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2.2 AS POLÍTICAS SOCIAIS VOLTADAS A POPULAÇÃO IDOSA

2.2.3 Estadual

• Política Estadual do Idoso – Estado de Santa Catarina

No âmbito estadual, é sancionada em 07 de junho de 2000, a Lei 11.436, que dispõe sobre a Política Estadual do Idoso. Esta lei dispõe de 15 artigos, visando assegurar a cidadania do idoso, criando condições para a garantia dos seus direitos, autonomia, integração e participação efetiva na sociedade.

O Conselho Estadual dos Direitos do Idoso - CEI/SC – criado pela Lei n° 8.072, de 25 de setembro de 1990, é órgão de deliberação coletiva e permanente, com competência para dispor sobre a definição, a deliberação, o controle, e colaboração das ações dirigidas à proteção, à defesa e à garantia dos direitos do idoso no âmbito do Estado de Santa Catarina.

O Conselho Estadual do Idoso é composto de até 28 (vinte oito) membros titulares e respectivos suplentes nomeados pelo Governador do Estado, representantes paritários dos Órgãos Governamentais e Não-Governamentais.

5 Anexo B

O Conselho Estadual do Idoso tem a seguinte estrutura organizacional: Assembléia Geral; Diretoria; Comissões Temáticas; Comissões Regionais; Secretaria Executiva.

Composição atual do Conselho Estadual do Idoso:

Tabela 8: Entidades governamentais que compõem o CEI

ENTIDADES GOVERNAMENTAIS 29. Centrais Elétricas de Santa Catarina

Titular: EDLÉIA ROSA SCHMIDT

Suplente: CLÁUDIA BRISTOT TAKASHIMA

30. Fundação Catarinense de Desportos

Titular: FELÍCIO FRANCISCO SILVEIRA Suplente: MARCELO SCHARF

31. Instituto Nacional de Seguro Social / SC

Titular: ELISABETH BAHIA SPINOLA BITENCOURT FERRER Suplente: ELIANE APARECIDA MEDEIROS DE SOUZA

32. Instituto de Previdência do Estado de Santa Catarina

Titular: MARIA BEATRIZ DE SOUZA CONCEIÇÃO Suplente: NILSA MARY DA CUNHA

33. Santa Catarina Turismo

Titular: MARIA AUGUSTA CORREA Suplente: JOSÉ CASTILHO

34. Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural

Titular: GERALDO BUOGO

Suplente: JUÇARA MARIA DE OLIVEIRA BORDIN

35. Secretaria de Estado de Coordenação e Articulação

Titular: JOSÉ PAULO DA CUNHA

Suplente: VICENTE GABRIELE PASCALE

36. Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho e Habitação

Titular: FABIANA VIEIRA

Suplente: MARIA DA GLÓRIA JACQUES BORBA

37. Secretaria de Estado da Educação e Inovação

Titular: IONE FIORINI THOMÉ Suplente: CÉLIA MARIA SOLEK

38. Secretaria de Estado da Fazenda

Titular: TERESA AUGUSTA CORBETTA TAVARES Suplente: REINALDO DI BERNARDI

39. Secretaria de Estado da Saúde

Titular: MARIA FÁTIMA SOUZA DO NASCIMENTO Suplente: EDENICE REIS DA SILVEIRA

40. Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão

Titular: IZA MARIA DO ROZARIO DE ANDRADE Suplente: CELSO RICARDO DE SOUZA

41. Universidade do Estado de Santa Catarina

Titular: GIOVANA ZARPELON MAZZO Suplente: DÉBORA SOCCAL SCHWERTNER

42. Universidade Federal de Santa Catarina

Titular: ÂNGELA MARIA ALVAREZ

Suplente: TÂNIA ROSANE BERTOLDO BENEDETTI Fonte: Conselho Estadual do Idoso - SC

Tabela 9: Entidades não-governamentais que compõem o CEI

ENTIDADES NÃO-GOVERNAMENTAIS 43. Associação Catarinense das Fundações Educacionais

