mente a baixas freqüências. Isso pode ser predito numa base qualitativa (Prob. 4
abaixo).
PROBLEMAS
1. Calcule e esboce a solução tal que
x = O
para t= O,
para as seguintesequações diferenciais: dx (a)
dt +X= )
dx
(b) )Q-+X=
1dt
dx
(e)
-+ x =
sen tdt
dx
(d) 10- + x=
sent.dt
Compare saída com entrada em cada caso e discuta o atraso.
2. (a) Mostre que, se a é uma constante positiva, então a solução geral da equação diferencial
é dada por
dx
a +
x
= A. sen wtt
x =
A, sen (wt-ex) +
ce-•I•,onde
A,
A=
,
s
1
+
a2w2 tgex =
aw,(b) Verifique os gráficos da Fig.
8-6.
3.
Ache a solução geral da equação diferencial1
O� ex< 2n.
dx
1 00a-+
x =
-a0 +L
{a11cos(nwt)+ b.sen(nwt)},
dt
2 n=lCálculo Avançado
onde a é constante e a série de Fourier à direita é uniformemente convergente para todo t
[
compare com os resultados acima - em particular com(8-33)].
4.
SejaF(t)
igual a 1 para O < t <b,
a-1
parab
< t <2b,
a1
para2b
< t <3b,
a
-1
para3b
< t <4b,
etc., de modo queF(t)
é uma "onda quadrada" de período 2b e amplitude1.
Discuta os aspectos qualitativos das soluções da equação diferencialdx
a- +
x
=F(t)
dt
e sua dependência de a e
b.
Em particular, mostre que a razão das ampli tudes de saída e entrada decresce e avizinha-se de zero quandob
decresce.RESPOSTAS
1. (a)
1-e-•;
(b)1-e-o,tr;
(d) (sen t-
10
cos t +lOe-')/101.
(c)
t
(sent-cost+e-');
8-8.
PROCESSOS GRÁFICOS E NUMÉRICOS PARA A EQUAÇÃODE PRIMEIRA ORDEM. A equação diferencial
y'
=F(x, y)
determina ainclinação da tangente à solução
y
=.f(x)
no ponto(x, y).
Assim, ainda queas soluções não tenham sido encontradas, podemos traçar tangentes às soluções. Se traçarmos segmentos de tangentes muito pequenos, obteremos um diagrama como na Fig.
8-7,
para o qual a equação diferencial éy'
=-x/y;
por exemplo,em
(1, 1)
a inclinação é-1,
em(3, 2)
é-3/2,
etc. Se traçarmos muitos desses segmentos, as próprias soluções começarão a surgir como curvas lisas.O processo para traçar o diagrama pode ser abreviado traçando ao mesmo tempo os segmentos com mesma inclinação, isto é, traçamos as curvas F(x,
y)
= m = const. para diferentes escolhas de m. Essas curvas não são assoluções; elas são chamadas isóclinas. As tangentes às soluções pelos pontos da isóclina
F(x, y)
= m têm todas inclinação m. As isóclinas para a Fig.8-7
são retas pela origem, enquanto que as soluções são círculos. y
Figura 8-7. Distribuição de retas para r' = -x/y
y
..
- xEquações Diferenciais Ordinárias
·�
Se procuramos só uma solução por um ponto particular
(x0, y0)
(problema com valor inicial), então não precisamos traçar todo o campo de tangentes. Traçamos um pequeno segmento por(x0 , y0)
com inclinaçãoF(x0, y0)
e o seguimos até um ponto próximo(x1, y1)
e traçamos um segmento com essa inclinação por(x1, y1)
indo até um ponto próximo(x2 , y2).
Repetindo o pro cesso, obtém-se uma poligonal, como se vê na Fig.8-8,
que é uma aproximação d�
solução procurada.É
claro que, quanto mais curtos os segmentos usados, mais precisa será a solução. O Teorema Fundamental da Sec.8-3
pode, na verdade, ser provado, demonstrando que uma única solução por(x0 , y0)
é obtida por passagem ao limite no processo descrito.O trabalho numérico envolvido no cálculo da particular· poligonal pode ser disposto numa tabela em quatro colunas, dando os valores de X,
y, F(x, y)
e
Ay.
