2. ESTADO DA ARTE
2.2. ANNEX 56
2.2.2. Etapas de desenvolvimento do ANNEX 56
Para que os objetivos do projeto possam ser cumpridos, o mesmo foi dividido em sub-tarefas, nomeadamente (ANNEX 56, 2012):
Metodologia;
Ferramentas;
Casos de estudo;
Divulgação e aceitação por parte do utilizador.
(i)
Metodologia
Para que o ANNEX 56 atinga a sua finalidade, inicialmente é fundamental definir a metodologia a ser utilizada para posteriormente desenvolver as ferramentas necessárias. Esta sub-tarefa tem o objetivo de (ANNEX 56, 2012):
Definir o procedimento de cálculo que permita, através de obras de reabilitação evitar
o máximo de emissões de gases de efeito de estufa possíveis, de preferência zero;
Auxiliar a desenvolver limites para os custos da energia e emissões de carbono
relativamente à reabilitação de edifícios;
Em consonância com as condições de cada país, clarificar a relação entre as metas de
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Realçar a magnitude dos co-benefícios alcançados aquando da reabilitação de
construções e determinar como é que podem ser aplicados nos processos de tomada de decisão.
Tornou-se necessário dividir a metodologia em várias fases por forma a que a tarefa pudesse ser cumprida de forma eficiente (ANNEX 56, 2012):
Linhas de orientação para a metodologia e condições nacionais – pretende elaborar
uma metodologia que permita avaliar a reabilitação de edifícios e ainda definir valores para a energia e emissões de carbono;
Otimizar os custos mediante a variação de energia e redução das emissões de carbono
– tem o objetivo de analisar medidas de reabilitação com o intuito de desenvolver combinações eficazes de estratégias de reabilitação promovendo a poupança de energia e emissões de carbono;
Consumo de energia primária e emissões de gases com efeito de estufa – com base no
estudo de conhecimento da LCIA, desenvolver uma metodologia que permita definir a energia primária consumida e as emissões de gases com efeito de estufa, em edifícios requalificados;
Proveito das medidas de reabilitação – tem como finalidade identificar os benefícios
obtidos através da reabilitação de edifícios e explicar de que forma podem ser inseridos no processo de decisão.
De seguida apresenta-se na Figura 3, de forma sucinta o objetivos delineados para o ANNEX 56.
Figura 3. Metodologia do ANNEX 56 (ANNEX 56,2013)
A metodologia foi desenvolvida tendo como base vários edifícios de várias tipologias e soluções construtivas, selecionados por cada país participante do projeto. De notar que nos
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edifícios residenciais e de escritórios é considerado o aquecimento, arrefecimento, ventilação, Água Quente Sanitária, iluminação e consumo de energia de equipamentos de construção, consumo de energia primária para materiais de construção e equipamentos.
Vários estudos paramétricos foram realizados para diferentes soluções de reabilitação de construções, sendo posteriormente comparados por forma a perceber as mudanças que os custos de cada país têm sobre os resultados finais (ANNEX 56,2013).
(ii)
Ferramentas
Esta sub-tarefa tem como objetivos (ANNEX 56,2012):
Conceber ou adaptar ferramentas de acordo com a metodologia desenvolvida na sub-
tarefa anterior, com o intuito de auxiliar as entidades responsáveis na toma de decisões no que diz respeito a medidas de reabilitação ou na apreciação e potencialização de estratégias de reabilitação, por forma a que as emissões de carbono possam ser praticamente nulas em edifícios renovados;
Cooperar na análise económica da energia e emissões de carbono em construções
requalificadas evidenciando o equilíbrio entre medidas de eficiência energética e utilização de energias renováveis.
A presente sub-tarefa foi dividida em várias fases (ANNEX 56,2012):
Visão geral das ferramentas existentes e requisitos dos utilizadores – tendo em conta a
metodologia desenvolvida, compreender as carências e exigências por parte dos grupos-alvo, e perceber até que ponto estas características já são colmatadas com a existência de ferramentas;
BIM e bases de dados – compreender até que instância será possível inserir bases de
dados com medidas de reabilitação em ferramentas BIM já existentes;
Conceção de ferramentas – elaborar novos programas que permitam colmatar a falta
de informação existente naqueles que já existem por forma a satisfazer as necessidades assinaladas;
Base de dados de medidas de reabilitação – fonte de informações acerca de medidas
de reabilitação que auxiliam na poupança de energia e emissão de gases com efeito de estufa, podendo ser consultadas por diferentes utilizadores.
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(iii) Casos de estudo
A tarefa “Casos de estudo” tem o intuito de (ANNEX 56,2012):
Recorrendo a um conjunto de edifícios, assimilar quais os impedimentos para a
reabilitação de edifícios e desenvolver medidas que permitam colmatar as lacunas identificadas;
Em consonância com a metodologia desenvolvida, testar a sua viabilidade através de
casos de estudo que apresentem obras de reabilitação, por forma a identificar possíveis deficiências e comunicá-las para corrigir a metodologia;
Apresentar projetos de reabilitação bem conseguidos com o intuito de incentivar o
mercado e estimular as entidades responsáveis.
Para a realização desta sub-tarefa foram definidas duas categorias de casos de estudo, “brilhantes” e “detalhados”. A primeira categoria pretende publicar um conjunto de projetos bem sucedidos, efetuados nos países integrantes do ANNEX 56, divulgando soluções fidedignas que ilustrem semelhanças, diferenças e resultados globais quando comparados com outros projetos dos diferentes países. Os casos de estudo “detalhados” têm como objetivo avaliar com maior profundidade os exemplos selecionados, com o intuito de validar a metodologia inicialmente concebida tendo em conta dados globais, como valores e experiências práticas.
Por fim, espera-se obter uma publicação com os resultados alcançados com vista a atingir os grupos-alvo e contribuir para a divulgação do ANNEX 56.
(iv) Divulgação e aceitação por parte do utilizador
Tal como todas as ferramentas, também a metodologia desenvolvida pelo ANNEX 56 precisa de ser divulgada. Portanto torna-se necessário apresentar e difundir os resultados obtidos com a mesma e, lidar com possíveis patologias demonstradas por parte dos utilizadores tentando comprovar a importância que a mesma assume na sociedade. Desta forma, é impreterível mostrar às pessoas interessadas o quão útil a ferramenta é para as suas necessidades e o relevo que a reabilitação de edifícios assume.
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