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Fonte: Elaborado pelo autor 5.1 A ESCOLHA DO TERRENO

Como já foi analisado anteriormente (mapa 01, pág. 39), a grande parte dos centros culturais e científicos da cidade encontram-se na porção norte e leste de Fortaleza. A partir dessa análise, vimos que a porção oeste e sudoeste da cidade é menos atendida, portanto, seria a área da cidade a ser contemplada com o projeto.

Com a definição do programa arquitetônico que implicou em grande área a ser construída, foram elencados, inicialmente, terrenos com no mínimo de 5.000m² para uma análise mais detalhada dos mesmos e assim foram elencados os seguintes fatores: Acesso; Vias; Centralidade; Proximidade de Escolas; Dimensões; Proximidade de áreas livres; Uso. Esses critérios serão explicados na tabela abaixo:

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EUREKA! -MUSEU DE CIÊNCIAS DO CEARÁ

CRITÉRIO:

TABELA 01 - CRITÉRIOS DA MATRIZ DE TERRENOS

OBJETIVOS:

ACESSO Os mais diferentes modais devem ser contemplados para garantir uma diversidade de acessos e públicos. Foram vistos os numeros de linhas de ônibus que passam num raido de 400m, estações do Bicicletar, paradas de ônibus e estações de metrô/VLT.

VIAS Uma boa estrutura viária garante os mais diversos acessos, incluindo também caminhões para o transporte de material do museu. Foram consideradas a classificação das vias e a presença de ciclovias/ciclo- faixais no entorno.

CENTRALIDADE Por ser um equipameno a nível municipal, a sua localização perante a cidade é de fundamental importância. É essencial que o terreo se localize numa área com boas estruturas urbanas.

PROXIMIDADE DE ESCOLAS

O museu possui um caráter educativo complementar e a proximi- dade de escolas de nível fundamental e médio garante o acesso do público. Foram consideradas escolas num raio de 1km.

PROXIMIDADE DE ÁREAS LIVRES

A proximidade de áreas livre é um fator de grande importancia por complementar o programa museológico.

USO Terrenos vazios ou subutilizados facilitam a construção e geram menos resíduos de demolição.

TABELA 02 - MATRIZ TERRENOS ACESSO (0-3) VIAS (0-3) CENTRALIDADE (0-2) ESCOLAS (0-3) DIMENSÃO (0-1) ÁREAS LIVRES (0-2) USO (0-1) TOTAL T1 3 2 2 2 1 1 1 12 T2 2 3 3 2 1 2 0 13 T3 3 3 3 2 0 0 1 12 T4 3 3 3 3 1 2 0 15 T5 2 3 2 0 0 2 1 10 T6 3 3 3 2 1 0 1 12

Os mais diferentes modais devem ser contemplados para garantir

consideradas a classificação das vias e a presença de ciclovias/ciclo Por ser um equipameno a nível municipal, a sua localização perante

O museu possui um caráter educativo complementar e a proximi

Terrenos vazios ou subutilizados facilitam a construção e geram menos resíduos de demolição.

TABELA 01: Critérios de escolha do terreno. Fonte: elaborado pelo autora.

TABELA 02: Matriz de pontuação dos terrenos escolhidos.

Fonte: elaborado pelo autora.

FIGURA 33: Terreno 1 – Parangaba (Av. Augusto dos Anjos).

Fonte: Google Earth.

FIGURA 34: Terreno 2 - Joquei Clube (Av. Américo Barreira).

Fonte: Google Earth.

FIGURA 35: Terreno 3 - Parreão (Av. Luciano Carneiro).

Fonte: Google Earth.

FIGURA 36: Terreno 4 - Parangaba (Av. Osório de Paiva).

Fonte: Google Earth.

FIGURA 37: Terreno 5 - Maraponga (Av. Godofredo Marciel).

Fonte: Google Earth.

FIGURA 38: Terreno 6 - Parangaba (Av. Silas Munguba).

Fonte: Google Earth.

Para determinar a escolha do terreno foi criada uma matriz, pontuando cada um dos critérios apresentados na tabela 1.

Os critérios de acesso, vias, proximidade de escolas são pontuadas de 0 a 3 pontos, centralidade e proximidade de áreas livres de 0 a 2 pontos e uso e dimensão de 0 a 1 ponto. Após análise de cada um dos aspectos e a somatória dos pontos de cada terreno, determinou-se que o terreno T4 (figura 36) como o mais adequado para o projeto.

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N MONTESE PARANGABA BARRA DO CEARÁ CENTRO ALAGADIÇO/ SÃO GERARDO ANTÔNIO BEZERRA MESSEJANA ALDEOTA EDSON QUEIROZ LEGENDA CENTRALIDADE

VIAS PERTECENTES A CENTRALIDADE

5.2 A EXPANSÃO DA METRÓPOLE ALENCARINA E SUA POLICENTRALIDADE7

Temos como centralidade, de acordo com Carlos (2001), lugares que agem como pontos de acumulação de serviços e atração de fluxos, centro social que se define pela reunião e pelo encontro.

O fenômeno da policentralidade foi marcado pela década de 1960 quando, nas regiões metropolitanas brasileiras, quando a classe média sai dos consolidados centros e vão para sub-regiões onde o comercio e serviços são voltados para camadas mais altas de renda. Na década de 1970 com a chegadas dos primeiros shoppings, eles deram preferência para a instalação nessas sub-regiões e as classes medias definitivamente abandonam os centros principais. Além do comércio, o Estado também influenciou esse esvaziamento com a transferência de centros administrativos e outros equipamentos públicos (VILLAÇA,1998).

Na década de 1970, a cidade de Fortaleza se consolida como metrópole regional com a criação da região metropolitana, tem-se um crescimento demográfico acentuado e expande sua malha urbana. As classes média e alta se afastam do Centro, criando novos fluxos e núcleos de comércio e serviços. Outro fenômeno foi a saída das repartições públicas do Centro para outros bairros como a Aldeota (mais tarde se fortalecendo como bairro nobre), com a sede do Governo estadual, entidades administrativas como a Receita Federal, dentre outros. Além da Aldeota, o Montese também se confirma como centralidade comercial e outras concentrações pequenas ao longo da Avenida Francisco Sá, da praça da Parangaba e Messejana começam a crescer e se consolidar (LOPES, 2006).

7. Policentralidade, tendência que se orienta seja para a constituição de centros diferentes (ainda que análogos, even- tualmente complementares), seja para a dispersão e para a segregação. (LEFEBVRE, 2004, p. 113).

Diversos fatores, incluindo a iniciativa privada, o PLANDIRF8 (1971), que cria novos

bairros a partir de conjuntos habitacionais e a Lei de Uso e Ocupação do Solo de 1979, incentivando o maior adensamento e verticalização, contribuíram para bairros vizinhos a Aldeota (e mais futuramente outros bairros da zona leste de Fortaleza) como bairros adensados, com bastante infraestrutura e supervalorizados.

Nos anos 1980 outras centralidades surgiram como a da Avenida Bezerra de Menezes que como eixo ligando centro à BR-222 com bastante serviços 8- PLANDIRF - Plano de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Fortaleza (1969/1971) - tratava da questão urbana nos seus aspectos físico-territoriais, socioeconômicos, político-instucionais e administrativos, numa abordagem de abrangência metropolitana, antes mesmo da criação da Região Metropolitana.

MAPA 03: Centralidades de

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