O acréscimoAx
é escolhido à vontade, ao passo queAy
é caleulado if'da fórmulaA_r = F(x, y) Ax.
(Na realidade é
dy
que está sendo calculada, e usá-se a aproximaçãoAy
�dy.)
O acréscimo x pode ser variado a cada passo, embora seja mais simples man� tê-lo constante.O exemplo
y' = x2 - y2,
comx0 = 1, y0 = 1, Ax = 0,1,
está calculado na Tab.8-1.
Tabela8-1
Xy
y' = x2-y2
Ay
1
o o1,1
0,21
0,021
1,2
1,021
0,40
0,040
1,3
1,061
O processo numérico descrito aqui é conhecido como
integração passo a
passo
da equação diferencial. Deve-se notar que, para a equação diferencialy' = F(x),
o processo descrito é equivalente a integrarF(x)
por uma fórmula retangular, com.o na Sec.4-2,
pois o valor dey
parax = x0 + n Ax
na solução por(x0, y0)
é dado exatamente porfxo+nilx
y=
F(x)dx+y0;
Xo
o processo numérico acima dá
Y
=
Yo+ F(x0) Ax + F(x0 + Ax) Ax +
· · ·=
Yo+ Ax{F(x0) + F(x0 +A.>)+
· · ·+ F[x0 + (n-1) Ax]}.
Essa é exatamente a soma retangular com
F
calculado nas extremidades esquerdas.Cálculo Avançado
De um modo geral, deve-se pensar na resolução de equações diferenciais como uma espécie de processo generalizado de integração. Existem aparelhos mecânicos e elétricos para resolver equações diferenciais que são compostos de "integradores"; estes executam o processo acima de integração passo a passo continuamente, isto é, na prática, passam ao limite para ôx -O.
A generalização da integração passo a passo a equações de ordem su perior é indicada nos Probs. 5 e 6 abaixo, Outros processos numéricos são descritos nos livros de Bennett, Milne e Bateman, Levy e Baggott, Milne, Morris e Brown, e Scarborough, citados no final do capítulo.
PROBLEMAS
1. Para cada uma das seguintes famílias de curvas faça um esboço (isto é, esboce um certo número de curvas da família) e ache a inclinação da curva da família por um ponto arbitrário (x, y ):
(a) y = 2x + e (d) y = ex + 1 (b) y = x2 + e (e) x2 + cy = O (c) x2 -y2 = e
(f)
y = ce-x.2. Trace um certo número de tangentes para cada uma das seguintes equações diferenciais:
. y
(a) y' = -; (b) y' = x -y; (c) y' = x + y2•
X
Tente também esboçar algumas curvas-soluções em cada caso. Para (a) e (b) compare os resultados com as soluções gerais que são:
(a) y=cx, x-#0; (b) y=ce-x+x-1.
3. Usando a integração passo a passo com ôx = 0,1 ache o valor de y em . x = 1,5 sobre a solução de y' = x - y2 tal que y = 1 quando x = 1. Esboce a solução obtida como poligonal.
4. Usando a integração passo a passo com ôx = 0,1 ache o valor de y para x = 0,5 sobre a solução de y' =
J
1 -y2 tal que y = O para x = O. Com pare o resultado com a solução exata, que é y = sen x.5. As equações
dy
dx = f (x, y, z), dz
dx = g(x, y, z)
são chamadas de um sistema de duas equações diferenciais ordinárias si multâneas. Por solução particular de tal sistema entende-se um par de funções y(x), z(x) satisfazendo identicamente às equações. O Teorema Fun damental da Sec. 8-3 pode ser estendido a esse caso e, sob hipóteses apr<? priadas, garante a existência de uma única solução y(x), z(x) satisfazendo a condições iniciais dadas
y(x0)
= y0, z(x0) = z0. Uma solução aproximada pode ser obtida por integração passo a passo como segue. Escolhe-se Lh e cakula-si: y1 = _r0 + ôy, z1 = z0 + ôz por meio de ôy =f(x0, y0, z0)ôs,Equações .Diferenciais Ordinárias
�z = g(x0, y0, z0) �x. Esse processo pode ser então repetido com os novos valores iniciais x1 = x0 + �x, Yi> z1• Aplique o processo descrito,
com x0 =
O,
y0 = 1, z0 =O,
�x = 0,5, às equações diferenciaisdy dz
dx = yz -x, dx = x + y. Calcule a solução y(x), z(x) até x = 3.