Titular: REGINA MARIA TAVARES GOMES Suplente: ALESSANDRA SCHERER

44. Representação das Igrejas Evangélicas

Titular: HELEMAR DOS REIS

Suplente: ANA MARIA ZYS BENVENUTTI

45. Associação Nacional de Gerontologia/Secção Santa Catarina

Titular: MARÍLIA CELINA FELÍCIO FRAGOSO Suplente: ALBERTINA TEREZINHA DE SOUZA

46. Associação das Entidades Filantrópicas de Santa Catarina

Titular: EVALDO LENTZ

Suplente: SOLANGE LOSSO BUNN

47. Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - Reg. SUL/IV

Titular: LEONILDA DELOURDES GONÇALVES Suplente: GUSTAVO CONRADO CONÇALVES

48. Conselho Regional de Serviço Social - 12ª Região

Titular: EDI MOTA OLIVEIRA

Suplente: KELLY CRISTINA WEHMUTH

49. Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas de Santa Catarina

Titular: MARCOS WANDRESEN

Suplente: IDELVANE GONÇALVES LIMA

50. Federação Espírita Catarinense

Titular: RITA DE CÁSSIA GONÇALVES Suplente: ANA MARIA DA SILVA

51. Fundação Nova Vida

Titular: ZILAH BARBOSA MARCHESINI Suplente: REGINA MARIA GONZAGA SAMPAIO

52. Associação Internacional de Lions Club

Titular: ANTÔNIO SÉRGIO REZENDE FRAGOSO Suplente: MARLI HOFFMANN

53. Ordem dos Advogados do Brasil - Seção SC

Titular: HÉLIO ABREU FILHO

Suplente: ANTÔNIO BOAVENTURA DOS SANTOS PRADO

54. Sociedade de Geriatria e Gerontologia - Seção SC

Titular: LÚCIA ANDRÉIA ZANETTE RAMOS ZENE Suplente: ROSILDA MACHADO DA SILVA

55. Serviço Social do Comércio - Depto Regional de SC

Titular: SELMA JUNKES

Suplente: ALBERTINA BITENCOURT PREVE

56. Serviço Social da Indústria / Dept. Regional de SC

Titular: LUCIA DE OLIVEIRA Suplente: BIANCA ROSAL FURTADO Fonte: Conselho Estadual do Idoso - SC

Para a realização de uma política democrática e participativa e sustentabilidade na relação Estado/Sociedade Civil, a realização de Conferências vem sendo um procedimento relevante.

• Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa

Este evento realizado em 2006 contou com a participação de quinhentos e vinte e nove idosos catarinenses, que marcaram sua participação com reflexões, debates e avaliações. Esta Conferência teve como base de suas discussões os resultados obtidos em vinte e duas Conferências Regionais e vinte e nove Conferências Municipais dos Direitos da Pessoa Idosa6.

“A Conferência, de caráter deliberativo, recolhe as expectativas e esperanças da sociedade na perspectiva da evolução da questão dos direitos humanos da pessoa idosa e de seu tratamento junto às instituições do Governo e à sociedade”. (ANAIS DA I CONFERÊNCIA ESTADUAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA, 2006)

O objetivo do encontro foi o de discutir e aperfeiçoar estratégias técnico-políticas de proteção dos direitos dos idosos, orientando, a partir dos indicativos levantados, as ações público-privadas na promoção da cidadania do idoso.

A partir dos indicativos e resultados levantados passam a ser disponibilizadas as instituições as informações e definições sobre os papéis e atribuições dos diferentes agentes (municipais, estaduais, federais e sociedade civil), onde estes passam a ser responsabilizados pela implementação das ações de promoção, controle e defesa dos direitos dos idosos. (ANAIS DA I CONFERÊNCIA ESTADUAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA, 2006)

Os apontamentos estabelecidos pelos idosos na I Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa são uma responsabilidade da sociedade catarinense, cabendo aos conselhos de direitos articular, para sua consecução, os diversos atores, quais sejam, a Sociedade Civil Organizada, o Poder Executivo, o Poder Legislativo, o Ministério Público e o Poder Judiciário, todos com responsabilidades constitucionais e legais estabelecidas para o funcionamento do Sistema de Garantia dos Direitos dos Idosos, que se consolidam à medida que se formatam, via conselhos, as Redes de Serviços Municipais e Estadual de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa. (ANAIS DA I CONFERÊNCIA ESTADUAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA, 2006)

Portanto, caberá ao Conselho Nacional, Estaduais e Municipais dos Direitos do Idoso produzir informações e subsidiar permanentemente este processo.

A partir das discussões levantadas na Conferência, saíram definições sobre os papéis e as atribuições dos diferentes agentes, à nível nacional, estadual e municipal, responsáveis pela implementação das políticas, e também indicações de grupos de monitoramento das propostas, também nos três níveis.

