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Aqui, faremos a descrição de experiência com a Educação Física escolar nos anos finais do ensino fundamental. A ênfase esportiva será nos Esportes de invasão na modalidade Handebol; descreveremos também a consulta aos livros didáticos do PNLD que foi necessária para esse processo.

Na elaboração do material didático para esse estudo, referente a experiência nos anos finais do ensino fundamental, apreciamos a abordagem da unidade didática dos esportes, com o objeto de conhecimento dos esportes de invasão – handebol (imagem 16).

Imagem 16: Conteúdo, Objetivos e habilidades do Material didático.

Fonte: Material didático – Handebol (2021)

A experiência com a prática pedagógica no ensino fundamental anos finais na atuação profissional da prática pedagógica, ora em reflexão sobre os conhecimentos da Educação Física na escola, realizou-se em uma escola da rede privada de Natal-

RN, com a ideia de se trabalhar o conteúdo Esportes com as séries do 6º ao 9º ano, mas consideramos nesse estudo as experiências com os estudantes do 8º ano.

A escola localizada em um bairro da zona sul da capital, Natal-RN, atende o público estudantil residente nas suas proximidades e dos bairros circunvizinhos, de classe social média. A sua localização e o contexto de residência de muitos estudantes, é em meio a rotina movimentada de veículos, poucos espaços públicos disponíveis para prática esportiva, mas com muitos estudantes residentes em condomínios fechados com espaços para práticas corporais.

A prática pedagógica para o componente curricular Educação Física, teve o suporte de uma apostila elaborada pela própria rede de ensino, com sugestões de conteúdos para os diferentes anos de escolaridade, em que para o ensino fundamental anos finais distribuiu os conhecimentos sobre o esporte nos quatro bimestres de cada ano/série, enfatizando as modalidades esportivas de voleibol, futsal, basquete e handebol. Abordava sugestões de conteúdos conceituais históricos, técnicos e táticos das modalidades, com possibilidades de vivências, e ao final de cada temática, havia questões sobre o referido conteúdo.

A apostila apresentava uma abordagem conceitual e procedimental do conteúdo esporte, organizado nos quatro bimestres do ano letivo, desconsiderando outros conhecimentos do componente curricular, mas o professor tinha autonomia para propor e ampliar a abordagem dos conteúdos do componente curricular.

Para Guerra (2005),

A Educação Física e o esporte, de uma maneira geral, gozam de grande prestígio social, principalmente quando os grupos que representam a sociedade e, consequentemente, a opinião pública, estão conscientes de que valores sociais generalizados devem estar integrados aos objetivos educacionais. Isso significa dizer que, se a educação física e o esporte são aceitos socialmente, os mesmos devem estar inseridos no contexto educacional daquela sociedade (GUERRA, 2005, p. 109).

Na proposição do material didático para o conteúdo esporte, tem-se a intenção de mediar as reflexões dos estudantes para que se apropriem de conhecimentos relevantes para sua vida, e que reflitam não somente sobre a prática esportiva, mas que possam relacionar o esporte com questões políticas, sociais, econômicas, que estas se relacionem às práticas corporais e a partir desse elo, possamos compreender e refletir o nosso papel de sujeito e cidadão.

A experiência contribuiu para pensar sobre as vivências em diferentes níveis de escolaridade; diferentes faixas etárias em uma mesma escola; público que se aproximava e ao mesmo tempo se distanciava, quanto aos interesses com a diversidade cultural e manifestações corporais; contexto que me levou a refletir a necessidade de alterações e ajustes das estratégias metodológicas no trato com o conteúdo da apostila, para despertar o interesse nos estudantes, e tornar as vivências atrativas e relevantes para aprendizagem.

A preocupação em aperfeiçoar nossos métodos de ensino para proporcionar uma aprendizagem relevante, refletindo e ressignificando nosso agir pedagógico para uma autoformação, coincide com o que se busca na formação inicial de professores. Apesar do primeiro já possuir experiência na prática profissional, e o segundo buscar perceber em seus primeiros contatos com sua atuação, ambos objetivam possibilidades formativas para suas experiências.

Essa formação inicial, continuada ou autoformação na prática pedagógica com o esporte:

Representa, para os estudantes em formação, conhecer métodos que permitam uma transformação didática dos conteúdos pelos próprios alunos. Somente quando for possível configurar o método como uma estratégia do próprio aluno é que ele terá chances de integrar suas experiências biográficas no processo de aprendizagem (HILDEBRANDT-STRAMANN, 2009, p. 99).

