A utilização destes valores, comuns à generalidade das medidas, permite uniformizar a base de pressupostos considerados na valorização das medidas, colocando-as, tanto quanto possível, num nível de igualdade de tratamento.

valorização unitária das emissões de CO2 evitadas ou o período de vida útil de algumas tecnologias envolvidas nas medidas de eficiência no consumo.

No momento em que se procede pela primeira vez à seriação de medidas candidatas ao PPEC, importa completar a lista de parâmetros harmonizados de modo a contemplar o leque de medidas enviadas pelos promotores. No caso dos parâmetros não estabelecidos previamente nas Regras do PPEC, cada promotor apresentou a sua própria proposta de valores segundo a avaliação que fez das medidas em concreto, resultando assim um conjunto de valores distintos para parâmetros similares.

A definição dos valores dos parâmetros harmonizados (adicionais aos fixados nas Regras do PPEC) de valorização das medidas de promoção de eficiência no consumo baseou-se nos valores propostos pelos promotores nas respectivas candidaturas, devidamente ponderados pelo nível de justificação fornecido pelos promotores. Os vários estudos e referências complementares consultados2 permitiram balizar o domínio dos valores possíveis em cada parâmetro e para cada tecnologia em particular. Todavia, quer o factor de actualidade desses estudos, quer a diversidade dos equipamentos existentes no mercado e diferentes níveis de desempenho proporcionado (não apenas no que diz respeito ao consumo energético), justificam uma elevada dispersão dos valores aceitáveis sendo necessário algum grau de arbitragem com o objectivo de harmonizar os parâmetros utilizados. Assim, os valores escolhidos para o período de vida útil ou o consumo eléctrico anual incluem uma ponderação de todas as realidades referidas.

Na determinação de alguns dos parâmetros de valorização das medidas foram ainda considerados valores diferentes consoante o segmento de mercado aplicável traduzindo assim diferentes padrões característicos de utilização de uma mesma tecnologia. Como exemplo, refere-se o caso da iluminação: o período de funcionamento da iluminação no segmento de serviços é compreensivelmente diferente do tipo de utilização no segmento residencial.

Os valores definidos devem ser utilizados na valorização dos critérios de avaliação das medidas de promoção da eficiência no consumo de uma forma generalizada, com excepção das candidaturas em que sejam apresentados e explicados motivos que afastam a medida dos casos típicos considerados, ou onde as condições de aplicação de uma determinada tecnologia ou a escolha dos consumidores

2

“Gestão da Procura, Campanha de medições por utilização em 400 unidades de alojamento na União Europeia – Avaliação dos potenciais de economia de electricidade”; ADENE; Projecto EURECO; Programa SAVE; Maio de 2002.

“Eficiência energética em equipamentos e sistemas eléctricos no sector residencial”; ADENE; Abril de 2004.

“Manual de Programas de DSM”; Universidade de Coimbra; Aníbal Traça de Almeida, Ana Cristina Rosa, Francisco Gonçalves; Junho de 2001.

“Electricity for more efficiency: electric technologies and their energy savings potential”; EURELECTRIC; Julho de 2004.

“Energy Efficiency in Households Appliances and Lighting”; A. Traça de Almeida, P. Bertoldi e A. Ricci; Springer; 2001.

participantes permitam garantir um padrão de utilização divergente do padrão considerado típico ou normal.

Nalguns casos não foram definidos os consumos anuais típicos para as tecnologias padrão e mais eficientes tendo sido adoptado o valor apresentado pelos promotores no processo de classificação das medidas. Estes casos correspondem a situações em que a caracterização da tecnologia depende fortemente das condições particulares de funcionamento ou da potência eléctrica dos equipamentos. São exemplo os motores de alto rendimento, os variadores electrónicos de velocidade ou os colectores solares para aquecimento de água. Estes exemplos correspondem também a medidas pouco vulgarizadas no contexto do PPEC pelo que o confronto entre os dados dos diversos promotores não é efectivo nem necessário3.

Nas medidas em que não são utilizados valores padrão de consumo evitado mas sim os valores apresentados pelos promotores será exigível um maior rigor na verificação dos pressupostos das medidas quanto a reduções unitárias de consumo ou outros parâmetros utilizados na sua valorização, por razões de equidade e credibilidade do PPEC perante os consumidores de energia eléctrica. De facto, ao tratar-se de medidas particulares destinadas a utilizações dificilmente padronizáveis, os pressupostos efectuados pelos promotores na respectiva candidatura condicionam em grande medida a sua classificação no PPEC e, porventura, a sua aprovação. Em medidas de formato mais comum, a ênfase colocada na validação dos pressupostos mais conhecidos é menor.

No anexo “Caracterização das medidas tangíveis” apresentam-se as características técnicas das medidas tangíveis, tendo em conta, por um lado, os objectivos e características apresentados pelos promotores e, por outro lado, os parâmetros harmonizados aprovados nas regras do PPEC e neste documento.

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