A realização da Conferência se deu a partir de um texto base apresentado pelo Conselho Nacional composto de três partes: proposta da Rede Nacional de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa, definição dos eixos temáticos, proposta para o monitoramento das conclusões da Conferência.

Os eixos temáticos foram definidos para um melhor entendimento das questões referentes às estratégias de proteção e defesa da pessoa idosa. Em cada eixo foram levantados indicativos, a saber: Ações para Efetivação dos Direitos da Pessoa Idosa quanto à Promoção, Proteção e Defesa da Pessoa Idosa – 67 indicativos; Enfrentamento à Violência Contra a Pessoa Idosa – 38 indicativos; Atenção à Saúde da Pessoa Idosa – 50 indicativos; Previdência Social – 44 indicativos; Assistência Social à Pessoa Idosa – 35 indicativos; Financiamento e Orçamento Público das Ações Necessárias para a Efetivação dos Direitos da Pessoa Idosa – 41 indicativos; Educação, Cultura, Esporte e Lazer para as Pessoas Idosas – 36 indicativos; Controle Social: o Papel dos Conselhos – 38 indicativos.

Como nosso tema em questão é a violência contra a pessoa idosa, mostraremos a seguir os principais indicativos apresentados e discutidos na Conferência:

Tabela 10: Indicativos de enfrentamento à violência contra a pessoa idosa

EIXO TEMÁTICO 2

Enfrentamento à Violência contra a Pessoa Idosa

INDICATIVOS ÂMBITO

1

Adequação dos meios de transporte coletivo para idosos e deficientes, melhorando a acessibilidade, bem como dos dispositivos e sinais de trânsito nas ruas e

travessias.

Federal, Estadual e Municipal 2

Inserção no Código de Postura Municipal de procedimentos para a execução de sinalização apropriada e para a eliminação de obstáculos arquitetônicos que impedem ou dificultam o acesso dos idosos.

Municipal 3

Incentivo à criação, nos estados e municípios, de serviços telefônicos de informação, orientação, e denúncias (Disque-Idoso), para idosos em situação de risco social e vítimas de violência, vinculados aos Conselhos de Direitos do Idoso.

Estadual e Municipal 4

Implantação de programas de prevenção, proteção e atendimento à pessoa idosa, em situação de risco e vítima de maus tratos e violência, em cada município, com equipe profissional adequada, incluindo assistência e orientação a seus familiares e a seus agressores.

Federal, Estadual e Municipal 5

Realização de campanhas informativas e educativas que incentivem a denúncia de maus tratos aos idosos, bem como criação de informativos, destinados à população, explicando as formas de violência praticadas contra a pessoa idosa.

Federal, Estadual e Municipal 6

Ampla divulgação do Estatuto do Idoso nos vários segmentos sociais, através das escolas e dos meios de comunicação, e apoio à produção e publicação de estudos e pesquisas que contribuam para a divulgação e aplicação deste Estatuto.

Federal, Estadual e Municipal 7 Criação de Casa de Passagem para idosos e Casa de Acolhimento para casos de

necessidades especiais (abandono, vítimas de violência, etc).

Estadual e Municipal 8

Fiscalização multiprofissional sistemática das entidades e Instituições de

Atendimento aos idosos de Longa Permanência, pelos conselheiros do Conselho dos Direitos do Idoso, pelos órgãos responsáveis por este acompanhamento e pelos

Federal, Estadual e Municipal

vários segmentos organizados da sociedade. 9

Implantação e implementação de serviços específicos de denúncia de violência contra idosos, bem como de mecanismos de encaminhamento e solução dos problemas decorrentes.

Federal, Estadual e Municipal 10

Inserção de conteúdos sobre os direitos dos idosos, nas escolas de formação de motoristas em geral, e em particular aos condutores de transporte público, com reciclagem de quatro em quatro anos, mobilizando empresários do setor para que os agressores sejam punidos.

Federal, Estadual e Municipal 11

Estabelecimento de medidas ou orientações para prevenção de quedas, com a adoção de materiais e dispositivos específicos (piso antiderrapante e corrimão), nas construções e reformas.

Estadual e Municipal 12 Conscientização das famílias sobre suas responsabilidades com o abrigamento dos idosos, quanto ao respeito, tratamento com dignidade e sua proteção. Municipal 13 Implementação de Centro de Referência de atendimento aos idosos vítimas de negligência, abuso e violação de direitos.

