Situação após a reabilitação do edifício

Ao contrário da situação inicial em que o edifício se encontra, após a reabilitação do mesmo já é possível quantificar os impactes ambientais dos materiais adicionados bem como do transporte dos mesmos para além de existir a possibilidade de conhecer os impactes ambientais associados ao consumo de energia do edifício e ainda o impacte ambiental dos sistemas utilizados por cada tipo de necessidade energética.

Para uma melhor perceção dos impactes ambientais associados à reabilitação do edifício decidiu-se separar os mesmos.

(i) Impacte ambiental dos materiais

Conheceu-se o impacte ambiental dos materiais através da introdução dos materiais constantes na base de dados presentes na metodologia, no banco de dados Ecoinvent. Os valores retirados do SimaPro para cada material estão na unidade de Kg, exceto as janelas que

se encontram em m2.

Assim para conhecer os impactes ambientais associados a cada material tornou-se imprescindível a multiplicação dos mesmos pela espessura do material, pela massa volúmica aparente seca e pela área do elemento construtivo, com exceção das janelas que resultaram apenas da multiplicação da área da janela pelos impactes ambientais retirados do SimaPro.

A metodologia está preparada para executar automaticamente este cálculo uma vez que a base de dados dos materiais contém a massa volúmica aparente seca, cujos parâmetros foram retirados das tabelas do ITE 50 (Santos, Matias, 2006).

Desta forma, no separador após a reabilitação do edifício é possível ao utilizador observar quais os impactes ambientais associados ao material a adicionar ao elemento construtivo do edifício, uma vez que o cálculo dos impactes ambientais para cada categoria é efetuado

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automaticamente. Logo, cada tabela de cada elemento construtivo soma os impactes ambientais de cada material para cada categoria e elemento construtivo.

O total dos impactes ambientais de cada parâmetro afeto a cada elemento construtivo está associado a uma tabela, destinada aos materiais, no separador dos impactes ambientais que por sua vez está hiperligado à página de saída dos impactes ambientais da situação após a reabilitação do edifício, onde nesta apenas se apresenta o valor total dos impactes ambientais de todos os elementos construtivos do edifício, por categoria.

(ii) Impacte ambiental do transporte

Ao contrário dos materiais, o impacte ambiental dos transportes é mais simples de ser obtido. Inicialmente recorreu-se à base de dados Ecoinvent e optou-se por um único tipo de transporte que permitisse entregar qualquer tipo de material por forma a simplificar o processo.

Desta feita, optou-se por um camião para uma capacidade entre 3,5 e 15 toneladas, e, retirou- se o impacte ambiental do mesmo em tkm. Posteriormente o impacte ambiental do transporte foi adicionado à base de dados dos materiais e associado ao separador após a reabilitação do edifício, nomeadamente às tabelas dos elementos construtivos. Em cada tabela referente a cada elemento construtivo, quando o utilizador adiciona um novo material para a reabilitação do edifício é-lhe questionado se necessita de transporte para o material. Em caso afirmativo deve colocar a distância que o camião irá percorrer em km. Assim o impacte ambiental do transporte associado à adição de cada material corresponderá à multiplicação do impacte ambiental, por categoria, do transporte pela distância (km), pela massa volúmica aparente seca, pela espessura e pela área do elemento construtivo. Todos estes parâmetros serão divididos por 1000 por forma a transformar a unidade tkm dos impactes ambientais em Km.

Mais uma vez as janelas representam uma exceção e, por isso o impacte ambiental associado à adição das mesmas corresponde à multiplicação do impacte ambiental do transporte, por categoria, da janela pela distância (km) e pela área da janela. Estes parâmetros também serão divididos por 1000 com o intuito de transformar a unidade tKm dos impactes ambientais em km.

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Cada tabela de cada elemento construtivo faz a soma direta dos impactes ambientais associados ao transporte, por categoria, que serão hiperligados, tal como os materiais a uma tabela no separador dos impactes ambientais e por sua vez, o seu total à página de saída.

(iii) Impacte ambiental associado ao consumo de energia

Tal como na situação inicial do edifício, também na solução após a sua reabilitação o processo de cálculo que permite conhecer o impacte ambiental associado ao consumo energético da construção é igual, pelo que não se justifica voltar a repetir a mesma explicação.

De notar apenas que foram criadas novas tabelas para o aquecimento, arrefecimento e preparação de AQS para a solução após a reabilitação do edifício, no separador dos impactes ambientais bem como na página de saída.

(iv) Impacte ambiental dos sistemas energéticos do edifício

O impacte ambiental dos sistemas energéticos aplicados na reabilitação do edifício seguem um processo idêntico ao do consumo de energia. Assim retirou-se da base de dados Ecoinvent os impactes ambientais associados a todos os sistemas existentes na base de dados para o aquecimento e preparação de AQS. Quanto ao arrefecimento, os sistemas assumem um impacte ambiental com valor nulo uma vez que a Ecoinvent não contempla sistemas de arrefecimento dado que é de origem nórdica e, estes países não necessitam de arrefecimento.

Após o conhecimento dos impactes ambientais associados a cada sistema colocaram-se as bases de dados dos sistemas de aquecimento, arrefecimento e preparação de Água Quente Sanitária no separador dos impactes ambientais com os respetivos impactes ambientais.

Posteriormente criaram-se três tabelas para o aquecimento, arrefecimento e preparação de AQS. Cada tabela contém o tipo de equipamento escolhido pelo utilizador no separador da solução após a reabilitação que, por sua vez associa automaticamente o respetivo impacte ambiental para cada categoria. No final cada tabela executa o somatório dos impactes

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ambientais, por categoria, que serão adicionados na página de saída aos impactes ambientais do consumo de energia.

A página de saída dá a conhecer os impactes ambientais totais, por categoria, na situação inicial e após a reabilitação do edifício.

Uma vez que o parâmetro ambiental, GWP, ou seja, o fator de aquecimento global é aquele que contém uma maior contribuição para os impactes ambientais, a página de saída apresenta um gráfico que diz automaticamente qual a maior percentagem de GWP referente às categorias (materiais, transporte, energia e sistemas) existente na solução após a reabilitação do edifício.

A página de saída integra ainda um gráfico denominado por “Payback time” que representa, para uma duração de 50 anos, se a solução de reabilitação a aplicar compensará o investimento em relação à situação inicial e ao fim de quantos anos.

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CAPÍTULO 4