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2 REVISÃO DA LITERATURA

2.8 Logística Reversa

2.8.4 Fatores que influenciam na cadeia de distribuição reversa

autorizados ou não autorizados, com destino final para o rerrefino e outros fins.

No Brasil, a participação dos rerrefinadores é maior na cadeia reversa, imposto pela resolução CONAMA 362/05, onde termina o retorno de 30% do volume de óleo comercializado no país, sendo assim, o consumidor, coletor e o rerrefinador têm responsabilidades legais sobre a gestão deste resíduo. Diferente de outros países, não há subsídios para tais atividades, e também exigências do consumo de óleo rerrefinado.

Os processos de logística reversa, embora sejam dotados de algumas técnicas que viabilizam o seu desempenho, tais como sistemas de informações, sofrem influências que impede o desempenho da atuação dos atores da cadeia produtiva.

2.8.4 Fatores que influenciam na cadeia de distribuição reversa

Daher et al. (2003) afirma que “O conhecimento de toda a cadeia onde insere a empresa e a participação ativa e consciente de todos os integrantes tornam-se pontos críticos para total desenvolvimento da Logística Reversa”. O autor afirma que sem o sistema o todo pode ser afetado. O grande problema da logística em sua forma reversa é a dificuldade de gerenciamento da operação. Esta dificuldade se dá basicamente pela imprevisibilidade das tendências, das necessidades e dos anseios do início da cadeia reversa, que são os consumidores.

Conforme Lacerda (2002), os principais fatores críticos no processo de logística reversa são: bons controles de entrada, processos mapeados e formalizados, ciclo de tempo reduzido, sistema de informação acurada, rede de logística planejada, relações colaborativas entre clientes e fornecedores.

No controle de entrada e saída, importante a codificação do material, bem como a qualidade deste material, para que possa ter o maior aproveitamento em seu destino final (reciclagem ou reaproveitamento).

Rogers and Tibben-Lembke (1999) demonstram que uma das dificuldades da gestão do retorno é a diferença nos objetivos dos fabricantes e varejistas. A distância entre eles em muitos aspectos pode se tornar um abismo; sempre quando retorna um item, pode haver uma discordância entre o varejista e o fabricante em

diversos procedimentos (condição do item, valor do item, oportunidade de resposta). Em se tratando do OLUC, uns dos exemplos é a presença de água na sua composição podendo dificultar o seu reaproveitamento para o rerrefino.

Muitas empresas, não conseguem enxergar a dimensão do processo de logística reversa, favorecendo uma visão simplista do processo. É importante conhecer a cadeia produtiva, e seus participantes, caracterizando os elos de entrada, transformação e saídas. Na cadeia de retorno do OLUC, as entradas são definidas pelos fornecedores de óleo lubrificante, passando por estabelecimentos de troca de óleo, e na seqüência a destinação do resíduo que na maioria dos casos, vai para o rerrefino.

Essa dimensão de estágio associa-se ao ciclo de vida do produto, que de forma sistêmica deve ser entendido e monitorado.

O ciclo de vida do produto é definido: introdução, crescimento, maturidade e declínio, neste caso, gerenciar o declínio exige o conhecimento da natureza do produto, para onde irão retornar, quais são os atores envolvidos no retorno. Serrato; Sarah; Juan (2003) conceituam que uma das dificuldades mais importantes para a empresa, ao analisar o ciclo de vida de seus produtos, é admitir que o produto chegou ao final de seu ciclo. No entanto, se esse desafio é enfrentado de forma adequada, a análise do ciclo de vida do produto pode se tornar peça fundamental para gestão adequada do sistema de logística reversa.

O óleo lubrificante tem um ciclo de vida, que começa em sua extração mineral, segue para sua utilização nas atividades de lubrificação, transforma-se em resíduo quando perde suas propriedades físico-químicas, que garante sua principal função de proteção das atividades de transportes. O ciclo não termina na etapa de coleta, e sim, o ciclo é fechado quando é reaproveitado através do processo de rerrefino, voltando ao mercado com característica de qualidade ideal para uso.

Administrar todo este contexto requer uma apuração dos dados, além do retorno do material, o envolvimento das pessoas para o gerenciamento da logística reversa, é importante para o sucesso do retorno. A informação deve ser retornada de forma clara, e que seja apoio aos administradores.

Define a importância da informação que permitem dados essenciais para o processo de retorno de produtos, além da adoção de tecnologias da informação para administrar toda rede de cadeia reversa, por seu nível de complexidade.

A implementação de um processo logístico reverso requer uma infra-estrutura logística adequada (FLEISCHMANN, 2001) para lidar com os fluxos de entrada dos materiais reutilizados.

Prover de infra-estrutura básica para armazenagem e meios de controles, interligarem de forma eficiente a origem dos materiais (pontos de coleta) até o destino final (pontos de consumo), requer melhorias, layout, locais de armazenagem dos resíduos, facilitando as atividades de movimentação. Instalações de armazenagem e sistemas de controle devem ser desenvolvidos para integrar de for- ma eficiente os pontos de coleta (clientes) até o ponto de consumo (empresa).

O OLUC, devido o seu grau de contaminação, requer especificações adequadas de infra-estrutura logística para seu gerenciamento, conforme resolução CONAMA 362/05. O desenvolvimento das atividades de logística reversa não deve ser feito de forma isolada, a participação do cliente/fornecedor é relevante no desenvolvimento das melhorias de desempenho logístico, agrega valor à cadeia de participação, pois todos os integrantes se envolvem, a fim de administrar o retorno dos bens e serviços.

A necessidade de estabelecer parâmetros para desenvolver os fatores que mensurarão a eficácia do desenvolvimento da logística reversa torna essencial para evolução das melhorias. É necessário trabalhar esses fatores críticos em toda a cadeia reversa.

Um dos principais fatores críticos da cadeia reversa do óleo lubrificante é o processo de armazenagem, proteção e expedição do resíduo, devido o grau de risco oferecido pela saúde humana, se descartado indevidamente no meio ambiente. Nos postos de combustíveis, onde o maior volume do OLUC é gerado, obrigatoriamente devem ser cumpridos os requisitos normativos, conforme resolução da PNRS, CONAMA 362/05 e 273/00 necessários para realização das atividades de