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Estórias para Todos “O Nabo Gigante” Justificação da actividade:

Planificação da actividade:

Actividade 11: Estórias para Todos “O Nabo Gigante” Justificação da actividade:

Esta primeira actividade depois da leitura surgiu não só da necessidade de dar resposta a uma das crianças incluídas no grupo, com Necessidades Educativas Especiais, beneficiando de adiamento de escolaridade obrigatória, abrangida pelo decreto-lei 3/2008 por apresentar uma perturbação do Autismo, mas também como forma de sensibilização para as restantes crianças. Trata-se de uma história adaptada, incluída no Projecto “Estórias para Todos “, desenvolvido pela Câmara Municipal de Sintra, através da Divisão de Educação/ Rede de Equipamentos Lúdicos, em parceria com o Centro de Educação para o Cidadão Deficiente (CECD) de Mira Sintra, dinamizada por técnicos de animação da Câmara Municipal de Sintra. No fundo, consideramo-la como uma actividade depois da leitura para a maioria das

crianças do grupo, uma vez que terão oportunidade de relembrar a história contada anteriormente, e de uma forma interactiva fazer uma pequena avaliação sobre a mesma. Por outro lado, para a criança portadora de uma perturbação de Autismo, trata-se de uma actividade de leitura, pois será esta a primeira vez que a história lhe será contada de uma forma perceptível para ela. O pedido de autorização feito ao Sr. Vereador da Câmara Municipal de Sintra, para que esta actividade fosse desenvolvida no âmbito do nosso estudo, consta do corpo dos anexos do nosso trabalho, no anexo III.

Objectivos:

- Sensibilizar toda a comunidade educativa para o direito de inclusão da criança jovem com necesidades educativas especiais, nos seus vários contextos – casa, escola e comunidade em geral

- Proporcionar igualdade de oportunidades a todas as crianças do grupo, nomeadamente no que respeita ao acesso à leitura de histórias

- Proporcionar a todas as crianças o contacto com outras formas de leitura/escrita (adaptação em símbolos)

- Contribuir para envolver as famílias na educação dos seus filhos

Relato da actividade:

1ª Fase: Começámos por informar as crianças que tinhamos uma surpresa na sala do lado, pelo que haveria necessidade de nos deslocar-mos até lá. Os técnicos de animação da Câmara Municipal de Sintra tinham já tudo preparado. As crianças foram chegando e sentando-se em semi-círculo sobre um tapete que fazia já parte do cenário. Para além desse tapete, era visível a “casinha velha e torta” assim como um grande livro da obra “O Nabo Gigante”. As técnicas começaram por dar um pequeno esclarecimento às crianças sobre o que iria acontecer e solicitaram que prestassem a máxima atenção, pois a história teria algo de diferente que elas teriam que descobrir.

2ª Fase: Enquanto uma das técnicas foi narrando a história, as outras procederam à animação, começando por dar entrada com os personagens e estabelecendo pequenos diálogos com as crianças; primeiro o casal de velhinhos, de seguida os animais. As técnicas foram colocando os animais no pescoço de cada uma das crianças, integrando desta forma as próprias crianças na dinâmica da animação. A partir daquele momento deixámos de ter crianças para passarmos a ter apenas

os personagens da história, sendo os animais representados pelas crianças, e toda a acção decorreu de uma forma interactiva. Simultaneamente, a técnica que foi narrando a história, fê-lo através do livro gigante que continha a história adaptada com símbolos, e ao longo da narração foi seguindo a ordem dos símbolos com o dedo, tal como tínhamos já feito anteriormente aquando da leitura da obra: de cima para baixo e da esquerda para a direita. Desta forma as crianças tiveram oportunidade de observar que, apesar de os símbolos serem diferentes, a ordem e o sentido da leitura e da escrita se fazem da mesma forma.

3ª Fase: Terminada a animação, as técnicas retiraram os animais do pescoço das crianças, deixando estas de ser personagens da história para voltarem a ser novamente as crianças da sala 1. Seguiu-se então um momento de diálogo entre todos. Remetendo para a conversa tida inicialmente, foi colocada a questão: “O

que é que esta história tinha de diferente?”. As respostas foram diversas, desde:

“porque tinha fantoches…”; “porque era um teatro…”; “porque a Mimi e o senhor

Zé falavam…”, reportando-se sempre à animação propriamente dita. Houve

necessidade de dar uma pista às crianças, chamando a sua atenção para o livro. Ainda assim, o primeiro comentário que surgiu foi: “O livro é muito grande!”. Na verdade, as crianças tiveram dificuldade em associar a diferença aos símbolos da história adaptada. Pensamos que esta reacção poderá estar associada ao facto de estarem já de certa forma familiarizadas com alguns destes símbolos, existentes na sala com o objectivo de facilitar as rotinas diárias do colega que apresenta perturbação de autismo.

4ª Fase: Para finalizar, as técnicas deixaram um caderno de actividades com os símbolos da história adaptada e duas propostas de actividades. Uma das propostas foi a construção de um livro adaptado da obra “O Nabo Gigante”, recortando e colando os símbolos deixados no caderno. Este novo livro poderá ser mostrado a colegas, amigos, familiares, explicando o que tem de especial. A outra proposta foi a confecção de uma sopa da horta, com a receita deixada no caderno de actividades, que poderá ser consultada no anexo XV do corpo dos anexos do nosso trabalho. Nada melhor que juntar os colegas, família e /ou amigos para prepararem uma deliciosa sopa, comprovando que à semelhança do que aconteceu na história “a união faz a força”. Algumas das imagens desta actividade poderão ser consultadas no corpo dos anexos do nosso trabalho,anexo XXIV.

Avaliação da actividade:

As crianças demonstraram um grande entusiasmo e interesse ao longo desta actividade, participando activamente no decorrer da animação. Pensamos que todas as actividades desenvolvidas anteriormente contribuiram para que tal acontecesse, pois dominavam já o conteúdo da história. Além disso, é sempre do agrado das crianças poderem dar vida às personagens de uma história.

Relativamente à criança portadora de perturbação de Autismo, mostrou-se atenta e interessada na história. Em nosso entender, para ela, esta foi uma actividade de leitura, uma vez que lhe proporcionou uma melhor compreensão da história. Recordando a análise que fizemos anteriormente das várias definições de leitura, através da qual constatamos que a extracção do significado e a consequente apropriação da informação veiculada pela escrita parecem constituir os objectivos fundamentais da leitura, dependendo o nível de compreensão atingido, do conhecimento prévio que o leitor tem sobre o assunto e do tipo de texto em presença, reforçamos a ideia de que esta actividade se assumiu como uma verdadeira actividade de leitura para esta criança. Parece-nos ter sido esta actividade que lhe permitiu estabelecer um processo interactivo com o texto, através do qual tentou reconstruir o significado do mesmo.

As propostas que as técnica deixaram no caderno de actividades são quanto a nós uma boa forma de envolver toda a comunidade educativa, contribuindo ainda para envolver as famílias na educação dos seus filhos.

Actividade 12: Jogo de rimas de palavras: “palavras com o mesmo