6. Uma equação de segunda ordem: y" = F(x, y, y') é equivalente a um par de equações: dy dx = z, dz -1 = F (x, y, z), IX
onde z = y'. Assim, pode-se aplicar o processo de integração passo a passo
como no Prob. 5. Determine por esse processo a solução da equação
y" = yy' +X,
tal que y = 1 e y' = O para
x
=O.
Use �x = 0,5 e calcule a solução atéX= 3. RESPOSTAS 1. (a) y' = 2, (b) y' = 2x, (c) y' = _:_, y (e)
y'
= 2y ,(f)
y' = -y. X (d)y'=(y-1) , X 3. 1 ,082. 4. 0,4850. 5. y = 27,1, z = 10,8 quando x = 3. 6. y = 5,00 quando x = 3.8-9. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS LINEARES DE ORDEM ARBI TRÁRIA. Uma equação diferencial linear ordinária de ordem n é uma equação
diferencial da forma
Suporemos aqui que os coeficientes a0(x), a1(x), ... , a.(x) e o segundo membro
Q(x)
são funções definidas e contínuas num intervalo a;_;;
x;_;; b
do eixo x e quea0(x)
# O nesse intervalo.As seguintes equações são exemplos:
y" + y = sen 2x,
x2
y"' -xy' + ex y = log x (x >O),
d 5 y d 3 y 3 dy --x-+x -- =O
dx5 dx3 dx ' y" + y =O, dy - +x2
y =e"'. dx (a) (b) (c) (d) (e)511
Cálculo Avançado
Se Q(x) =O, a equação
(8-34)
é chamada homogênea (com relação a y e suas derivadas). Assim, nos exemplos acima, (c) e (d) são homogêneas; as demais são não-homogêneas.Se Q(x) for substituído por O numa equação geral
(8-34),
obtém-se uma nova equação, dita a equação homogênea correspondente à equação difere11cial dada.. Se os coeficientes a0(x), a1(x), ... , a.(x) são todos constantes, Jogo, inde pendentes de x, diz-se que a Eq.
(8-34)
tem coeficientes constantes, mesmo queQ(x) dependa de x. Assim, (a) e (d) têm coeficientes constantes; os demais exem
plos não.
É
conveniente escrever-se a Eq.(8-34)
em forma "operacional":[
d" dJ
ao(x) dx" + ... + ª•-t(x) dx + a.(x) [y] = Q(x)
ou, com a abreviação,
d" d
L = ªo(x) dx" + ... + ª•-1 dx + a.(x),
(8-35)
simplesmente como segue:
L[y] = Q(x).
Por exemplo, a equação: xy" + 2xy' - 3y =
5
seria abreviada: L[y] =5,
L = x(d2/dx2) + 2x(d/dx)-3.
Das regras básicas de diferenciação, concluímos que L é um· operador linear (Sec.
3-6);
isto é,L(c1y1(x) + c2yif.x)] = c, L[y1] + c2L[y2],
(8-36)
onde y1(x) e y2(x) são funções tendo derivadas até ordem n para a � x � b e c" c2 são constantes. Daí resulta: se y1(x) e y2(x) são soluções da equação'
homogênea L[y] =O, então c1 y1(x) + c2y2(x) também é. Logo, de soluções
conhecidas y1(x), ... , Y.(x) da equação homogênea, podemos construir so luções y = c1y1(x) + · · · + c.y.(x) contendo n constantes arbitrárias. Isso pa
rece ser uma solução geral. No entanto poderia acontecer que Y.(x), por exemplo, fosse uma combinação linear de .r1(x), ... , Y.-1(x):
Y.(x) = k1y1(x) + ··· + k._1y._1(x), a� X� b,
oµde k1, • • . , k,,_ 1, são constantes. A pretensa solução geral. então, envolveria
na verdade só n -J constantes:
y = (c1 + c.k1)y1(x) + · · · + (c._1 + c.k._1) y._1(x)
e não se poderia esperar que fosse a solução geral. Para eliminar essa possi bilidade, supomos que as funções y1(x), ... , Y.(x) são linearmente independentes (Secs.
