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ESTUDO DE CASO

No documento Torre multifuncional em Nova York (páginas 32-40)

o terceiro mais alto de Nova York. Porém, na mesma rua, quando o Central Park Tower for finalizado, será o edifício residencial mais alto do mundo, de acordo com o jornal The New York Times (2011). Segundo Viñoly (2015), A parte estrutural do 432 é formada por um elo central em concreto armado e as extremidades do edifício também, onde o torna mais rígido e bem estruturado. O arquiteto Rafael Viñoly (2015) teve como uma das grandes ideias, deixar dois andares completamente abertos e vazios, a cada 12 pavimentos construídos. Com isso, o edifício se mantém permeável, no qual alivia a pressão exercida pelo ar sobre as fachadas pela liberação de passagem de vento em várias alturas do edifício, onde garante sua estabilidade. Viñoly (2015) acrescenta que há nos traços da torre uma saudável obsessão com o quadrado desde a origem de tudo, que é a planta do edifício. O mesmo acontece com as janelas de (3 x 3) m. Viñoly garante que as formas quadradas proporcionam um conforto visual que o edifício nem pareça tão alto, e que sua principal ideia no projeto é que, apesar da sua magnitude, o edifício se comportasse de maneira calma, tranquila em relação às edificações vizinhas. 29. Fachada Leste do Hotel Drake, 1926.

30. Fachada do 432 Park Avenue Building.

31. Desenho da Fachada do 432 Park Avenue Building. 32. Vista banheiro apartamento Penthouse.

33. Vista da Praça do 432 Building para a Park Avenue. 34. Vista da Praça do 432 Building a torre.

35.Implantação do edifício 432 Park Avenue

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A imagem 32 representa o banheiro de uma das unidades com vista para o Rio Hudson. A frente principal da torre residencial, dada pela Rua 56, como é possível identificar na imagem 33, conta com a área de incentivo público, uma praça que liga a Rua 56 com uma passagem para a Park Avenue, possível identificar na imagem 34. Esse vazio urbano voltado à população gera movimento para o local e valorização do comércio no entorno.

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A implantação do edifício na imagem 35 apresenta a fachada para as três ruas bem definidas. Para a Rua 57, de extremo à extremo a área é comercial, abrigando apenas uma loja de seis pavimentos. Para a Park Avenue, tem-se a torre comercial que faz cobertura para a entrada do metrô. Essa abertura, proporciona que atravesse a edificação e chegue na praça pública, que tem acesso principal pela Rua 56. Por essa mesma rua, a fachada residencial é separada da área pública por vegetação, o que não gera bloqueio

total, mas sim privacidade para a área residencial. A entrada para o condomínio dá-se através de um lobby com pé direito duplo. O acesso para os moradores é através de área de manobra, o que permite com que o morador deixe seu carro em frente ao lobby e quem estaciona o veículo nas garagens são os manobristas. Todo o sistema de serviços do condomínio funciona 24hr por dia, 7 dias na semana.

RUA 56 PARK A VENUE RUA 57 01 02 03 05 04 01 02 03 04 05

LOBBY ACESSO RESIDENCIAL HALL ELEVADORES RESIDENCIAL

EMBARQUE/ DESEMBARQUE ELEVADOR ACESSO GARAGEM LOJA COMERCIAL

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A imagem 36, representa o corte dos primeiros pavimentos e subsolo da torre do 432 Park Avenue. O edifício conta com um total de 60 vagas de garagem, cada uma com elevador que comporta até 3 carros por vaga. Apesar do apertado espaço, os moradores contam com sistema de manobrista, o que faz com que tenham acesso direto pelo lobby e o carro é estacionado na garagem pelo serviço do condomínio, muito comum em hotéis.

A planta baixa de uma das penthouses do edifício, representada na imagem 37, indica em uma área azul as paredes que não são permitido fazer modificações por serem estruturais. Essas paredes são a área externa da edificação e o transito vertical, o que significa que é possível fazer qualquer modificação de paredes internas, de acordo com a preferência do morador. Tal sistema, permite layouts dos mais variados, o que abrange muito mais perfis de clientes.

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As imagens 38 e 39 apresentam diferentes layouts dos apartamentos penthouse disponíveis no edifício. Essa liberdade que a estrutura dá para diferentes tipologias arquitetônicas torna o mesmo espaço com variadas experiências, desde uma cozinha maior do que outra, a banheiros maiores que suíte Master. Nestes casos de plantas livres, a criatividade é o limite, o que permite que o cliente tenha a liberdade de executar o apartamento da maneira que quiser, sem restrinções.

De acordo com Vinoly (2015), Pelo sistema estrutural nas extremidades da torre e no elo central de circulação vertical, as plantas do 432 são diferentes umas das outras, permitindo total liberdade para as diferentes tipologias porém mantendo um padrão dividindo o fluxo de área social, íntima e separando a suíte master dos demais comodos. A figura 40 apresenta as áreas técnicas e os vãos livres para passagem do vento, o que diminui a força que o mesmo incide sobre o edifício.

