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ESTUDO TEÓRICO 1

Ávila-Carvalho, L., Leandro, C., & Lebre, E. O conteúdo dos exercícios de

competição em Ginástica Rítmica. Brazilian Journal of Kinanthropometry and

O conteúdo dos exercícios de competição em Ginástica Rítmica

The content in Rhythmic Gymnastics competition routines

RESUMO

O desempenho desportivo em Ginástica Rítmica (GR) está associado a 3 fatores principais que abrangem a qualidade da composição, a qualidade da execução e ainda a qualidade da composição e execução artística. Desta forma, será fundamental uma análise focada entre outros fatores na eficácia e no rendimento desportivo. Uma dupla fonte de informação extraída, por um lado, das normas oficiais do regulamento da modalidade e das Ciências do Desporto por outro será a complementaridade entre a prática e a Ciência que poderá contribuir para a evolução da própria modalidade.

Conhecer de forma metódica e sistemática o conteúdo da composição dos exercícios de competição das ginastas individuais ou de conjuntos de GR que obtêm os melhores resultados a nível Internacional permite-nos, por um lado, descortinar uma direção e orientação de trabalho, já que com esta análise podemos identificar o caminho que as ginastas ou os conjuntos de topo estão a percorrer e, por outro lado, perceber a interpretação dos Códigos de Pontuação e as estratégias de composição utilizadas pelas treinadoras de GR consideradas de referência. O estudo do conteúdo dos exercícios de competição deve abranger as componentes técnicas - corporal, de aparelho, e específicas de conjuntos, bem como as componentes da dimensão artística, já que é da sua combinação que resulta efetivamente a análise integrada da composição de um exercício de GR. Por fim, pensamos que o resultado deste tipo de análise pode, não só influenciar os programas de desenvolvimento da prática, como também conduzir a novos desenhos experimentais utilizados na pesquisa científica em GR.

ABSTRACT

The sports performance in Rhythmic Gymnastics (RG) is linked to three major factors that include the quality of the routines composition, the quality of execution and the artistic performance. Thus, is important the focus the analysis on the sports performance success. It can identify a dual information source: in one hand all the information given by the code of points as official guideline, and in the other hand all date given by the Sport Sciences. Is this complementarity obtained by the link between practice and science that that it can be realized the sports evolution. Study, in a methodical and systematic way, the composition content of the RG Elite individual and groups competition routines allow us (1) to reveal the direction and guidance of the bests gymnasts and groups and (2) to reveal the way the code of points has been interpreted and the composition strategies used by reference coaches in RG. The routines content study should include the body, apparatus and groups specific requirements technique, and, also, artistic dimension components. The combination of all those data can result on a real integrated analysis of the routines composition in GR. Finally, we believe that this knowledge can be used to influence the practice development programs and can also lead to new experimental design used in scientific research in RG.

INTRODUÇÃO

A primeira participação da modalidade de conjuntos de Ginástica Rítmica (GR) em Jogos Olímpicos foi em 1996, em Atlanta. Desde então, o padrão de desempenho dos conjuntos participantes em competições Internacionais tem sido cada vez mais exigente. Os Códigos de Pontuação de GR são as diretrizes universais concretizadas pelo Comité Técnico da Federação Internacional de Ginástica (FIG). O Código de Pontuação é, no fundo, o documento orientador que rege a forma como os exercícios são concebidos, executados e ainda a forma como deverão ser interpretados. Este documento tem dois grandes objetivos 1) uniformizar as exigências técnicas da disciplina, permitindo uma avaliação mais objetiva e 2) orientar o caminho de desenvolvimento da modalidade através, quer da bonificação dos elementos técnicos, quer através da penalização dos elementos que se consideram nocivos para a evolução da GR. Este documento de referência é alvo de alterações periódicas (habitualmente no início de cada ciclo olímpico), fazendo com que os requisitos para a composição dos exercícios de competição se tornem normalmente mais exigentes1. Um dos temas de central interesse no âmbito das Ciências do Desporto é o estudo do prognóstico do talento e do desempenho desportivo2. Neste último, é fundamental o estudo do conteúdo dos exercícios de competição, dado que o desempenho desportivo em GR está associado a 3 fatores principais que abrangem a qualidade da composição, a qualidade da execução e ainda a qualidade da composição e execução artística. Desta forma, pensamos que será fundamental uma análise focada, entre outros fatores, na eficácia e no rendimento desportivo. Normalmente os estudos técnicos nas disciplinas de ginástica têm sido baseados nos Códigos de Pontuação. No entanto, de acordo com Bauch3 a análise dos exercícios de competição deverá ser mais focada no conteúdo qualitativo dos exercícios do que nas regras do Código de Pontuação. Segundo o autor, só assim será possível realizar diferentes abordagens na composição de um exercício de competição. Então, poder-se-á alargar o conceito desportivo da GR utilizando uma dupla fonte de informação: as normas oficiais extraídas do seu

