A primeira exportação brasileira de cortes especiais de frango foi em 1983. E isso marcou a mudança de hábito no consumo de carne de frango no Brasil. Até então, as indústrias ofertavam o frango inteiro, e o mercado o aceitava desta forma. As indústrias avícolas começaram a produzir para a exportação e, com a estrutura montada para atingir suas metas, começaram a direcionar os cortes também para o mercado nacional.
O aproveitamento da situação abriu um novo nicho de mercado no Brasil. A partir de então, criou-se uma nova necessidade, e a população brasileira começou a mudar o seu hábito de consumo, migrando, com certa importância, do frango inteiro para os cortes especiais. (SEBRAE, 2016).
As exportações brasileiras de proteína de frango vêm mantendo ao longo dos últimos anos um nível de crescimento gradual, graças ao aumento de demanda exterior, a qualidade e ao preço de nossa produção. No período analisado, por exemplo, temos crescimento constante, com ligeiras e pontuais estagnações, mas desde 2007 já registramos alta na exportação.
Naquele ano as exportações totalizaram embarques de 3,3 milhões de toneladas, com aumento de 21% em relação a 2006. A avicultura brasileira de exportação chegou a esse resultado apesar de enfrentar, em 2007, um amplo quadro de dificuldades que acabaram atrapalhando bastante o rendimento da produção. Houve forte valorização do real frente ao dólar e alta expressiva em insumos, o que reduziu sensivelmente a rentabilidade das exportações. Havia um novo patamar de preços no mercado para insumos como milho e soja, e isso se refletiu no aumento dos preços do frango.
2,7 3,3 3,6 3,6 3,8 3,9 3,9 3,9 4,1 4,3 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Exportações Brasileiras de Carne de Frango
Exportações (em milhões de ton.)
Por outro lado, o setor exportador foi beneficiado por uma conjuntura internacional que incluiu, entre outros fatores, o crescimento da demanda mundial, especialmente no Oriente Médio e na Ásia oriental, onde diversos países que não importavam carne de frango produzida no Brasil passaram a importar e alguns que já importavam aumentaram a quantidade; dentre estes os melhores exemplos são a Arábia Saudita e a China. (ABPA, 2008).
O gráfico 10 traz a série histórica (2006/2015) das exportações brasileiras de carne de frango; nela verifica-se uma queda percentual em 2009 quando comparado com o ano anterior, queda essa de -0,30%, devido a circunstâncias de mercado, o total exportado neste ano foi de 3.634.500 milhões de toneladas, somente 11 mil toneladas a menos que no ano anterior. Porem no ano de 2010 as exportações voltaram a crescer, atingindo a marca de 3,8 milhões de toneladas de carne de frango exportadas.
Gráfico 10 - Exportações Brasileiras de Carne de Frango (2006-2015)
Fonte: Elaboração própria com dados de Relatório Anual 2016 - ABPA
No ano de 2015 o Brasil encaminhou para o exterior 4,30 milhões de toneladas, recorde histórico para o setor, segundo dados da ABPA. O resultado é 5% superior em relação a 2014, quando foram exportadas 4,08 milhões de toneladas. Com este saldo, o Brasil não apenas manteve a liderança mundial, como
também expandiu a sua participação no mercado internacional. O País é responsável por 37% das exportações mundiais de carne de frango. A desvalorização do real também favoreceu os embarques neste período, assim como a ampliação de novos mercados como a China e o México, que abriram as portas para o frango brasileiro em 2015. (ABPA, 2015).
Este número elevado de exportações decorre da capacidade produtiva do Brasil, que gera produtos de qualidade e em quantidade regular, de acordo com os requisitos exigidos pelos importadores, sempre inspecionados e com rígido padrão de sanidade. Não se admite erros quando se trata de comercio internacional, tudo precisa estar necessariamente dentro dos padrões exigidos pelo comprador, caso contrario não haverá venda.
5.1 RECEITAS DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE CARNE DE FRANGO (MIL/U$), SÉRIE HISTÓRICA.
No que diz respeito às receitas relativas à carne de frango exportada nota-se que ela mantém uma certa regularidade em relação as exportações totais, e mantem também a importância para o crescimento geral das exportações brasileiras.
Tabela 5 - Receitas das Exportações Brasileiras de Carne de Frango, PIB Exportações e Percentual do PIB.
Ano Exportações de Frango (em bilhões de U$)
PIB Exportações (em bilhões de U$)
Participação Percentual 2006 3,21 137,8 2,33% 2007 4,97 160,6 3,10% 2008 6,94 198,0 3,51% 2009 5,81 152,3 3,82% 2010 6,80 201,9 3,37% 2011 8,25 256,0 3,22% 2012 7,70 242,5 3,18% 2013 7,96 242,2 3,29% 2014 8,08 225,1 3,59% 2015 7,16 191,1 3,75%
A tabela 5 apresenta os dados das exportações de frango desde 2006 até 2015, em bilhões de dólares, ao lado consta o valor total das exportações brasileiras, também em U$, segundo dados do Banco Central do Brasil, assim como o percentual da receita das exportações de frango em relação ao total das receitas adquiridas através das exportações de nossos produtos e serviços.
Podemos notar que o ultimo triênio analisado mostra um constante crescimento, haja vista que em 2013 a participação total das exportações da proteína foi de 3,29%, passando para 3,59% no ano seguinte e fechando o ano de 2015 com um nível ainda maior; 3,75%, o que corrobora o crescimento da importância do setor na economia brasileira, sobretudo em relação ao setor agropecuário.
5.2 PRINCIPAIS ESTADOS EXPORTADORES DE CARNE DE FRANGO, COMPARAÇÃO ENTRE OS ANOS DE 2006 E 2015.
Entre os principais estados exportadores da carne de frango existem três que tem predominância no setor; eles são os estados que compõem a Região Sul do Brasil, ou seja, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, juntos estes estados são responsáveis por mais da metade de toda carne de frango exportada de nosso pais.
No ano de 2006 quem detinha o posto de principal estado exportador (conforme dados da Associação Brasileira de Proteína Animal, apresentados na tabela 6) era Santa Catarina, responsável por quase 28% da exportação total da proteína, porem o estado do Paraná vinha logo atrás exportando um total de 27,69% da produção, para completar os estados sulistas falta mencionar o Rio Grande do Sul, próximo da lista, com exportações que totalizavam 22,47% do total.
Tabela 6 - Estados Exportadores de Carne de Frango, comparação 2006 e 2015 Principais Estados Exportadores (2006 e 2015)
Ranking Ano 2006 Percentual de Exportações Ranking Ano 2015 Percentual de Exportações 1º Santa Catarina 27,94% 1º Paraná 35,70% 2º Paraná 27,69% 2º Santa Catarina 23,30% 3º Rio Grande do Sul 22,47% 3º Rio Grande do Sul 17,66%
4º São Paulo 7,13% 4º São Paulo 6,20%
5º Minas Gerais 3,82% 5º Goiás 4,80%
6º Goiás 3,60% 6º Minas Gerais 4,67%
7º Mato Grosso do Sul 3,49% 7º Mato Grosso do Sul 4,02% 8º Mato Grosso 2,21% 8º Mato Grosso 2,35% 9º Distrito Federal 1,53% 9º Distrito Federal 1,69%
Fonte: Elaboração própria com dados da ABPA
Uma década depois podemos verificar que o estado que detém o maior numero de exportações de frangos no país é agora o Paraná, que não só é quem mais manda para o exterior o frango produzido aqui, como também abriu larga vantagem em relação ao segundo colocado, agora o estado de Santa Catarina, senão vejamos, o Paraná exporta o equivalente a mais de 35% do total enquanto os catarinenses exportam pouco mais de 23%, uma diferença que já alcança os 12%.
5.3 PRINCIPAIS PAÍSES IMPORTADORES DA CARNE DE FRANGO BRASILEIRA (2015)
Toda da carne de frango que sai do Brasil é destinada geralmente para 10 principais países, estes confiam e conhecem a qualidade e a sanidade de tudo aquilo que é produzido aqui, por esse motivo as importações vem aumentando gradativamente. A tabela 5 revela os 10 principais importadores da carne de frango no ano de 2015, bem como a receita que cada importação gerou e o percentual deste país em relação ao todo exportado.
Tabela 7 – 10 Principais Países Importadores da Carne de Frango Brasileira. Principais Importadores da Carne de Frango Brasileira – 2015
Posição País Volume (milhões de U$) % do Total
1º Arábia Saudita 789,3 18,68 2º Japão 420,6 9,95 3º China 307 7,27 4º Emirados Árabes 303,7 7,19 5º Hong Kong 236,3 5,59 6º África do Sul 209,5 4,96 7º Holanda 192,6 4,56 8º Venezuela 132,1 3,13 9º Kuwait 121,6 2,88 10º Cuba 99,7 2,36
Fonte: Elaboração própria com dados de AVISITE
O ranking final dos 10 principais importadores de carne de frango do Brasil em 2015 não é muito diferente daquele observado em outros meses do ano, exceto pelo surgimento, na décima posição e já no final do exercício, de Cuba. De forma geral, os 10 principais importadores absorveram dois terços do volume total exportado, índice que sobe para 92% quando se somam a eles os vinte importadores subsequentes. Ou seja: 115 países, 79% do total, receberam menos de 8% das exportações efetivadas em 2015. (AVISITE, 2016).
