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Fonte: Elaborado pela autora. Render por Abner Augusto.

FIGURA 52: Estação de bicicleta compartilhada. Fonte: Elaborado pela autora. Render por Abner Augusto. FIGURA 53: Bicicletários do subsolo.

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Igreja LAGOA

Limite do centro histórico da Parangaba

LEGENDA

Implatação do edifício

6.2 A PAISAGEM COMO PONTO DE PARTIDA

Diante do grande potencial paisagístico que a lagoa da Parangaba nos proporciona (figura 52) e a importância que os espaços públicos têm para edificações como o museu, o ponto de partida foi a transparência*. A transparência que em um primeiro momento nos faz pensar nas grandes torres envidraçadas, mas aqui o significado é a ausência (ou quase) de barreiras para a passagem tanto de pessoas quanto de vento e luz.

As possiblidades de vistas que o terreno proporciona diante da lagoa da Parangaba também foi um dos elementos norteadores do projeto. As descobertas não ficam apenas dentro do espaço museológico. O edifício não é peça central e sim parte de grande relação entre áreas livres e construídas, revelando visuais interessantes para o usuário.

A partir da paisagem temos uma determinação de como será a implantação junto com a disposição topográfica do local. O terreno possui um desnível de 7 metros a partir do alto do túnel da Avenida Osório de Paiva, dando possibilidade de criação de um pavimento subsolo e a inclinação necessária para um auditório. Tendo isso, foi escolhida uma cota média (aproximadamente 4 metros a partir da beira da lagoa), onde implantada uma praça coberta que serve como hall de entrada: um vão de 30 metros e vista privilegiada da lagoa.

Outra prioridade foi manter a vista de parte do centro histórico da Parangaba (também por questões de legislação abordadas anteriormente) a partir da lagoa. Para isso, a implantação foi deslocada lateralmente, deixando um percurso livre da igreja até o museu em linha reta. Esse deslocamento da implantação proporcionou um segundo espaço de convivência que, com o desnível do terreno, possibilita o desenho de uma pequena escadaria que pode ser usada como anfiteatro.

FIGURA 54: Homem pedalando às margens da Lagoa da parangaba Fonte: somosvos.com.br

FIGURA 55: Estudo de Implantação Fonte: Elaborado pelo autor.

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RECEPÇÃO OBSERVATÓRIO set or educ acional SALAS DE AULA BIBLIOTECA LABORATÓRIOS ACESSO PRAÇA FOYER AUDITÓRIO CAFÉ LOJA set or c omplementar BILHETERIA GUARDA VOLUMES EXPOSIÇÃO PERMANENTE EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS set or museológic o SALAS MULTIUSO set or ser viç os ACESSO ESTACIONAMENTO SUBSOLO ADMINISTRAÇÃO FUNCIONÁRIOS ÁREA TÉCNICA FLUXOGRAMA AMBIENTES

SUBSOLO

TÉRREO

1° ANDAR

2° ANDAR

Estacionamento Bicicletário WC’s Oficina Técnica (Substação, gerador, etc.) Lixeira Depósito Funcionários (Vestiários, estar e refeitório) Bilheteria (apoio) Foyer Biblioteca Café Loja Exposição Permanente Guarda-Volumes Auditório Recepção/Bilheteria Apoio Recepção Banheiro Masculino Banheiro Feminino Exposição Temporária Sala Multiuso Depósito Observatório Administração Banheiros Exposição Temporária Sala Multiuso Salas de Aula Laboratórios Banheiros

6.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES E PROJETO

O programa de necessidades foi pensado a partir da concepção atual de museu que agregam programas além das exposições. No projeto foram incluídos o programa educacional e lazer. Para complementar, foi incluído um café e uma biblioteca, onde visa uma maior diversidade de usos e pessoas ao longo do dia. A distribuição desse programa no edifício deu-se pelo grau de amplitude de usos desses ambientes, deixando para o térreo, por exemplo, o café, auditório e a biblioteca. A biblioteca foi inserida no programa para complementar as salas de aula e fornecer livros e revistas científicas à população, além de uma sala para pequenas projeções, palestras e lançamentos de livros.

FIGURA 56: Fluxograma do programa arquitetônico. Fonte: Elaborado pelo autor.

TABELA 03

TABELA 03: Distribuição dos ambientes por pavimento. Fonte: Elaborado pelo autor.

