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2.2 AS POLÍTICAS SOCIAIS VOLTADAS A POPULAÇÃO IDOSA

2.2.4 Municipal

• Política Municipal do Idoso

Na esfera municipal, é sancionada no dia 24 de setembro de 1998, a Política Municipal do Idoso (Lei nº 5.371), que além de ter como finalidade assegurar os direitos sociais dos idosos, cria o Conselho Municipal do Idoso, com o objetivo de garantir a efetivação de seus

direitos nas áreas da Assistência Social, Educação, Saúde, Trabalho, Justiça, Esporte, Cultura e Lazer.

• I Seminário de Políticas Públicas para o Idoso: uma questão de Acesso

O I Seminário de Políticas Públicas para o Idoso: Uma questão de acesso realizado no dia 25 de setembro de 2003, no Castelmar Hotel, foi promovido pelo Conselho Municipal do Idoso de Florianópolis e Secretaria Municipal de Habitação, Trabalho e Desenvolvimento Social (hoje, Secretaria Municipal de Assistência Social de Florianópolis). Participaram do Seminário cerca de 200 pessoas, entre elas Entidades Governamentais e Não-Governamentais, e o público alvo, neste caso o idoso.

Este evento teve como objetivo conhecer e refletir sobre as políticas públicas voltadas para a pessoa idosa e o exercício de cidadania, e avaliar a efetividade e a acessibilidade da pessoa idosa aos serviços disponíveis, bem como, propor diretrizes para o aperfeiçoamento do sistema de atendimento. (RELATÓRIO DO I SEMINÁRIO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O IDOSO: UMA QUESTÃO DE ACESSO, 2003)

Foram formados grupos de aproximadamente 35 pessoas, que avaliaram a qualidade e a dificuldade de acesso dos serviços prestados aos idosos nas áreas da Saúde, Transporte, Educação, Habitação e Assistência Social.

Por fim o Seminário buscou “contribuir para a efetividade de ações urgentes que garantam condições de vida digna e, acima de tudo, o exercício pleno de cidadania à pessoa idosa” (RELATÓRIO DO I SEMINÁRIO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O IDOSO: UMA QUESTÃO DE ACESSO, 2003)

• II Seminário de Políticas Públicas para o Idoso: uma questão de Acesso

O II Seminário de Políticas Públicas para o Idoso: uma questão de acesso, realizado no dia 05/10/06, no Centro de Eventos da FIESC, foi promovido pelo Conselho Municipal do Idoso de Florianópolis, em parceria com a Secretaria Municipal da Criança, Adolescente, Idoso, Família e Desenvolvimento Social7, teve como objetivo “buscar a discussão e proposição de diretrizes acerca das políticas e serviços de atendimento a pessoa idosa, bem

como avaliar a efetividade e a acessibilidade deste segmento aos serviços disponíveis” (RELATÓRIO DE ATIVIDADES DO CMI, 2006)

O Seminário contou com a participação de cerca de 250 pessoas, incluindo os idosos, que puderam contar com ônibus especiais reservados para o evento. O evento foi dividido em dois momentos: no período matutino foi apresentado o painel “Políticas Públicas para o idoso: efetividade e acessibilidade”, que abordou as áreas de Assistência Social e Saúde; e, no período vespertino, desenvolveu oficinas participativas sobre Previdência Social, Assistência Social, Educação, Saúde e Violência.

Nas oficinas buscou-se através de questões principais retiradas das Conferências em cada área de discussão, levantar “o que fazer?”, “como fazer?” e “a quem compete?”. Após o Seminário ocorreram algumas reuniões com os Comitês retirados de cada oficina, com o objetivo de formular melhor as questões levantadas. Assim, a Oficina de Violência ficou assim definida:

Tabela 11: Indicativos da oficina de violência

1. AÇÕES EDUCATIVAS SOBRE O ENVELHECIMENTO O QUE

FAZER? • Divulgação; • instituição de disciplina e/ou tema com conteúdos sobre velhice e processo de envelhecimento no ensino de formação médio e superior;

• sensibilização dos professores/educadores sobre o tema velhice e processo de envelhecimento.

