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Imagino que depois de passar tanto tempo comigo, você já notou que nada é em ARM, ou mesmo em gestão de empresas, é fruto da manifestação da natureza

Distribuição

Matéria Prima ou demais materiais não acabados

Dentro da Organização

Transporte Produtos Acabados Fora da Organização (destinado ao consumidor)

em seu esplendor. Tem muito esforço humano envolvido, pois as coisas só acontecem quando um ser humano as planeja e executa.

E agora, ser humano homem de negócios quer vender o que produziu. Até agora, você aprendeu sobre técnicas, ferramentas, conceitos e objetivos. A estrutura para distribuição (que eu vou chamar daqui para frente de logística) se volta a utilizar todos esses conceitos para montar uma rede funcional que garanta a venda e entrega dos produtos.

Comecemos pelo conceito, que alias, existem muitos na doutrina. Meu favorito (por se voltar especificamente aos materiais e ao cliente) é o que Gonçalves reproduziu de Marthins Christopher:

Logística é um processo “que env olv e o ger enc iam ento estr atégic o da aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados e o flux o de in form ações c orrelato , através dos canais de marketing da empresa, t e n d o c o m o o b j e t i v o a t en d e r a o s p e d i d o s d o s c l i en t e s , a b a ix o s c u s t o s c o m a   finalidade de maxim izar a lucratividade presente e futura .”.

Mas, para montar a estrutura de distribuição da empresa, esta deve atentar- se a quatro variáveis principais:

Forma  – o material produzido tem determinadas características que influenciam em sua produção e acondicionamento.

Tempo – é o momento em que o produto se encontra fisicamente em algum lugar.

Lugar  – aqui falamos do local específico onde o item se encontra em dado momento.

No que se refere às atividades relacionadas à logística, podemos dividi-las em dois grupos principais:

 A logística em si é dividida em dois tipos de atividades:

Principais: Transportes, Gerenciar os Estoques, Processamento de Pedidos. Secundárias: Armazenagem, Manuseio de materiais, Embalagem, Programação de produtos e Sistema de informação.

Principais: As atividades principais são aquelas que impulsionam o processo logístico, o fazem funcionar. Sem atividades desta natureza, simplesmente não há como se falar em logística

Secundárias: São atividades de suporte. Sem elas, o sistema logístico torna- se dificultoso, mas em por isso deixa de existir.

Atividades Principais:

Padrão de Serviços ao Cliente: falamos aqui das decisões relacionadas a descobrir quais são as necessidades do cliente, bem como as ponderações relacionadas à qualidade do serviço que lhe é prestado.

Forma

Tempo

Transporte: Trarei deste tópico com mais detalhes logo mais. Por enquanto, contente-se em sabe que falamos aqui da escolha do meio de transporte ideal para conduzir as mercadorias a quem delas precise (inclusive o cliente).

Fluxo de Informações e processamento de pedidos: informação é poder. Falamos da forma pela qual o fluxo de informações transita ao longo da cadeia logística, e de que forma os pedidos dos clientes são processados.

Se o sistema logístico da empresa não possuir e controlar estas três atividades, é melhor o dono fazer como você e comprar uma apostila, pois ser  empresário não é seu forte :P.

Ok, falta falar das atividades secundárias, ou de apoio

Armazenagem: Olha outro tópico do seu edital aqui. Na armazenagem, definimos espaço destinado ao armazenamento de produtos, bem como a disposição dos estoques, locais de embarque, e tudo que tenha a ver com a forma com que os materiais são guardados.

Manuseio de materiais: com o perdão do termo, mas estas são as atividades que envolvem “mexer” no material. Processamento e expedição de pedidos de clientes, seleção de equipamentos para movimentação de materiais, recuperação de produtos armazenados e até mesmo a política de reposição dos materiais. Tudo isto está aqui.

Compras: mais um tópico a ser detalhado mais para frente. Selecionar os suprimentos e principalmente quem os fornece, o tempo ideal para realizar  aquisições (aproveitando-se de possíveis vantagens, como compras em lote e variação dos preços), negociações e elaboração de contratos de fornecimento, se tiver algo a ver com compras, pode colocar aqui.

Embalagem: Diz respeito ao acondicionamento dos materiais e produtos. Se acondicionados corretamente, os materiais e produtos são mais fáceis de guardar, e ainda ficam protegidos contra danos. Melhor ainda: só de olhar para a caixa, é possível dizer o que tem dentro sem abri-la, o que facilita seu transporte e comercialização. E sua imaginação pode fazer o resto.

Produção e operação: estas atividades se relacionam com a logística na medida em que, através delas, é possível especificar quantidades agregadas a serem produzidas, o sequenciamento da produção (organização das etapas), volume e tempo necessário para produzir, bem como ainda permite a utilização de outras técnicas nestes objetivos, como o modelo just-in-time, entre outros possíveis. Gestão das informações: Lá em cima eu falei do fluxo de informações. Aqui eu falo de atividades paralelas, como a coleta e o arquivamento das mesmas.

Existem diversos tipos de logísticas estudados pela doutrina. Mas observando o edital, seu examinador quis apenas que você soubesse a parte de logística voltada à distribuição de materiais, e é isso que eu vou ensinar a você.

E agora que você já sabe o que precisa saber sobre conceito de distribuição de materiais, vamos começar a falar das estruturas.

