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Fórmula da Ecoeficiência

No documento Responsabilidade Social e Ambiental (páginas 74-78)

Ecoeficiência = Valor do produto ou serviço Impacto ambiental

Fonte: Almeida (2002)

O resultado dessa fórmula nos permite avaliar o valor de um produto ou ser- viço baseado em indicadores monetários e seu impacto ambiental, estabe- lecido pela quantidade de matéria-prima utilizada, a quantidade de energia despendida e a poluição ocasionada.

E quais são estes indicadores? Existem vários deles que podem ser utilizados pelas organizações. Vai depender muito do porte da empresa, da facilidade com que o indicador pode ser utilizado, da interatividade existente com ou- tros indicadores, da coerência com a realidade da organização, da adaptabi- lidade a mudanças e facilidade de compreensão, por parte da organização e dos demais públicos que utilizarão este Balanço Social como fonte de toma- da de decisões de investimentos.

Esses indicadores devem ser claros e compreensíveis, com o total de itens que devem ser avaliados, durante qual periodicidade, em comparação a quais parâmetros os indicadores serão avaliados, e como deve ser divulgada essa avaliação.

Existem vários indicadores que são utilizados por inúmeras organizações bra- sileiras, porém basta usar aqueles que melhor se adequam a realidade do negócio da organização. Os indicadores mais utilizados e conhecidos são:

GRI – Global Reporting Initiative;

• IBASE – Instituto Brasileiro de Análise Social e Econômica;

• Instituto Ethos; e

• CEBDS – Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sus- tentável.

Quase todos os critérios utilizados têm como base uma série de estudos rea- lizados pelo economista Ignacy Sachs – Importante pesquisador que desen- volve pesquisa sobre ecodesenvolvimento em diversas realidades – a partir de 1976, nos quais indicava critérios a serem seguidos por organizações: Critérios Sociais, Culturais, Ecológicos, Ambientais, Territoriais, Econômicos, Políticos (Nacionais e Internacionais).

Devido a esses critérios possuírem uma interatividade e pontos em comum, que facilitavam sua elaboração e compreensão, acabaram contribuindo para a elaboração de inúmeras políticas utilizadas por governos e organizações ao redor do mundo.

Alguns indicadores que vieram depois dos propostos por Sachs sofreram adaptações, alterações, substituições e melhorias, que colaboraram para que o indicador fosse melhor compreendido.

Vejamos alguns exemplos de Indicadores que podem ser utilizados pelas organizações:

13.2 GRI – Global Reporting Initiative

Indica uma padronização nos padrões e dire- trizes a serem utilizados pelas organizações para demonstrar seu desempenho em parâme- tros ambientais, econômicos e sociais. Foi con- cebido por diversos organismos, dentre eles o CERES – Coalition for Environmentally Responsible Economies, que é um programa das Nações Unidas. É indicado para avaliar diferentes re-

alidades organizacionais, já que a pa- dronização é periodicamente revista e atualizada, facilitando tanto sua ela- boração quanto sua verificação. As dimensões do GRI, indicadas por Almeida (2002), estão relacionadas com os seguintes itens:

Sustentabilidade Econômica – Com informações financeiras da orga-

nização.

Sustentabilidade Ambiental – Com informações ambientais e impac-

tos gerados.

Sustentabilidade Social – Com informações sociais da organização.

Figura 13.1: Logomarca GRI Fonte: www.avivcomunicacao.com.br

Figura 13.2: Sustentabilidade econômica Fonte: http://vivapernambuco.com.br

e-Tec Brasil Aula 13 – Índices de sustentabilidade utilizados na elaboração de

O GRI indica ainda que o Relatório de Sustentabilidade deve apontar os se- guintes dados:

Categorias – as macro áreas com um conjunto de dados temáticos divi-

didos em itens econômicos, ambientais e sociais.

Aspectos – fornece informações categorizadas por diferentes aspectos

importantes no relatório.

Indicadores – dados quantitativos que servem para acompanhar o de-

sempenho na elaboração de determinado produto ou serviço.

Quando da elaboração de Relatórios, essas dimensões e os dados utilizados contribuem para que os diferentes stakeholders possam verificar e analisar detalhadamente a forma de atuação da organização e decidir por investir nela ou não.

Esta “prestação de contas” à sociedade auxilia na melhoria da imagem da organização e possibilita ao público despertar o interesse de investir em or- ganizações que realmente consigam comprovar sua atuação responsável.

Resumo

Apresentamos os indicadores utilizados pelo GRI – Global Reporting Initiati- ve, que podem ser utilizados por diferentes organizações e que contribuem para a melhoria contínua na forma como os negócios são administrados e compreendidos pelos diferentes públicos de interesse da organização – prin- cipalmente os investidores.

Atividades de aprendizagem

• Faça uma pesquisa sobre Relatórios de Sustentabilidade ou Balanços So- ciais na internet e indique quais empresas da área da logística procuram utilizar-se desses recursos para promover suas ações sociais.

e-Tec Brasil

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Aula 14 – Indicadores do IBASE, ETHOS e

CEBDS

Nesta aula apresentaremos os indicadores utilizados pelo IBASE – Instituto Brasileiro de Análise Social e Econômica, do Instituto Ethos de Empresas de Responsabilidade social e do CEBDS – Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável.

Existem muitos indicadores que podem ser utilizados pelas organizações. Aqui apresentamos os mais comuns, aqueles que podem ser encontrados disponíveis para uso de organizações localizadas em território brasileiro. Quando utilizados, esses indicadores podem servir como base de compara- ções entre organizações existentes, de diversos portes, segmentos e áreas de atuação. Eles facilitam nossa avaliação quanto à capacidade da organi- zação em gerir e apresentar seus resultados econômicos, sociais e ambien- tais e, ainda, as ações de Responsabilidade social que são desenvolvidas pela organização.

14.1 Indicadores do IBASE: Instituto Brasileiro

de Análise Social e Econômica

É um dos relatórios mais completos. Foi desenvol- vido pelo sociólogo brasileiro Herbert de Souza, o Betinho, e traduz a realidade brasileira. Esse rela- tório foi desenvolvido em parceria com inúmeras outras organizações públicas e privadas e indica o uso, por exemplo, de gastos trabalhistas e sociais, gastos com segurança do trabalhador, inclusão de

minorias como colaboradores, dedicação em trabalho voluntário desenvol- vido por estes e estabelecimento de padrões a serem seguidos por forne- cedores, entre outros itens.

É um dos relatórios realizados com mais frequência pelas organizações brasileiras, já que indica as particularidades de nossa realidade empre- sarial e solicita dados que facilmente compreendemos, de fácil acesso dentro da organização.

Veja mais informações no site do IBASE: www.ibase.br. Figura 14.1: Logomarca IBASE

14.2 Indicadores do Instituto Ethos de

Empresas e Responsabilidade social

Baseado em um questionário a ser apli-

cado na organização, este é um indi- cador de autoavaliação adequada ao desempenho organizacional, em itens relacionados com: • Valores e Transparência • Público Interno • Meio Ambiente • Fornecedores • Consumidores • Comunidade • Governo e Sociedade

Essa autoavaliação consegue verificar como está a situação atual da Respon- sabilidade social da organização e ao mesmo tempo pode colaborar para que a organização indique onde quer chegar.

Os indicadores estão disponíveis para consulta no site <www.ethos.org.br>.

14.3 Indicadores do CEBDS:

Conselho Empresarial Brasileiro

No documento Responsabilidade Social e Ambiental (páginas 74-78)