regulamento4, por um lado, e as Ciências do Desporto por outro. Segundo Vidal4 a avaliação de um exercício de competição é feito a partir de um juízo ou apreciação subjetiva por um grupo de experts que avaliam a qualidade dos exercícios em função de um regulamento preestabelecido. Apesar da componente subjetiva a que a avaliação em Ginástica está sujeita, a análise objetiva (quer em termos quantitativos quer em termos qualitativos) das dificuldades permite um melhor conhecimento das estratégias e da interpretação dos regulamentos por parte das treinadoras, fornecendo ainda dados sobre a evolução das ginastas e do grau de afastamento do resultado final em relação ao inicialmente planeado.

Os propósitos do presente artigo são: (i) aprofundar e contextualizar as características da GR de conjuntos; e (ii) analisar as particularidades dos estudos efetuados no âmbito da composição de exercícios em Ginástica Rítmica.

DESENVOLVIMENTO

Características da Ginástica Rítmica

Numerosas definições de GR têm sido apontadas, de acordo com os diferentes pontos de vista dos autores4. Uma das definições que julgamos abarcar os mais importantes domínios da modalidade foi elaborada por Laffranchi5. Segundo esta autora a GR é uma constante busca do belo, uma explosão de talento e criatividade, em que a expressão corporal e o virtuosismo técnico se desenvolvem juntos, formando um conjunto harmonioso de movimento. Segundo Vidal4 os estudos realizados em GR têm passado por analisar o manejo dos aparelhos, as condições físicas ou as habilidades motoras necessárias para a sua prática ou ainda centrados na dimensão estética e artística da modalidade. Se nos centrarmos na composição de um exercício de GR teremos como base o movimento corporal (natural, total, fluido e rítmico) em harmonia com a manipulação dos diferentes aparelhos portáteis (corda, arco, bola, maças e fita)4. Segundo o mesmo autor, ao estudar a qualidade da execução teremos de ter em consideração a interpretação das composições

(maestria e virtuosismo) que, pelo seu caráter estético, revelam qualidades associadas à graciosidade, à harmonia, ao ritmo, à beleza. É na conjugação da qualidade da composição e da execução que resulta a fonte de prazer estético que é o grande atrativo de espetacularidade4 desta modalidade gímnica. Segundo Lebre6 a escassez de estudos em GR no que se refere à análise técnica dos exercícios de competição associada à constante evolução das exigências quer de composição quer de execução tem justificado o número reduzido de estudos na modalidade. Segundo a autora essa escassez impossibilita a confrontação dos resultados obtidos para quem se pretende dedicar ao estudo do conteúdo dos exercícios de competição. A GR é caracterizada por promover diferentes habilidades motoras tanto na coordenação dinâmica geral (deslocamentos, saltos, rotações e equilíbrios) como nas diferentes formas de manipulação dos aparelhos (conduzir, rodar, lançar, receber…)4

. As tarefas motoras em GR são de alta complexidade e risco4, 6. Os movimentos não são puramente mecânicos, existem neles uma carga afetiva que transmite vivências interiores permitindo a expressão de sentimentos4. Numa análise global e abrangente da modalidade para Vidal4 o estudo da técnica não é suficiente.

