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PT financiamento concedido a ambas as vertentes Deve ser reforçada a referência no texto às

salvaguardas do emprego e deve ser explicitamente mencionada a necessidade de os empregos e estágios respeitarem plenamente a legislação nacional aplicável, serem obrigatoriamente remunerados e serem da mais alta qualidade.

O relator considera também que para evitar abusos neste domínio é imperativo limitar o acesso ao voluntariado apenas às autoridades públicas ou às organizações participantes do setor sem fins lucrativos. Isto excluiria, por exemplo, a possibilidade – atualmente prevista no Serviço Voluntário Europeu – de as grandes empresas recrutarem voluntários financiados pela UE – o que não só se afigura contestável numa perspetiva ética e financeira mas também poderia ser transformado numa forma inaceitável de publicidade das sociedades. Além disso, o setor da solidariedade – dada a sua natureza transetorial e a sua importância socioeconómica – tem de ser tratado com especial atenção pelas entidades reguladoras, a fim de evitar eventuais efeitos negativos no mercado de trabalho.

Em vez disso, as empresas com fins lucrativos devem poder participar no Corpo Europeu de Solidariedade apenas na medida em que ofereçam aos jovens empregos ou estágios remunerados. Uma possível opção alternativa a esta abordagem, que ainda tem de ser explorada, poderia ser: caso as firmas ou as empresas sociais intervenientes pretendam envolver-se numa iniciativa do Corpo Europeu de Solidariedade, elas devem desenvolver parcerias ou financiar colocações em entidades sem fins lucrativos especializadas nos domínios de solidariedade pertinentes.

O Corpo Europeu de Solidariedade, com os ajustamentos propostos, proporcionará aos jovens europeus novas oportunidades para participarem em atividades de solidariedade e ganharem experiência significativa no terreno.

O relator gostaria de solicitar aos membros da comissão EMPL que concentrem o seu trabalho nas partes do texto que têm uma clara importância para as atividades desta comissão. Tal seria útil para facilitar a aprovação rápida da posição da comissão EMPL e seria um sinal de cooperação positiva e leal com a Comissão da Cultura e da Educação e o trabalho do seu relator.

ALTERAÇÕES

A Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais insta a Comissão da Cultura e da Educação, competente quanto à matéria de fundo, a ter em conta as seguintes alterações:

Alteração 1

Proposta de regulamento Considerando 1

PE610.547v02-00 96/256 RR\1147836PT.docx

PT

Texto da Comissão Alteração

(1) A União Europeia assenta na solidariedade entre os seus cidadãos e entre os seus Estados-Membros. Este valor comum norteia as suas ações e proporciona a necessária unidade para lidar com os desafios societais atuais e futuros, para cuja resolução os jovens europeus estejam dispostos a contribuir, expressando na prática a sua solidariedade.

(1) A União Europeia assenta na solidariedade entre os seus cidadãos e entre os seus Estados-Membros. Este valor comum norteia as suas ações e proporciona a necessária unidade para lidar com os desafios societais atuais e futuros, para cuja resolução os jovens europeus estejam dispostos a contribuir, expressando na prática a sua solidariedade. O princípio da

solidariedade assenta no artigo 2.º do Tratado da União Europeia e no preâmbulo da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia.

Alteração 2

Proposta de regulamento Considerando 2

Texto da Comissão Alteração

(2) O discurso sobre o Estado da União, de 14 de setembro de 201617, salientou a necessidade de investir nos jovens e anunciou a criação de um Corpo Europeu de Solidariedade, com vista à criação de oportunidades para que os jovens em toda a União Europeia possam dar um contributo significativo para a sociedade, ser solidários e desenvolver as suas competências, obtendo assim, não só alguma experiência laboral mas também uma experiência humana única.

(2) O discurso sobre o Estado da União, de 14 de setembro de 201617, salientou a necessidade de investir nos jovens e anunciou a criação de um Corpo Europeu de Solidariedade, com vista à criação de oportunidades para os jovens em toda a União Europeia e para lhes permitir dar um contributo significativo para a sociedade, ser solidários e

simultaneamente desenvolver as suas

competências informais e não formais, obtendo assim, não só alguma experiência

prática em atividades ao nível local mas

também uma experiência humana única.

__________________ __________________

Discurso sobre o Estado da União 2016: Por uma Europa Melhor: Uma Europa que Proteja, Defenda e Dê Maior Intervenção, IP/16/3042 (http://europa.eu/rapid/press- release_IP-16-3042_en.htm).

Discurso sobre o Estado da União 2016: Por uma Europa Melhor: Uma Europa que Proteja, Defenda e Dê Maior Intervenção, IP/16/3042 (http://europa.eu/rapid/press- release_IP-16-3042_en.htm).

RR\1147836PT.docx 97/256 PE610.547v02-00

PT

Alteração 3

Proposta de regulamento Considerando 2-A (novo)

Texto da Comissão Alteração

(2-A) A União Europeia e os

Estados-Membros devem, em princípio, comprometer-se a definir as condições gerais da participação no Corpo Europeu de Solidariedade, que deverão ser tão atrativas quanto possível.

