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Gráfico 6-A: Execução das SMAT’s.

Gráfico 6-B: Comparativo de desempenho das taxas de frequência x execução das SMAT’s.

4.3.2.4 Análise de Risco de Tarefas - ART

Esta ferramenta aplica-se indistintamente a todas as tarefas realizadas na organização, independente do tipo de atividade desenvolvida.

Como prevê a NR-9 em seus itens 9.3.2 e 9.3.3, MTE (2009), a antecipação dos riscos potenciais, bem como o reconhecimento destes é essencial:

9.3.2. A antecipação deverá envolver a análise de projetos de

novas instalações, métodos ou processos de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando a identificar os riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação.

9.3.3. O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os

seguintes itens, quando aplicáveis: a) a sua identificação;

b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras;

c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho;

d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos;

e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição; f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho;

g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica;

h) a descrição das medidas de controle já existentes.

(MTE, 2009 - NR-09). É de fácil construção e implantação. Fundamenta-se na identificação de todas as tarefas realizadas na unidade, percebendo-se concomitantemente os riscos e situações inseguras. Em seguida é feita a quantificação destes riscos para que se possam estabelecer medidas eficazes de controles para cada etapa da atividade observada.

Foi possível padronizar as sequências de realização das atividades, informando aos executantes os riscos envolvidos. Suas possíveis falhas e consequências no sistema analisado também foram levadas em consideração quando da implantação da ferramenta, pois assim se tornou possível antever a ocorrência de um potencial acidente. Com esta ferramenta é possível se avaliar a frequência de realização da atividade frente a um cenário de probabilidade de ocorrência de acidentes. Os trabalhadores sob condições de riscos conscientes não podem nem devem desenvolver trabalhos. Para as situações com probabilidade de sinistro não foram utilizados cálculos probabilísticos como recomendado por alguns autores Martinez (1994), Oliveira (1991) e Atricoff et

al., 1996. Para tanto, precisar-se-ia de uma sólida formação do pessoal fabril ou no

mínimo, dos cargos de comando, em álgebra booleana e estatística avançada (FOGLIATTO, 2000).

As análises dos riscos de tarefas foram feitas em duas etapas, sendo a primeira destinada ao levantamento e classificação de todas as tarefas realizadas na unidade, seguindo uma ordenação baseada no respectivo grau de criticidade (figura 20).

A segunda etapa consistiu no detalhamento das tarefas em seus respectivos passos executados e, para cada um deles, a identificação de possíveis perigos e cenários acidentais, as salvaguardas, classificação de risco e proposição de recomendações e melhorias. A realização da análise propriamente dita é de responsabilidade de uma equipe formada por um representante de cada setor e são eles em conjunto com os colaboradores do setor analisado, que preenchem o formulário de classificação da ART por atividade.

ANÁLISE DE RISCO DE TAREFAS – ART - Descrição das tarefas -

Empresa: Recife Área: Administração Sub-área: Copa

Função: Servente Num. Colaboradores: 03 Revisão: 00 Data: 10/07/09

Tarefa principal: PEPARAR CAFÉ

Tarefa: Coletar água na torneira Nº da tarefa: 01

PERIGOS DANO / PERDA PO FE GPL NP NR

01.Queda do recipiente Lesão nas mãos 2,0 2,5 0,1 1,0 0,5 02.Respingo nos olhos Lesão nos olhos 8,0 2,5 0,1 1,0 0,5

Tarefa: Ferver a água Nº da tarefa: 02

PERIGOS DANO / PERDA PO FE GPL NP NR

03.Respingo nas mãos Lesão nas mãos - Queimadura 8 2,5 0,5 1,0 10 04.Respingo nos olhos Lesão nos olhos - Queimadura 10,0 2,5 4,0 1,0 100

Tarefa: Peencrer a garrafa térmica Nº da tarefa: 03

PERIGOS DANO / PERDA PO FE GPL NP NR

05.Respingo nas mãos Lesão nas mãos - Queimadura 8 2,5 0,5 1,0 10 06.Respingo nos olhos Lesão nos olhos - Queimadura 10,0 2,5 4,0 1,0 100

FONTE: Gdikian, 2007a.

LEGENDA

PO Probabilidade de Ocorrência

Impossível, não pode acontecer. 0,0 Quase impossível. Possível em circunstâncias

extremas.

