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Capítulo 5: Metodologia

5.5 Fase 3: Validação, teste e divulgação dos percursos

A terceira fase consiste no tratamento da informação dos percursos já definidos, de modo a disponibilizá-los aos visitantes da Região de Aveiro. Para isso, estes serão validados pelos municípios, testados no terreno e divulgados na página oficial do turismo da Região de Aveiro.

Atualmente está a decorrer a validação dos percursos por parte dos municípios. É importante garantir que estes vão ao encontro das suas pretensões. Ao mesmo tempo, é necessário que, como referido anteriormente, nos percursos sejam corrigidos possíveis erros não identificados através da informação geográfica utilizada, nomeadamente, saber se os percursos seguem o sentido correto das vias. Outro dos objetivos deste processo é obter um tempo aproximado de visita a cada um dos pontos de interesse em destaque e a sua respetiva hiperligação para a página ´www.riadeaveiro.pt`, onde serão divulgados os percursos. Além disso, são esperadas também possíveis recomendações que valorizem o percurso ou facilitem a missão dos turistas cicláveis. Neste momento, já foram obtidas respostas concretas de três municípios (Estarreja, Ílhavo e Sever do Vouga). Além destes, municípios como Aveiro, Ovar ou Vagos já deram algumas respostas, mas faltam ainda esclarecer algumas questões. Entre as respostas obtidas, destaca-se a necessidade de alterar o trajeto dos percursos em alguns locais, por este seguir o sentido contrário da via, como acontece no núcleo urbano de Estarreja; incluir novas atrações, como o novo Museu Municipal de Sever do Vouga; e, ainda neste concelho, a adição de uma via que irá reduzir a distância e a dificuldade dos percursos. Existem também recomendações de estradas a evitar, como é exemplo a Estrada Nacional 109, algo referido tanto por Vagos como por Ílhavo, devido ao volume e à velocidade dos veículos motorizados que lá circulam diariamente.

A tarefa seguinte será o teste dos percursos no terreno. Os objetivos passam por conseguir perceber se a informação sobre o trajeto que será disponibilizada aos visitantes está correta e também proceder a eventuais melhorias dos percursos. Outro aspeto que pode ser

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alterado como resultado desta fase de testes é o tempo necessário para completar os percursos, até agora calculado por uma velocidade média de circulação de 15 km/h, ou eventualmente a distância entre os pontos de interesse principais de cada percurso. Nesse sentido, procurou-se a colaboração de indivíduos com experiência na utilização da bicicleta. Foi contactada a Ciclaveiro, uma associação aveirense que visa a promoção da utilização da bicicleta, mas a sua colaboração ainda não foi conseguida.

Por fim, a divulgação dos percursos será feita na página de turismo da CIRA (www.riadeaveiro.pt). A informação que deverá constar na divulgação dos percursos é a seguinte:

 Identificação e mapa do percurso;

 Descrição do percurso, com informações sobre a sua categoria (curto, médio ou longo), a distância e o tempo necessário à sua realização, e referência à gastronomia dos concelhos por onde passa o percurso;

 Hiperligação para a descrição dos pontos de interesse destacados na mesma página e referência a os outros pontos de interesse existentes ao longo do percurso;

 Direções a seguir no trajeto (geradas pelo ArcGIS, mas que precisam de ser corrigidas);  Ficheiro kml e gpx do percurso (possivelmente criados pelo ArcGIS);

 Outras informações úteis: recomendações de segurança, tipo de bicicleta adequado, locais de aluguer de bicicleta ou postos de informação turística.

5.6 Síntese conclusiva

A revisão de literatura efetuada foi fundamental para perceber questões relacionadas com o turismo ciclável, como a segmentação dos percursos, os fatores que influenciam a utilização da bicicleta e a informação que deve ser disponibilizada aos turistas cicláveis. Foi também importante perceber a aplicação dos SIG neste tipo de turismo, para o desenvolvimento da metodologia, nomeadamente na Fase 2. Relativamente à Região de Aveiro, era fundamental compreender as suas principais características, quais os principais recursos turísticos e qual a estratégia pensada para a região, de modo a conseguir compatibilizar os percursos nessa estratégia.

No que concerne à Fase 1 do projeto, deve ser realçada a maior concentração dos pontos de interesse na faixa oeste da região, o que, juntamente com a maior densidade de rede viária, resultou numa maior concentração de percursos nessa área. Ainda nesta fase, destacam-se as

reuniões com os municípios, que serviram para discutir os pontos de interesse a incluir em cada percurso, conseguir atualizar a rede viária, e visitar o território dos concelhos da região.

Na segunda fase deste projeto deve ser salientada a inexistência de informação geográfica que pudesse representar características como a qualidade do pavimento, a largura da berma ou o sentido das vias. É importante referir que, em alguns casos, a informação utilizada não era a ideal para representar essa variável, algo também influenciado pelas adaptações que foram, forçosamente, efetuadas. No que diz respeito ao declive, é necessário ter em atenção que não há distinção ao longo do percurso sobre o facto de este seguir numa via em sentido ascendente ou descendente. Finalizada esta segunda fase, foi possível concluir uma melhor aptidão para a utilização da bicicleta nos concelhos mais próximos do litoral, algo expresso pelos mapas representativos do índice calculado para cada percurso.

No final, foram definidos 20 percursos, dez longos, seis médios e quatro curtos, e a informação sobre cada um deles foi enviada para os municípios para que se proceda à sua validação. A informação enviada corresponde a um ficheiro kml do trajeto e uma tabela contendo os pontos os pontos de interesse presentes ao longo de cada um dos percursos. Neste momento, aguarda-se a validação dos percursos para se avançar para o teste dos percursos e, posteriormente, para a sua divulgação. Além disso, esta validação e teste poderá permitir ainda o ajustamento de tempo necessário para completar o percurso, uma vez que este foi calculado para todos a uma velocidade média de deslocação de 15km/h. Posteriormente, a sua disponibilização na página “www.riadeaveiro.pt” deve conter informações como:

Identificação e mapa do percurso;

Descrição do percurso, com informações como a sua categoria (curto, médio ou longo), a distância, o tempo necessário à sua realização e referência sobre a gastronomia dos concelhos presentes no percurso;

Hiperligação para a descrição dos pontos de interesse destacados, que o turista ciclável vai visitar, e referência para os outros pontos de interesse existentes ao longo do percurso;

Direções a seguir no trajeto (geradas pelo ArcGIS, mas que precisam de ser corrigidas); Ficheiro KML e GPX do percurso;

Outras informações úteis: recomendações de segurança, tipo de bicicleta adequado, locais de aluguer de bicicleta ou postos de informação turística.

Capítulo 6: Percursos cicláveis na Região de