EXERCÍCIOS DE REVISÃO
2- cite e explique 3 princípios da ação penal privada e 3 princípios da ação penal pública
Princípios da Ação Penal
1 – Ação Pública
a) Obrigatoriedade (Legalidade): O Mp tem obrigação de lançar a denúncia para os crimes de sua iniciativa, não podendo escolher se vai ou não denunciar. b) Indisponibilidade: O MP não pode desistir da ação penal
c) Divisibilidade: o julgamento pode ser desmembrado
2 – Ação Privada
a) Oportunidade: tem liberdade de optar pela ação
b) Disponibilidade: pode dispor desistir da ação penal. Renunciar, abandonar, perdoar
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3 - Explique a eficácia objetiva e subjetiva da representação na ação pena pública condicionada:
quando se fala em eficácia objetiva diz respeito aos dados do crime e subjetiva aos dados do agente, tem relação com a informalidade, pode ser entendida sob 2 ângulos: 1 - concurso de agentes – não se exige representação individualizada nem a
qualificação de todos os agentes, como reina na representação a informalidade, não há
necessidade de uma representação contra cada um dos agentes, como também não se exige a qualificação de todos, ou seja, se temos 10 envolvidos e a vítima só sabe o nome de 2, então representa contra os 2 e faz-se identificar os demais, esta é a eficácia de ordem subjetiva.
2 - vínculo ao MP - já a eficácia objetiva que se refere a dados do crime, se refere à liberdade, independência funcional do MP de acrescentar ou aumentar, para retirar circunstâncias e, até para pedir o arquivamento do IP. O Promotor não está preso à
narrativa da representação.
4 - Considerando a vítima menor de 18 anos, só quem pode exercer o direito de representação é seu representante legal. E SE O REPRESENTANTE LEGAL NÃO REPRESENTAR? Quais as alternativa que a vítima menor de 18 anos tem?
a vítima menor não tem legitimidade ainda, para exercer esse direito, ou seja, se o representante legal da vítima, so restará a esta aguardar completar 18 anos ou pde junto a Vara da Infância a nomeação de um curador especial.
Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente para o processo penal.
5 - Qual prazo para o curador especial oferecer a representação? É contado a partir de quando?
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6 - Em que momento é transferido o direito de representação, na ação penal pública condicioana, ao cônjuge, ascend., descend. e irmão?
Esse direito é transferido a partir do conhecimento da autoria. Basta que um deles saiba quem é o autor para que esse direito seja transferido de forma global para todos. NÃO HÁ PRAZOS INDIVIDUALIZADOS, O PRAZO É UM SÓ PARA TODOS, BASTA QUE UM DELES TOME CONHECIMENTO DA AUTORIA.
7 - A ameaça se deu em 28/02/2010 na presença de todos os parentes do ofendido, este falece em 25/8/2009, até quando os parentes (art. 100 §4º do CPP) poderão exercer o direito de representação do ofendido? Explique.
Se antes de morrer o ofendido já sabia quem era o autor, os parentes também sabia, a estes caberá o prazo residual.
Os parentes têm até 27/08/2009 para fazer a representação da ameaça sofrida pelo ofendido.
Segundo posicionamento: o prazo é contado da morte ou da declaração de ausência da vítima, mesmo quando o sucessor já conhecia a autoria do fato antes deste momento.
8 - E se os parentes não conheciam da autoria e o ofendido também não conhecia da autoria, este recebeu um cartão anônimo de ameaça, e faleceu antes dos parentes tomar conhecimento de quem era o autor?
Quando os parentes passarem a conhecer a autoria, esse prazo começa a contar do zero, é global p/ todos os legitimados e será integral valendo para todos os parentes o prazo comum de 6 meses, para exercer o direito de representação.
9 - Cite duas hipóteses em que a ação penal pública é condicionada a requisição do ministro da justiça.
Crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do território nacional (art. 7º, §3º, “b” CP)
Crimes contra a honra praticados contra o Presidente da República e contra chefe de governo estrangeiro (art. 141, I c/c o art. 145, parágrafo único CP)
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10 - No caso de morte do agente, extingue-se a punibilidade explique os posicionamentos doutrinários e jurisprudenciais a respeito do fato de ter sido juntado aos autos uma certidão de óbito falsa e após a extinção da punibilidade e arquivamento dos autos o réu aparece vivo
DOUTRINA – o réu pode ser processado somente pelo falso, pois o ordenamento jurídico brasileiro não contempla a revisão criminal pro societate
STF e STJ - se o fato que deu margem ao motivo determinante que redundou em uma ação penal (morte) é um fato juridicamente inexistente, ou seja, não ocorreu, então a extinção de punibilidade também, seria um ato juridicamente inexistente, daí o sujeito aparecendo vivo, o juiz poderia revogar a decisão judicial, pois a declaração com falso fundamento não faria coisa julgada, tratando-se de decisão judicial inexistente.
11 - Explique a anistia, graça e indulto caracterizando sua natureza jurídica:
Natureza jurídica de causas de extinção da punibilidade, são modalidades de indulgências soberanas emanados por outra função do Estado que não o Judiciário, que dispensam, em determinadas hipóteses, a total ou parcial incidência da lei penal
O ESTADO RENUNCIA O DIREITO DE PUNIR.
ANISTIA - O Estado renuncia o seu jus puniendi, perdoando a prática de infrações penais.
É concedida por lei ordinária editada pelo Congresso Nacional (art. 21, XVII e 48, VIII) Competência para concessão da anistia é da União
Destina-se em regra a crimes políticos, abrangendo excepcionalmente crimes comuns A anistia se refere AO FATO e não à pessoa
Pode ser concedida antes (própria) ou depois (imprópria) da sentença penal condenatória
Tem efeito ex tunc (RETROAGE) para o passado Apaga todos os efeitos penais (inclusive a reincidência) Permanece íntegros os efeitos civis da sentença condenatória
Não é cabível crimes hediondos (Lei 8072/90), tortura (9455/97), tráfico de drogas (11343/06), terrorismo.
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GRAÇA - Tem por objeto crimes comuns, com sentença condenatória transitada em julgado
Destinada a pessoa determinada
Nomenclatura: pode também ser chamada de indulto individual De regra depende de provocação da parte interessada (Art. 188 LEP)
É ato privativo do Presidente da República (art. 84, XII CF), passível de delegação aos Ministros de Estado, ao PGR ou ao AGU (art. 84, parágrafo único CF)
Alcança apenas o cumprimento da pena, restando íntegros os efeitos penais secundários. INDULTO - É O MESMO QUE A GRAÇA, sendo esta indulto individual e o INDULTO destinado à uma coletividade
(cespe OAC 2006) com relação à ação penal é correto afirmar que:
A) a CF deferiu ao Ministério Público o monopólio da ação penal pública.
B) o inquérito policial é obrigatório e indispensável para o exercício da ação penal C) o princípio da indivisibilidade aplica-se à ação penal pública, já que o oferecimento da denuncia contra um dos acusados impossibilita posterior acusação de outro envolvido.
D) o prazo para representação na ação penal pública condicionada é de 6 meses a contar da data do fato.
Resposta: A
Julgue os itens abaixo: