• Nenhum resultado encontrado

Fim do contrato:

No documento DIREITO CIVIL PROF. PATRÍCIA STRAUSS (páginas 67-72)

SOBRE PAGAMENTO

Súmula 54 do STJ: “Os juros morátorios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual”

C) Fim do contrato:

Quando o contrato terminar, o prestador de serviços tem direito a exigir de quem o contratou a declaração de que o contrato está findo. Tem esse direito

também se for despedido sem justa causa ou se tiver algum outro motivo para deixar o trabalho.

Como acaba o contrato de prestação de serviços? 1 – Morte de qualquer das partes;

2 – Conclusão da obra; 3 – Término do prazo;

4 – Rescisão do contrato mediante aviso prévio; 5 – Inadimplemento de qualquer das partes;

6 – Impossibilidade da continuação do contrato, motivada por força maior. D) Impossibilidade de substituição das partes (prestador e contratante): Aquele que contratou os serviços não pode transferir a outra pessoa o direito aos serviços ajustados. O prestador de serviços também não pode trazer alguém em seu lugar para que cumpra com o seu dever, a menos que o contratante aceite.

15. EMPREITADA

As partes contratantes são: empreiteiro e dono da obra. Através de um contrato de empreitada, uma das partes – o empreiteiro – se compromete a executar determinada obra. Ele faz isso pessoalmente ou com auxílio de terceiros em troca de remuneração a ser paga pelo outro contratante – o dono da obra.

Importa dizer que não há relação de subordinação. O empreiteiro fará a obra de acordo com as instruções dadas pelo contratante.

15.1. Espécies de empreitada

A empreitada pode ser apenas de mão de obra, também chamada empreitada de lavor ou então de mão de obra e materiais, chamada empreitada global.

Se a empreitada for de mão de obra e materiais, os prejuízos são sofridos pelo empreiteiro. Contudo, se o contratante estiver em mora, todos os riscos correm por conta do contratante da empreitada.

15.2. Obrigações do empreiteiro

A – Entregar a coisa no tempo e na forma ajustados;

B – Pagar os materiais que recebeu, se por imperícia ou negligência os inutilizar. Esse caso somente é aplicado na empreitada de mão de obra.

Observação: Caso o preço dos materiais empregados pelo empreiteiro tenha reduzido, o dono da obra pode pedir a diferença, desde que ocorra uma diminuição no preço do material ou da mão de obra superior a 1/10 do total (10%).

C – Responde o empreiteiro pela solidez do seu trabalho. É uma regra do Código Civil e está disposta no art. 618 do CC:

Art. 618: “Nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construções consideráveis, o empreiteiro de materiais e execução responderá durante o prazo irredutível de cinco anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim em razão dos materiais como do solo”.

15.3. Obrigações do dono da obra

A – Pagamento do preço; B – Receber a coisa.

E se injustificadamente se recusar? Caracteriza‑se a mora, ficando ele responsável por todos os efeitos dela decorrentes, inclusive perecimento por caso fortuito. O empreiteiro pode requerer o depósito judicial da coisa.

Muito importante!

O contrato de empreitada não se extingue pela morte de qualquer das partes. Salvo na hipótese da obrigação, com relação ao empreiteiro, ser personalíssima (em caso de

EM RESUMO...

* Para todos verem: esquema abaixo.

Prestação de serviços Empreitada

Objeto é apenas atividade do prestador. A remuneração é proporcional ao tempo de trabalho.

Objeto NÃO é atividade, mas a obra em si. A remuneração permanece inalterada, qualquer que seja o tempo de trabalho.

A execução do serviço é dirigida e fiscalizada por quem contratou o prestador de serviço. Há subordinação

A direção compete ao próprio empreiteiro. Não há subordinação.

Patrão assume os riscos do negócio. Empreiteiro é quem assume os riscos do empreendimento

* Para todos verem: esquema abaixo. Empreitada mão de obra Empreitada mão de obra E MATERIAIS Se a coisa perece antes da

entrega, quem sofre o prejuízo pelo seu perecimento é o dono da obra, já que os riscos correm por conta dele – art. 612 do Código Civil.

Se a coisa parecer antes da entrega, quem sofre prejuízo pelo seu perecimento é o empreiteiro. Todos os riscos correrão para o empreiteiro até a entrega da obra.

Isso ocorre se o dono da obra não estiver em mora de receber. Se estiver em mora, todos os riscos correm por conta do dono da obra – art. 611 do Código Civil. Se a coisa perece antes da

entrega, sem mora do dono nem culpa do empreiteiro, o empreiteiro perderá a sua retribuição.

Não perderá a sua retribuição, no entanto, se provar que a

perda resultou de defeito dos materiais e que também tinha reclamado da qualidade e quantidade deles.

16. CONTRATO DE DEPÓSITO

As partes contratantes são depositante e depositário. Sua principal finalidade é a guarda (e não uso) de coisa alheia.

Como regra é um contrato gratuito, a não ser que haja convenção em contrário ou resultante de atividade negocial ou se o depositário praticar isso por profissão.

IMPORTANTE: Se o depósito for oneroso e a retribuição do depositário não

constar de lei, nem resultar de ajuste, será determinada pelos usos do lugar, e, na falta destes, por arbitramento.

Há dois tipos de depósito: voluntário e necessário.

16.1. Voluntário: Artigos 627 a 646 do CC

É aquele livremente ajustado pelas partes. Por meio dele, o depositante confia ao depositário a guarda de uma coisa móvel. O depositário deve restituir a coisa, quando solicitado.

Como obrigações, o depositário deverá guardar a coisa, conservá‑la e restituí‑la, conforme artigo 629 do CC.

Já o depositante possui como obrigações: reembolsar as despesas feitas pelo depositário na guarda da coisa e de indenizá‑lo pelos prejuízos que do depósito advierem (se ocorrerem).

16.2. Necessário: Artigos 647 a 652 do CC

É aquele em que o depositante é forçado pelas circunstâncias a efetuar o depósito com pessoas desconhecidas. Há 2 espécies de depósitos necessários:

A – Depósito que se faz em desempenho de obrigação legal.

B – O que se efetua por ocasião de alguma calamidade como inundação, incêndio etc.

EM RESUMO...

No documento DIREITO CIVIL PROF. PATRÍCIA STRAUSS (páginas 67-72)

Documentos relacionados