38 Renzo Piano (2016), em uma conversa informal com Macklowe, o idealizador do 432 Park Avenue, diz que se você se mantém fiel à forma, não dá para estragar um quadrado. A implantação do 432 Park Avenue foi essencial para determinar a setorização e distribuição das torres. O edifício, apesar de icônico na cidade principalmente pela sua altura que, desconsiderando as antenas, ultrapassa o One Trade Center e Empire State Building, não tinha como intenção essa busca pelo arranhacéu mais alto de Nova York. Em sua esquina para a avenida mais importante, a Park Avenue, está a torre comercial, ponto estratégico para a área comercial. A praça pública, com abertura tanto para a Park Avenue quanto para a 56th St, determina onde está localizada a área residencial e a área comercial do edifício. A fachada para a rua 57th St é totalmente comercial, abrigando uma loja de sete pavimentos. Além dessa divisão entre setores, conta com uma passagem direta para o metrô. O subsolo abaixo da torre é uma garagem de um pavimento que desce por elevador o carro. A praça conta com bastante espaço para sentar. Para acessar ela tem dois degraus que funcionam de maneira que, ao vivenciar a praça, determina

onde é area de passeio e local de descanso. É importante destacar que as árvores que são sazonais, gerando sombra no verão e completamente secas no inverno, vegetação típica da região. A torre residencial no térreo, com pé direito duplo, abriga pela Rua 56 o lobby e acesso às garagens, assim como espaço de carga e descarga residencial. Já na Rua 57 apenas a loja ocupa o terreno de extremo a extremo e os 6 primeiros pavimentos. Do sétimo ao décimo sexto são áreas comuns do condomínio que conta com piscina aquecida, cinema, sauna, sala de ginástica e sala de jogos. Acima destes pavimentos estão os apartamentos que somados dão um total de 104 unidades, sendo destes, 4 penthouses ocupando o pavimento inteiro e com pé-direito duplo; as unidades restantes são duas por pavimento. É comum nas novas torres residenciais o uso de serviços como o de hotéis, que conta com serviço de quarto 24hrs, além de manobristas, seguranças e recepcionistas. Porém todo esse luxo tem um custo alto. Os apartamentos variam de 3 milhões à 100 milhões de dólares. De acordo com Macklowe (2016), noventa porcento das vendas têm sido para nova iorquinos com intuito de morar no edifício.

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36. Corte do edifício 432 Park Avenue

37. Planta baixa representando esquema estrutural do 432 Park Avenue 38. Planta Baixa penthouse flexível

39. Planta Baixa penthouse flexível

40. Esquema representando vãos livres do Park Avenue. 41. Vista para a torre.

42.Zoneamento do 432 Park Avenue 43. Corte do 432 Park Avenue.

39 Na imagem 43, disponíveis no site do governo de

Nova York, é possível para cada cidadão que tiver intreresse, saber se a edificação está de acordo com o Plano Diretor.

No esquema 42, os cortes representam o uso de cada pavimento da edificação, como as salas comerciais, lojas, lobby residencial, áreas de serviço e áreas comuns do condomínio.

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HISTÓRICO

A cidade de Nova York é conhecida por seu icônico horizonte verticalizado, com variedades arquitetônicas entre seus edifícios que datam épocas. Segundo Morison (1971), na década de 1600, os holandeses começaram a povoar a cidade, então chamada de Nova Amsterdã. Em torno de 50 anos depois, a cidade foi entregue para os ingleses, que então a rebatizaram para Nova York, pelo duque de York e Albany. No século XIX, a imigração e o desenvolvimento foram transformando a cidade e, em 1807 criou-se a expansão urbana com a grelha ortogonal nas ruas que permanece até os dias atuais. Em conjunto à esse projeto foi criado também o Central Park, sendo o primeiro parque com jardins dos Estados Unidos. O metrô abriu em 1904. Na mesma época, Nova York torna-se o centro mundial para a indústria e comércio, resultando na grande mudança do horizonte da cidade com a construção dos primeiros arranha-céus. Na imagem XX, é possível ver esse fechamento de extremo de quadra comum no começo do século XX e a imagem XX apresenta esse extremo de quadra atual.

No começo de 1900 inaugura-se em Manhattan o Flatiron Building, o primeiro arranha-céu de Nova York, com 87 metros de altura e totalizando 22 andares. O prédio é ainda um marco na cidade, e na época alavancou outro arranha-céus como o Metropolitan Life Insurance Company Tower e o Woolworth Building, construídos logo após.

Duas décadas depois, com o constante crescimento vertical, principalmente no Downtown e Midtown, ergue-se o Empire State Building, o mais visitado e famoso edifício no mundo. Quatro décadas depois, contrói-se o World Trade Center. Como visto na história, os edifícios não somente moldaram a cidade, mas também serviram de palco para muitos acontecimentos históricos, cinematográficos e que, de acordo com o seu estilo arquitetônico, dataram épocas. Essa constante busca por um espaço na ilha de Manhattan fez com que os edifícios ocupassem todo o extremo de quadra, permitido pela lei de 1916. Após muitos edifícios construídos desta forma, ocupando cem por cento do terreno, os nova-iorquinos manifestaram sua insatisfação pelo volumoso espaço

No documento Torre multifuncional em Nova York (páginas 32-40)

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