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Fluxograma 01 – Roteiro das Etapas Metodológicas e Operacionais da Pesquisa.

3.6.2. Fase de Análises

A fase de análises refere-se ao processo da organização do material coletado na fase anterior e que subsidiou a redação dos capítulos que compõem a pesquisa, sendo organizados de acordo com os objetivos traçados. A compreensão das leituras efetivadas nos levantamentos bibliográficos proporcionaram a produção e a contextualização das questões teóricas, ambientais e socioeconômicas, apontadas nos capítulos iniciais da dissertação. Nessa etapa, elaborou-se e organizou-se também todo o material cartográfico coletado, como se pode observar no quadro 13 abaixo.

Quadro 13 - Material Cartográfico e Sensores Remotos Utilizados na Pesquisa.

Bases

Cartográficas Fontes Locais de Acesso

Limite

Municipal IBGE (2010) Site IBGE: http://www.ibje.gov.br/home/download/geociencia Delimitação da

Bacia SIRH (2008) Site da SRH/CE: http://atlas.srh.ce.gov.br

Solos Jacomine (1973) IDACE Imagem SRTM folha SA-24-Y-D EMBRAPA (2001) Site da EMBRAPA: http://www.relevobr.cnpm.embrapa.brdownload/ce/ce.htm

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Fonte: Ronaldo Mendes Lourenço (2013), pesquisa direta.

O manuseio dessas bases cartográficas foi efetivado com o apoio do software ArcGis 10, sendo utilizados também outros equipamentos e softwares para o auxílio na manipulação e organização das informações cartográficas, e para assinalar aspectos relevantes que ocorreram durante os trabalhos de campo. Entre outros equipamentos utilizados destaca- se: microcomputador Intel Inside Core I5 4GB; GPS Garmin 12 referenciado em coordenadas UTM, datum WGS 1984 e câmera fotográfica digital Sony 14.1 mega pixels.

A coleta do material cartográfico e processamento dos mesmos no ArcGis 10 e Global Mapper viabilizou a produção dos primeiros mapas básicos e temáticos, que auxiliaram nos trabalhos de campo, sendo utilizados também para conferir os dados cartográficos coletados inicialmente. Produziram-se cartas imagens e mapas temáticos a partir de 50 pontos marcados durante as idas a campo com o auxílio do GPS, o que propiciou a identificação e a espacialização de problemáticas ambientais na região do médio curso, tais como: a degradação de áreas, os usos dos solos e a questão do lançamento de resíduos sólidos em espaços inadequados.

Nesse mesmo período, realizou-se trabalhos de campo por distritos dos municípios de Miraíma, Sobral, Irauçuba e Amontada, os quais integram a região do médio curso do rio. Nesses trabalhos de campo verificaram-se aspectos relativos às atividades econômicas, dinâmica espacial, recursos naturais e questões relativas às potencialidades, problemáticas e limitações dos sistemas ambientais e das questões locais, por meio de registros escritos e fotográficos e GPS. Como apoio, utilizou-se imagens Landsat 5 (resolução espacial de 30 metros) com as bandas 3 , 4 e 5 e Landsat 2 (resolução espacial de 80 metros) com a bandas 4 e 5 do ano de 2009 e 1981, que podem gerar uma certa imprecisão, porém, para as análises aqui pretendidas que visam o solo, a vegetação e os recursos hídricos, essa resolução proporcionou uma análise adequada. Posteriormente, foram confeccionados os

Recursos Hídricos COGERH (2008) Visita a FUNCEME Geologia CPRM (2003) Visita a CPRM Geomorfologia EMBRAPA (2003) e INPE (2009) Site da EMBRAPA: http://www.relevobr.cnpm.embrapa.brdownload/ e Site do INPE: http://www. Dgi.inpe.br/cdsr Imagens Landsat 2 e Landsat 5 (1981 e 2009) INPE (2013). http://www. Dgi.inpe.br/cdsr

89 mapas temáticos do município e a redação dos primeiros textos que fazem parte da dissertação.

De acordo com Rocha (2008), a construção do projeto lógico, a partir do modelo conceitual dos temas, especifica planos de informação (layers) individuais, para cada tema cartográfico, associados às tabelas de atributos básicos, feições geométricas e simbologia. A partir da escolha dos temas, define-se que tipo de feição (pontual, linear, poligonal) será a mais adequada para a representação de cada tema, sempre em formato shapefile.

Dessa forma, os mapas foram elaborados a partir das análises nas escalas de 1:100.000 e 1:50.000 e representados na escala de 1:250.000, devido a adequação para o tamanho da área a dimensão do papel A3 (29,7cm x 42,0 cm) para a impressão. O recorte espacial utilizado foi proposto pelo IBGE 2010 para a delimitação dos municípios cearenses. Já as convenções cartográficas contidas nos mapas foram embasadas no Manual Técnico de Convenções Cartográficas – Catálogo de Símbolos, elaborado pelo Ministério de Defesa/Exército Brasileiro de 2000.

Para calcular e dividir o médio curso da bacia do rio Aracatiaçu em setores, utilizou-se o softwareArcGis 10.– aplicatico ArcMap, pelo comando “Open Attribute Table” – “Calculate Geometry” – “Area” – “km sq”.

Para a confecção do mapa de geologia foi utilizada a base cartográfica da CPRM (2003) com escala de 1:100.000. Inicialmente, utilizou-se a ferramenta “Clip” do ArcMap 10 para recortar a geologia presente nos limites do médio curso, posteriormente, com a ferramenta “Simbology”, foram atribuídas cores diferentes aos tipos de geologia.

Nos mapas de hipsometria e declividade foram utilizadas imagens SRTM (EMBRAPA, 2001), a folha SRTM SA-24-Y-D que possuem informações referentes à altitude. Dessa forma, foram geradas as curvas de nível utilizando a ferramenta “Create

Contours”, e com a ferramenta “Clip” foram recortadas às curvas de nível dentro do limite do

médio curso da bacia. Seguindo os trabalhos, utilizou-se a ferramenta “Create TIN” para elaborar a hipsometria da área, permitindo com o auxílio da ferramenta “Simbology” gerar o mapa de declividade.

Para a produção dos mapas que envolviam o médio curso nas análises, utilizaram- se as bases cartográficas de recursos hídricos da COGERH (2008), limites municipais IBGE (2010) e a delimitação das bacias hidrográficas do estado do Ceará SIRH (2008), sendo que para gerar o shape do médio curso da bacia, realizou-se um “Clip” do shape da bacia do rio

90 Aracatiaçu, elencando como critério a hipsometria, disposição dos divisores e espacialização dos cursos d’águas para delimitar a região que seria o médio curso.

Na representação de solos foi utilizado o mapa exploratório-reconhecimento dos solos do Estado do Ceará, elaborado por Jacomine (1973), com escala de 1:600.000. Na produção desse mapa, utilizou-se primeiramente a ferramenta “Clip” para recortar as classes predominantes de solos existentes na região do médio curso e com a ferramenta “Simbology” foram atribuídas cores diferentes aos tipos de solos, obedecendo às normas técnicas e convenções.

O mapa das unidades geomorfológicas foram elaborados a partir da utilização das imagens SRTM e Landsat 2 banda 4 e 5 e Landsat 5 banda 3, 4 e 5, foram escolhidas classes de altitude para a delimitação das unidades: planície fluvial, depressão sertaneja e maciços residuais, e atribuídas cores diferenciadas para cada unidade.

Para a elaboração de mapas com imagens Landsat 2 e 5, foi necessário o georreferenciamento com a ferramenta “Georeferencing” e depois da ferramenta “Composit

Bands”, realizando a composição das bandas 4 e 5 (Landsat 2) e 3, 4 e 5 (Landsat 5), nessa ordem, cuja o objetivo era de realçar a vegetação, o solo exposto, os corpos d’água e as áreas de agropecuária a para compor os mapas e observar a dinâmica dessas atividades no médio curso.