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Mapa 21 − Mapa de detalhe da temperatura de superfície terrestre no período seco de

6 DINÂMICA HISTÓRICA, SOCIOECONÔMICA E EXPANSÃO

7.7 Evolução dos valores Mínimos, Médios e Máximos

Até o presente momento pautou-se numa discussão que descreve a distribuição das temperaturas de superfície com base na oscilação da mesma nos períodos chuvosos e secos dos anos analisados. Percebeu-se que no período chuvoso as temperaturas mais altas encontram-se no aglomerado urbano, as temperaturas intermediárias acham-se espraiadas por todo município e as temperaturas mais amenas distribuem-se nos setores pertencentes à colina do Horto e setores correspondentes as franjas urbanas.

Na estação seca dos mesmos anos, as temperaturas de superfície mais elevadas que conglomerava o núcleo de calor principal visualizado no período chuvoso, desmembram-se no período seco em áreas adjacentes ao aglomerado urbano de Juazeiro e direcionam-se nas divisas dos municípios de Crato e Barbalha, numa área que envolve o triângulo Crajubar. As temperaturas intermediárias, bem como no período chuvoso, espraiam-se por quase todo o território e são consideradas as mais significativas para ambos os períodos, dos três anos

16.08 28.17 44.27 16.49 34.85 34.42 1986 1996 2010

Temperaturas > 30 ºC

Chuvoso

Seco

investigados. As condições térmicas mais amenas restringem-se no período seco apenas a colina do Horto e aos resquícios de matas ciliares que acompanham os rios e riachos que cortam Juazeiro, sobretudo o rio Salgadinho e riacho das Timbaúbas.

O resultado de comportamento da temperatura de superfície, além de outros elementos fora influenciado pelo fator sazonalidade, tendo em vista que as paisagens naturais e artificiais transformam-se significativamente. Em meio a estes elementos, dar-se destaque ao papel da vegetação, que neste caso está associada às temperaturas mais aprazíveis. A maior parte da vegetação do município é classificada como caatinga, onde a folhagem deste bioma retorna nos curtos períodos de precipitações. A presença desta cobertura vegetal interage com a energia eletromagnética a ponto de apresentar temperaturas mais amenas, por sua eficiência em transformar a radiação através do processo evaporativo.

Na estação seca, não há a folhagem da vegetação, no entanto as áreas onde há a presença de superfícies líquidas tendem a disponibilizar umidade tanto ao solo, como aos elementos vegetacionais, atuando na atenuação da temperatura do ar e superfície.

Quanto às condições térmicas mais elevadas, vão estacionar nas áreas que apresentam índice alto de área construída, na qual certamente utilizam-se de coberturas e pavimentos tradicionais, que não irão dispor características permeáveis, e possuindo uma alta capacidade calorífica de armazenar calor, transferindo este calor tanto para o solo abaixo dos pavimentos, tanto para os interiores das coberturas. Além deste condicionante, há uma redução da vegetação na cidade, que impede que tais superfícies se aqueçam.

Pertencente à evolução das temperaturas mínimas, médias e máximas (Quadro 25 e 26 e Gráficos 19 e 20) ao longo dos anos de 1986, 1996 e 2010 e especializadas nos produtos cartográficos mostrados anteriormente, percebe-se, que esta obedeceu a uma ordem crescente no decorrer de 25 anos. Relativo o a evolução destas temperaturas, deixa-se a parte o fator sazonalidade e relaciona-se com a expansão urbana da cidade, tendo em vista que no período chuvoso o núcleo de calor principal se expande concomitantemente no correr dos anos, bem como no período seco que os núcleos de calor de menor proporção vão ficando mais expressivos.

Quadro 25 –Temperaturas mínimas, médias e máximas do período chuvoso dos anos de 1986, 1996, 2010

Ano Mínima (ºC) Média (ºC) Máxima (ºC)

1986 16,1 23,25 29,7

1996 19,79 24,83 29,9

2010 20,7 25,63 30,1

Fonte: Elaboração da autora.

Gráfico 19 – Evolução das mínimas, médias e máximas do período chuvoso nos anos de 1886, 1996 e 2010

Fonte: Elaboração da autora.

Quadro 26 – Temperaturas mínimas, médias e máximas do período seco dos anos de 1986, 1996, 2010

Ano Mínima (ºC) Média (ºC) Máxima (ºC)

1986 16,6 27,38 33,79

1996 20,7 29,25 38,5

2010 21,6 31,96 41,2

Gráfico 20 – Evolução das mínimas, médias e máximas do período seco nos anos de 1886, 1996 e 2010

Fonte: Elaboração da autora.

Na ascendência das mínimas (Gráfico 21) detecta-se que no período chuvoso a mínima passou de 16,1 º em 1986 para 19,79 ºC em 1996, fechando com 21,6 ºC em 2010. De 1886 para 1996 a amplitude fora de 5,5 ºC e de 1996 para 2010 a diferença fora de 1,81 ºC. No período seco de 1986 a temperatura de superfície mínima fora de 16,6 ºC para 20,7 ºC em 1996, e em 2010 esta estacionou-se 21,6 ºC. A diferença entre 1886 para 1996 fora de 4,1 ºC e de 1996 para 2010 fora de 0,9 ºC. Nesta análise constatamos que tanto no período chuvoso, como no período seco a mínima teve valores crescentes e esta elevação expressou- se mais evidente no período chuvoso.

Gráfico 21 – Comportamento da temperatura mínima nos anos de 1986, 1996 e 2010

Fonte: Elaboração da autora. 16.1 19.79 20.7 16.6 20.7 21.6 1986 1996 2010

Mínimas

Chuvoso Seco

Na ascendência das médias (Gráfico 22), assim como nas mínimas averiguamos que no período chuvoso bem como no período seco a média aumenta e esta elevação expressou- se mais nitidamente no período chuvoso. No diagnóstico das médias detecta-se que no período chuvoso a tst era de 23,25 ºC em 1986 para 24,83 ºC em 1996, fechando com 25,63 ºC em 2010. Isso significa que de 1886 para 1996 a amplitude fora de 1,5 ºC e de 1996 para 2010 a diferença fora de 0,8 ºC. No período seco de 1986 a temperatura de superfície mínima fora de 27,38 ºC para 29,25 ºC em 1996, e em 2010 esta estacionou-se 31,96 ºC. A diferença entre 1886 para 1996 fora de 1,8 ºC e de 1996 para 2010 fora de 2,7 ºC.

Gráfico 22 – Comportamento da temperatura média nos anos de 1986, 1996 e 2010

Fonte: Elaboração da autora.

Quanto às máximas (Gráfico 23), no período chuvoso esta passou de 29,7 ºC em 1986 para 29,9 ºC em 1996, fixando nos 30,1 ºC em 2010. As amplitudes de 1886 para 1996 fora de 0,2 ºC e de 1996 para 2010 a diferença fora de 1,2 ºC. No período seco de 1986 a temperatura de superfície mínima fora de 33,79 ºC para 38,5 ºC em 1996, e em 2010 esta estacionou-se 41,2 ºC. A diferença entre 1886 para 1996 fora de 4,7 ºC e de 1996 para 2010 fora de 2,7 ºC. 23.25 27.38 24.83 25.63 29.25 31.96 1986 1996 2010

Médias

Chuvoso Seco

Gráfico 23 – Comportamento da temperatura máxima nos anos de 1986, 1996 e 2010

Fonte: Elaboração da autora.

Em termos gerais, a amplitude da menor temperatura de 1986 para maior temperatura para o mesmo ano fora de aproximadamente 17ºC. A amplitude de 1986 a 2010 fora de 5,5°C para as temperaturas mínimas, 8,7 ºC para as temperaturas intermediárias, e 11 ºC para classe de maior valor.