6. PRODUÇÃO DE CARNE DE FRANGO NO MUNDO
Desde 2006 que os quatro maiores produtores de carne de frango do mundo são os mesmos, por isso o gráfico 10 traz a evolução da produção destes quatro países ao longo de uma década. Observa-se que os EUA mantiveram a liderança ao longo da serie estudada; eles possuem uma avicultura bem estruturada com grau de mecanização elevado, e sua demanda interna também é grande e manteve níveis crescentes neste período.
A segunda posição foi durante muitos anos ocupada pela República Popular da China, porem em 2015 esse quadro mudou e o Brasil assumiu esta posição no quadro produtivo mundial.A produção brasileira chegou a marca de 13,146 milhões de toneladas em 2015, alcançando um volume 3,58% superior ao registrado em 2014. Este foi o bom desempenho do setor de carne de frango nacional, conforme dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Apesar da crise econômica que ainda atinge o bolso do consumidor no País, este segmento da avicultura conseguiu manter seu crescimento e melhor: ultrapassou os chineses no quesito produção, ficando atrás somente dos norte- americanos. A nação asiática produziu 13,025 milhões de toneladas, no mesmo período, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. (SNA, 2016.)
Sem dúvida foi um grande avanço para a produção brasileira, se olharmos para o inicio da série, em 2006, veremos que a produção brasileira de carne de frango correspondia a pouco mais da metade da produção norte-americana. Na época o volume produzido pelo Brasil totalizou 9,355 milhões de toneladas, enquanto o dos Estados Unidos já passava de 16 milhões de toneladas.
Além desta aproximação dos EUA, o pais conseguiu superar a China, como já mencionado.. Há 10 anos a avicultura chinesa, naquele momento a segunda maior de todo o mundo, produzia pouco mais de 10,5 milhões de toneladas de carne de
frango, e o Brasil pouco mais de 9 milhões de toneladas a mais que o Brasil. A partir de 2007 a aproximação brasileira tomou corpo, tirante os anos de 2011 e 2012, quando a produção chinesa bateu recordes; o Brasil consolidou-se e em 2015 finalmente conseguiu o posto de 2º maior produtor mundial. (COASUL, 2016).
Gráfico 11 – Evolução dos Principais Produtores Mundiais de Carne de Frango, de 2006 até 2015.
Fonte: Elaboração Própria com dados da ABPA
Quem ocupa a quarta posição como maior produtor de frangos do mundo não é um país, mas sim um bloco econômico, a União Europeia. Chama atenção o fato de que 82% da produção de carne da União Europeia se concentram em apenas 10 dos 28 membros do bloco. O Reino Unido, composto por Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte, detém a maior parcela, da produção. O grupo de países denominado Benelux, composto por Bélgica, Holanda e Luxemburgo, juntos respondem por outra grande parcela da produção europeia de aves. Na sequência vem uma série de seis países: Polônia, Espanha, França, Alemanha, Itália e Romênia. (AVISITE, 2016).
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6.1 PRINCIPIAIS EXPORTADORES DE CARNE DE FRANGO NO MUNDO
Entre os países exportadores de carne de frango quem mais se destaca é o Brasil, a produção brasileira possui números expressivos. O país está entre os três maiores produtores da ave no mundo, ao lado dos Estados Unidos e da China, de acordo com a UBABEF (União Brasileira de Avicultura). Desde o ano de 2004 que o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking.
O gráfico 11 aborda os quatro maiores exportadores mundiais de carne de frango (Brasil, EUA, União Europeia e China), em uma serie histórica da ultima década, de 2006 até 2015, contendo a quantidade exportada (em milhões de toneladas) de cada um deles.
Gráfico 12 – Principais Países Exportadores de Carne de Frango no Mundo, em milhões de toneladas; de 2006 até 2015.
Fonte: Elaboração própria com dados da ABPA
Como já mencionado, o Brasil é o líder em exportações da proteína de frango, esta liderança estabelece-se de forma bem clara quando analisamos o gráfico 10, onde é possível notar que o único país que consegue aproximar-se do
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Brasil em termos de quantidade exportada é o EUA, não à toa nosso país é responsável por quase 40% da carne de frango exportada no mundo.