Federal, Estadual e Municipal 14

Veiculação de campanha educativa nacional contra todos os tipos de violência contra os idosos (verbal, física e psicológica), através de emissoras de rádio e televisão, bem como através de Cartilhas Educativas.

Federal, Estadual e Municipal 15

Adoção de medidas para atendimento prioritário para as pessoas idosas nas instituições públicas e privadas, estimulando o combate à violência e à

discriminação por meio de ações de sensibilização e de capacitação que possam contribuir para a prevenção.

Federal, Estadual e Municipal 16 Aplicação de medidas legais que assegurem a responsabilização de famílias pelo abandono de pessoas idosas. Federal 17 Apoio a implantação de Conselhos de Defesa do Idoso e à criação de Programas de Proteção (como Programas de Orientação Familiar), com a participação de ONGs. Municipal 18

Investimento na formação e capacitação de profissionais encarregados da

promoção e proteção dos direitos dos idosos, no âmbito de instituições públicas e de serviços não governamentais.

Federal, Estadual e Municipal 19 Criação do DIA “D” contra a violência ao idoso. Federal 20 Instituição do serviço obrigatório de profissionais (Assistente Social, Psicólogo) nas Casas Asilares e Centros de Convivência para idosos.

Federal, Estadual e Municipal 21

Instituição de suporte financeiro (subsídio familiar), a famílias de baixa renda, responsáveis por idoso, objetivando evitar o abandono e o abrigamento em Casas Lares.

Federal, Estadual e Municipal 22 Criação de mecanismo legal que garanta à pessoa idosa, a manutenção em seu poder, de parte de sua aposentadoria ou pensão, quando abrigada em casas asilares.

Federal, Estadual e Municipal 23 Vetação da discriminação do idoso nos planos de saúde, empréstimos bancários,

financiamentos habitacionais, em razão da idade.

Federal, Estadual e Municipal 24 Vetação da discriminação do idoso, em processos de admissão para trabalho e em

concursos públicos.

Federal, Estadual e Municipal 25

Capacitação dos profissionais da saúde, especialmente dos envolvidos com o Programa Saúde da Família, para identificação, tratamento e prevenção dos casos de violência contra a pessoa idosa.

Federal, Estadual e Municipal 26 Capacitação para os cuidadores de idosos vítimas de violência.

Federal, Estadual e Municipal 27 Constituição de redes locais de atendimento, apoio e auxílio ao idoso maltratado e Federal,

à sua família. Estadual e Municipal 28

Criação de SOS Idoso na rede de atendimento municipal e implantação de Delegacia Especializada no atendimento ao idoso, com atuação de equipe multidisciplinar.

Estadual e Municipal 29 Criação de SOS Idoso, nas Delegacias Especializadas, incluindo o segmento idoso

na Delegacia de Proteção à Mulher, à Criança e ao Adolescente, já existentes.

Federal, Estadual e Municipal 30 Reforço policial, nos locais de recebimento, em dias de pagamento dos idosos. Estadual e Municipal 31 Implantação de sistema de credenciamento e fiscalização das Instituições de Longa

Permanência, com definição das responsabilidades das três esferas do governo.

Federal, Estadual e Municipal 32

Realização de campanhas de orientação para edificação e reforma de construção privadas e públicas, enfatizando o uso de materiais e dispositivos mais apropriados para que sejam evitadas quedas de idosos.

Federal, Estadual e Municipal 33 Campanha de orientação aos idosos sobre o uso correto do cartão de aposentadoria Federal 34 Efetivação da lei da prioridade, nas três esferas de governo.

Federal, Estadual e Municipal 35 Efetivação de maior agilidade dos processos judiciais movidos por ações de violência contra os idosos. Federal e Estadual 36 Adoção de instrumentos ágeis de denúncia, ao judiciário, da retenção ilegal de cartões de benefícios por estabelecimentos comerciais, com correspondente

agilização das penalidades.

Federal e Estadual 37 Implantação e divulgação da Rede de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa, nos

municípios. Municipal

38

Implantação de uma instância aos moldes do Conselho Tutelar, para os idosos, com conselheiros remunerados, que realizem trabalhos preventivos e verifiquem as denúncias de maus tratos e de violência contra os idosos.

Federal, Estadual e Municipal Fonte: Anais da I Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa, 2006

O Município de Florianópolis vêm desenvolvendo um importante trabalho frente a defesa e garantia de direitos à população idosa. O próximo item apresentaremos as políticas sociais e ações que estão sendo realizadas no município.