• Nenhum resultado encontrado

4 MATERIAL E MÉTODOS

4.10 EXAME ECOCARDIOGRÁFICO TECIDUAL

4.10.1 Doppler tecidual pulsado

Na modalidade Doppler tecidual pulsado, a avaliação da função miocárdica longitudinal foi realizada por meio de imagem apical quatro câmaras e apical duas câmaras. As imagens foram obtidas em janela acústica paraesternal caudal

esquerda, durante todo o ciclo cardíaco, realizando-se a mensuração da velocidade de diversos pontos do coração, por meio de Doppler tecidual pulsado (software para realização dos modos de imagem em Doppler tecidual). Durante a avaliação ecocardiográfica, fez-se a monitoração eletrocardiográfica simultânea (em derivação bipolar DII), facilitando a identificação das fases do ciclo cardíaco e a mensuração dos parâmetros estudados; realizou-se, também, a determinação da frequência cardíaca instantânea, com a intenção de observar a influência da mesma em cada medida avaliada.

As regiões analisadas foram:

- região basal do septo interventricular no corte apical quatro câmaras (4CSB);

- região média do septo interventricular no corte apical quatro câmaras (4CSM);

- região basal da parede livre do VE no corte apical quatro câmaras (4CPB); - região média da parede livre do VE no corte apical quatro câmaras (4CPM); - região basal da parede posterior do VE no corte apical duas câmaras (2CPB);

- região média da parede posterior do VE no corte apical duas câmaras (2CPM);

- região basal da parede anterior do VE no corte apical duas câmaras (2CAB). - região média da parede anterior do VE no corte apical duas câmaras (2CAM).

No presente estudo, padronizou-se o tamanho da amostra do Doppler tecidual pulsado em 1 a 2 mm (KOFFAS et al., 2006; MCDONALD et al., 2007). Em cada segmento analisado, foram obtidas as frequências cardíacas instantâneas, as velocidades miocárdicas máximas das ondas de enchimento ventricular rápido (Em), contração atrial ou enchimento ventricular lento (Am) e sistólica (Sm). Além disso, a relação Em/Am e a relação E/Em também foram determinadas, de acordo com Chetboul et al. (2006a).

A análise da função miocárdica regional radial foi realizada por Doppler tecidual pulsado, com a amostra de volume colocada na região do endocárdio e na região do epicárdio, à altura dos músculos papilares, na parede lateral em corte transverso (CARDIM et al., 2003); e os mesmos parâmetros analisados em corte longitudinal foram avaliados.

Todos os parâmetros ecocardiográficos obtidos foram avaliados pelo mesmo observador, sem que houvesse o conhecimento sobre o caráter genético do paciente analisado. Para quantificar a variabilidade intraobservador nesta modalidade ecocardiográfica, os mesmos parâmetros de Doppler tecidual pulsado foram avaliados em dois momentos distintos (mesmo animal; análise offline), permitindo a obtenção de um coeficiente de variação intraobservador.

Foram realizadas, no mínimo, três determinações de cada parâmetro ecocardiográfico avaliado nas diferentes fases do ciclo cardíaco, considerando-se a média dos valores obtidos. Tentou-se, desta forma, minimizar as interferências causadas pela respiração, pela movimentação do coração dentro do tórax e pelas mudanças no enchimento cardíaco (BOON, 1998).

4.10.2 Doppler tecidual colorido

Na modalidade Doppler tecidual colorido, a avaliação da função miocárdica longitudinal foi realizada por meio de imagem apical quatro câmaras e apical duas câmaras. As imagens foram obtidas em janela acústica paraesternal caudal esquerda, durante todo o ciclo cardíaco, realizando-se a mensuração da velocidade de diversos pontos do coração, por meio de Doppler tecidual colorido (análise offline em software para realização dos modos de imagem em Doppler tecidual). Durante a avaliação ecocardiográfica, fez-se a monitoração eletrocardiográfica simultânea (em derivação bipolar DII), facilitando a identificação das fases do ciclo cardíaco e a mensuração dos parâmetros estudados; e também se realizou a determinação da frequência cardíaca instantânea, com a intenção de observar a influência da mesma em cada medida avaliada.

As regiões analisadas foram:

- região basal do septo interventricular no corte apical quatro câmaras (4CSB);

- região média do septo interventricular no corte apical quatro câmaras (4CSM);

- região basal da parede livre do VE no corte apical quatro câmaras (4CPB); - região média da parede livre do VE no corte apical quatro câmaras (4CPM);

- região basal da parede posterior do VE no corte apical duas câmaras (2CPB);

- região média da parede posterior do VE no corte apical duas câmaras (2CPM);

- região basal da parede anterior do VE no corte apical duas câmaras (2CAB). - região média da parede anterior do VE no corte apical duas câmaras (2CAM).