O contexto era oportuno para refletir possibilidades de organização do conhecimento da Educação Física de modo sistematizado, ao longo dos diferentes níveis de escolaridade, com a coordenação pedagógica acessível a discussão, reflexão e sugestões, o que permitia ir além do material didático conforme o avanço do ano letivo e da abordagem dos conteúdos, criando estratégias para contribuir com a aprendizagem dos estudantes; mas não foi possível concretizar um planejamento sistematizado com maior contextualização e intencionalidade pedagógica para a realidade dos estudantes, nas diferentes séries, por ausência de tempo hábil à dedicação e concentração na proposta, devido outras demandas profissionais e pessoais.

A opção pelo conteúdo esportes, se deu por ser um conteúdo do componente curricular Educação Física, previsto na Base Nacional Comum Curricular - BNCC, e

em função do planejamento para a prática pedagógica da escola ser organizado por uma estrutura curricular, em meio a sugestões de conhecimentos organizados na apostila, elaborada por sua própria rede de ensino. O material, organizava os conhecimentos dos esportes de modo sistematizado ao longo do ensino fundamental anos finais.

Sobre esse conteúdo, consideramos que:

Entre os muitos espaços em que o esporte é praticado na sociedade em que vivemos, a escola é aquele que tem um papel especial: transmitir essa prática social para as gerações futuras, com ajuda dos professores de educação física (STIGGER, 2009, p. 124).

O conteúdo esporte é compreendido na relação dos conceitos de três dimensões sociais: esporte-educação, esporte-participação, e esporte-performance (TUBINO, 2010). A manifestação das práticas corporais esportivas nessa classificação, pode divergir os espaços, mas o professor de educação física é o responsável pela abordagem adequada na escola.

O trato pedagógico com o conteúdo esporte, vai depender de como o professor compreende esse conteúdo e como ele percebe a relação social do estudante por meio da prática corporal no espaço escolar. “Para o esporte, isso pode significar que minha percepção é determinada pelos movimentos que realizo e os movimentos realizados são, ao mesmo tempo, determinados pela percepção” (KUNZ, 2009, p. 37).

A abordagem na experiência, seguiu as sugestões da apostila, e somente após perceber a dificuldade dos estudantes, atentamos para incentivar os estudantes a pesquisarem e refletirmos de modo mais dialógico sobre os conteúdos. No material didático, propomos a utilização de estratégias metodológicas que permite o estudante a interagir com o material e com os objetos educacionais, informar o que sabe sobre o conteúdo em uma proposta diagnóstica e incentivá-lo a continuar na exploração do material, para um acompanhamento contínua de sua aprendizagem.

Para o material didático, propomos iniciar com uma abordagem diagnóstica utilizando de um mapa conceitual (imagem 17) a partir da classificação dos esportes (GONZALEZ, 2004; GONZALEZ, 2012).

Imagem 17: Mapa conceitual como atividade diagnóstica

Fonte: Material didático – handebol (2021).

É proposto ainda que o professor elabore uma apresentação em uma plataforma digital, em que os estudantes acessarão o endereço da plataforma, cada um deles insere o código referente a atividade elaborada pelo professor, e conforme cada um/a participa o sistema contabiliza as respostas, destacando as mais citadas, e gera uma nuvem de palavras (imagem 18). O material didático propõe como atividade diagnóstica, mas pode ser implementada em outras perspectivas e ocasiões.

Imagem 18: Nuvem de palavras como atividade diagnóstica.

O conteúdo Esporte, com a modalidade handebol, classifica-se no âmbito dos esportes de invasão, para o qual Gonzalez (2012), conceitua:

Esportes de invasão – são aquelas modalidades em que as equipes tentam ocupar o setor da quadra/campo defendido pelo adversário para marcar pontos (gol, cesta, touchdown), ao mesmo tempo em que têm que proteger a própria meta. Por exemplo, basquetebol, corfebol, floorball, frisbee, futebol, futsal, futebol americano, handebol, hóquei na grama, lacrosse, polo aquático, rúgbi etc. Nesses esportes é possível perceber, entre outras semelhanças, que as equipes jogam em quadras ou campos retangulares. Em uma das linhas de fundo (ou num dos setores ao fundo), fica a meta a ser atacada, e na outra linha de fundo a que deve ser defendida. Para atacar a meta do adversário, uma equipe precisa, necessariamente, ter a posse de bola (ou objeto usado como bola) para avançar sobre o campo do adversário (geralmente fazendo passes) e criar condições para fazer os gols, cestas ou touchdown. Só dá para chegar lá conduzindo, lançando ou batendo (com um chute, um arremesso, uma tacada) na bola, ou no objeto usado como bola, em direção à meta. Nesse tipo de esporte, ao mesmo tempo em que uma equipe tenta avançar a outra tenta impedir os avanços. E para evitar que uma chegue à meta defendida pela outra, é preciso reduzir os espaços de atuação do adversário de forma organizada e, sempre que possível, tentar recuperar a posse de bola para daí partir para o ataque. O curioso é que tudo isso pode ocorrer ao mesmo tempo. Num piscar de olhos, uma equipe que estava atacando passa a ter que se defender, basta perder a posse de bola e pronto, tudo muda (GONZALEZ, 2012, p. 26).

Além dos esportes de invasão, a BNCC (BRASIL, 2017a) apresenta outras tematizações como: Marca, Precisão, Técnico-combinatório, Rede/quadra dividida ou parede de rebote, campo e taco, combate.

Gonzalez (2012), conceituam essas divisões e organiza-as entre os tipos de esportes dentro do conjunto COM ou SEM interação entre adversários, e apresenta o gráfico do Mapa dos Esportes (imagem 19):

Imagem 19: Mapa de Esportes

Fonte: GONZALEZ (2012, p. 27).

Consultamos os dois livros didáticos de Educação Física para o ensino fundamental anos finais, um dos níveis de escolaridade que a experiência descrita ocorreu na atuação profissional, percebendo a aparição dos conhecimentos acerca do esporte com a modalidade Handebol. Em ambos aparecem sugestões de reflexões com esse conteúdo/modalidade, sendo que na obra da editora Terrasul a modalidade referida é abordada no 6º e 7º anos, e no livro da editora moderna no 8º e 9º ano, esse último sendo o mesmo nível de escolaridade que ocorreu a prática relatada.

Ressaltamos que poderia ser qualquer obra pela relevância da abordagem, mas optamos pela segunda por coincidir os níveis de escolaridades. Destacamos ainda que a experiência no ensino fundamental na mesma escola que ocorreu a atuação profissional descrita do handebol, também ocorreu com outras modalidades citadas (voleibol, basquetebol e futsal), e optamos por expor os fatos dessa intervenção sem maiores critérios de preferências, mas pelo fato da vivência com estudantes no ensino fundamental anos finais.

O PNLD 2020 previa para os livros didáticos de Educação Física o material digital, que como citado na experiência com os anos iniciais do ensino fundamental, com o atraso na chegada até às escolas, e como não estava no contrato a disponibilização do material em plataforma virtual, o FNDE buscou negociar com as editoras para disponibilização na plataforma que já “pode ser acessada em: https://plataformaintegrada.mec.gov.br/home” (BRASIL, 2020e), a qual consta muitos materiais que podem auxiliar os professores.

Para esse estudo, realizamos contato com as coordenações das editoras, e somente a editora moderna, prontamente disponibilizou o acesso a todo o material digital que seria vinculado ao livro didático. Apesar do livro didático de Educação Física ter sido proposto para atender os 4 anos finais do ensino fundamental, comparado aos livros de outros componentes curriculares que é uma obra para cada ano de escolaridade, a disponibilização do material digital, percebendo o seu conteúdo, teor propositivo, contribui para o professor refletir em possibilidades de ensino aprendizagem.

No material digital organizou as sequências didáticas em 3 por bimestres, além do plano de desenvolvimento e atividades avaliativas, como foi proposto pelo edital do PNLD e exposto na seção ‘Livro didático e livro didático de Educação Física’.

A sistematização dos conhecimentos das modalidades esportivas, organizou- se com uma abordagem dos esportes de handebol, voleibol, basquete e futsal, entre os 4 bimestres do ano letivo, considerando os aspectos históricos, técnicos e táticos, aprofundando para as especificidades conforme o nível educacional.

