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CAPÍTULO 3 – MÉTODO DE PESQUISA

4.2 ESTUDO EXPERIMENTAL

Esta fase consiste na aplicação do DOE23 com o intuito de determinar os fatores

(parâmetros) significativos e suas possíveis interações, os quais se comportarão como variáveis de entrada para o processo de monitoramento24. Na sequência serão apresentadas as

etapas desta fase.

a) Descrição das características do experimento:

No início do projeto, ainda por intermédio da técnica brainstorming, deve-se fazer um levantamento de todas as informações necessárias à posterior condução do experimento. Para Godoy (2014), esta conduta evita a necessidade de repetições ou cancelamento do experimento em virtude de possíveis alterações no decorrer da experimentação. Com base em Pierozan (2001); Thomas e Barton (2006); Thomas, Barton e Choke-Okafor (2009); Godoy (2014); as informações que devem ser pré-definidas são:

21Leitnaker e Cooper (2005) defendem o uso desta ferramenta como forma de auxiliar os engenheiros de

processos a entenderem o funcionamento do processo, bem como a relação entre suas variáveis e as características dos resultados.

22 Para análises mais aprofundadas, a literatura destaca o uso do método Shainin como forma de identificar os

fatores prioritários ao processo (ver THOMAS e BARTON, 2006; THOMAS, BARTON e CHUKE-OKAFOR, 2009).

23Neste modelo foi sugerida a aplicação do DOE para priorizar os fatores que devem ser monitorados durante a

aplicação do CEP, entretanto, Godoy (2014) elucida a existência de outras técnicas para o mesmo fim, como FEMEA e análise de regressão.

24 Sem a realização dos experimentos, existe a probabilidade do controle estatístico de processos ser

 Objetivo(s) do experimento;  Variável(s) resposta25;

 Fatores de controle e seus níveis;  Fatores de ruído26;

 Tratamentos;

 Princípios da experimentação – aleatorização, blocagem, replicação e repetição;  Tipo do experimento (Matriz experimental)27;

 Sistema de medição28;

Antes da realização de qualquer estudo experimental, devem ser definidos todos os objetivos almejados, de modo a planejar as etapas posteriores em consonância com estes objetivos. Em geral, determinam-se os objetivos com base no(s) problema(s) proposto(s).29

Outro ponto que merece destaque trata-se da importância em se averiguar a eficiência do equipamento utilizado durante a medição desta variável, a fim de reduzir as possíveis falhas geradas nesta etapa, as quais contribuem para o erro experimental. Além do equipamento de medição utilizado, também deve ser definida a escala de medida.

b) Condução do experimento:

Durante o desencadear do experimento, desde a coleta dos dados até a execução dos testes, é importante que o experimentador garanta que sejam seguidas todas as instruções pré- determinadas na fase de planejamento do experimento, de modo a minimizar os possíveis erros. Ainda seguindo este objetivo de minoria de erros, faz-se necessário que sejam registradas todas as informações pertinentes observadas no decurso deste experimento para servir de consulta caso haja resultados incomuns; além disto, toda esta etapa deve ser acompanhada e monitorada pelo responsável da pesquisa ou uma pessoa capacitada e devidamente treinada para este fim.

25Montgomery (2008) relata acerca da importância de o experimentador estar certo que a variável resposta

fornece informações úteis para o estudo.

26A fim de facilitar a análise, Thomas e Barton (2006) aconselham que a equipe envolvida concentre-se em

reduzir o número de fatores de ruído a zero.

27Consultar Tabela 1.

28 Para uma análise mais aprofundada, consultar Costa, Epprecht e Carpinetti (2009, p.139-158).

29 Nesta etapa, Antony, J. (2014) atenta para a necessidade de traduzir um problema de engenharia/manufatura

Outra consideração importante foi trazida por Godoy (2014), que menciona a importância de controlar todos os fatores externos de modo a evitar que interfiram nos resultados da experimentação. Nesta etapa, vale destacar a frase mencionada por Bisgard (2008) que diz: “[...] apenas um experimento cuidadosamente concebido e devidamente aleatorizado pode evitar o risco de confundir causas especiais com correlação sem sentido.”

c) Análise dos resultados:

O objetivo principal desta etapa é utilizar ferramentas estatísticas para avaliar o grau de influência dos fatores investigados na(s) variável(s) resposta, de modo a determinar quais destes fatores são significantes do ponto de vista estatístico. Pierozan (2001) destaca a importância da análise está detalhada em termos gráficos e numéricos, de modo a facilitar a compreensão dos resultados.

Uma questão abordada no trabalho de Thomas e Barton (2006) que merece relevância trata-se da possibilidade dos resultados apontados pela análise do experimento não indicarem nenhum dos fatores/interações como estatisticamente significantes quanto ao efeito gerado na variável resposta. Nesta situação, algumas condutas são indicadas por estes autores:

 Selecionar um novo fator ou conjunto de fatores para um novo experimento;  Averiguar se a matriz experimental escolhida era adequada para o problema;  Verificar a eficiência dos equipamentos de medição;

 Redefinir os objetivos do experimento. d) Definição da configuração ideal:

De acordo com os resultados gerados durante a análise dos experimentos, pode-se reconhecer os fatores de controle que são significativos, bem como a configuração ideal destes fatores e seus níveis de modo a otimizar a variável resposta - maximizar ou minimizar, dependendo da característica de interesse..

e) Verificação dos resultados com o real:

É importante que os resultados da experimentação estejam fidedignos com a realidade abordada. Esta etapa pode ser desempenhada apresentando os resultados aos responsáveis do processo e demais colaboradores envolvidos, de modo a atestarem sua conformidade com a situação real. Nesse contexto, Pierozan (2001) elucida que a validação das conclusões geradas

no experimento, deve ser desempenhada por meio de testes de acompanhamento e verificação.

f) Implementação das mudanças sugeridas no processo

Após determinada a configuração ideal que otimiza a característica de interesse, deve- se implementá-la no processo a fim de maximizar os resultados da empresa. Para uma implementação eficiente, Pierozan (2001) atenta para a importância da padronização das tarefas, como garantia que todos os colaboradores envolvidos irão trabalhar da forma pré- estabelecida e na busca pelos mesmos objetivos.

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