De modo geral,
T,.
= r•-1 + 2-•-2 + · · · =2-•.
A condição:T,. <e
leva-nos à desigualdade:2"
>1/e,
de modo quen >
-
(log e/log 2);então podemos escolher N(e) como sendo o menor inteiro n que satisfaz a esta desigualdade.
00
Teorema 23. Se a série L a. convergir pelo critério da integra/' do Teo- n= t
rema
14,
com a função f(x) decrescente parax
� c, entãoJR.J
<f00f(x)dx
=T,.
n
para n
5?;
c; a seqüênciaT,.
será monótona decrescente e convergirá para O.Demonstração. Este teorema segue . do 22, pois podemos interpretar a
integral impropria como sendo uma série:
temos então b,. =
r
f(x)dx; m-1i
ooi
n+p n+p f(x) dx = limf (x) dx
= lim L b,.. n p�oo n p-oo m=n+ 1Cálculo Avançado
Como na demonstração do Teorema
14,
valede modo que
00
IR.I
< m=�+I bm
= f(x)dx.Exemplo 2. Para a série harmônica, de ordem p >
1,
temos. 00
1 100 1
O<
R ="
L
-<
-dx =mP xP (p- l)np.,-1
m=n+l n
Pelo Teorema 22, esse resultado pode ser usado agora para toda série cuja convergência decorre da comparação com uma série harmônica de ordem p. Se, por exemplo, p = 6, então
T,,
= 0,2 n-5; segue-se então que podemos escolher para N(e) o menor inteiro n tal que n5 > 0,2e-•. Em conseqüência, 5 termos são suficientes para éalcular-se a série harmônica de ordem 6 com um erro inferior a 10-4:00
1 1 1 .1 1 .
•
�
1 n6 �1
+ 26 + 36 +46
+ 56=
1
,01
73.Teorema 24. Se
para n > n1 , de modo que a série :E a. converge pelo critério da razão, então
IRl�lª.+1l=T n�n.;
n -
1-r
•'a seqüência
T,,
é monótona decrescente e converge para O. Selim
1
ª•+ 1
1
= L< 1,
n-+oo an .então r será no mínimo igual a L. Se
para n � n1 , então
1
>1
ª•+ZI
�1
ª•+31
ª•+• ª•+2a seqüência
r:
é monótona decrescente e converge para O.(6-18)
Séries Infinitas
Deinonstração.
A primeira afirmação segue do Teorema22
e do fato de que o critério da razão é uma comparação da série dada com uma série geométrica. Assim, temos, como na demonstração do Teorema
17,
IR,.I � la11+1I
+lan+2I
+··· � la .. +11(1 + r + ···)
= =T,,.
A segunda afirmàção salienta o fato de que, se o quociente usado para o critério convergir par
à
L, então o quociente não poderá ser menor nem igual a um númeror
menor que L. Portantor �
L. Podemos usarr =
L somente quando1 \ �
Lpara
n
> N, de sorte que o limite L é atingido porbaixo.
A terceira afirmação diz respeito ao caso em que os quocientes são cons tantemente
decrescentes
e portanto se aproximam de um limite L. Não podemos usar L num tal caso; contudo, sob as hipóteses feitas, podemos usarr =
= la,.+2/a,.+1 I
paran � n1,
de modo queIsso estabelece a fórmula
(6-19).
Exemplo 3.
I n
+1.
Verifica-se que o quociente para o critério én=l n·2"
n2
+2n
1
n2
+2n
+1 º2'
l
.
ti
.
1
L dque converge para -, mas mantendo-se sempre m enor a
-·
ogo, po emos2
.
2
1
usar
r = l
e temos, por exemplo,Rs = 6 ·726
+ 7-821
+...
< 6·726 ( 1
+ + ..-) =
= 0,037.
oo
n
e'
Exemplo 4. I
·
Neste caso, o quocienten=l (n
+1)2"
n2
+ 2n+ 1 1
n2
+2n
2
1.
.
1
.
'
.