1-5, 3-9, 7-10);
isto é, que nenhuma delas pode ser expressa como com binação linear das demais, óu, equivalentemente, que uma identidadeEquações Diferenciais Ordinárias só pode valer se as constantes c1, • • • , e. são todas nulas. Se isso ocorre, então
y = e 1 y1{x) + · · · + c.y.(x) é de fato a solução geral:
Teorema A. Existem n soluçõc>s linearmente independentes da equação di ferencial homogênea L[y] =O no intervalo dado a � x �
b.
Se y1{x), ... , Y.(x) são soluções linearmente independentes da equaçllo L[y] =O para a� x� b,
então y = c1y1{x) + · · · + c.y.(x) é a solução geral.Para a demonstração, referimos o Cap. 16 do livro Agnew citado na lista de referências.
A solução geral da equação não-homogênea L[y] = Q(x) pode ser cons truída a partir da solução geral c1y1(x) + · · · + c.y.(x) de L[y] =O e uma solução particular y*(x) de L[y] = Q, ou seja, como
y = y*(x) + c1y1(x) + · · · + c.y.(x),
(8-37)
pois, por linearidade,
L[y] = L[y* + c1y1 + · ·· + c.Y.] = L[y*] + c1L[y1] + · · · + c.L[y,,] = L[y*] + O = Q(x);
além disso, se y(x) é qualquer solução de L[y] = Q, então L[y-y*] = L[.v]
-L[.r*] = Q-Q = O. Logo y- y* é uma solução da equação homogênea e r tem a forma
(8-37):
Teorema 8. Existe uma solução da equação não-homogênea L[y] = Q(x) no
intervalo dado a� x
� b.
Se y*(x) é uma tal solução e c1 y1(x) + · · · + c.y.(x) é a solução geral de L[y] =O, então y = y*(x) + c1y1(x) + · · · + c.y.(x) é a solução geral de L[y] = Q(x) para a� x �b.
Para uma prova da existência de uma solução particular y*(x) novamente citamos o livro de A"gnew. De um modo geral, a existência de soluções 0 ga rantida pelo Teorema Fundamental da Sec.
8-3;
no entanto precisamos ta 111 hémmostrar que cada solução é definida em todo o intervalo dado a
�
.\� b.
8-10. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS LINEARES A COEFICIENTES
CONSTANTES. CASO HOMOGeNEO. A discussão da seção precedente nada diz sobre como achar as funções y1(x), ... ,y.(x) e y*(x). Para a equação linear geral, is o é bem dificil, embora as séries de potências ajudem muito; isso será discutido na Sec.
8-14.
No caso especial de co�ficientes constantes o problema está completamente resolvido. Nesta seção damos a solução no caso homogêneo.
Seja
d"y dy
L[y] = ª0 dx" + ... + ª•-l dx + ª•Y =O,
(8-38)
a equação diferencial dada, onde a0, ···.a,, são constantes e a0 # O. Por subs tituição direta temos
L[e'x] = e'x(a0r" + ··· + a._1 r +a.)= f(r)e'x,
f(r)
= ªor" + · · · + ª·-1' + ª··Cálculo Avançado
Logo, e'x será uma solução, desde quer satisfaça à equação algébrica de grau n:
f(r)
= O. A equaçãof(r)
= O chama-se ae11uação característica,
associada com (8-38). Se a equação tem n raízes reais distintas,r1,
• • • , r., então as funçõesYt = er1x, Y2 = erix, ... , Yn = e'"X
são todas soluções para todo
x
e são linearmente independentes (conforme Prob. 3 abaixo). Logo, nesse caso,(8-39) é a solução geral de (8-38).
Embora se prove que uma equação algébrica de grau n tem raízes (Sec. 0-3), algumas das n raízes podem ser complexas e algumas podem ser iguais. Ve remos que (8-39) pode ser modificada apropriadamente para cobrir esses casos.