Para Kawashima et al. (2009),

A Educação Física escolar necessita de propostas pedagógicas mais concretas que justifiquem sua existência e permanência na grade curricular da escola, e a sistematização dos conteúdos pode contribuir para torna-la mais próxima da dinâmica da cultura escolar e assim contribuir para o seu reconhecimento entre os docentes, alunos, diretores, coordenadores, pais (KAWASHIMA et al. 2009, p. 458).

A escola propôs sua apostila conforme o interesse e perspectiva de organização dos conhecimentos para a prática pedagógica. Um material que distribuiu os conteúdos ao longo dos níveis de escolaridade. Apesar de organizar

somente o conteúdo esporte no ensino fundamental anos finais, expressa sua proposta e características para a cultura escolar que tem interesse.

Com o livro didático de Educação Física, percebemos uma sistematização dos conteúdos, e conseguimos identificar critérios de organização dos conhecimentos ao longo dos níveis de escolaridade. No âmbito do esporte, pode considerar a organização de diferentes modalidades conforme as classificações (GONZALEZ, 2012). Para abordar outras práticas corporais, valorizando a relevância dos conhecimentos de acordo com a realidade, pode-se ter como sugestão a BNCC, integrando a parte diversificada, e organizar a proposta.

Com o interesse no material didático elaborado pelo professor, é possível caminhar organizando as práticas corporais em uma proposta sistematizada, para os diferentes níveis de escolaridade, articulando com objetos educacionais, códigos de linguagens multimodais e que possibilite a interação com o estudante. Atentamos para que o material didático elaborado por um professor, sempre será a partir de sua perspectiva, por tanto outro profissional que aprecie, perceberá necessidades de alterações, e o mesmo tem o dever de adequar para atender seus interesses, necessidades dos estudantes e as demandas educacionais da cultura escolar.

Modalidades consideradas tradicionais na cultura brasileira, e que por muitas vezes são escolhidas por considerar que a maioria da população tem interesse por sua prática, ou por muitas pessoas conhecerem, não exigir muitos recursos para sua prática e em muitos espaços públicos ou residenciais, haver estruturas mínimas que possibilitam vivências dessas modalidades.

Com a diversidade cultural brasileira, os interesses da população pelas diferentes práticas corporais, facilidade de acesso às informações nos dias atuais, pode ser repensada uma abordagem envolvendo outros conhecimentos atendendo ao mesmo tempo, a possibilidade de relevância para o contento cultural de vida dos estudantes, levando-os a conhecerem outros esportes, e a partir de outras perspectivas críticas.

No material didático, houve a intenção de incentivar o estudante a identificar a bola de diferentes esportes, como um dos símbolos e relacionar às correspondentes modalidades esportivas (imagem 20). Orienta-se para que o estudante pesquise e registre a diferença entre as modalidades do handebol (referindo-se a modalidade indoor) e handebol de areia.

Imagem 20: Símbolos do esporte

Fonte: Material didático – handebol (2021).

Para a abordagem da unidade didática esporte no 8º ano, o livro didático sugere o objeto de conhecimento ‘esporte de invasão’ com a modalidade handebol na sequência didática 3, no terceiro bimestre em três encontros (DARIDO et al., 2018).

Para o material didático, após a abordagem diagnóstica, apresentamos o fantoche (imagem 21), contextualizando-o na abordagem para que o estudante se perceba em interação com o personagem e os conhecimentos. Para aumentar o elo com o fantoche, utilizamos da linguagem apelativa para chamar atenção do estudante, sobre a perspectiva de que o jogo começa bem antes, desde quando inicia a construção do personagem.

Imagem 21: O Fantoche e o Esporte Handebol

Fonte: Material didático – Handebol (2021).

As reflexões para o objeto de conhecimento esporte de invasão - handebol, aparece na continuidade da Sequência didática (SD) de modo que em cada bimestre vivencie um pouco de determinado conteúdo. A unidade didática com o esporte aparece em todos os anos de escolaridade, e no 8º ano propõe os objetos de conhecimento ‘Esporte de rede/parede; Esportes de campo e taco; e Esportes de invasão’ tendo como tema 1 – Esporte de rede/quadra dividida, tema 2 - Esportes de campo e taco, tema 3 – esportes de invasão – handebol (DARIDO et al., 2018).