Alteração 4

Proposta de regulamento Considerando 3

Texto da Comissão Alteração

(3) Na sua Comunicação intitulada «Corpo Europeu de Solidariedade», de 7 de dezembro de 201618, a Comissão sublinhou a necessidade de reforçar as bases para o trabalho de solidariedade em toda a Europa, a fim de proporcionar aos jovens mais e melhores oportunidades para atividades de solidariedade que abranjam uma vasta gama de domínios, e de apoiar os intervenientes nacionais e locais, nos seus esforços para fazer face aos diferentes desafios e crises. A Comunicação lançou uma primeira fase do Corpo Europeu de Solidariedade que mobilizou diferentes programas da União para oferecer

oportunidades de voluntariado, de estágio ou de emprego aos jovens em toda a UE. Estas atividades, lançadas antes ou depois da entrada em vigor do presente

regulamento, devem continuar a reger-se pelas regras e condições definidas pelos respetivos programas da União que as tenham financiado no âmbito da primeira fase do Corpo Europeu de Solidariedade.

(3) Na sua Comunicação intitulada «Corpo Europeu de Solidariedade», de 7 de dezembro de 201618, a Comissão sublinhou a necessidade de reforçar as bases para o trabalho de solidariedade em toda a Europa, a fim de proporcionar aos jovens mais e melhores oportunidades para atividades de solidariedade que abranjam uma vasta gama de domínios, e de apoiar os intervenientes nacionais, regionais e locais, de caráter governamental e não

governamental, nos seus esforços para

fazer face aos diferentes desafios e crises. A Comunicação lançou uma primeira fase do Corpo Europeu de Solidariedade que mobilizou diferentes programas da União para oferecer oportunidades de

voluntariado, de estágio ou de emprego aos jovens em toda a UE. Estas atividades, lançadas antes ou depois da entrada em vigor do presente regulamento, devem continuar a reger-se pelas regras e condições definidas pelos respetivos programas da União que as tenham financiado no âmbito da primeira fase do Corpo Europeu de Solidariedade.

PE610.547v02-00 98/256 RR\1147836PT.docx

PT

__________________ __________________

18 Comunicação da Comissão ao

Parlamento Europeu, ao Conselho, ao Comité Económico e Social Europeu e ao Comité das Regiões – Um Corpo Europeu de Solidariedade, COM(2016) 942 final de 7.12.2016.

18 Comunicação da Comissão ao

Parlamento Europeu, ao Conselho, ao Comité Económico e Social Europeu e ao Comité das Regiões – Um Corpo Europeu de Solidariedade, COM(2016) 942 final de 7.12.2016.

Alteração 5

Proposta de regulamento Considerando 4

Texto da Comissão Alteração

(4) Os jovens devem ter acesso

facilitado às oportunidades de participação em atividades de solidariedade, que lhes permitam manifestar o seu empenhamento em benefício das comunidades, ao mesmo

tempo que adquirem uma experiência útil

e, bem assim, conhecimentos e

competências para o seu desenvolvimento pessoal, educativo, social, cívico e

profissional, melhorando deste modo a sua

empregabilidade. Essas atividades

contribuirão também para a mobilidade dos jovens voluntários, estagiários e

trabalhadores.

(4) Os jovens devem ter acesso

facilitado às oportunidades de participação em atividades de solidariedade, que

tenham efeitos positivos para a sociedade, ao mesmo tempo que lhes permitam, em primeiro lugar, manifestar o seu

empenhamento em benefício das comunidades e paralelamente adquirir uma experiência útil e, bem assim,

conhecimentos e competências para o seu desenvolvimento pessoal, educativo, social, cívico e profissional, melhorando deste modo as suas competências e a sua

força profissional, que podem depois aplicar num contexto laboral. Essas

atividades contribuirão também para a mobilidade dos jovens voluntários, estagiários e trabalhadores.

Alteração 6

Proposta de regulamento Considerando 5

Texto da Comissão Alteração

(5) As atividades de solidariedade oferecidas aos jovens devem ser de

elevada qualidade, no sentido de que

(5) As atividades de solidariedade oferecidas aos jovens devem ajudar a atender a necessidades sociais não

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PT

devem atender a necessidades sociais não

satisfeitas, contribuir para o reforço das comunidades, oferecer aos jovens a oportunidade de adquirir valiosos conhecimentos e competências, ser

financeiramente acessíveis aos jovens, e

ser desenvolvidas em condições de segurança e higiene.

satisfeitas, contribuir para o reforço das comunidades e da cidadania e responder

às necessidades de desenvolvimento pessoal e profissional dos participantes. As atividades de solidariedade devem ser de elevada qualidade e efetivamente acessíveis a todos os jovens,

oferecendo-lhes a oportunidade de adquirir

valiosos conhecimentos e competências e

de ver os seus esforços reconhecidos, e devem ser desenvolvidas em condições de

segurança e higiene. Devem ser envidados

esforços específicos para assegurar a efetiva inclusão e acessibilidade das atividades de solidariedade propostas, nomeadamente em relação aos jovens com menos oportunidades, em particular, os jovens com deficiência. As atividades de solidariedade não devem, em caso algum, substituir as políticas de responsabilidade social das empresas, nem ter um impacto negativo nos empregos ou estágios existentes.

