• Nenhum resultado encontrado

Equação 2: Avaliação Global – MCDA-C

4 ESTUDO DE CASO: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA

4.2.2 Modelo para avaliar portfólio final de publicação (artigo):

4.2.2.1 Fases de Estruturação do Contexto Decisório

Nesta fase, verificam-se os componentes necessários para a estru- turação do contexto decisório: Atores, Rótulo e Sumário. Os atores são os participantes no processo:

(i) Decisor: editor científico, representando a comissão edito-

rial; Interveniente: avaliadores ad hoc;

(ii) Interveniente: Comunidade Científica;

(iii) Facilitador: o autor deste trabalho;

(iv) Agidos: comunidade científica.

Após a identificação dos atores constrói-se o rótulo e o sumário do problema. O rótulo é Construção de um modelo para avaliar e sele- cionar os artigos pré-aprovados pelos avaliadores, a compor o portfólio (conteúdo) da edição da RCC. Para Ensslin, Ensslin (2010) O sumário é uma descrição do contexto decisório e divide-se em (i) problema; (ii) justificativa; (iii) Objetivo do trabalho; (iv) proposição de solução; (v) produto final do trabalho.

i) O problema: Pelo o fato que a Revista Contemporânea de Con-

tabilidade – RCC possui classificação B3 no extrato CAPES, e necessite de um instrumento que auxilie a melhoria de sua clas- sificação e que, ao mesmo tempo, contemple a especificidade e a cultura da RCC;

ii) Julistificativa: a insuficiência de um processo que facilite a sele-

ção do portfólio de publicação de forma consistente e transpa- rente, o pouco tempo para análise e a não existência de um pro- cesso estruturado para a seleção do portfólio de artigos dificul- tam o trabalho do editor ao escolher o portfólio de publicação. O presente modelo se justifica pela contribuição teórica e práti- ca. Teórica por contribuir com os trabalhos Berger (2006) , Sz- klo (2006), Lee et al (2006), Davidoff (2004), Jefferson, Wager, Davidoff, (2002), Hoppin (2002) que tratam sobre avaliação da publicação científica . Prática por propor um processo para ava- liar e selecionar os artigos, pré-aprovados pelos avaliadores e

que comporão o portfólio (conteúdo de publicação) da edição da RCC reduzindo possíveis vieses no processo de avaliação; iii) Objetivos do trabalho: Construir modelo de avaliação do de-

sempenho que permita explicitar, organizar, mensurar e integrar os elementos necessários e suficientes para selecionar os arti- gos que comporão o portfólio de publicação (conteúdo a ser disseminado), segundo a percepção do editor-chefe;

iv) Proposição de solução: A aplicação do instrumento de inter-

venção: Metodologia MCDA-C, que permita identificar, orga- nizar, mensurar e integrar os aspectos relevantes sobre avalia- ção de artigos científicos;

v) Produto final do trabalho: Explicitar a performance atual dos

aspectos críticos relacionados ao conteúdo de publicação em termos de sua mensuração e integração segundo a percepção do editor científico. O conhecimento construído permitirá ao edi- tor-chefe a identificação de oportunidades para melhorar a per-

formance atual do periódico estudado, relacionado ao conteúdo

publicado.

Após a contextualização do problema, neste momento, passa-se à segunda etapa da Fase de Estruturação: construção da Árvore Hierárqui- ca de Valor. Para a construção da árvore de valor, identificaram-se as 72 preocupações (Elementos Primários de Avaliação:EPAs) do editor, rela- cionadas ao processo para avaliar e selecionar os artigos a compor o volume da revista RCC, por meio da técnica Brainstorming (Tempesta- de de Idéias). Logo após, foi realizado um agrupamento do EPAs em duas grandes áreas de preocupações: composição e estrutura, conforme o demonstrado na Figura 3. Na área Composição, agruparam-se os E- PAs relacionados aos pesquisadores e autores envolvidos na confecção do artigo científico. Já na área Estrutura concentraram-se os EPAs refe- rentes à construção e contribuição do artigo científico produzido.

Estrutura

Contribuição Referências Clareza Composição Avaliação do Portfólio de Artigos Científicos Pesquisadores envolvidos Evolução da pesqusia Compro- metimento Artigos internacionais 9 1,2,3,11 4,5,6,8,10,12, 13, 14,27,30, 44,5,63 64 15,16,17, 18, 28, 29, 31, 32,33, 34,35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42,43,46, 47, 50, 51, 52, 53, 54,60,61, 65,66,67,68, 69 22, 23, 24, 49, 56, 57, 58 ,59, 62 55, 1, 2, 3 , 72

Figura 6: Árvore Hierárquica de Valor até os pontos de vistas funda- mentais

Fonte: Dados da pesquisa.

Após a elaboração da estrutura, o próximo passo consiste na construção dos descritores. A partir dos conceitos organizados, passa-se à construção dos mapas de relação meio e fim. O mapa permite a análise profunda dos conceitos por meio de ramos e linhas de argumentação elaboradas sob a percepção do decisor: Editor científico. Na figura 7 é possível visualizar o mapa do Ponto vista Elementar Assunto – Estrutu- ra.