Por exemplo, a equação
y"
+ y =O tem a equação característicar2
+ 1 = O,com raízes
±i.
Operando formalmente, obteríamos as "soluções'.'éx
e e-ix.Dessas soluções a valores complexos, podemos formar combinações lineares que são reais:
eix + e-ix
cosx = 2 ,
como resulta da identidade (Sec. 6-19)
sen x =
ei.< = cos x + i sen
x.
(8-40)
(8-41)
As funções
y1(x).
= cosx
ey
2(x
) = sen x são de fato soluções linearmenteindependentes da equação dada: y" + y =O, e
y =
c 1
cosx
+c 2
sen xé a solução geral.
Uma análise .semelhante aplica··Se a raízes complexas em geral. Tais raízes aparecem em pares a +
bi
(complexas conjugadas). Das duas funçõese(•±bilx = e"x(cos
bx ± i
senbx)
obtemos as duas funções reais
e•x cos
bx,
eªx senbx
como soluções da equação diferencial.Se a equação tem uma raiz real múltipla r, de multiplicidade k, então
pode-se mostrar (Prob. 9 abaixo) que as funções e'X,
xe'x, ... , xk-
I e'x são so·luções. Se a ±
bi
é um par de raízes complexas múltiplas, então obtemos soluções eªx cos
bx,
e"x senbx, x
e"x cosbx. xeªx
senbx, ... , xk-I eªx
cos bx, xk- ié''-'
sen hx.Resumimos os resultados. Depois de achar as n raízes da equação carac terística, associa-se:
(1)
a cada ra ,z real simples r a funçãoe'"-';
Equações Diferenciais Ordinárias
(II)
a cada pa; a ±oi
cie raízes complexas simples as funções e"·' cos bx.e"·' sen bx;
(III) a cada raiz real r de multiplicidade k as funções e'X, xe'x, .... xk-1 e''. (IV) a cada par a ± bi de raízes complexas de multiplicidade k as fun
ções e"x cos hx, e"x sen hx. xe"' cos hx
,
xe"x sen hx, ... , xk-I e"x cos hx.xk-I e"x sen bx.
Se as n funções y1 (x) .... , y,,(x) assim obtidas são multiplicadas por constantes
arbitrárias e somadas, a solução geral de
(8-38)
é obtida na formaExemplo 1. y" - y = O. A equa�·ào característica
r2
-
1 =Otem as raízes distintas e
-
1. Logo. a solução geral éExemplo 2. y'" - y" + y'
-
y = O. A equação característicar3 - r2 + r
-
1 = O tem as raízes distintas 1, i, -i. Logo. a solução geral éExemplo 3. y" + y' + y =O. A equação característica é
r2 + r + 1 =O,
1
.J3
com raízes
-2
±Ti.
Logo, por (II) a solução geral éou
y = e-11 ')-'·
(c1
cos.J3
x + c2 sen.J3
x)
·2 2
d6 y d4 y d2 r
Exemplo 4. -
6
+8
-4 + 16-
",
= O. A equação característica édx dx d:c
r6 + 8r4 + J 6r2 = O,
As raízes são O, O, ±2i, ±2i. Por (III) e (IV), a solução geral é y = c1 +
c:2x
+ c3cos2x + c4sen2x + c5xcos2x + c6xsen2x. Assim, parece que a equação linear homogênea a coeficientes constantes está completamente resolvida; uma vez que se tenha resolvido uma certa equaçãoCélculo Avançado
algébrica, podem-se escrever todas as soluções da equação diferencial. No entanto, para a prática, isso não basta, pois a resolução de uma equação algé brica pode não ser simples. Para maiores informações sobre isso, mencionamos o livro de Willers e Scarborough, .citado no fim deste capítulo.
PROBLEMAS
1. Verifique que a função y = c1x-2 + c2x-1, x >O, satisfaz à equação diferencial
x2 y" + 4xy' + 2y =O
para toda escolha de c1 e c2, e que c1 e c2 podem ser escolhidas, de modo único, de forma que y satisfaça às condições iniciais y = y0 e y' = y� para
x = x0(x0 > 0). Logo y = c,x-2 + c2x-1 é a solução geral para x >O.