No presente estudo, padronizou-se o tamanho da amostra do Doppler tecidual colorido em 2 x 2 mm (SAMPEDRANO et al., 2009). Em cada segmento analisado, foram obtidas as frequências cardíacas instantâneas, as velocidades miocárdicas máximas das ondas de enchimento ventricular rápido (Em), contração atrial ou enchimento ventricular lento (Am) e sistólica (Sm). Além disso, a relação Em/Am, a relação E/Em e o gradiente de velocidade miocárdica longitudinal (diferença de velocidades entre a base e o meio da parede e do septo interventricular) também foram determinados, de acordo com Chetboul et al. (2006a).

Para facilitar a identificação das ondas diastólicas (Em e Am) e sistólica (Sm), utilizou-se a ferramenta “marcador de eventos” disponível no ecocardiógrafo utilizado, permitindo a identificação do momento de abertura e fechamento da valva aórtica, bem como da abertura e fechamento da valva mitral (facilitando, assim, a identificação dos momentos sistólicos e diastólicos).

A análise da função miocárdica regional radial foi realizada com a amostra de volume colocada na região do endocárdio e na região do epicárdio, à altura dos músculos papilares, na parede lateral em corte transverso (CARDIM et al., 2003); e os mesmos parâmetros analisados em corte longitudinal foram avaliados, além da mensuração do gradiente de velocidade miocárdica radial (diferença de velocidades entre endocárdio e epicárdio).

Todos os parâmetros ecocardiográficos obtidos foram avaliados pelo mesmo observador, sem que houvesse o conhecimento sobre o caráter genético do paciente analisado. Para quantificar a variabilidade intraobservador nesta modalidade ecocardiográfica, os mesmos parâmetros de Doppler tecidual colorido foram avaliados em dois momentos distintos (mesmo animal; análise offline), permitindo a obtenção de um coeficiente de variação intraobservador.

Foram realizadas, no mínimo, três determinações de cada parâmetro ecocardiográfico avaliado nas diferentes fases do ciclo cardíaco, considerando-se a

média dos valores obtidos. Desta forma, minimizam-se as interferências causadas pela respiração, pela movimentação do coração dentro do tórax e pelas mudanças no enchimento cardíaco (BOON, 1998).

4.10.3 Strain

Na modalidade Doppler tecidual strain, a avaliação da função miocárdica longitudinal foi realizada por meio de imagem apical quatro câmaras e apical duas câmaras; e a avaliação da função radial foi realizada por meio de corte transverso à altura dos músculos papilares (análise offline; software para realização dos modos de imagem em strain).

Os parâmetros de strain avaliados, segundo Chetboul et al. (2006a) e Yamato (2008), foram: movimento sistólico do ventrículo esquerdo (StS) na região basal (anular) e média do septo interventricular e da parede livre do ventrículo esquerdo por meio de imagem apical quatro câmaras (corte longitudinal); movimento sistólico do ventrículo esquerdo (StS) na região basal (anular) e média da parede anterior e da parede posterior do ventrículo esquerdo por meio de imagem apical duas câmaras (corte longitudinal); e movimento sistólico do ventrículo esquerdo (StS) na região do endocárdio e epicárdio à altura dos músculos papilares e na parede lateral (corte transverso). Durante a avaliação ecocardiográfica, realizou-se a monitoração eletrocardiográfica simultânea (em derivação bipolar DII), facilitando a identificação das fases do ciclo cardíaco e a mensuração dos parâmetros estudados; e também se realizou a determinação da frequência cardíaca instantânea, com a intenção de observar a influência da mesma em cada medida avaliada. No presente estudo, padronizou-se o tamanho da amostra do Strain em 3 a 5 mm de altura e largura.

Para facilitar a identificação das fases sistólica e diastólica, utilizou-se a ferramenta “marcador de eventos” disponível no ecocardiógrafo utilizado, permitindo a identificação do momento de abertura e fechamento da valva aórtica, bem como da abertura e fechamento da valva mitral (facilitando, assim, a identificação dos diferentes momentos do ciclo cardíaco).

Todos os parâmetros ecocardiográficos obtidos foram avaliados pelo mesmo ecocardiografista, sem que houvesse o conhecimento sobre caráter genético do

paciente analisado. Para quantificar a variabilidade intraobservador nesta modalidade ecocardiográfica, os mesmos parâmetros de strain foram avaliados em dois momentos distintos (mesmo animal; análise offline), permitindo a obtenção de um coeficiente de variação intraobservador.

Foram realizadas, no mínimo, três determinações de cada parâmetro ecocardiográfico avaliado nas diferentes fases do ciclo cardíaco, considerando-se a média dos valores obtidos, com a finalidade de minimizar as interferências causadas pela respiração, pela movimentação do coração dentro do tórax e pelas mudanças no enchimento cardíaco (BOON, 1998).