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pas que deverão ser obedecidas no procedimento de licenciamento am- biental:

I - Definição pelo órgão ambiental competente, com a participação do empreendedor, dos docu- mentos, projetos e estudos ambientais, necessários ao início do processo de licenciamento correspon-

dente à licença a ser requerida;

II - Requerimento da licença ambiental pelo em- preendedor, acompanhado dos documentos, proje- tos e estudos ambientais pertinentes, dando-se a devida publicidade;

III - Análise pelo órgão ambiental competente, in- tegrante do SISNAMA, dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados e a realização de vistorias técnicas, quando necessárias;

IV - Solicitação de esclarecimentos e complemen- tações pelo órgão ambiental competente, integran- te do SISNAMA, uma única vez, em decorrência da análise dos documentos, projetos e estudos am- bientais apresentados, quando couber, podendo haver a reiteração da mesma solicitação caso os esclarecimentos e complementações não tenham sido satisfatórios;

V - Audiência pública, quando couber, de acordo com a regulamentação pertinente;

VI - Solicitação de esclarecimentos e complemen- tações pelo órgão ambiental competente, decor- rentes de audiências públicas, quando couber, po- dendo haver reiteração da solicitação quando os esclarecimentos e complementações não tenham sido satisfatórios;

VII - Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, parecer jurídico;

VIII - Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando-se a devida publicidade (BRASIL, 1997).

A Resolução CONAMA nº 237/1997 estabelece ainda, que no processo de licenciamento, deverá constar, obrigatoriamente, a certidão da Prefeitura Municipal, declarando que o local e o tipo de empreendi- mento ou atividade estão em conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo e, quando for o caso, a autorização para su- pressão de vegetação e a outorga para o uso da água, emitidas pelos ór- gãos competentes (BRASIL, 1997). O Guia de Procedimentos do Licen- ciamento Ambiental Federal elaborado pelo MMA com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), é bastante claro quando orienta que a Licença Prévia só será emitida após a apresentação da referida certidão (BRASIL, 2002).

Sobre este assunto, Caluwaerts (2014) pondera que o legislador não utilizou o termo “manifestação” ou “oitiva”, e sim “certidão” na

qual conste a declaração favorável à localização do empreendimento. Assim conclui que se trata de uma manifestação vinculante, e que sem certidão a licença não poderá ser emitida, uma vez que o processo estará incompleto.

A mesma Resolução determina que os estudos necessários ao pro- cesso de licenciamento deverão ser realizados por profissionais legal- mente habilitados, às expensas do empreendedor (BRASIL, 2007).

Farias et al (2011) explicam que a presente regra visa coibir que sejam introduzidas nos estudos de impacto ambiental informações ine- xatas ou manipuladas com a intenção de facilitar o licenciamento preten- dido. Segundo os autores o empreendedor está sujeito às sanções estabe- lecidas no art.72, da Lei nº 9.605/1998, enquanto os técnicos, por meio de procedimentos próprios de sanção, respondem perante os Conselhos Profissionais de sua respectiva categoria e ao IBAMA, já que também devem ser inscritos no Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instru- mentos de Defesa Ambiental.

Ao mesmo tempo, a IN IBAMA nº 10, de 27 de maio de 2013, que regulamenta o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumen- tos de Defesa Ambiental (CTF/AIDA) estabelece no artigo 45 que o aceite de estudos, projetos, inventários, programas e relatórios ambien- tais entregues ao Ibama/DILIC, para fins de concessão de licença ambi- ental, deverão ser entregues em formato digital e impresso, em quantida- des estabelecidas pelo Ibama, condicionado à verificação, entre outros, de cópia dos documentos de anotação de responsabilidade técnica, junto aos respectivos Conselhos de Fiscalização Profissional e dos Certifica- dos de Regularidade no CTF/AIDA (IBAMA, 2013).

No art. 14 a Resolução CONAMA nº 237/1997 determina que o órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de análise dife- renciados para cada modalidade de licença (LP, LI e LO), em função das peculiaridades da atividade ou empreendimento, bem como para a for- mulação de exigências complementares, desde que observado o prazo máximo de 6 (seis) meses a contar do ato de protocolar o requerimento até seu deferimento ou indeferimento, ressalvados os casos em que hou- ver EIA/RIMA e/ou audiência pública, quando o prazo será de até 12 (doze) meses.

No art. 18 estabelece os prazos de validade para os diferentes ti- pos de licença:

• Licença Prévia (LP) não pode ser superior a 5 (cinco) anos; • Licença de Instalação (LI) não pode ser superior a 6 (seis) anos;

• Licença de Operação (LO) no mínimo 4 (quatro) anos e no máxi- mo, 10 (dez) anos.

Visando detalhar e estabelecer procedimentos no âmbito do licen- ciamento ambiental federal, em 2008, publicou-se a Instrução Normati- va (IN) IBAMA nº 184/2008 que regulamenta o licenciamento de em- preendimentos pelo IBAMA.

A IN IBAMA nº 23/2013 alterou a IN IBAMA nº 184/2008 quan- do instaurou o Sistema Integrado de Gestão Ambiental – SIGA.

Os procedimentos para o licenciamento ambiental federal, segun- do a IN IBAMA nº 23/2013 deverão obedecer às seguintes etapas: ins- tauração do processo, licenciamento prévio, licenciamento de instalação e licenciamento de operação. O IBAMA poderá suprimir ou agregar eta- pas de licenciamento conforme normativos específicos vigentes.

A normativa citada no parágrafo anterior determina que os proce- dimentos deverão ser realizados pelo empreendedor no site do IBAMA na Internet – Serviços online, e pela equipe técnica do IBAMA utilizan- do o Sistema Integrado de Gestão Ambiental – SIGA e demais sistemas corporativos do IBAMA como ferramentas operacionais (BRASIL, 2013).

No entanto, o SIGA ainda não entrou em operação, sendo o SISLIC o sistema atualmente utilizado.

Em síntese, a instauração do processo de licenciamento deve obe- decer às seguintes etapas:

a) Inscrição do empreendedor no Cadastro Técnico Federal - CTF do IBAMA na categoria Gerenciador de Projetos;

b) Acesso ao Serviços online - Serviços - Licenciamento Ambiental pelo empreendedor, utilizando seu número de CNPJ e sua senha emitida pelo CTF e a verificação automática pelo sistema da vi- gência do Certificado de Regularidade, em consonância com a Instrução Normativa IBAMA 96/2006;

c) Preenchimento pelo empreendedor da Ficha de Caracterização da Atividade FCA e seu envio eletrônico ao IBAMA pelo sistema; d) Avaliação da FCA pela DILIC, com possibilidade de solicitação

de retificação de informações;

e) Verificação da competência federal para o licenciamento; f) Abertura de processo de licenciamento; e

g) Definição dos procedimentos, estudos ambientais e instância para o licenciamento (BRASIL, 2013).

O IBAMA deve formalizar a abertura do processo administrativo de licenciamento, cujo número será informado ao empreendedor via Ser-

viços online. O prazo da fase de instauração de processo será de no má- ximo quinze dias, contados a partir do recebimento da FCA ou de sua re- tificação. A partir da instauração do processo, é iniciada, por meio do SIGA, a contagem do tempo de elaboração do Termo de Referência – TR (BRASIL, 2013).

3.5. LICENÇAS E AUTORIZAÇÕES AMBIENTAIS CONCEDI-

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