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Área do terreno - 15.598 m²

Área total contruída - 12.121,15 m² Área total útil - 9.981,55 m² Índice de aproveitamento - 0,63 Taxa de ocupação - 25,22% Taxa de permeabilidade - 60,59% Vagas de carro - 61

Vagas de bicicleta - 44 O edifício se desenvolve de maneira

pavilhonar com dois anexos, um para o auditório e observatório e outro para a torre de circulação, dando margem para criação de espaços de convivência livres ao redor e distanciando a construção o máximo possível da margem da lagoa. Para quebrar agregar à forma, foram utilizados brises verticais para barrar a radiação direta, pois suas maiores fachadas estão voltadas para leste e oeste. Mais adiante será mostrado como os brises atuam na proteção solar.

O foyer se dá como uma grande praça coberta onde se tem uma vista privilegiada da lagoa da Parangaba. A exposição permanente serve como boas-vindas aos visitantes e alunos. Do lado oposto encontra-se o café e a loja, onde venderiam livros, roupas e souvenires de viés científico.

Primeiramente foi pensado em colocar as salas da administração no térreo, mas perderíamos um espaço que poderia ser utilizado pelo público e a possibilidade de termos uma biblioteca mais acessível aos usuários do museu. Portanto, a administração foi colocada no 1° pavimento.

Para evidenciar a paisagem e preservar as peças expostas, os corredores do museu ficam mais externamente, deixando para o centro do bloco as salas de exposição e de aula. As salas de exposição não são totalmente opacas em seu revestimento para permitir a passagem de luz em boa parte do dia, diminuindo o consumo de energia. Pelas grandes dimensões do edifício e pelas normas de segurança dos bombeiros, foram dispostos em dois núcleos de circulação com escadas e elevadores.

Para evitar uma grande circulação de pessoas, as salas de aula e laboratórios foram reservadas ao segundo pavimento. As salas de aula têm capacidade para 32 alunos e seu arranjo possibilita a ampliação das mesmas de forma duas a duas. O subsolo, além do estacionamento está todo o programa de apoio (subestação, depósito, etc.) do edifício.

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saída estacionamento i=18% entrada estacionamento i=18%

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Fonte: Elaborado pela autora. Render por Abner Augusto.

FIGURA 58: Renderização.

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saída estacionamento i=18% entrada estacionamento i=18% s s

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Fonte: Elaborado pela autora. Render por Abner Augusto.

FIGURA 60: Renderização

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FIGURA 61: Renderização

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Painel Solar

i= 10%

i= 10%

FIGURA 63: Renderização

Fonte: Elaborado pela autora. Render por Abner Augusto.

FIGURA 64: Renderização

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CORTE AA

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CORTE BB

2

Loja Exp. Permanente Biblioteca Bicicletário Vest. Func.

Exp. Permanente Sl. Mídia

Biblioteca Laboratório Café Cozinha Café Adm. Café Estacionamento Foyer

Sala Multiuso Laboratório

Bicicletário Vest. Func. Estacionamento

Foyer

Expo. Temporária Expo. Temporária

Sala Multiuso

Sala Multiuso Sala de aula Sala de aula Sala de aula

Expo. Temporária

Reuniões Copa

WC Secretaria

Expo. Temporária Expo. Temporária Sala Multiuso

Expo. Temporária Sala de aula Sala de aula Sala de aula

FIGURA 65: Renderização

Fonte: Elaborado pela autora. Render por Abner Augusto.

FIGURA 66: Renderização

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CORTE CC

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CORTE DD

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Sala de aula Sala de aula Expo. Temporária Loja Café Estacionamento Substação/Gerador

Auditório Expo. Permanente

Estacionamento Cx. D’água Barrilete Sala Multiuso Expo. Temporária FIGURA 67: Renderização

Fonte: Elaborado pela autora. Render por Abner Augusto.

FIGURA 68: Renderização

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FACHADA O1

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FACHADA 02

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FIGURA 69: Renderização

Fonte: Elaborado pela autora. Render por Abner Augusto.

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FACHADA 03

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FACHADA 04

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FIGURA 71: Renderização

Fonte: Elaborado pela autora. Render por Abner Augusto.

