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é o fator a ser aplicado de acordo com o tipo e intensidade da iluminação existente no sinal;

h é a altura do sinal

São estabelecidas faixas de alturas de instalação tanto para sinalizações colocadas acima de portas (entre 2,00 e 2,50 m) como para as sinalizações colocadas em paredes (entre 1,70 e 2,00 m), além da recomendação de que as mesmas sejam instaladas, sempre que possível, na mesma altura. A norma britânica não apresenta uma categoria chamada de “sinalização complementar”, logo, toda sinalização utilizada é tida como obrigatória.

Estudos desenvolvidos na Universidade de Greenwich – Londres, Inglaterra – (GALEA et al., 2007, 2011; XIE, 2011), questionam a validade da consideração do campo de visão de uma sinalização a partir de um raio fixo, padrão seguido pelas normas brasileiras51, por exemplo. A lógica por trás da distância de visualização baseada em um raio fixo é relacionada com testes de acuidade visual padrão feitos na população a partir de um ângulo perpendicular em direção ao sinal, ou seja, o sinal é visto sempre de frente. Isto desconsidera que os ocupantes podem se aproximar da sinalização a partir de diversos ângulos e que esta angulação variada influencia na capacidade do indivíduo ler e interpretar a sinalização (GALEA et al., 2007). Esta questão vem sendo ignorada por diversas normas que tratam do assunto.

51 Embora não de maneira direta, este padrão de entendimento pode ser subentendido considerando a maneira que

A partir de uma demonstração teórica – modelo matemático – e empírica – testes com usuários – chegou-se a uma nova proposta de área de visualização da sinalização diferente da adotada pela própria norma britânica, até sua última revisão (XIE, 2011), e por normas de outros países. A demonstração teórica partiu da consideração de que a partir do ângulo perpendicular em relação ao sinal e da distância máxima de visualização era possível definir um ângulo mínimo de visualização formado pelo observador e as extremidades da sinalização. Todas as distâncias seguintes deveriam possuir esse ângulo ou uma angulação maior.

Este problema originou uma formulação matemática que, resolvida, resultou em uma área de visualização que mantém a angulação mínima desejada. Esta área se assemelha a um círculo que tangencia a sinalização e se apresenta com diâmetro igual à distância máxima de visualização para o observador que se encontra perpendicular ao sinal (ver Figura 16). Esta formulação procurou criar uma restrição que, em teoria, impede a visualização correta da sinalização, no caso, a redução além do ângulo mínimo proposto (GALEA et al., 2007).

Figura 16 – Área de visualização do sinal segundo experimento teórico

Fonte: Galea et al, 2007, p. 45.

A demonstração empírica foi realizada com 48 voluntários convidados a avaliar o entendimento de três sinais de emergência em função da variação do ângulo de observação. Os voluntários foram locados em um corredor com 39,00m provido de iluminação artificial. Dada a natureza do corredor, os pesquisadores optaram por variar a angulação da placa em relação ao observador como maneira de verificar a influência da angulação relativa (ver Figura 17). Ao não conseguir discernir pelo menos metade da sinalização, medida esta que os pesquisadores consideraram como mínima para que o usuário perceba a sinalização, o voluntário era convidado a se aproximar da sinalização até realizar a leitura de maneira satisfatória. As distâncias máximas de visualização para cada ângulo então eram registradas.

Figura 17 – Esquema ilustrativo da validação empírica

Fonte: Galea et al, 2007, p. 50.

A validação destas proposições (teórica e empírica) pode ser percebida ao comparar os resultados dos dois modelos estudados, quando é possível notar a semelhança das distâncias máximas de visualização em função do ângulo de observação, conforme Figura 18. O modelo teórico acabou sendo confirmado pelo modelo empírico.

Figura 18 – Comparação entre as distâncias de visualização no modelo teórico e empírico

Fonte: Xie, 2011, p. 99. Tradução nossa.

O modelo final considera uma redução na capacidade de perceber e realizar a leitura de acordo com a variação do ângulo entre o usuário e a sinalização. Observando a distância de visualização da sinalização a partir de um ângulo perpendicular52, a área de abrangência visual da sinalização, neste novo modelo se apresenta de maneira semelhante a um círculo com diâmetro igual à distância máxima de visualização considerada para o ângulo perpendicular. Esta maneira de entender a distância de visualização foi adotada pela BS 5499-4. Na Figura 19

52 A distância perpendicular é definida a partir de testes de acuidade visual feitos na população, nos quais foram

é apresentada a área de visualização da sinalização de acordo com esta norma. Os diferentes círculos representam áreas de visualização de sinais com tamanhos diferentes. A norma também considera que a possibilidade de visualização e interpretação da sinalização pode variar de acordo com a diferença de altura entre o observador (nível dos olhos) e a sinalização.

Figura 19 – Área de visualização da sinalização conforme a altura da placa

Fonte: British Standard Institution, 2013, p. 40. Tradução nossa.

Estas considerações resultam em diferenças razoáveis na área de visualização da sinalização em relação às normas brasileiras. Tomando como base uma sinalização que pode ser vista a uma distância de 15,00m, a área de visualização é de 353,42m² para as normas brasileiras e 176,71m² para a norma britânica. Além desta diferença do tamanho da área de cobertura, a forma da área de abrangência (semicírculo versus círculo) pode gerar áreas de sombras visuais53 consideráveis no projeto de sinalização. O problema das diferenças de área

de visualização é mais latente em espaço abertos, uma vez que edificações mais compartimentadas ou com obstáculos visuais, naturalmente bloqueiam parte da área de visualização da sinalização.

3.4 B

UILDING

C

ODE OF

A

USTRALIA

(BCA)

E

AS/NZS

2293-2005