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Evolução da (in)eficiência dos investimentos em educação

No documento 2017RafaelPavan (páginas 110-113)

Neste tópico, o pesquisador propôs refinar ainda mais os dados, objetos de análise, a fim de avaliar a eficiência e/ou a ineficiência do modelo de investimentos das redes públicas municipais de ensino gaúchas, para a segunda etapa da Educação Básica – Ensino Fundamental, para os anos iniciais, do 1º ao 5º, e anos finais, do 6º ao 9º, em relação a um período e outro.

Ressalta-se que o ano de 2009 não aparece na Tabela 6, pois foram utilizados os dados/valores/informações desse período como base inicial das observações. Assim, para realizarem-se as análises de 2009 para 2011, o período de 2009 serviu de alicerce para as comparações ocorridas de um período para o outro. Dessa forma, analisou-se o investimento

per capita aluno/ano em educação associado ao desempenho no IDEB, do período de 2009 para

2011, do período de 2011 para 2013 e do período de 2013 para 2015.

Essa análise foi desenvolvida por meio do Software Excel. As ferramentas desse programa permitiram a criação de 2 (duas) variáveis dummy para filtrar e separar as redes públicas municipais de ensino gaúchas. O objetivo foi identificar o seguinte:

1 - para as redes públicas municipais de ensino gaúchas do Ensino Fundamental –

anos iniciais, do 1º ao 5º, que não atingiram a meta projetada pelo IDEB, mas, mesmo assim, investiram mais em educação em comparação a um período e outro. D 1º ao 5º ano

D_15 NÃO_MAIS

0 - para as demais redes públicas municipais de ensino gaúchas do Ensino

Fundamental – anos iniciais, do 1º ao 5º.

1- para as redes públicas municipais de ensino gaúchas do Ensino Fundamental –

anos iniciais, do 1º ao 5º, que atingiram a meta projetada pelo IDEB, e, ainda assim, investiram menos em educação em comparação a um período e outro.

D 1º ao 5º ano D_15 SIM_MENOS

0 - para as demais redes públicas municipais de ensino gaúchas do Ensino

Com a implementação das variáveis dummy, foi possível extrair os resultados demonstrados na Tabela 6 que segue.

Tabela 6 – Ensino Fundamental, anos iniciais – meta do IDEB versus investimentos

Ano 1º ao 5º ano (meta inferior e investimentos

maiores) %

1º ao 5º ano (meta superior e investimentos menores) %

Não/maior Demais Sim/menor Demais

2011 18,62% 81,38% 8,97% 91,03%

2013 20,69% 79,31% 14,48% 85,52%

2015 23,45% 76,55% 25,52% 74,48%

Fonte: Elaborada pelo autor com base nos dados da pesquisa

Em um primeiro momento, analisaram-se as redes públicas municipais de ensino gaúchas da segunda etapa da Educação Básica – Ensino Fundamental, para os anos iniciais, do 1º ao 5º, as quais não atingiram as metas projetadas do IDEB, mas, mesmo assim, investiram mais recursos financeiros per capita aluno/ano, representados pelo círculo da esquerda. Os resultados apresentados para esses períodos foram respectivamente de 18,62% no ano de 2011; 20,69% no ano de 2013; e 23,45% no ano de 2015.

Ao analisar a Tabela 6, o círculo da esquerda demonstra que, entre os períodos de análise, em média, 20,9% das redes públicas municipais de ensino gaúchas, compreendidas na amostra, vêm periodicamente investindo mais na educação, mas, mesmo assim, não estão logrando êxito em atingir as metas projetadas pelo IDEB.

Em um segundo momento, o foco deu-se para as análises das redes públicas municipais de ensino gaúchas que vêm despendendo menos recursos financeiros no Ensino Fundamental, para os anos iniciais, do 1º ao 5º, representado pelo círculo da direita, mas, ainda assim, estão atingindo/superando as metas projetadas pelo IDEB.

Chama a atenção para o aumento constante no percentual dos municípios que vêm gastando menos, na proporção respectiva de 8,97% no ano de 2011; 14,48% no ano de 2013; e 25,52% no ano de 2015. Em contrapartida, eles vêm conservando o atingimento das metas projetadas pelo IDEB, o que demonstra implicitamente uma eficiência em relação aos demais.

Para fazer as mesmas análises mencionadas anteriormente, agora para anos finais, do 6º ao 9º, foram criadas mais 2 (duas) variáveis dummy, objetivando separar as redes públicas municipais de ensino gaúchas, pertencentes à amostra, da seguinte forma:

1- para as redes públicas municipais de ensino gaúchas do Ensino Fundamental –

anos finais, do 6º ao 9º, que não atingiram a meta projetada pelo IDEB, mas, mesmo assim, investiram mais em educação em comparação a um período e outro. D 6º ao 9º ano

D_69 NÃO_MAIS

0 - para as demais redes públicas municipais de ensino gaúchas do Ensino

Fundamental – anos finais, do 6º ao 9º.

1 - para as redes públicas municipais de ensino gaúchas do ensino Fundamental –

anos finais, do 6º ao 9º, que atingiram a meta projetada pelo IDEB, mas, ainda assim, investiram menos em educação em comparação a um período e outro. D 6º ao 9º ano

D_69 SIM_MENOS

0 - para as demais redes públicas municipais de ensino gaúchas do Ensino

Fundamental – anos finais, do 6º ao 9º.

Com a implantação das variáveis dummy, foi possível apurar os resultados demonstrados na Tabela 7 a seguir.

Tabela 7 – Ensino Fundamental, anos finais – meta do IDEB versus investimentos

Ano 6º ao 9º ano (meta inferior e

investimentos maiores) %

6º ao 5º ano (meta superior e investimentos menores) %

Não/Maior Demais Sim/Menor Demais

2011 36,6% 63,4% 0 100%

2013 65,5% 34,5% 0 100%

2015 49,0% 51,0% 0 100%

Fonte: Elaborada pelo autor com base nos dados da pesquisa.

Ao analisar a Tabela 7, pode-se inferir, por meio do círculo à esquerda, que as redes públicas municipais de ensino gaúchas, do Ensino Fundamental para os anos finais, do 6º ao 9º, abrangidas pela amostra, tiveram oscilações crescentes consideráveis nos percentuais - de 36,6% no ano de 2011; 65,5% no ano de 2013; e 49,0% no ano de 2015, evidenciando que não atingiram a meta projetada pelo IDEB, mas, mesmo assim, investiram mais recursos financeiros

per capita aluno/ano.

Chama a atenção o círculo à direta, pois nenhuma das redes para os anos finais, do 6º ao 9º, objeto de análise, alcançou as metas projetadas pelo IDEB, apesar de investir os mesmos recursos financeiros per capita aluno/ano em comparação ao período anterior. Fica evidenciado, assim, que há alguns fatores adventícios que precisam ser analisados, para os anos finais dessas redes, pois a análise dessa tabela vem ao encontro dos resultados gerados pelo modelo econométrico mencionado no item anterior.

No documento 2017RafaelPavan (páginas 110-113)