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Ficha Nº 1

Local Arqueossítio da Rua D. Hugo, Nº 5

Cronologia Época Proto-Histórica, Romana e Medieval

Descrição

Compreende três fases de ocupação, patentes nas cerca de vinte camadas estratigráficas preservadas, desde o Bronze Final até à atualidade, entre as quais se destaca, o único tramo preservado da cerca medieval primitiva. Na fachada setentrional, podemos observar o muro de uma casa medieval e, a nordeste, uma chaminé em tijolo, que seria parte integrante de uma pequena unidade industrial. Um olhar mais atento, permite identificar a fachada de uma casa do século XIV, que se desenvolvia em direção ao atual Largo da Vandoma, onde podemos observar dois elementos arquitectónicos marcantes: a janela e porta ogivais. Da ocupação romana, podemos observar um muro, que surge no alinhamento da muralha medieval; e, da castreja, os vestígios de uma casa rectangular de cantos arredondados, típica dos castros romanizados e, ainda, uma estrutura habitacional de planta arredondada, caracterizante da época proto-histórica.

Espólio

Uma mó manual, vasos cerâmicos estampados, fragmentos cerâmicos de verniz negro, um anforisco em pasta vítrea e cerâmicas do Bronze Final. O espólio encontrado é representativo das vivências dos povos que habitaram o Morro da Sé. Podemos apreciá-lo nas vitrinas existentes no local.

Importância dos Achados

O projeto desenvolvido neste local permitiu identificar três fases de ocupação relacionáveis com a evolução do aglomerado – a nível urbanístico e habitacional -, na época proto-histórica, no período da romanização e na época medieval. Preserva a mais longa sequência de ocupação humana documentada, até então, no Porto.

Informação Complementar

A visita ao arqueossítio pressupõe uma marcação prévia na Casa Museu Guerra Junqueiro e não apresenta qualquer tipo de custo.

Ficha Nº 2

Local Casa Museu Guerra Junqueiro

Cronologia Época Romana, Medieval, Moderna e Contemporânea

Descrição

De arquitetura tipicamente nasoniana, a sua construção deveu-se a um cónego da Sé do Porto, o Doutor Domingos Barbosa, tendo sido, posteriormente, no ano de 1940, adquirido pela filha do poeta Guerra Junqueiro. A primeira intervenção arqueológica teve lugar na década de 90 e foram identificados vestígios no pátio privado da casa, que vão, desde a época castreja ao século XV. Entre os elementos arqueológicos que caraterizam este local, destacam-se a porta ogival, situada numa cota superior à do terreiro, e a necrópole descoberta, composta por dezenas de sepulturas medievais, atribuíveis aos século XII/XV e, por conseguinte, ao ritual cristão, visto estarem orientadas a nascente. Surgiram, também, estruturas romanas e de uma casa, que se encontra enterrada no jardim.

Espólio

Fragmentos pré-romanos de cossoiros para fiação, cerâmicas decoradas, louça de barro e elementos em sílex lascado, que constituem alguns dos vestígios mais antigos encontrados no Morro da Sé. O espólio recolhido nas intervenções, encontra-se depositado na Casa-Museu Guerra Junqueiro e Gabinete de Arqueologia Urbana da Câmara Municipal do Porto.

Importância dos Achados

A intervenção arqueológica desenvolvida na Casa Museu Guerra Junqueiro, denuncia uma sobreposição de espaços cronologicamente distintos, patente na apropriação do espaço público.

Informação Complementar

Visitar o museu sediado neste imóvel, onde estão patentes coleções com peças dos séculos XV ao XVIII, entre as quais mobiliário, pratas, tecidos, tapeçarias, vidros e cristais, armas antigas, entre outros; e, ainda, peças cerâmicas, de fabrico nacional e internacional, numa cronologia que vai, desde o século XI ao século XIX. Horário: segunda-feira a sábado, das 10:00 às 17:30 e Domingo das 10:00 às 12h30 e das 14:00 às 17:30. Encerra aos feriados.

Ficha Nº 3

Local Sé Catedral do Porto

Cronologia Época Medieval

Descrição

A Sé do Porto representa um dos monumentos mais emblemáticos da nossa cidade, tendo sido alvo de uma longa campanha de escavações arqueológicas. Em 2003, deu-se início aos trabalhos, com incidência na área inerente ao pátio da sacristia pequena, que colocaram a descoberto parte da necrópole medieval – séculos XIII/XIV -, assim como vestígios precedentes à Sé românica, ao qual se seguiu o estudo antropológico dos esqueletos exumados. O estudo deste cemitério permitiu identificar três modelos de organização do espaço funerário: o primeiro, de construção anterior ao edifício atual, constituído por um cemitério de grande extensão localizado no exterior e envolvência da Sé; o segundo, por sua vez, é representativo das práticas de enterramento caracterizantes de finais da Idade Média até ao século XVII, ou seja, no interior da igreja; e, finalmente, o terceiro espaço, que rompe de forma abrupta com os anteriores, pelo facto de ser uniforme e se encontrar ordenado e circunscrito a duas áreas bem definidas, neste caso as naves da igreja e o pátio do claustro.

Espólio

Entre os diferentes tipos de sepultura, foram identificados conjuntos de sepulturas de lajes escavadas na rocha, sepulturas de contorno ovalado não antropomórficas e, um outro conjunto, de sepulturas antropomórficas, às quais estavam associadas algumas moedas da época de D. Dinis e D. Afonso V. Importância dos

Achados

Estamos perante um local onde é perceptível a evolução dos rituais de enterramento, que acabaria por conduzir à expulsão dos mortos dos interior da igreja, a partir do século XIX.

Informação Complementar

Integrada na Rota das Catedrais, a visita à Igreja é gratuita e ao claustro, tem um custo de 3€. Horário de Verão, das 09:00 às 12:30 e das 14:30 às 19:00. Horário de Inverno, das 09:00 às 12:30 e das 14:30 às 18:00. Encerra no Natal e na Páscoa.

Ficha Nº 4

Local Casa da Câmara

Cronologia Época Medieval e Moderna

Descrição

Domus Municipalis, também designada como “Paço do Concelho”, “Paço da Rolação” ou “Sobrado da Relação”, a sua construção foi decidida no ano de 1350, tendo sido implantada junto a uma das portas da cerca – o Arco da Sapataria, mais tarde denominado como Arco de São Sebastião. As escavações na área exterior revelaram, a presença de um lajeado, que dava acesso à porta gótica situada a leste; um pequeno tanque, provavelmente ligado a uma unidade fabril do século XIX; e escassos vestígios da muralha românica, constituídos por duas pedras in situ.

Espólio

Entre o espólio exumado, identificaram-se cerâmicas tardo-medievais, a partir das quais foi possível estabelecer um paralelismo com achados feitos na região de Braga, assim como cadinhos de fundição e um núcleo de sílex, acompanhado de lascas do mesmo material, que poderão ter sido usados para armas de fogo.

Importância dos Achados

O edifício correspondente à primitiva Casa da Câmara, correspondeu, em tempos, à sede do poder municipal durante a Baixa Idade Média e Época Moderna.

Informação Complementar

Visita ao Posto de Turismo implantado neste edifício, onde é possível adquirir produtos turísticos, assim como material divulgativo, em vários idiomas. Horário: De Novembro a Maio, todos os dias das 09:00 às 19:00 e, de Junho a Outubro, todos os dias das 09:00 às 20:00.

Ficha Nº 5

Local Rua de S. Sebastião e Rua e Travessa da Penaventosa