No ano de 2006, primeiro avaliado na serie, o Brasil exportou cerca de 2,7 milhões de toneladas de frango, numero expressivo, pouco porem se comparado ao numero atingido em dez anos, pois em 2015 foram exportadas 4,3 milhões de toneladas de frango, um crescimento impressionante de 58,6% no período. Se compararmos com seu principal concorrente, os EUA, que em 2006 exportaram 2,4 milhões de toneladas de proteína de frango e em 2015 exportaram 2,9 milhões de toneladas, o crescimento obtido pelo país norte americano no período foi de 21,8%, ou seja, menos da metade do crescimento brasileiro.
6.2 PRINCIPAIS IMPORTADORES DE CARNE DE FRANGO NO MUNDO
Os países que mais importaram carne de frango no período de 2006 até 2015 foram os seguintes: Japão, Arábia Saudita, o bloco dos países da União Europeia e a Rússia. É interessante notarmos que os três primeiros importadores mundiais são também os três que mais importam a carne de frango brasileira.
Por exemplo, o Japão, é um país potencial para a exportação de alimentos e um dos maiores importadores da carne de frango brasileira. Principalmente após 2003, com o surgimento da gripe aviaria, que atingiu sobretudo os países asiáticos, isto acabou por reduzir o comercio japonês com estes países, valorizando assim os mercados alternativos, em especial o Brasil. Com essa nova realidade o comercio brasileiro tomou a liderança no setor de exportações (RURAL, 2016).
O frango brasileiro importado do Brasil é apreciado no mercado japonês em virtude de seu preço, compatível com o ambiente interno, como também pela qualidade da carne e por encontrar-se em uma região não afetada por doenças comuns em outros países exportadores, como citado anteriormente (FRAGA, 2012).
O gráfico 13 mostra o quanto estes países cresceram ou diminuíram suas importações no período estudado, a unidade utilizada foi milhares de toneladas.
Gráfico 13 – Principais Países Importadores de Carne de Frango no Mundo, em milhares de toneladas; de 2006 até 2015.
Fonte: Elaboração própria com dados da ABPA
Um fato que chama atenção é a redução repentina das importações por parte da Rússia, que em 2006 importou cerca de 1 milhão e 240 mil toneladas de carne de frango e em 2015 somente 320 mil toneladas, o que ocorreu nesse caso foi que o governo russo passou a diminuir as importações visando aumentar a produção local, através de incentivos e colocando barreiras a importação realizada de outros países. Esta sanção durou até meados de 2014, quando o Brasil passou a ser exportador de carne para a Rússia novamente, porem os níveis e importação seguem sendo bem menores do que anteriormente.
Outro dado importante é que o Japão, desde 2010, é o maior importador de carne de frango do mundo, seguido de perto pela China, que tem uma demanda crescente, em virtude da quantidade de população existente no país. O Japão importa cortes nobres de maior valor agregado, já a China importa alguns cortes nobres e outros de menor valor como patas e pés (AVISITE, 2014).
A indústria avícola busca atender as exportações conforme os hábitos alimentares de cada cultura, por exemplo, os países do Oriente Médio importam frangos inteiros desossados, conhecidos como shawarma e coxa e sobrecoxa
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Principais Importadores de Carne de Frango - 2006/2015
desossada e sem pele. Já o Japão, importa a coxa e sobrecoxa desossada e cortada em cubos, chamada kakugiri e também o meio da asa com corte transversal. Hong Kong importa a ponta da asa, além de outros cortes (MENDONÇA, 2009).
7. PERSPECTIVAS PARA A AVICULTURA BRASILEIRA
Segundo as projeções relativas ao mercado de carnes no Brasil nos mostram tudo leva a crer que este setor deva apresentar crescimento intenso durante os próximos anos e a expectativa é que a produção de carnes no país continue seu rápido avanço na próxima década. A tabela 8 apresenta os dados referentes a estimativa de produção de carnes de frango, bovina e suína no período de 2015 até 2025, esta tabela é baseada em dados divulgados através de uma pesquisa realizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em julho de 2015
Através da avaliação destes dados é possível auferir que a produção brasileira de carne de frango deve ter um crescimento anual de 3% na próxima década, de 2015 até 2025, impulsionada pelo aumento da demanda e as melhores condições de produção e distribuição do produto.