92. Aperfeiçoa r uso de instrum entos... Apena s a presenta r os instrum entos e

a s form a s que estã o sendo utiliza dos 90. I dentif ica r o uso do

novo (instrum ento é o novo)... Utiliza r a pena s

f erra menta s m uito dif undida s e com uso já

conhecido

93. Identif ica r outra s a plica ções de a lgo já consa gra do... Lim ita r a a pena s revisa r litera tura sobre form a s de a plica çã o dos instrum entos

consolida dos

91. Identif ica r form a s inédita s de uso de instrum ento conhecido

(cria r novo uso)... Utiliza r ferra m enta s já utiliza da s sem dem onstra r nova s f orm a s de

utilizá -la 96. Forma liza teoria de

instrum ento prá tico a inda nã o publica do .. Apena s utiliza r

instrum entos que já sã o consolida dos 94. Propor instrum ento a té

entã o nã o conhecido.. Apena s utiliza r instrum entos que já sã o

consolida dos

95. Aperfeiçoa instrumentos .. Apena s

utiliza r instrum entos que já sã o consolida dos

97. Form a liza teoria de instrum ento prá tico a inda pouco publica do .. Apena s utiliza r instrum entos que já

sã o consolida dos

89. Contido no conteúdo da s disciplina da Pós

Gra dua çã o e da gra dua çã o da Contábeis

UFSC... Conteúdo Aborda a conta bilida de

com o pa no de f undo Alinha m ento de a ssunto com o perfil da RCC 6. Aborda r tem a de a rtigo de a cordo com a linha de pesquisa dos docentes... Dispensa r da á rea de interesse 107 Ter pa rticipa çã o de a utores novos... Nã o ha ver renova çã o de a utores 105. Apresenta r a ssunto nã o coberto no volum e em a ná lise ... Ter todos

os a rtigos contem pla ndo o m esm os a ssunto no volum e em a ná lise 106. Apresenta r a tua liza çã o de tem a s... Aprova r a rtigos que o a ssunto já coberto no volum e a nterior 5. Apresenta r m a ior densida de nos a rtigos redigidos pelos docentes... Pouca robustez no conteúdo Possuir a rtigos que contribua m pa ra á rea contá bil ... Deixa r de ser reconhecida

Assunto

Possuir a rtigos com a ssuntos que despertem interesse no publico a lvo ... Deixa r de ser reconhecida

Portifólio de Artigos

Possuir portfólio o de a rtigos que contribua m pa ra á rea contá bil ... Deixa r de ser reconhecida

Ineditism o Opera ciona liza çã o

Alinha m ento

Autores Volum e em

a ná lise

Volum e em a nterior

Figura 7: Mapa relação meio-fim com ramos e Clustersidentificados – Assunto/Portfólio de pesquisa Fonte: Dados da Pesquisa

Para construção do mapa de relação meio-fim utilizou-se a técni- ca Brainstorming (Tempestade de Idéias) com o intuito de identificar a lógica de decomposição entre os conceitos em Ponto de vista Funda- mental, Ponto de vista elementar e sub-ponto de vista elementar. Para Ensslin, Montibeller e Noronha (2001) “a lógica da decomposição, em que um critério mais complexo é decomposto em subcritérios de mais fácil mensuração”. A decomposição pode ser visualizada na figura 180 – Árvore hierárquica de valor. Diante do apresentado, cada área de preo- cupação foi decomposta em PVFs. Os PVFs foram decompostos em Pontos de Vista Elementares (PVEs). Não permitindo a mensuração os PVEs foram subdividos em SubPVEs (sub-pontos de vista elementares). Para exemplificar, será apresentada a construção do indicador por meio do Ineditismo, vinculado ao SubPVE “Inovação”; que por sua vez está vinculado ao PVE “Assunto”; que por sua vez está vinculado Ao PVF “Contribuição”; vinculado a Área Estrutura (primeira coluna do quadro 29).

Para cada SubPVEs foi construído um descritor e posteriormente, esse descritor, com a incorporação de informações preferenciais do deci- sor foi transformado em uma escala cardinal (função de valor) .

O Quadro 26 apresenta o descritor do critério “Ineditismo”, vin- culado à “Inovação”; que por sua vez está vinculado ao “Assunto”; que por sua vez está vinculado à “Contribuição”; vinculado à Área Estrutura (primeira coluna do Quadro 28).

Níveis de

Impacto Níveis de Referência Descrição

N5 Propõe instrumento até então não conhecido

N4 BOM Aperfeiçoa instrumentos já utilizados

N3 Formaliza teoria de instrumento prático ainda não publicado

N2 NEUTRO Formaliza teoria de instrumentos práticos pouco publicados

N1 Sem inovação

Descritor: 14 - Assunto - Inovação - Ineditismo

Quadro 26: Descritor do critério – Ineditismo Fonte: Dados da Pesquisa.

No Quadro 3, o nível “N2” representa a situação considerada ain- da aceitável pelo editor, embora não plenamente satisfatória. Caso o desempenho do artigo em análise impacte no nível “N5”, sua perfor-