Logo de cara, já podemos dividir os estilos de venda das empresas em dois grandes grupos:

Sistema de Venda Direta: a empresa não fará uso de intermediários na sua rede de distribuição, possuindo o controle de toda a logística envolvida do momento da retirada do produto acabado do depósito até as mãos do consumidor final. Embora demande investimentos acentuados, uma vez montada a rede, a empresa verá seus custos de distribuição barateados, vez que controla todas as etapas. É também o marco da integração vertical da distribuição, já que esta é dirigida por  um único ator.

Sistema de Venda Indireta: a empresa fará uso de intermediários (que serão vistos logo mais) para distribuição de seus produtos, pois estes já possuem a estrutura de distribuição pronta, e assim, a empresa não precisará se preocupar  com isto. Falamos aqui de integração horizontal, vez que os atores envolvidos não independentes e encontram-se ligados através de um vínculo contratual.

Mas o que exatamente é um intermediário? Esta figura é simplesmente um negociante especializado em comprar e vender produtos ou serviços. Sua atividade

consiste em chegar até o consumidor para vender produtos que foram produzidos por terceiros. Os intermediários são divididos em duas modalidades principais.

Intermediário agente – não compra as mercadorias que vende, e, portanto, é remunerado por comissões. Desta forma, ele não assume o risco da atividade. Pense no corretor de imóveis, que, obviamente, não é dono das casas que vende (pois do contrário, não as estaria vendendo).

Intermediário comerciante  – este compra as mercadorias para posterior  revenda, correndo os riscos do negócio que gerencia.

E mais uma conceituação importante (sim, essa parte é chatinha, mas os conceitos ajudarão nos próximos passos da aula).

Varejistas: Intermediário comerciante que vende seus produtos principalmente ao consumidor final. É o mercadinho da esquina que vende um monte de coisas para você, mero mortal, que só está interessado em algumas poucas unidades de vários itens. Mas, daqui pra frente, entenda que varejo não tem a ver com quantidade, e sim, com atividades de venda ao consumidor  final.

Atacadistas: Intermediário comerciante também. Só que ele não está interessado na venda direta ao consumidor final, e sim, na venda a varejistas e outros comerciantes. Este sujeito é aquele que outrora chamávamos de fornecedor  nas ocasiões em que negocia produtos semiacabados, ferramentas e maquinários.

Ok chega de cansá-los, está na hora de ver as estruturas de distribuição mais comuns. E não há maneira melhor de tratar isso se não em um quadro:

Estrutura de

Distribuição Características Comentários

Distribuição Direta ao Consumidor 

O produtor vende e entra seus produtos diretamente ao consumidor final. A maneira

através da qual as vendas são concretizadas não é importane (telefone, carta, vendedores domiciliares), mas o traço

principal é que sempre é o produtor quem vende ao consumidor.

Demanda investimentos vultosos em lojas próprias, filiais, escritórios de atendimento ao consumidor, além de demandar a formação de estoque para a própria

comercialização.

Distribuição Através de

Varejistas

O produtor direciona seus produtos a estabelecimentos especializados no contato direto com o consumidor, e estes cuidam da

comercialização do produto.

Ideal para empresas que não desejam fazer investimentos em estrutura de distribuição, ou ainda,

quando há grande quantidade de consumidores finais em potencial

espalhados pelo país. Os investimentos em estoque são

transferidos diretamente aos varejistas, e assim, a empresa não

arca com estes custos. Opção favorita dos produtores de

eletrodomésticos.

Distribuição através de Atacadistas

Desta vez o produtor vende seus produtos a um pequeno número de intermediários, que terão o objetivo de pulverizar esta produção

entre centenas de varejistas.

Podemos dizer que é o cúmulo da otimização. Agora a empresa não precisa nem mesmo preocupar-se

com a distribuição dos produtos aos varejistas. Os custos de estoque se reduzem drasticamente,  já que os atacadistas estão prontos

para adquirir toda a produção da empresa e estocá-la, para posterior 

revenda. Favorito dos produtores de alimentos, que precisam vender 

a carga logo, antes que pereça.

Fonte: Chiavenato, Idalberto

Sim, eu sei que tem muita coisa escrita no campo comentários. Mas você vai me agradecer depois quando for dar aquela memorizada básica antes da prova, já que não vai ter de ler este campo :P.

Embora o que você está vendo aqui é apenas um apanhado geral do que se conhece por logística, apresento a vocês alguns trade-off s típicos perante os quais o gestor logístico frequentemente se depara:

- Decidir pelo aumento dos estoques de segurança (em prol da proteção da empresa contra flutuações ou desabastecimentos implicará aumento no custo de armazenagem dos materiais (existirão mais materiais no estoque, e eles

estarão lá “desnecessariamente”, ou ao menos, a produção não tem uma função direta para eles);

- Reduzir o tempo que o material em produção despende em cada etapa de sua cadeia de fabricação diminuirá também a “margem” de tempo de que a organização dispõe para entrega-lo, deixando-a mais vulnerável a imprevistos;

- Reduzir o estoque médio de materiais no almoxarifado forçará a empresa a aumentar a rotatividade dos mesmos (giro de estoque);

- Por fim, optar pela redução dos custos de armazenagem dos produtos em depósito forçará a organização a despender mais recursos em prol do transporte destes mesmos materiais (partindo-se do pressuposto de que a produção não resolverá produzir menos unidades do produto, só restará à organização entregar os produtos de maneira mais rápida a um maior número de consumidores, o que implica no aumento dos custos de transporte).

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