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ETAPAS PREVISTAS NO PROJETO PEDAGÓGICO DA ESCOLA PARA O

A escola desenvolveu, para a atividade relacionada ao uso da Internet com os alunos, um projeto que envolve a equipe de informática, as coordenações de área (de cada disciplina) e todo o seu corpo docente. Este projeto envolve estas atividades em todas as suas fases de planejamento, desenvolvimento e análise dos resultados, bem como a preparação dos professores e o posicionamento dos alunos nos laboratórios de informática.

2.6.1 Preparo dos Professores

Os professores e coordenadores recebem um preparo técnico para navegarem na Internet, bem como um apoio pedagógico referente às suas disciplinas, com sugestões de atividades a serem desenvolvidas, sugestões de sites a serem pesquisados, etc.. Este preparo é feito pela coordenação de informática da escola. Além disto, a equipe de informática está sempre presente para ajudar todo o corpo docente da escola no que for necessário, sempre atenta às novidades e participando inclusive, como já foi mencionado anteriormente, de todas as fases do desenvolvimento de uma atividade referente à informática educacional.

2.6.2 Planejamento das Atividades

2.6.2.1 Cronograma de uso dos laboratórios para o desenvolvimento das atividades entre as diversas turmas e disciplinas da escola

Os professores que pretendem usar os laboratórios de informática da escola precisam apenas verificar se estes não estão reservados, nos horários desejados, para outras turmas.

2.6.2.2 Mapeamento dos alunos

Para as aulas a serem desenvolvidas nos laboratórios de informática, a escola considera importante que cada aluno tenha o seu lugar fixo no laboratório para gerar mais disciplina e principalmente mais responsabilidade em relação aos computadores. Cada dupla de alunos é responsável pelo seu computador durante a sua aula. As duplas e seus posicionamentos no laboratório devem ser definidos pela equipe de informática, fazendo com que os alunos trabalhem com colegas diferentes dos que normalmente trabalham em sala de aula. As duplas devem ser fixas para tentar gerar melhor integração entre seus componentes. Quando houver problemas entre os alunos de uma dupla, esta pode ser remanejada a critério de um dos professores envolvidos na atividade.

2.6.2.3 Planejamento propriamente dito das atividades

As equipes das disciplinas realizam reuniões pedagógicas semanais, sob a orientação do seu coordenador de área, nas quais devem, inclusive, discutir sobre o planejamento, o desenvolvimento e a avaliação das atividades com o uso da Internet na educação, bem como das demais atividades extraclasses.

O planejamento propriamente dito das atividades é um trabalho a ser desenvolvido pela equipe formada pelo coordenador e pelos professores de cada disciplina, com o apoio técnico- pedagógico da coordenação de informática. Nesta fase, parte-se para a definição dos objetivos da

atividade que está sendo planejada. Uma vez definidos estes objetivos, começa a preparação da atividade propriamente dita.

É neste momento que o coordenador de área e/ou o(s) professor(es) da disciplina elaboram as estratégias de desenvolvimento da atividade, seja nos laboratórios de informática, na biblioteca ou em casa, bem como as atividades a serem realizadas nas aulas anteriores e posteriores às da informática educacional em sala de aula, num trabalho contínuo, sem rupturas, visando que os alunos atinjam os objetivos esperados. Dependendo do tipo de atividade que se pretende desenvolver e do conteúdo a ser trabalhado, pode-se preparar, inclusive, algumas atividades extras para serem desenvolvidas no “caderno”, por exemplo, como exercícios, produção de textos, ou confecção de sites, etc., com a função de complementação e/ou aprofundamento dos conteúdos.

No planejamento da execução da atividade, a preocupação deve ser com o fato de que as dificuldades de manipulação da Internet não devem representar uma barreira, nem tampouco uma prioridade da atividade. A Internet, neste caso, entra como uma ferramenta para melhorar e auxiliar no processo de ensino-aprendizagem, e esta deve ser a prioridade em questão.

2.6.3 Desenvolvimento das Atividades

No caso das atividades realizadas durante o horário das aulas, a equipe de informática é encarregada de preparar os laboratórios antes das aulas, ligar os computadores e distribuir os roteiros. Os alunos são levados aos laboratórios pelo professor da turma, da disciplina em questão, no horário preestabelecido. As aulas devem ser ministradas pelos professores de cada disciplina e têm a duração de uma hora-aula.

O professor deve assumir o papel de mediador do processo de aprendizagem do aluno, orientando-o, estimulando-o e deixando-o interagir com o conteúdo, a fim de que este (re)construa o seu próprio conhecimento.

