5. ATUAÇÃO DA AGÊNCIA DE FOMENTO NA IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS
5.3. Estratégias Políticas de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
A publicação dos resultados alcançados em 2005, apresentados no Relatório de Atividades, demonstra que grande parte dos recursos executados pela agência de fomento diz respeito à Demanda Induzida, que alcançou valores acima de R$ 19 milhões em comparação com os R$15 milhões executados pelo Universal. Os projetos de Demanda Induzida referem- se a projetos de eixo-político demandados de acordo com as orientações do governo federal ou estadual.
Dentre os projetos de Demanda Induzida, concebidos em 2004, mas executados em 2005, podem-se relacionar 12 Editais Induzidos:
1. Edital Bolsa de Incentivo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Tecnológico, destinado ao servidor público estadual.
2. Programa Rede Estadual das Tecnologias dos Minerais – Apoio aos Arranjos ou Aglomerados Produtivos Locais de Base Mineral (APLs).
3. Programa Inclusão Digital – Expansão da Rede de Telecentros de Informação de Negócios em Minas Gerais, parceria com o MDIC.
4. Programa Rede Estadual de Ciência e Tecnologia para Inovação Agroindustrial – Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Agronegócio.
5. Programa Gestão Tecnológica em Recursos Hídricos – Apoio à Padronização de Metodologias e Técnicas no Tratamento das Informações para a Gestão de Recursos Hídricos.
6. Edital de Apoio à Criação e/ou Manutenção de Núcleo de Inovação Tecnológica e de Proteção ao Conhecimento.
7. Programa de Telemedicina para Ações Preventivas de Saúde, parceria com a FINEP. 8. Programa Uso da Tecnologia Digital no Resgate da Identidade Histórico-Cultural de
Minas Gerais.
9. Programa Estruturador Arranjos Produtivos Locais – Apoio às Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica.
10. Programa de Inclusão Digital – Expansão da Rede de Telecentros de Informação e Negócios em Minas Gerais - 2ª Chamada, parceria com o MDIC.
11. Edital Bolsa de Incentivo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Tecnológico, destinado a servidor público estadual - 2ª Chamada.
12. Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas (PAPPE) - 2ª Chamada, parceria com a Finep.
Especificamente com o PAPPE, a agência de fomento visou estimular a inovação tecnológica em Minas Gerais, por meio da parceria estabelecida entre a FINEP com as instituições de ensino/pesquisa, pesquisadores e indústrias. A parceria entre agência de fomento e a FINEP teve como objetivo financiar projetos que apresentassem soluções tecnológicas de impacto social ou comercial, e que pudessem ser inseridos no mercado, a partir do desenvolvimento de produtos e processos inovadores por pesquisadores associados ou em parceria com empresas de Minas Gerais. Nesta parceria enfatiza-se a participação da
dirigir, coordenar, executar e controlar as atividades setoriais a cargo do Estado, para o relativo desenvolvimento e a ampliação de conhecimentos científicos, tecnológicos e ambientais implementados pela agência de fomento.
Em 2004, o PAPPE recebeu 163 propostas. O valor disponível para investimento no PAPPE, no período de dois anos (2004 a 2006), foi na ordem de R$12 milhões, conforme apresentado na Tabela 5.1.
Tabela 5.1: PAPPE – Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas
Fonte: Adaptado de Relatório de Atividades – FAPEMIG – 2004, 2005 e 2006.
Além do PAPPE, outros Programas e Projetos Especiais tiveram destaque em 2006, como o Programa de Capacitação de Recursos Humanos – PCRH, que teve como objetivo capacitar pesquisadores e técnicos das instituições estaduais dedicadas às atividades de C&T com a intenção de melhorar a qualificação das instituições.
A concessão de Bolsa de Incentivo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Tecnológico – BIPDT teve como finalidade conceder apoio aos servidores públicos que exercem atividade científica em instituições de pesquisa, universidades ou empresas públicas. O objetivo é estimular a fixação de pesquisadores em Minas Gerais para contribuir com o desenvolvimento regional das potencialidades mineiras (DELGADO, 2006, p .46).
O Programa de Apoio a Publicações Científicas e Tecnológicas destina recursos para a publicação de artigos científicos, livros e periódicos de pesquisadores residentes em Minas Gerais. Somente no exercício de 2006, foram destinados R$ 2 milhões para o Programa (DELGADO, 2006, p .47).
A agência de fomento também incentiva a criação de redes de pesquisa científica de alto nível no Estado (DELGADO, 2006, p. 48). A formação das redes envolve as universidades e os centros de pesquisa que se unem para estudar um tema específico. As redes podem ser classificadas em:
1. Rede Proteoma: Biomoléculas do Escorpião Amarelo.
Demanda Recomendados
Edital
Demanda Título Quant. Valor Solic. Valor Disp. Quant. Valor Solicit.
2004 PAPPE – Fase I 163 2.000.667 83 1.065.664
2005 PAPPE – Fase II 83 14.848.842 12.000.000 49 6.674.364 2006 PAPPE – Fase III 115 6.674.364 12.000.000 49 5.790.315
2. Rede Genoma: Sequenciamento do Schistosoma mansoni. 3. Rede de Nanociência e Nanotecnologia.
4. Rede Ensaios Toxicológicos e Farmacológicos de Produtos Terapêuticos. 5. Rede Mineira de Bioterismo.
6. Rede Estadual de Biotecnologia.
7. Rede Mineira de Propriedade Intelectual.
Como estratégia política de desenvolvimento científico e tecnológico, a agência de fomento tem incentivado a criação de redes de pesquisa no Estado com base nos seguintes fundamentos: i) articulação entre pesquisadores e instituições, formando competência em assuntos de interesse do Estado; ii) otimização do uso de recursos, evitando duplicação e, ao mesmo tempo, aumentando a gama de instituições e pesquisadores beneficiados; e iii) formação de parcerias com órgãos federais que vêem nas redes a oportunidade de financiamento otimizado no País (DELGADO, 2006, p. 30).
Em 2007, novas propostas foram elaboradas diversificando um pouco mais a atuação da agência de fomento. Uma delas faz referência à criação do Programa Estadual de Cooperação Acadêmica – Procad – MG, que propõe a implantação de redes de cooperação acadêmica de instituições que já tenham cursos de pós-graduação consolidados, como também a busca de excelência em áreas de destaque e de interesse do Estado; a criação do Programa de Apoio a Grupos de Pesquisa Emergentes para fixar o pesquisador no Estado e formação de competência científica no interior do Estado. Por fim, a criação do Programa Pesquisador Mineiro – PPM, nas categorias de cientista e inovador-tecnólogo. A proposta é beneficiar pesquisadores que conduzem pesquisas científicas e tecnológicas de relevância para o desenvolvimento econômico e social do estado mineiro.