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EVOLUÇÃO SOCIOECONÔMICA DAS MICRORREGIÕES COM BASE NA PNDR I E II.

USADAS NOS TRABALHOS Avaliação do

6 ANÁLISE DOS DADOS

6.1 EVOLUÇÃO SOCIOECONÔMICA DAS MICRORREGIÕES COM BASE NA PNDR I E II.

Como o objetivo geral da pesquisa é avaliar os impactos socioeconômicos da implantação da UNIPAMPA, uma primeira avaliação pode ser obtida analisando as modificações em termos de renda das populações e dinâmica produtiva das microrregiões, com base na evolução da classificação pela tipologia sub-regional da PNDR, já que uma classificação sub-regional atualizada foi publicada em 2018.

A portaria 34, do Ministério da Integração Nacional (MI), publicada em 18 de janeiro de 2018, no diário oficial da união (DOU), atualizou a classificação sub-regional das microrregiões. Conforme a nota técnica 52, anexa da portaria do MI, a reclassificação utilizou os mesmos critérios de renda domiciliar per capta e PIB da PNDR I, desdobrando a classificação, ainda em vigor, em nove novas categorias, sendo a referência entre elas:

 Alta renda na classificação sub-regional da PNDR I, desdobrada na PNDR II em microrregiões de alta renda e alto dinamismo; alta renda e médio dinamismo; e alta renda e baixo dinamismo. Essas microrregiões estão dentre as 25% com melhor nível de rendimento per capita do país.

 Baixa renda na classificação sub-regional da PNDR I, desdobrada na PNDR II em microrregiões de baixa renda e médio dinamismo e baixa renda e baixo dinamismo. Essas microrregiões estão dentre as 25% com pior nível de rendimento per capita do país.

 Estagnadas na classificação sub-regional da PNDR I, desdobrada na PNDR em microrregiões com média renda e médio dinamismo e média renda e baixo dinamismo. Essas microrregiões estão na faixa intermediária, onde as situações medianamente desfavoráveis de renda e de dinamismo econômico lhe conferem patamares menores de desenvolvimento em relação à média nacional.

 Dinâmicas na classificação sub-regional da PNDR I, desdobrada na PNDR II em microrregiões de média renda e alto dinamismo e baixa renda e alto dinamismo. Essas microrregiões demonstram maior capacidade de inserção produtiva, independentemente de seu patamar de rendimento.

A nova estrutura da tipologia classifica os municípios utilizando as mesmas variáveis da PNDR I, porém, dando novas dimensões a situação de rendimentos e situação de dinâmica produtiva, atualizando as situações referentes às regiões do país, com as mesmas características e de forma a elencar os espaços prioritários de atuação do estado. O Quadro 8 resume essa relação, explicitada no parágrafo anterior.

Quadro 8 – Desdobramento da classificação da PNDR II, em relação à classificação em vigor da PNDR I

PNDR II PNDR I

Alta renda com alto, médio e baixo dinamismo. Alta renda Baixa renda com baixo dinamismo e baixa renda com

médio dinamismo. Baixa renda

Média renda e alto dinamismo e baixa renda com alto

dinamismo. Dinâmicas

Média renda com médio e baixo dinamismo. Estagnadas Fonte: autor, 2018 - com base na NT 52 e portaria 34/18 do MI - classificação da PNDR II.

O novo cartograma, resultante da nova classificação pela tipologia sub-regional da portaria nº 34/2018, está demonstrado na Figura 12, no qual é possível observar a situação das microrregiões depois de transcorrido o período entre os levantamentos para a tipologia sub-regional da PNDR I e os levantamentos para a tipologia sub-regional da PNDR II.

Figura 12 – Classificação da tipologia sub-regional da PNDR II de 2018, com destaque das microrregiões de implantação da UNIPAMPA

Fonte: Ministério da Integração Nacional, 2018.

Embora não seja objetivo deste trabalho de pesquisa avaliar os impactos socioeconômicos da implantação da UNIPAMPA com base na PNDR, a publicação da nova classificação pela tipologia sub-regional da PNDR II acrescenta elementos importantes na avaliação em termos de microrregião. A primeira classificação avaliou as microrregiões antes da implantação da UNIPAMPA (2005) e a segunda avaliação após a implantação, com dados do censo demográfico de 2010, utilizando variáveis de rendimento domiciliar per capta (RDPC 2010) e taxa de variação do PIB per capta trienal (2002 a 2004 e 2012 a 2014).

Portanto, com base na tipologia sub-regional da PNDR I é possível verificar a classificação das cidades e microrregiões no período que antecede a implantação dos novos campi (2005) e com a PNDR II a situação com a influência da universidade nas cidades e microrregiões que receberam campus. Os resultados estão descritos no Quadro 9, acrescentando as cidades e microrregiões das UC.