2. Verifique que a função
. y = x2 + e-x(c1 cos 2x + c2 sen 2x) sn tis faz à equação diferencial
y" + 2y' + 5y = 5x2 + 4x + 2
para todo x, e que c1 e c2 podem ser escolhidas de modo único, de forma que y satisfaça às condições iniciais y = y0, y' = y� para x = x0• Logo
a expressão dada é a solução geral.
3. Mostre que as funções ex, e2x, e3x são linearmente independentes para todo x. [Sugestão: se vale uma identidade
derive duas vezes. Isso dá 3 equações para c1 , c2, c3 cuja única solução é c1 =O, c2 =O, c3 =O.]
4. Mostre que as funções seguintes são linearmente independentes para todo x
(conforme Prob. 3):
(a) x, x2, x3
( b) sen x, cos x, sen 2x
(e) eX, xeX, senh x (d) �. e-x.
5. Determine quais dos seguintes conjuntos de funções são linearmente inde pendentes para todo x:
(à) senh x, ex, e-x
(b) cos 2x, cos2 x, sen2 x
6. Ache a solução geral:
(a) y" -4y =O (b) y" + 4y' = o
(e) y'" - 3y" + 3y' - y =O
(c) 1 + x, 1 + 2x, x2
Equações Diferenciais Ordinárias d5 y d3 y dy (e) -1 5 + 2-3 + -= O t x dx dx dx
(f)
t d + 3x = O d2x dx (g) -d 2 + -d + 7x = O t ' t dsy ( h) dxs =O,7 . Ache a solução particular da equação diferencial satisfazendo à condição inicial dada para cada um dos casos seguintes:
(a) y" + y = O, y = 1 e y' =O para x = O;
d2x dx dx
(b) dt2
+ dt -3x = O, x =O edt
= 1 para t = O,8. Ache uma solução particular da equação satisfazendo às condições de fronteira dadas em cada um dos casos seguintes:
(a) y" -y' - 6y = O, y = 1 para x = O, y = O para x = 1;
( b)
y" + y = O, y = 1 para x = O, ( c) y" + y = O, y = O para x = O, n v = 2 para x = -· - 2 , y = O para x = n.9. (a) Prove que, se r 1 é uma raiz dupla da equação característica f(r) = O, então xe"x é uma solução da correspondente equação diferencial linear homogênea. [Sugestão: se f(r) = (r-r1)2(a0r"-2 +···)então J(r1) =O e f'(r 1) = O. Agora e'x pode ser considerada como função de r e x e da regra
\
para uma tal função concluímos que
[
aJ
a aL[xe'x] = L -e'x = -L[e'-'] = -[f(r)e'x] = f'(r)e'x + xf(r)e'x,
ar ar ar
Agora , faça r = r 1 .]
(b)
Generalize o resultado da parte (a) para o caso de uma raiz de mul tiplicidade k.RESPOSTAS
5. (a),
(b),
(d) são linearmente dependentes, (c) é um conjunto linearmenteindependente.
6, (a) c1 e2x + c2e-2\ . ·
(b)
c1 + c2e-4
x;(e) c1
ex+ c2xex + c3x2ex;o. 2)/2i[ 1 t
)
-(! 2>J2i( 1(d) e c1 + c2 sen +e c3 cos +
+ c4 sen <t
fi
x)];(e) e,+ C2COSX + C3Senx + C4XCOSX + C5XSenx;
(f)
cle-3';(g) e-<112J•[c1 cos(t3
../3
t) + c2 sen(t3.j3
t)];(h)
c1 + c2x + c3x2 ++ C4X3 + C5X4.
Cálculo Avançado
7. (a) cos x; (b)
e-11
�" senh(tjl31).
1
8. (a)
(e3x
- es-is);
-e
(b) cosx + 2scnx: (c) e sen x.8-11. EQUAÇÕES DIFE
R
ENCIAIS LINEARES, CASO NÃO-HOMO GÊNEO. Em vista do Teorema B da Sec. 8-9, a solução de uma equação linear não-homogêneaL[y]
= a0(
x)y'
"' + · · · + a,,_ 1(x)y'
+ a,,
(x)y
= Q(x) (X-42)reduz-se a dois problemas distintos: (a) determinação da solução geral da equação homogênea correspondente
L[.1']
= O: (b) determinação de uma so lução particulary*(x)
da equação não-homogêneaL[y]
= Q.A solução de (a) é da forma
J,(x) = c1 y1(x) + · · · + c11y11(x). 18-43)
dependendo de x e 11 constantes arbitrúrias: chamamos
.r.(x)
de funçào comple1111'11/11r. Quando os coeficientes são cnnstantes
.