FIGURA 72: Renderização

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6.4 O PROJETO PAISAGISTICO

A proposta paisagística parte do princípio de que o terreno se localiza em uma área de preservação ambiental, no caso, da lagoa da Parangaba. Como foi observado anteriormente, suas margens estão bem degradadas e com a mata ciliar quase extinta. A área de intervenção foi deixa para o entorno imediato do edifício, usando espécies endêmicas e adaptadas ao clima, deixando um espaço para o crescimento natural de espécies da mata ciliar. Além disso, o paisagismo visa tornar o entorno do prédio agradável para permanência e contemplação.

O desenho objetiva dar evidência aos percursos que vem a partir da Igreja de bom jesus dos aflitos, passando pelo museu até chegar nas margens da lagoa da Parangaba. Os caminhos são demarcados por piso intertravado e canteiros sinuosos (orgânicos), criando visuais e momentos interessantes para o estar e contemplação. Por conta da legislação urbana e ambiental, as margens da lagoa foram preservadas e destinadas ao reflorestamento de espécies específicas de mata ciliar. Para alcançar as margens da lagoa e ao píer obedecendo a lei ambiental foi usada somente uma trilha em terra batida.

Para preencher os canteiros foram usadas preferências a espécies locais ou bem adaptadas ao meio ambiente local descritas no quadro xx e ao longo dos canteiros foram distribuídos diversos tipos de mobiliário urbano (figura 68) para facilitar e fomentar a permanência das pessoas no entorno do edifício do museu.

FIGURA 73: Renderização

Fonte: Elaborado pela autora. Render por Abner Augusto.

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FIGURA 75: Renderização

Fonte: Elaborado pelo autor. Render por Abner Augusto.

FIGURA 76: Renderização

Fonte: Elaborado pelo autor. Render por Abner Augusto.

FIGURA 77: Renderização

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Carnaúba Macaúba-barriguda Chuva-de-ouro Ipê-roxo Pau-branco Piteira-do-caribe Manacá-de-cheiro Bananeira-de-jardim Juazeiro Abacaxi-roxo Ave-do-paraíso Abélia Flor-de-outubro Pluméria FIGURA 78: Renderização

Fonte: Elaborado pela autora. Render por Abner Augusto. FIGURA 79: Renderização

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6.5 CONDICIONAMENTO AMBIENTAL E BRISES

Com a implantação em paralelo do seu limite com a Avenida Osório de Paiva, o edifício ficou com as fachadas leste e oeste em maior dimensão. Ao longo do ano a insolação mais intensa está a Oeste (figura 72), de forma que a proteção solar dessas fachadas é de fundamental importância, sem perder as visuais da lagoa.

A proximidade da lagoa já alivia um pouco da sensação térmica alta, típica de Fortaleza. Associando o espelho d’água à implantação de diversas espécies arbóreas (abordadas anteriormente), é possível uma amenização dessa sensação de calor.

Para o desenvolvimento dos brises, foi pensado em duas maneiras de arranjá-los: por rotação e por distância. Para possibilitar o acesso adequado ao observatório, foi escolhido o arranjo por distância. Essa distância foi calculada a partir do estudo da carta solar do terreno sendo agrupados em conjuntos de brises em números primos menores que 10 (figura 72). A escolha dos agrupamentos por números primos veio da importância dos mesmos para as ciências exatas. O estudo de números primos vem desde a Grécia antiga com Euclides e sua Teoria dos números.

Como foi abordado anteriormente, as salas de exposição foram colocadas no centro do prédio e para o seu fechamento, o arranjo dos painéis que compõem esse fechamento deixa uma boa passagem de luz ao longo do dia (figuras 77 e 78). Além disso, os materiais escolhidos para o projeto, como o concreto, visam uma maior inércia térmica, diminuindo as transferências de calor para o interior do edifício.

ESPÉCIES PAISAGISMO

Nome Popular: Carnaúba

Nome científico: Copernicia prunifera Porte: Grande

Origem: Brasil (Nordeste)

Nome Popular: Macaúba-barrigura Nome científico: Acrocomia intumescens Porte: Grande

Origem: Brasil (Nordeste)

Palmeiras

Árvores

Nome popular: Pau-branco

Nome científico: Auxemma oncocalyx Porte: Médio

Origem: Brasil (Nordeste)

Nome popular: Ipê-Roxo

Nome científico: Tabebuia impetiginosa Porte: Médio

Origem: América do Sul

Nome popular: Chuva-de-ouro Nome científico: Cassia ferruginea Porte: Médio

Origem: Ásia Nome popular: Juazeiro

Espécie: Ziziphus joazeiro Porte: Grande

Origem: Brasil (Nordeste)