A seleção dos conteúdos da composição dos exercícios de competição de GR é normalmente realizada pela treinadora6. Esta seleção é feita em função de 3 fatores principais: as exigências do Código de Pontuação, o escalão etário e o nível técnico das ginastas. A interpretação da composição é conduzida e supervisionada pela treinadora durante o processo de treino orientado pela equipa técnica, contudo, se analisarmos essa interpretação como produto, ou seja, no momento da competição, esta é da inteira responsabilidade da ginasta. De seguida, apresentamos de forma esquemática e resumida as exigências de composição dos exercícios de competição de conjuntos de GR nos últimos 2 Ciclos Olímpicos e no período Olímpico que se inicia em 2013.

Fig. 1. Exigências de composição dos exercícios de competição de conjuntos de Ginástica Rítmica. (* proposta de regulamento que orienta a GR para o próximo ciclo olímpico, 2013-2016)

Composição dos exercícios de

competição

Dificuldade Corporal Saltos

Equilíbrios Utilização variada e equilibrada Utilização variada e equilibrada Rotações Flexibilidades/Ondas

Passos de Dança min. 1

Dificuldade de Aparelho Lançamentos e receções

Utilização variada e equilibrada Mestria de aparelho

Com risco máx. 1

Dificuldade específica de conjuntos

Trocas min. 6 min. 6 min. 5

Colaborações min.3 min.5 min.6

Formações min.6 min. 6 min. 6 Conjuntos de GR Componentes Técnicas Elementos específicos Exigências

em 2005

Exigências

Este conjunto de regras na construção da composição dos exercícios de conjuntos de GR tem como principal objetivo a uniformização das exigências6 permitindo desta forma a distinção quantitativa e qualitativa das diferentes composições. As exigências esquematizadas na Fig. 1 são de aplicação generalizada, ou seja, destinadas a exercícios de conjuntos realizados com qualquer um dos aparelhos portáteis (corda, arco, bola, maças e fita) independentemente do exercício ser executado com apenas um tipo de aparelho (ex. 5 arcos) ou com 2 tipos diferentes (ex. 3 fitas 2 cordas).

Podemos observar na Fig. 1 que os elementos de dificuldade, na composição dos exercícios de competição de conjuntos de GR se dividem em 3 componentes técnicas: elementos de dificuldade corporal, elementos de dificuldade de aparelho e elementos de dificuldade específicos do trabalho de conjuntos. Estas 3 componentes técnicas principais subdividem-se em diferentes tipos de elementos técnicos específicos. Os elementos de dificuldade corporal estão divididos em saltos, rotações, equilíbrios, flexibilidades/ondas e passos de dança que ao longo dos últimos ciclos Olímpicos têm tido como exigência o facto de deverem ser utilizados de forma variada e equilibrada (caso dos saltos, rotações, equilíbrios, ondas) não havendo exigência quantitativa na seleção destes elementos de dificuldade. No caso dos passos rítmicos e segundo a proposta de regulamento que orienta a GR para o próximo ciclo Olímpico haverá a exigência da inclusão de pelo menos 1 momento na composição dos exercícios de competição. Os elementos de dificuldade de aparelho estão divididos de forma genérica em: mestria de aparelho, lançamentos/receções e elementos de risco. O primeiro é específico de cada aparelho e os dois últimos têm características gerais para a execução com qualquer um dos aparelhos de GR. Apenas os elementos de risco terão, segundo a proposta de regulamento que orienta a GR para o próximo ciclo Olímpico, como exigência obrigatória a inclusão de pelo menos 1 momento de risco no exercício de conjuntos de GR. Em relação aos elementos de dificuldade específicos de conjuntos, dividem-se em: trocas, colaborações e formações (apesar de não ser elemento técnico é de exigência específica na composição dos exercícios de competição de conjuntos). Enquanto o número

mínimo exigido de formações tem-se mantido nos últimos ciclos Olímpicos, as trocas terão, segundo a nova proposta de regulamento para o próximo ciclo Olímpico, uma diminuição quantitativa de exigência. As colaborações têm revelado um aumento quantitativo na composição dos exercícios o que tem promovido uma evolução qualitativa da ginástica de conjuntos de GR.