.r, pode ser achada explici tamente pelos métodos da Sec. li-1 O.Esta seção tratará do método da rariaçâo de parâmetros pelo qual uma solução particular
.r*(x)
pode ser achada. sempre que a função complementar seja conhecida. O método aplica-se pois quer os coeficientes sejam constantes quer não. sempre com a condição de podermos determinar a função comple mentar. :'vlétodos para determinar essa função quando os coeficientes são variúvcis serão descritos na Sec. li-14. Outros métodos para achar .r*(x) quando os cpcficirntcs são constante.; sãll descritos nos Probs. 5 e 6 abaixo.Seja dada a Eq. (8-42) com função complementar
y.(x)
conhecida. Então procuraremos uma solução.r*(.x)
de (8-42), da formar*(xJ
=r1(x)y1(x)
+ · · · + v,,(x)yJx). (8-44)Assim as constantes (ou "parâmetros") e 1 • • • • • e" em (8-43) foram substituídas por funções r1(x) . . . . • r,,(x). As r devem ser escolhidas de modo que (8-44) satisfaça a (li-42), isto é. uma condição e /1 funções. Assim, devemos impor mai.s 11- I cond içõcs adicionais.
Escolhemos como tais 11-l condições as seguintes equações:
y 1 r'1 + · · · + y11 v;, = O,
y'1 v'1
+ · · · +y� v;,
= O, ...,
(8-45)y1;i-2'v'1
+ ... +Y::1-2•v;,
=O.Elas são escolhidas de modo que as deriradas sucessivas até ordem n-1 da função
(8-44)
dependam de v1 (x), .
.. , v,,(x) e
miodas derivadas das v.
De fato,y*' =
V1l1
+ . .. +v,,.y;,
+.\'1V'1
+ ... +YnV�
=V1l1
+ . .. +vny;,.
por causa da primeira das (8-45). De um modo geral,y*1k1
=V1 y�k1
+ ... +v,,.l':,k1
(k
= 1, ... . /1 ·-· l ),y*<"l =
V1Yi"
+ ... +VnY�11
+y<;_'-l!v'1
+.
..
-t-.\'::1-11v;,.
(8-46) (8-47)
Equações Diferenciais Ordinárias
Dessas relações, resulta que
L[y*] = V1L[yJ
+···
+vnL[ynJ
+a0(J'i"-llv'1
+···
+Y�,n-l>v;,) =
poisL[y 1]
=O, .
..
, L[Yn]
= O. Portanto, substituindo(8-44)
em(8-42),
obtemos(8-48)
Essa é a n-es1ma condição snhre as v.Em suma, então, exigimos que as funções
v1(x), ... , v"(x)
satisfaçam àsn
equações
y
1v'1
+ y 2V�
+ . . . +y n V� = O,
y'1 V�
+y � V�
+ ..
. +y � V�
= 0,Y. ;�.:2>v' 1
1 + ... +y(n-2>v' =O n
11
'
y(n- l>v'
J1
+.
. . +n y<n- l)v' = Q(x). n ao(X)
(8-49)
São essas as
n
equações para as derivadasv'1,
... , v �
. Elas podem ser resolvidas por determinantes (Sec. 0-3). Assim, achamos,
DI
V1
=[)'
ondeY1
�
Yn
y'1 y�
y�
D=
Yi"-uy�-u.
Y�n-1)
,
D2
V =-,···
iD
,
o oD1=
Q
ªºv' n =-, D" D
(8-5
0)
Y2
Yn
y�
y�
,
...
(8-51)
y�-1). y�-1)
Conhecidas
v'1, ... , v�,
achamos v1, ... , v"
por integração. Substituindo em(8-44),
obtemos a solução particular procurada.Deve-se observar que o determinante