A unidade didática esporte, com o objeto de conhecimento esportes de invasão – handebol, no livro didático de Educação Física da editora moderna (DARIDO, et al. 2018a), abordou os saberes nessa sequência didática iniciando com os objetivos de “compreender um conjunto de regras e ações técnico-táticas do handebol que permitam a prática desse esporte; atuar de forma autossuficiente nos diferentes papéis nas fases ofensiva e defensiva dessa prática” (DARIDO et al., 2018, p. 166).

Em seguida, ‘para começar’, apresenta o handebol na classificação dos esportes, contextualiza a modalidade na Europa e no Brasil, bem como aspectos de relevância para serem tratados com os estudantes; em ‘análise e compreensão’ aborda ‘regras e ações básicas do handebol’; na ‘Experimentação e Fruição’ sugere

possibilidades para refletir sobre o esporte com ‘Jogo de handebol sem drible e com

superioridade numérica ofensiva’, ‘Jogo de handebol com “comissão técnica”’; em

‘construção de valores’ busca refletir a partir da ‘escolha de times’; e conclui com uma proposta de ‘avaliação e registro’ a partir de uma situação-problema (DARIDO et al., 2018).

No material didático, pensando sobre essa diversidade cultural e de interesses, na intenção de inserir o estudante em uma abordagem sobre os conhecimentos dos esportes – handebol, propomos a vivência de brincadeiras como a bandeirinha e queimada, incentivando à criação de equipes, perceber os espaços da quadra característica do esporte handebol, ter contato com as bolas da modalidade, e refletir sobre como pode relacionar as brincadeiras com o esporte (imagem 22).

Imagem 22: Formação da equipe e brincadeiras.

Fonte: Material didático – handebol (2021).

Pensamos nos jogos por serem elementos do nosso contexto cultural, e o livro didático sugere a vivência da bandeirinha. Sugere ainda que incentive os estudantes

a refletirem sobre a relação do esporte e os jogos, percebendo as aproximações e perceber as características do esporte implícitas (DARIDO, et al. 2018).

No material didático, além da bandeirinha propõe-se a queimada, articulando com a apreciação de um podcast da atleta Elaine Gomes da seleção brasileira, que pode ser acessado com um QR Code, que relata vivências com o handebol, e a mesma vivenciou um equívoco fato que resultou em doping, e comprometeu sua participação em uma copa do mundo, que pode ser discutido com os estudantes.

Pensando na proposta de ressignificar o esporte e levar o estudante a refletir sobre possibilidades de uma prática esportiva, seguimos o pensamento de que deve:

Atender a três critérios básicos: originalidade; inclusão (de forma a garantir a participação de todos os envolvidos, sem discriminação de gênero, raça, habilidade motora, entre outras); e ludicidade, devendo o jogo ser divertido e envolvente (OLIVEIRA, 2007, p. 35).

Anterior a existência do livro didático, na experiência durante a atuação profissional, vivenciamos o esporte percebendo os fundamentos de passe, recepção, arremesso, progressão, drible e finta da modalidade do handebol, no âmbito conceitual seguindo a sugestão do material da apostila da rede da escola.

Em nossa atuação, para facilitar a aprendizagem recorremos a estratégia do mapa conceitual levando os estudantes a perceberem, pesquisarem e refletirem sobre os conhecimentos, ampliamos o mapa, e vivenciamos na quadra o esporte percebendo com maior ênfase às dimensões atitudinais e procedimentais. Como a estratégia foi relevante para o diálogo com os estudantes, propusemos igualmente no material didático, e conforme os estudantes corresponderem, o professor pode ampliar a reflexão.

O livro didático sugere que sejam consideradas na prática pedagógica, regras que caracterizam a modalidade e que contribuam para a convivência respeitando condutas de cooperação e respeito, e que sejam discutidas estratégias para construção desses dois valores (DARIDO et al. 2018).

Quando Souza Júnior (2007, p. 46), sintetiza o pensamento “que é preciso ir além do costumeiro jogar”, na reflexão sobre a vivência com o esporte futebol, entende que na Educação Física:

Não basta ensinar aos alunos a técnica dos movimentos, as habilidades básicas, ou mesmo o uso das capacidades físicas. É preciso ir além e ensinar o contexto em que se apresentam as habilidades ensinadas, integrando o aluno à esfera da cultura corporal (SOUZA JUNIOR, 2007, p. 46).

Seguindo o que vivenciamos na experiência, e o que propõe o livro didático

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