Nome popular: Pluméria Nome científico: Plumeria alba Porte: Pequeno

Origem: América Central

Arbustos

Nome popular: Manacá-de-cheiro Espécie: Brunfelsia uniflora

Porte: Grande Origem: Brasil

Nome popular: Ave-do-paraíso Nome científico: Strelitzia reginae Porte: Médio

Origem: África

Nome popular: Bananeira-de-jardim Nome científico: Musa ornata Porte: Grande

Origem: Ásia

Cactáceas

Nome popular: Piteira-do-caribe Nome científico: Agave angustifolia Porte: Médio

Origem: América Central Nome popular: Abacaxi-roxo

Nome científico: Tradescantia spathacea Porte: Pequeno

Origem: América Central

Nome popular: Flor-de-outubro Nome científico: Hatiora rosea Porte: pequeno

Origem: América do sul

Forrações

Nome popular: Vedélia Espécie: Sphagneticola trilobata

Origem: América do Sul

Nome popular: Grama-amendoim Espécie: Arachis repens

Origem: América do Sul

Nome popular: Xanana Espécie: Turnera subulata Origem: Brasil (Nordeste)

Nome popular: Capuchinha Nome científico: Tropaeolum majus Origem: América do Sul

Nome popular: Abélia

Nome científico: Abelia x grandiflora Porte: Grande

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N

Legenda

direção dos ventos

sol ao longo do ano

FIGURA 80: Carta solar e direção dos ventos aplicada ao terreno. Fonte: elaborado pelo autor.

FIGURA 81: Renderização. Fonte: elaborado pelo autor.

FIGURA 82: Máscara solar padrão. Fonte: Ecotect Analysis

FIGURA 85: Simulação de iluminância ao longo do verão

Fonte: Ecotect Analysis

FIGURA 83: Simulação de sombras ao longo do dia de solstício de verão. Fonte: ecotect Analysis

FIGURA 84: Simulação de sombras ao longo do dia de solstício de inverno. Fonte: Ecotect analysis.

FIGURA 86: Simulação de iluminância ao longo do inverno

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Detalhe - Laje do O Escala: 1/20 DETALHES ESTRUTURAIS Detalhe - Corte E Escala: 1/100 6.6 SISTEMA ESTRURURAL

Para garantir esse aspecto de praça, foi necessário adotar grandes vãos. O partido estrutural usado vem a partir dessa demanda. O prédio se divide em três momentos: o núcleo central, a torre de circulação e o auditório. A estrutura também acaba fazendo parte da linguagem arquitetônica quando se coloca amostra.

Para o núcleo central, no nível subsolo foi usada uma estrutura em concreto convencional de pilares e vigas associado a lajes nervuradas. Para os pavimentos que viriam acima, foi utilizada a combinação de uma treliça metálica externa de 11 metros, se estendendo por todo o edifício e lajes do tipo steel deck que garantem maiores vãos entre pilares e uma maior liberdade quanto à divisão dos espaços internos, aspecto chave para o museu. O sistema de treliças é descarregado em 8 pilares de concreto de dimensões 1m x 1m (figura 80).

Para o auditório foi usada laje de concreto nervurada associada a pilares e vigas também em concreto. Apesar dos grandes vãos que o ambiente necessita, eles suportam tanto a laje quanto a estrutura do observatório acima, que inclui um espelho d’água com altura de 30 centímetros e uma segunda laje de espessura menor, pois suas cargas são pontuais e pequenas (figura 79).

A torre de circulação por não ter grandes dimensões, possui lajes, pilares e vigas em concreto armado. As três estruturas trabalham de maneira independente.

FIGURA 87: Detalhe - Laje do Observatório. Fonte: Elaborado pela autora.

FIGURA 88: Detalhe - Corte Estrutura. Fonte: Elaborado pela autora.

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FIGURA 89: Estrutura 'explodida'. Fonte: Elaborado pela autora.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

CONSIDERAÇÕES

FINAIS

“Quero desejar, antes do fim,

pra mim e os meus amigos,

muito amor e tudo mais;

que fiquem sempre jovens

e tenham as mãos limpas

e aprendam o delírio com coisas reais.”

Belchior

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O contato com temas ligados a ciência e sua divulgação foi um ponto de partida e um desejo em coloca-la junto a arquitetura nesse trabalho. O museu foi uma escolha de programa quase que automática, pois ele possibilita uma maior liberdade formal e aliar outros usos.