1
oNovamente, o imite
-
, mas o quociente e sempre ma10r que-·
s quo-2
2
cientes sucessivos são decrescentes, pois um cálculo algébrico mostra que
n2
+2n + 1 1
(n
+1)2
+2(n
+1)
+1 1
·'>
·-·
n2 + 2n
2
�(n
+1)2
+2(n
+1)
2
Cálculo Avançado
Logo, podemos aplicar a desigualdade (6-19) (para n � 1) e obtemos, por e xemplo,
6 9
Rs = + ... < = 329 = 0,027.
Teorema 25. Se
pata n >
n1 ,
de modo que a série :Eª• converge pelo critério da raiz, entãoSe
lim
�
=R< 1,n�oo
então r será pelo menos igual a R. Se
l >
lan+1ll/(n+l)
�lan+211/(n+2)
para n � n1 , entãoIR 1
n < = 1-l
alan+1 I ·
11/(n+l)
=r:,
n+l
(6-20) (6-21)As seqüências T,, e
r:
são monótonas decrescentes e convergem para O. As demonstrações seguem de perto as do Teorema 24, pois, mais uma vez, o critério é baseado na comparação com uma série geométrica.00
1
Exemplo 5.
L -
1 )"
· A raiz para o critério én=2
( ognEla é decrescente e menor que 1 para n = 3, 4, .... Assim, temos, por exemplo, 1 1
(log6)6
Rs = (log 6)
6
+ (log 7)7 + ... � = 0,06 ... Jog 6Teorema 26. Se a série
00
a1 -a2
+ a3-a4 + · · · =L (-l)"+1an,
ª•>OSéries i"nfinitas convergir pelo critério para séries alternadas, então
Conseqüentemente, flOder-se-á escolher para
N(e)
o menor inteiro n tal que ªn+l<e.
O teorema pode ser enunciado em palavras do seguinte modo: quando uma série converge pelo critério para séries alternadas, o erro cometido ao se tomarem apenas os n primeiros termos é, em valor absoluto, menor que primeiro termo desprezado.
Demonstração do Teorema 26. Corno vimos na demonstração. do critério para séries alternadas (Teorema
18).
valem as desigualdadesS2
<
S4<
..
·<
S2.<
· · ·<
S2.-1<
· · ·<
S3<
S1
·Segue-se que a sorna Sé compreendida entre cada duas somas parciais consecuti vas (uma ímpar, uma par):
Logo,
ou seja,
O<
R2n = S-S2.<
S2n+1 -S2. = ª2n+1 •O> R2n-1
= S-Szn-1>
S2.-S2n-1=
-a2.;Isso mostra que, para cada n, vale
mas, na realidade, isso revela mais:
R.
é positivo se n é par, eR.
é negativo se n é ímpar.co (-1)"+1
Exemplo 6.
L
---·Aqui, as somas parciais são S1= 1,
S2 =1-i
=n=l n
=
t.
S3 =�.
S4 = ... O teorema acima afirma que:IR1 I < t. IR
21 < t.
IR3I < -,t, .
..
ou, mais precisamente:-t < R1 <O, O< R2 < t, -± < R3 <O.
Assim, em particular, se forem usados 3 termos, a soma é compreendida entre
i
ei-i =
172. Se quisermos calcular a soma com um err-0 inferior a10-2,
pre cisaremos de 100 termos, pois o101.º
termo(1/101)
é o primeiro termo menor que 10-2.PROBLEMAS
1.
Determinar o número de termos suficientes para calcular-se a soma com o erro dadoe
permitido e achar a soma até esse grau de precisão:00 1 (a)
L
2,e=
1 n=l n 00(-1)"+1
(b)"L
e= 0,1
n=l n373
Cálculo Avançado "' n (c)
l:
__ , n=ln3 + 5 00 1 (d) n�
l n2 + 1 'e=
0,2e=
0,5 a) 1 (e)l:
-;•e=
0,01 n=l n 00 1(f) L; I'
e=
0,01 n=l n. 00 (-1)"+1 (g) n�
l(
2n-l)
!'
e
= 0,001 (h)I
(-l)"
,e =
0,5 n=Z n log n 00 1 (i)l:
e =
0,5 n=2n logn • <X) 2"U)
n�
l 3" + 1 'e =
O,l.2. Seja L ª• a série geométrica 1 + r +
r2
+ · · · .(a) Determinar o número d e termos necessários para calcular-se a soma com um erro inferior a 10-2, quando r
= t.
r = 0,9, r = 0,99.(b) Mostrar que, para todo
e
positivo, tem-seJR.I <e
quando loge(l
-r)
n > log
lrl
'-1 < r<
1,e que nenhum valor inferior de n serve.