0,1

Altamente improvável, mas é concebível. 0,5 Improvável, mas pode ocorrer. 1,0 Possível, mas não é comum. 2,0 Chance igual, pode acontecer. 5,0

Provável, não surpreso. 8,0

Bem provável, a ser esperado. 10,0

Certo, sem dúvida. 15,0

FE Frequência de exposição. Não frequentemente. 0,1 Anualmente. 0,2 Mensalmente. 1,0 Semanalmente. 1,5 Diariamente. 2,5

Uma vez por hora. 4,0

Constantemente. 5,0

GPL Grau de perda ou lesão

Arranhão ou contusão. 0,1

Laceração ou efeito leve a saúde. 0,5 Fratura de um osso pequeno ou doença ocupacional

temporária pequena. 1,0

Fratura de um osso importante, ou doença

ocupacional permanente pequena. 2,0 Perda de um membro, olho ou doença ocupacional

temporária grave. 4,0

Perda de membros olhos ou doença ocupacional

permanente grave. 8,0

Fatalidade. 15,0

NP Número de pessoas expostas 1 a 2 pessoas. 3 a 7 pessoas. 1,0 2,0

8 a 15 pessoas. 4,0

16 a 50 pessoas. 8,0

12 ou mais pessoas. 12,0

NR Nível de risco (PO x FE x GPL x NP) Desprezível. 0 a 0,9 Muito basixo. 1 a 4,9 Baixo. 5 a 9,9 Médio. 10 a 49,9 Alto. 50 a 99,9 Muito alto. 100 a 499,9

Totalmente inaceitável. Maior

que 500

FONTE: Gdiquian, 2007a.

Uma vez preenchido o formulário da ART, faz-se um elenco delas passo a passo conforme demonstrado na figura 21, que torna possível se verificar a maior criticidade apresentada em cada atividade. Quando esta atividade ultrapassa um valor igual ou

superior a 50 (ver tabela 2), medidas de salvaguarda devem ser devidamente registradas, elaborados procedimentos e ministrado treinamento a todos os executantes. As condições de risco devem estar sempre em níveis aceitáveis, ou seja, os riscos devem estar controlados de tal forma a se garantir a integridade do trabalhador durante todo o tempo de execução das atividades ou permanência na empresa.

Neste ponto é necessário se fazer uma ressalva quanto aos cálculos obtidos pelos indicadores demonstrado na tabela 2. Pode-se forçosamente se encontrar para uma atividade simples e moderadamente segura, como subir uma escada, agravantes indicativos que esta atividade não poderá ser realizada. Neste sentido, recomenda-se o estudo detalhado com uso de bom senso.

ANÁLISE DE RISCO DE TAREFAS – ART - Análise das tarefas -

Empresa: Recife Área: Administração Sub-área: Copa

Função: Servente Num. Colaboradores: 03 Revisão: 00 Elab: Abel Calaz

Tarefa principal: PEPARAR CAFÉ Data Elaboração: 10/07/09 Revisão: 00

Nº da Tarefa Descrição da Tarefa Maior Criticidade dos Passos

1 Coletar água na torneira 0,5

2 Ferver a água 100

3 Preencher garrafa térmica 100

4 Lavar utencílios 0,5

FONTE: Gdilian, 2007a.

As ART’s trouxeram um grande avanço ao sistema de segurança do trabalho. Inicialmente eram executadas pelo pessoal do EHS em conjunto com os colaboradores das áreas. Atualmente é atualizada periodicamente pelo próprio pessoal em nível de supervisão (chefias diretas) conjuntamente com os colaboradores executantes. É possível perceber uma sensível mudança comportamental em todos os níveis hierárquicos. A segurança passou a ser percebida de forma mais frequente e intensa.

4.3.2.4.1 Cálculo da taxa de execução das Análise de Risco de Tarefas - ART

O nível percentual de execução das ART foi mensurado pela expressão matemática seguinte:

% ART = Nº de ART realizadas x 100 Nº de ART programadas

A ferramenta Análise de Risco de Tarefas foi introduzida na unidade estudada em 2002, mas só foi monitorada em seu indicador a partir de janeiro de 2005. Neste ano foi estabelecido um desafio de implantação de 75% (setenta e cinco por cento) ao longo dos quatro anos subsequentes. Conforme demonstra o gráfico apresentado no gráfico 7- A. Contudo, a partir de 2008 ficou estabelecido que o novo indicador fosse de 85% (oitenta e cinco por cento), o que significa que de todas as ART construídas, oitenta e cinco por cento destas serão revisadas a cada ano. As relativas a trabalhos de risco como espaços confinados, trabalhos em altura e trabalhos a quente, devem obrigatoriamente ser reavaliadas.

FONTE: Empresa estudada, 2011.

No gráfico 7-B, percebe-se que o desempenho da ferramenta frente as taxas de frequência, que esta teve um importante papel contributivo para a tendência regressiva destas. A tendência a zero nos índices de acidentes com afastamento ou precedido de atendimento hospitalar atingiu níveis desejados, contudo o acidente com simples atendimento ambulatorial continua oscilando.

Novos estudos passaram a ser realizados a fim de se reduzir estes índices também a valores mínimos. Preferencialmente zero. Estes estudos implicarão a continuidade da utilização da teoria da racionalidade limitada de Simon.

2005 2006 2007 2008 2009 2010 76 78 80 82 84 86 88