As aulas devem ser sempre acompanhadas de um dos professores da equipe de informática, que vai resolvendo os problemas técnicos que porventura venham a ocorrer durante a aula e auxiliando os alunos quando apresentam dificuldades em relação ao uso do computador.

No caso das atividades a serem realizadas pelos alunos fora do período de aulas, o professor deve explicar a atividade para os alunos e lhes entregar, caso haja, o material correspondente.

2.6.4 Avaliação

2.6.4.1 Feedback das aulas

É feita uma comparação entre os resultados obtidos e os objetivos traçados na fase de planejamento das atividades. Dependendo da atividade que foi desenvolvida, pode-se fazer este feedback de diversas maneiras:

a) acompanhamento, por parte do professor, durante o próprio desenvolvimento das atividades, sejam as presenciais e as não presenciais;

b) o professor pode fazer uma análise posterior do rendimento dos alunos sobre o conteúdo que foi trabalhado nas aulas seguintes desenvolvidas em sala de aula; c) o professor pode cobrar o conteúdo trabalhado em exercícios posteriores, avaliando

o rendimento de seus alunos e, nos casos em que algumas turmas trabalharam com a Internet e outras não, esta avaliação pode ser, inclusive, comparativa.

As atividades devem ser analisadas pelo professor, no sentido de avaliar o rendimento dos alunos e dar-lhes um retorno.

A proposta é que estes conteúdos sejam resgatados e tenham prosseguimento em aulas posteriores às da informática educacional, para que não sejam deixados soltos ou perdidos. Eles não podem ser tratados como assuntos isolados, mas como uma parte do trabalho desenvolvido durante o ano letivo, utilizando-se uma nova ferramenta de ensino.

2.6.4.2 Comparação entre as aulas nos laboratórios de informática e as aulas em sala

Os resultados obtidos devem ser avaliados não apenas como uma aula a mais, mas comparados com os resultados obtidos em aulas tradicionais. Assim, deve ser feita uma análise

em relação ao efeito que tem surtido esta nova ferramenta de ensino sobre o rendimento dos alunos e se deve haver um replanejamento e reestruturação das atividades com a Internet.

Observamos alguns pontos em relação às etapas previstas no projeto pedagógico da escola para o uso da Internet na educação que consideramos importante relevar. Os professores, por exemplo, apesar de poderem contar com o apoio pedagógico da equipe de informática durante qualquer fase das atividades relacionadas à informática educacional, não nos parecem receber um preparo bastante adequado e completo neste sentido. Este trabalho, em nosso entender, despenderia de muito mais tempo e especialização do que a escola dispõe e oferece.

Outro ponto que observamos, é que a estrutura escola ainda se encontra bastante engessada em tempo e espaço, dificultando o desenvolvimento das atividades. Por exemplo, os alunos precisam sentar em lugares pré-fixados pelo professor e as atividades são sempre desenvolvidas em horários e com durações preestabelecidos.

Outras questões também merecem destaque e discussões mais aprofundadas, como a responsabilidade pelo planejamento das atividades conforme previsto no projeto pedagógico da escola e por quem tal responsabilidade é exercida hoje e como o era sob a direção anterior da escola.

No próximo capítulo deste estudo, apresentamos análises e discussões de alguns destes pontos referentes aos passos propostos nas etapas previstas no projeto pedagógico da escola, aprofundando algumas destas questões. Discutimos ainda sobre o que observamos em relação às práticas dos professores e suas visões, bem como a do diretor da escola, em relação ao uso educacional da Internet, a partir da estrutura que a escola oferece para este trabalho e do referencial histórico já apresentado, fazendo emergir alguns elementos que levantamos como intervenientes ao trabalho pedagógico dos professores com a Internet, conscientes de que outros elementos ainda podem surgir.

3 DISCUSSÃO DOS DADOS

Em nossa pesquisa, como já mencionamos, tentamos levantar elementos que intervêm no processo de inserção e uso da Internet pelos professores, em suas práticas pedagógicas, considerando como nossa maior preocupação o processo e não o produto em si. Tais elementos, acreditamos, são muitos e estabelecem entre si uma relação bastante complexa.

Ao final do levantamento feito, elaboramos, então, uma análise dos dados obtidos e pretendemos aqui discuti-los, a partir da nossa revisão literária, e com a interlocução de alguns autores que se manifestaram a respeito. Nossos principais interlocutores foram RIPPER, MORAN e ARAÚJO, dentre outros.