Estas alterações, nos Códigos de Pontuação, podem ter em termos gerais 3 características diferentes: 1) serem Organizacionais, 2) serem Estruturais ou serem 3) Morfológicas. 1) Organizacionais como é o caso dos elementos de dificuldade de flexibilidade/ondas, que desaparecem como grupo técnico corporal na proposta de regulamento de 2013, mas que são redistribuídos pelos restantes grupos em função da sua característica mecânica. Desta forma as Flexibilidades/ondas foram recolocadas nos restantes grupos técnicos corporais em função da presença de rotação ou de equilíbrio (mesmo que a base de apoio seja outra parte do corpo que não o pé). 2) Estruturais, como são os casos dos passos de dança, que surgem como elemento de dificuldade corporal, ou dos riscos como dificuldade de aparelho obrigatória na composição dos exercícios de competição a partir de 2013. Ou ainda 3) Morfológicas, que se referem à alteração dos critérios de qualificação do nível de exigência das dificuldades corporais. Estas alterações são por vezes de tal ordem que dificultam a possibilidade de confrontação dos resultados obtidos6 em diferentes estudos nos diferentes Ciclos Olímpicos.

Para além das regras gerais de composição acima descritas existem também regras gerais no que concerne à qualidade de execução e de construção e interpretação artística. Em relação à execução existe uma uniformização relativamente à forma como devem ser realizadas as dificuldades de técnica corporal, de aparelho ou de técnica específica de conjuntos por forma a que objetivamente todas as ginastas e conjuntos sejam avaliados dentro dos mesmos critérios técnicos a quando da realização dos exercícios de competição.

A construção e interpretação artística num exercício de GR têm como principal objetivo a projeção de uma imagem emocional para os espectadores e a apresentação de uma ideia coreográfica com interpretação expressiva guiada

por três aspetos fundamentais: o acompanhamento musical, a imagem artística e a expressividade7. O desempenho artístico refere-se à capacidade da ginasta ou conjunto em transformar uma composição tecnicamente bem estruturada numa performance artística, onde a interpretação expressiva, a musicalidade e a parceria têm em conjunto um papel fundamental8. A componente artística tem também previsto nos regulamentos oficiais diretrizes quantitativas e qualitativas para que o mais objetivo possível se possa avaliar os exercícios de competição.

O conteúdo da composição dos exercícios em Ginástica Rítmica

De seguida apresentamos um quadro resumo de estudos sobre o conteúdo da composição dos exercícios de competição de Ginástica Rítmica onde incluímos os nossos.

Tabela 1. Quadro resumo de estudos sobre o conteúdo da composição dos exercícios de competição em GR

Amostra

Autores (Ano) Título (n) Nível Especialidade (Aparelhos/ especificidade) /Escalão Tipo de conteúdo Análise Estatística

Principais conclusões e considerações

Lebre (1993) 6 Estudo comparativo das exigências técnicas e morfofuncionais em Ginástica Rítmica Desportiva 184 Internacional (CM Atenas 1991) Nacional (Prova de observação Seleção Nacional 1992) Individuais (corda, arco, bola, maças/ginastas de nível Nacional vs. de nível Internacional) /Seniores Tempo de duração, distância percorrida, velocidade de deslocamento, Técnica Corporal, Técnica de Aparelho Descritiva, correlação, Anova (Sheffé F- test)

As ginastas de nível Internacional registaram um tempo de duração do exercício maior, menor distância percorrida e menor velocidade de deslocamento que as ginastas de nível Nacional. Os exercícios das ginastas de nível Internacional apresentaram um índice de risco e de dificuldade superior às de nível Nacional. Os exercícios das ginastas de nível Internacional apresentaram características específicas para cada um dos aparelhos (tempo de duração do exercício, distância percorrida, nº de elementos) o que não foi verificado nas ginastas de nível Nacional.

Vidal (1997)4 La Dimensión Artística de la Gimnasia Rítmica Deportiva 17 Internacional (CEsp 1994 e 1995) Conjuntos (5 gin. 2TA) /Seniores, (5 gin. AI)/Juvenis, (5 gin. AI)/ Juniores, (6 gin. ML, 6 gin. AI)/Infantis, (6 gin. ML)/minis