Numa cidade que cresceu rapidamente e sem preocupação com os impactos gerados por esse crescimento, está Fortaleza e a Parangaba é reflexo disso. A falta de planejamento, junto com o descaso do poder público fizeram com que o entorno da lagoa da Parangaba fosse ocupado por empreendimentos irregulares e degradada ambientalmente.

Os museus hoje são equipamentos fundamentais para metrópoles como Fortaleza, tanto como opção de lazer para os habitantes e visitantes como um agente de transformação de um espaço que é a lagoa da Parangaba, importante para o bairro e para a cidade como recurso hídrico também.

Este Trabalho Final de Graduação trouxe grandes desafios: trabalhar em um terreno complexo em sua implantação, legislação e topografia; o uso de uma estrutura metálica complexa, com grandes vãos e a questão da forte insolação em suas maiores fachadas.

O resultado uma solução formal que tenta adequar-se ao seu entorno e que acrescentasse valor urbanístico ao entorno da lagoa da Parangaba tentando conciliar de maneira harmônica as tentativas de soluções dos desafios citados.

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LIVROS

MALET, A. Divulgación y popularización científica en el sigo XVIII: entre la apología cristiana e la propaganda ilustrada. Quark, Barcelona, n. 26, p. 13-23, oct. / dic. 2002.

NICOLELIS, Miguel. Made in macaíba: A história da criação de uma utopia científico-social no ex- império dos Tapuias. 1 ed. São Paulo: Planeta, 2016. 302 p.

SAGAN, Carl. O mundo assombrado pelos demônios: A ciência vista como uma vela no escuro. 8 ed. São Paulo: Companhia de bolso, 2006. 509 p. MONTANER, Josep M. Museus para o Século XXI, Barcelona, Gustavo Gili, 2003, 162p.

GEHL, J. Cidade para pessoas. Tradução [São Paulo]: Perspectiva, 2013

GEHL, J. & GEMZOE, L. Novos espaços urbanos. Tradução [Barcelona]: Editorial Gustavo Gili, 2000 ROGERS, R.; GUMUCHDJIAN, P.; TICKELL, C. Cidades para um pequeno planeta. Tradução [Barcelona]: Gustavo Gili, 2001

GOMES P. A condição urbana: ensaios de geopolítica da cidade. Tradução. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.

ALEX, S. Projeto da praça. Tradução. São Paulo: Ed. Senac São Paulo, 2011.

REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS

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DISSERTAÇÕES E TESES

MASSABKI, PAULO H. B. Centros e museus de ciência e tecnologia. 2011. 274f. Dissertação (mestrado) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo; Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.

GASPAR, Alberto. Museus e Centros de Ciência: Conceituação e Proposta de um Referencial Teórico. 1993. 173f. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1993.

GIL RIBEIRO, M. O museu como lugar urbano – Ruptura ou continuidade. Dissertação. Universidade Técnica de Lisboa, 2009.

LOPES, Francisco Clábio Rodrigues. A centralidade da Parangaba como produto da fragmentação de Fortaleza (CE). Dissertação (mestrado) Universidade Federal do Ceará. Orientador: José Borzacciello da Silva. Fortaleza, 2006.

RUFINO, Maria B. C. Incorporação da metrópole: centralização do capital no imobiliário e nova produção de espaço em Fortaleza. Tese (doutorado) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo; Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.

DIÓGENES, Beatriz Helena Nogueira. Dinâmicas urbanas recentes da área metropolitana de Fortaleza. Tese (Dutorado) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo; Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.

PUBLICAÇÕES

Retratos da Fortaleza Jovem, Relatório Sintese de Gráficos. Prefeitura Municipal de Fortaleza, 2007. MASSARANI Luisa, MOREIRA Ildeu de Castro, BRITO Fátima (org.). Ciência e público: caminhos da divulgação científica no Brasil. Rio de Janeiro, Casa da Ciência/UFRJ, 2002.

FABIANO JUNIOR, A. Museu: um olhar sobre o espaço público, o espaço arte, o espaço arquitetura. Revista CPC, v. 0, n. 4, p. 7, 2007.

LUPO, B. Museus como fenômeno de massas: arte, arquitetura e cidade. Artigo. XVI Seminário de História da cidade e do urbanismo. FAUUSP. 2016.

SITES

http://www.fortalezanobre.com.br/2010/08/ parangaba-o-mais-antigo-povoado-do.html

Documentos relacionados