(c) Mostrar que, à medida que r aproxima-se de 1, o número de termos
necessários para calcular-se a soma com um erro inferior a um
e
fixo tende ao infinito.3. Mostrar que, para p > O, a soma da série 1 -l/2P + l/3P - · · · é positiva. RESPOSTAS
1. (a) 1 termo; 1; (b) 3 termqs; 0,86; (c) 5 termos; 0,51; (d) 2 termos; 0,70; (e) 3 termos; 1,287; (f) 4 termos; 1,709; (g) 3 termos; 0,8417; (h) 1 termo; 0,72; (i) 1 termo; 0,18;
(i)
8 termos; 1,70.2. (a) 8 termos; 66 termos; 918 termos.
6-10. OPERAÇÕES SOBRE SÉRIES. Já vimos (Teorema 8) que séries convergentes podem ser somadas e subtraídas termo a termo:
n=l n=l n=l
00 <X) <X)
l:
a.-l: b. = l: (a.-b.),
n=l n=l n=l
e que podemos multiplicar uma série convergente por uma constante: 00 00
k l:
ª•=
l: (ka.).
n=l n=l
Na presente seção, vamos considerar três outras operações: multiplicação, grupamento e rearranjo.
Consideremos primeiro a operação de grupamento, isto é, a introdução de parênteses numa série L ª• . Por exemplo, poderíamos substituir a série
Séries Infinitas
L ª• pela série (a1
+
a2 )+
· · · + (a2._ 1+
a2.)+
· · · , ou seja, pela série L b", onde bn = ª2n-l+
ª2n.00
Teorema 27. Se a série L ª•for convergente, então a introdução de pa- n= 1
rênteses produzirá uma nova série convergente cuja soma será a mesma que
00 00
a de L ª• . Se L a.for propriamente divergente, a introdução de parên- n= 1 rr=l
teses produzirá uma série propriamente divergente.
Demonstração. A introdução de parênteses tem o efeit0 de omitir certas somas parciais. Por exemplo, as somas parciais da série
são as somas parciais S2, S4, S6, ... , S2., ... da série La •. Se s. convergir para S, então a nova seqüência obtida omitindo-se certas somas também deve convergir para S; se lim s. =
+
oo, então a seqüência obtida omitindo-se certas somas também deve divergir para+
oo, donde segue o téorema.Como uma série com termos positivos ou é convergente ou é propriamente divergente, podemos inserir parênteses sem afetar nem a sua convergência nem a sua soma. Isso pode ser aproveitado para provarmos a divergência da série harmônica, pois temos
cada bloco contribui com pelo menos
t,
de sórte que o termo geral da série com parênteses não converge para zero.No caso de séries divergentes com sinais variáveis, a introdução de pa rênteses pode, às vezes, produzir uma série convergente. Por exemplo, a série L (-1)•+ 1 transforma-se em
(1 -1) + (1 - 1) +
· · ·+ (1 -1) +
· · · = O,quando os parênteses são introduzidos do modo indicado. Portanto, quando se testa a convergência de uma série com sinais variáveis, não se devem intro duzir parênteses.
00 00
Diz-se que uma série L
tJ
m é um rearranjo de uma série L ª• quandom=l n =1
existe uma correspondência biunívoca entre os índices n e m tal que ª• = bm para índices correspondentes. Por exemplo, as séries
1+t+
l+t+
+t+
+i+
+
+
+
+
+ ... ,+ ...
375
Cálculo Avançado
são rearranjos uma da outra. A série
1
+ t + t + !
+i
+Í
+!
+ ++ �
+ · · · também é um rearranjo da série harmônica.Teorema 28.
Se
E a.
éabsolutamente convergente e
f: bm
éum rear-
\ n= 1 1"=1
00 00