Dimensão Artística

Descritiva Os momentos culminantes dos exercícios foram coincidentes com lançamentos sucessivos, predomínio da igualdade de ações corporais com exceção dos exercícios com 2 aparelhos ou nº impar de ginastas. A condução da atenção foi predominantemente dispersa, o nº de trocas de aparelho foram reduzidas atingindo uma média de 5, as formações foram muito variadas predominando as figuras geométricas e linhas. Os deslocamentos foram pouco variados, os movimentos com grande amplitude foram os mais executados seguidos dos com ondas, houve grande variedade na técnica de aparelho apesar dos aparelhos mais pobres terem sido: a fita e as maças. As características de personalidade dos exercícios basearam-se mais na expressividade que na originalidade. Bobo & Sierra

(1998) 9

Una nueva propuesta de dificultades corporales en gimnasia rítmica deportiva 8 Internacional (CE Grécia 1997) Individuais (arco) /Seniores Técnica Corporal

Descritiva Os níveis de dificuldade dos exercícios de competição foram diferentes e a pontuação final não revelou essas diferenças com a consequente repercussão na classificação final das ginastas. As ginastas tenderam a apresentar as mesmas dificuldades com a consequente falta de variedade.

Sierra & Bobo (2000) 10

Estudio de la variable técnica en los ejercicios de conjunto en gimnasia rítmica deportiva 72 Internacional (CM Sevilha 1988, CEsp de Zaragoza 1998, CE Budapeste 1999) Conjuntos (5 bolas, 3 arcos/2 fitas, 10 maças) /Seniores, (5 fitas)/Juniores, (3 arcos/ 4maças)/ Juvenis, (6 bolas)/Infantis Técnica Corporal Descritiva e distribuição de frequências

As ações mais utilizadas nos exercícios de competição foram ações sem dificuldades corporais. Dentro das ações com dificuldade, foram as trocas as que apresentaram maior frequência de ocorrências. A duração média das ações com dificuldade foi de 3.58 segundos (min.2 e máx. 4). As dificuldades foram distribuídas de forma homogénea ao longo dos 150 segundos de duração do exercício de competição.

Ávila (2001) 11 Estudo do nível de

dificuldades dos exercícios de Ginástica Rítmica nos Jogos Olímpicos de Sydney 2000 12 Internacional (JO Sydney 2000) Individuais (corda, bola, arco, fita) /Seniores

Técnica Corporal

Descritiva As alterações que o CP (2001) introduziu (relativamente ao CP de 1997) obrigaram a profundas alterações na composição dos exercícios de competição nomeadamente na inclusão de um maior nº de saltos nos exercícios de corda, de maior nº de flexibilidades nos exercícios de bola, de maior nº de pivots nos exercícios de fita e de uma equilibrada utilização das dificuldades corporais nos exercícios de arco. Estas alterações dificultaram a obtenção do valor máximo em Valor Técnico e permitiram maior facilidade em distinguir o nível das ginastas. Estas alterações incentivam à especialização de ginastas por aparelhos e fomentam uma avaliação mais rigorosa (pela obrigatoriedade em se apresentar as cartas de competição).

Bobo & Sierra (2003)12 Estudio de las repercusiones de los cambios de código de puntuación en la composición de los ejercicios de gimnasia rítmica en la técnica corporal 96 Internacional (CE de Zaragoza 1999, CE de Ginebra 2001, CM de Budapeste 2003) Individuais (corda, arco, bola, maças e fita) /Seniores Técnica Corporal Descritiva e análise de variância

Houve um aumento do nº total assim como da variedade das dificuldades corporais nos exercícios executados após as alterações do CP em 2003.

Caburrasi & Santana (2003) 13 Análisis de las dificultades corporales en los Campeonatos Europeos de Gimnasia Rítmica Deportiva Granada 2002 32 Internacional (CE de Granada 2002) Individuais (corda, arco, bola, maças)/Seniores Técnica Corporal Descritiva, valores percentuais e correlação

Com o CP (2001) houve o aumento do nº de dificuldades. Os saltos foram os mais utilizados seguidos das flexibilidades e dos equilíbrios. Os pivots foram aqueles que apresentaram menor utilização. O valor técnico dos exercícios correlacionou-se com o nível das dificuldades e não com o nº de dificuldades.

Lebre (2007) 14 Estudo da dificuldade dos exercícios apresentados pelas ginastas individuais na Taça do Mundo de Portimão 2007 240 Internacional

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