Em 2025 a previsão inicial é de que o Brasil esteja produzindo mais de 17 milhões de toneladas de carne de frango, uma diferença de mais de 6 milhões de toneladas em relação a segunda colocada no ranking de produção brasileira, a carne bovina.
Este aumento de produção é esperado também porque o Brasil possui características geográficas que beneficiam o crescimento do agronegócio, como terras cultiváveis, água e um clima favorável. Por ser um país produtor de grãos os custos são interessantes e estimulam os produtores. Nosso status sanitário, de um país livre de Influenza Aviária, abre portas para os mercados mais exigentes, como por exemplo, o mercado chinês.
Segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), a estimativa populacional para 2025 é de pouco mais de 8 bilhões de pessoas, ou seja, em relação a população atual, o planeta terá 1 bilhão a mais de pessoas para alimentarem-se, dentro deste contexto é perfeitamente cabível a ideia de que o
Brasil deverá ser um dos principais produtores de alimento do mundo, principalmente frango, pois as aves estarão onde o grão estiver. No entanto, é necessário que o Brasil melhore sua infraestrutura para poder alcançar e atingir a essa demanda que será cada vez maior com o crescimento de mercados como China e Índia.
Tabela 8 – Previsão da Produção Brasileira de Carnes (Frango, Bovino e Suíno) no período 2015/2025.
Produção de Carnes (milhões de toneladas)
Ano Frango Bovino Suíno
2016 13.730 9.695 3.675 2017 14.010 9.840 3.823 2018 14.626 9.690 3.980 2019 14.918 10.237 4.049 2020 15.541 10.521 4.140 2021 15.838 10.566 4.227 2022 16.465 10.796 4.358 2023 16.763 11.185 4.478 2024 17.390 11.199 4.600 2025 17.689 11.355 4.700
Fonte: Elaboração própria com dados do Ministério da Agricultura
O consumo de carne de frango projetado para 2025 é de 11,9 milhões de toneladas; se compararmos com a população total projetada pelo IBGE no mesmo período, que é de 218,3 milhões de brasileiros, chegamos ao numero de 54,7 kg/hab/ano no fim das projeções; o consumo em 2015 estimado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é de 43,25 kg/hab/ano. (AGRICULTURA, 2017).
O crescimento anual projetado para o consumo da carne de frango é de 2,8% no período 2015 a 2025. Isso significa um aumento de 32,1% no consumo nos próximos 10 anos. Ou seja, o crescimento projetado, seja ele avaliado anualmente ou no final do período, pode ser considerado positivo, haja vista o aumento expressivo de consumo que ambas as avaliações demonstram. A tabela 9 mostra a
previsão de consumo (em milhões de toneladas) dos três principais tipos de carne no Brasil na próxima década.
Tabela 9 – Previsão do Consumo Brasileiro de Carnes (Frango, Bovino e Suíno) no período 2015/2025.
Consumo de Carnes (milhões de toneladas)
Ano Frango Bovino Suíno
2016 9.328 7.628 3.103 2017 9.618 7.777 3.199 2018 9.908 7.584 3.318 2019 10.199 7.957 3.387 2020 10.489 8.234 3.467 2021 10.779 8.105 3.538 2022 11.069 8.145 3.630 2023 11.359 8.492 3.717 2024 11.649 8.516 3.809 2025 11.939 8.471 3.891
Fonte: Elaboração própria com dados do Ministério da Agricultura
Em relação ao crescimento do consumo da carne de frango, a carne bovina possui níveis menos relevantes, tendo em vista que o crescimento previsto para a mesma é de pouco mais de 17%. Apesar de nosso país ser o maior exportador de carne bovina do mundo, o mercado nacional tem mostrado um cenário diferente, até porque ocorreu uma queda em relação ao consumo interno comparado aos últimos 14 anos, principalmente por causa dos preços praticados pelo setor, tanto no varejo quanto no atacado (ZEN, 2008).
Já a carne suína tem crescimento previsto bem significativo, chegando pouco além de 30%, muito próximo aos 32% projetados para a carne de frango. Apesar de ser a carne mais consumida no mundo, no Brasil ela fica em terceiro lugar na preferencia do consumidor. Seu consumo per capita em nosso país é quase metade do que é consumido nos Estados Unidos, por exemplo. Claro que isso não é somente uma questão de preço, mas muito também em virtude da cultura e das diferenças sociais no Brasil (WORLD, 2014).
Tabela 10 – Previsão da Exportação Brasileira de Carnes (Frango, Bovino e Suíno) no período 2015/2025.