Quadro 9 – Classificação das microrregiões com UNIPAMPA e microrregiões das unidades de comparação na tipologia sub-regional da PNDR I e II

Município (UNIPAMPA/UC) Microrregião do IBGE PNDR I PNDR II (tipologia) PNDR II (tipologia do decreto 6047/07) Alegrete

(UNIPAMPA) Campanha Ocidental Estagnada

Média Renda e Baixo

Dinamismo Estagnada Bagé

(UNIPAMPA) Campanha Meridional Alta Renda

Alta Renda e Médio

Dinamismo Alta renda Caçapava do Sul

(UNIPAMPA) Serras de Sudeste Estagnada

Média Renda e Baixo

Dinamismo Estagnada Dom Pedrito

(UNIPAMPA) Campanha Meridional Alta Renda

Alta Renda e Médio

Dinamismo Alta renda Itaqui

(UNIPAMPA) Campanha Ocidental Estagnada

Média Renda e Baixo

Dinamismo Estagnada Jaguarão

(UNIPAMPA) Jaguarão Estagnada

Média Renda e Médio

Dinamismo Estagnada Santana do

Livramento (UNIPAMPA)

Campanha Central Estagnada Média Renda e Médio

Dinamismo Estagnada São Borja

(UNIPAMPA) Campanha Ocidental Estagnada

Média Renda e Baixo

Dinamismo Estagnada São Gabriel

(UNIPAMPA) Campanha Central Estagnada

Média Renda e Médio

Dinamismo Estagnada Uruguaiana

(UNIPAMPA) Campanha Ocidental Estagnada

Média Renda e Baixo

Dinamismo Estagnada Santo Ângelo (UC) Santo Ângelo Estagnada Alta Renda e Médio

Dinamismo Alta renda Santa Cruz do Sul

(UC) Santa Cruz do Sul Alta Renda

Alta Renda e Baixo

Dinamismo Alta renda Rio Pardo (UC) Cachoeira do Sul Estagnada Média Renda e Médio

Dinamismo Estagnada São Lourenço do

Sul (UC) Pelotas Alta Renda

Alta Renda e Médio

Dinamismo Alta renda Rosário do Sul

(UC) Campanha Central Estagnada

Média Renda e Médio

Dinamismo Estagnada Quaraí (UC) Campanha Ocidental Estagnada Média Renda e Baixo

Dinamismo Estagnada Cachoeira do Sul

(UC) Cachoeira Do Sul Estagnada

Média Renda e Médio

Dinamismo Estagnada Santiago (UC) Santiago Estagnada Alta Renda e Baixo

Dinamismo Alta renda Santa Rosa (UC) Santa Rosa Estagnada Alta Renda e Médio

Dinamismo Alta renda Erechim (UC) Erechim Estagnada Alta Renda e Médio

Dinamismo Alta renda Fonte: elaborado pelo autor, 2018 – com base na portaria 34/18 do MI.

Com base no quadro comparativo é possível observar, no que diz respeito à evolução dos rendimentos e a dinâmica da produção nas microrregiões em cidades com campus da

UNIPAMPA, que foram objeto da política de expansão do ensino superior fase I, que não houve alteração na classificação entre a PNDR I e II, quando utilizada à tipologia sub-regional em vigor de alta renda, baixa renda, estagnadas e dinâmicas.

As microrregiões das cidades com campus da UNIPAMPA, pela classificação na PNDR II, de 2018, mantiveram a mesma classificação da tipologia sub-regional da PNDR I, de 2005, demonstrando que, pelos critérios adotados de avaliação da renda per capta e PIB, não houve ainda alterações significativas nessas duas dimensões, salientando que o período de dados utilizados refere-se ao censo de 2010 para renda domiciliar e aos períodos trienais de 2002 a 2004 e 2012 a 2014 para o PIB. A maior parte das cidades com UNIPAMPA estão classificadas como média renda e baixo ou médio dinamismo pela PNDR II, com exceção de Bagé e Dom Pedrito, que foram classificadas como alta renda e médio dinamismo.

Nas microrregiões do grupo de cidades selecionadas como UC, houve alteração na classificação pela tipologia sub-regional nas microrregiões de Santo Ângelo, Santiago, Santa Rosa e Erechim que saíram de uma situação de “estagnada” para “alta renda” no período. Nas demais microrregiões a classificação no período se manteve.

Faz-se necessário considerar, que a dinâmica de renda e de produção na PNDR II foi desdobrada em nove classificações tipológicas para que melhor reproduzisse a situação de cada microrregião em relação às variáveis, porém, mantendo uma relação com a PNDR I nas quatro classificações tipológicas ainda em vigor na legislação, possibilitando a construção do quadro comparativo, mas impossibilitando afirmações sobre impactos socioeconômicos simplesmente por essas comparações.

A comparação entre as duas classificações da PNDR acrescenta elementos de análise ao trabalho de pesquisa, porém, os impactos da implantação da UNIPAMPA demandam análises de outros indicadores e por períodos maiores, uma vez que a implantação ou marco zero foi 2006 e a PNDR II avaliou apenas indicadores de renda com base no censo de 2010 e de taxa de crescimento de PIB per capta trienal de 2002 a 2004 e de 2012 a 2014, realizando tratamento estatístico dos dados, para normatizá-los.

6.2 ANÁLISE E COMPARAÇÃO DOS INDICADORES COM AUXÍLIO DE GRÁFICOS