COMO

FAZER? • Informativo, cartilha, campanhas; • instituição de dia de luta contra a violência a pessoa idosa;

• ciclo de palestras para familiares, escolas, profissionais e grupos de idosos; • instituição sistemática de temas e conteúdos sobre velhice e ensino fundamental

e médio;

• capacitação dos professores com relação ao tema através de cursos, oficinas, orientações, etc.

A QUEM

COMPETE? • Conselhos Estadual e Municipal do Idoso; • Secretarias de Educação, Saúde e Assistência Social • Universidades

2. CRIAÇÃO DE PROGRAMAS DE ABRIGAMENTTO PARA IDOSOS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA

O QUE

FAZER? • Criação de Unidade de atendimento e abrigamento a idosos vítimas de violência; • criação de Programas de Apoio Psicossocial a idosos vítimas de violência.

COMO

FAZER? • Diagnóstico da demanda; • elaborar projeto técnico para o funcionamento;

• construção de espaço físico adequado e equipamento do espaço; • contratar ou designar equipe multiprofissional;

• aquisição de veículo específico;

• reestruturação do Programa Psicossocial ao Idoso e sua Família/gerência de Atenção ao Idoso, com a criação de grupo de auto e entre ajuda e ações sistemáticas aos familiares, idosos e população em geral.

A QUEM

COMPETE? • Gestor Municipal e Estadual com parcerias de ONGs (Gestão Plena); • Secretária Municipal de Assistência Social.

3. CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS QUE ATUAM COM IDOSOS O QUE

FAZER? • Instituir programas de capacitação continuada de recursos humanos; • instituição de programas para capacitação de cuidadores.

COMO

FAZER? • Organizar cursos sistemáticos integrando as várias áreas e especificidades e modalidades de atendimento; • organizar cursos sistemáticos para cuidadores de idosos nas modalidades de

cuidador informal, cuidador familiar e cuidador institucional.

A QUEM

COMPETE? • Secretária Municipal de Assistência Social, e Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde; • Conselhos Estadual e Municipal do Idoso;

• Universidades e Instituições de Longa Permanência para Idosos; • Ministério Público

4. CRIAÇÃO DE DEFENSORIA PÚBLICA E ADEQUAÇÕES DE DELEGACIAS PARA ATENDIMENTO AO IDOSO

O QUE

FAZER? • Articulação para estimular a formulação de projeto de lei para a criação de Defensoria Pública; • adequação de delegacias: criar atendimento específico para o idoso em

delegacias.

COMO

FAZER? • Propor espaço de discussão sistemática sobre a proposta do projeto lei; • convite para reunião com órgão responsável e/ou envolvidos para discutir estratégias;

• priorizar o atendimento em delegacias localizadas em pontos estratégicos; • disponibilizar profissionais qualificados para atender as denúncias específicas de

violência contra o idoso.

A QUEM

COMPETE? • Assembléia Legislativa; • Conselhos Estadual e municipal do Idoso; • Ministério Público e OAB;

5. AÇÕES EM REDE PARA O ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA

O QUE

FAZER? • Diagnóstico da Rede;• Protocolo de Intenções.

COMO

FAZER? • Mapeamento das Instituições, Programas e Serviços de atendimento ao idoso; • levantamento do tipo e formas de atendimento; • reuniões/encontros para a discussão da proposta com entidades como: OAB,

delegacias, Ministério público, Hospitais, CEVC, CMI, ILPI’s.

A QUEM

COMPETE? • Secretaria Municipal de Assistência Social, através da Gerência de Atenção ao Idoso em conjunto com o Conselho municipal do Idoso. FONTE: Tabelas das Oficinas do II Seminário de Políticas Públicas para o Idoso uma Questão de Acesso.

Algumas ações já estão sendo realizadas com o objetivo de prevenção e combate a violência contra a pessoa idosa, como apresentaremos a seguir.