Alteração 7

Proposta de regulamento Considerando 6

Texto da Comissão Alteração

(6) O Corpo Europeu de Solidariedade proporcionará um ponto de acesso único às atividades de solidariedade em toda a União. Deverá ser assegurada a coerência e a complementaridade deste instrumento com as demais políticas e programas pertinentes da União. O Corpo Europeu de Solidariedade deverá tirar partido dos pontos fortes e sinergias dos programas existentes, nomeadamente o Serviço Voluntário Europeu. Deverá também complementar os esforços envidados pelos Estados-Membros para apoiar os jovens e

facilitar a sua transição da escola para o trabalho no âmbito da Garantia para a Juventude19, proporcionando-lhes

(6) O Corpo Europeu de Solidariedade proporcionará um ponto de acesso

principal às atividades de solidariedade realizadas por jovens em toda a União.

Deverá ser assegurada a coerência e a complementaridade deste instrumento com as demais políticas e programas pertinentes da União. O Corpo Europeu de

Solidariedade deverá tirar partido dos pontos fortes e sinergias dos programas existentes, nomeadamente o Serviço Voluntário Europeu, e não deve pôr em

causa o financiamento dos programas pertinentes que já existem no domínio da solidariedade. Deverá também

PE610.547v02-00 100/256 RR\1147836PT.docx

PT

oportunidades adicionais para se iniciarem no mercado de trabalho sob a forma de estágios ou empregos em domínios relacionados com a solidariedade, quer no seu Estado-Membro, quer além-fronteiras. Deverá também ser assegurada a

complementaridade com as atuais redes a nível da União pertinentes para as

atividades do Corpo Europeu de

Solidariedade, como sejam a rede europeia de serviços públicos de emprego, a

plataforma EURES e a rede Eurodesk. Além disso, importa assegurar, com base em boas práticas, se for caso disso, a complementaridade entre as iniciativas existentes pertinentes, em especial as iniciativas nacionais de solidariedade e de mobilidade para os jovens, e o Corpo Europeu de Solidariedade.

Estados-Membros para apoiar os jovens no

acesso a oportunidades de voluntariado e nas desenvolvidas para facilitar a sua transição da escola para o trabalho,

proporcionando-lhes oportunidades

adicionais para se iniciarem no mercado de trabalho sob a forma de estágios ou

empregos em domínios relacionados com a solidariedade, quer no seu Estado-Membro, quer além-fronteiras. Deverá também ser assegurada a complementaridade com as atuais redes a nível da União pertinentes para as atividades do Corpo Europeu de Solidariedade, como sejam a rede europeia de serviços públicos de emprego, a

plataforma EURES, a rede Eurodesk, o

Fórum Europeu da Juventude, o Centro Europeu de Voluntariado (CEV) e outras organizações pertinentes da sociedade civil, incluindo os parceiros sociais. Devem ser criadas parcerias com redes europeias especializadas em determinados problemas sociais urgentes aos quais os Estados-Membros não dão uma resposta suficiente, como a pobreza extrema, os sem-abrigo, a indigência nas

comunidades ciganas e a exclusão de requerentes de asilo. Além disso, importa

assegurar, com base em boas práticas, se for caso disso, a complementaridade entre as iniciativas existentes pertinentes, em especial as iniciativas nacionais de solidariedade e de mobilidade para os jovens, e o Corpo Europeu de

Solidariedade. __________________

Recomendação do Conselho, de 22 de abril de 2013, relativa ao estabelecimento de uma Garantia para a Juventude (2013/C 120/01).

Alteração 8

Proposta de regulamento Considerando 7

RR\1147836PT.docx 101/256 PE610.547v02-00

PT

Texto da Comissão Alteração

(7) A fim de maximizar o impacto do Corpo Europeu de Solidariedade, deverão ser adotadas disposições destinadas a permitir que outros programas da União, como o Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração, o programa Europa para os Cidadãos, o Fundo Europeu de

Desenvolvimento Regional e do Programa de Saúde, contribuam para os objetivos do Corpo Europeu de Solidariedade apoiando as atividades desenvolvidas no seu âmbito de aplicação. Esta contribuição deve ser financiada em conformidade com os atos de base respetivos dos programas em causa. Após terem obtido o selo de qualidade do Corpo Europeu de

Solidariedade, os beneficiários devem ter acesso ao Portal do Corpo Europeu de Solidariedade e beneficiar das medidas de qualidade e de apoio disponibilizadas de acordo com o tipo de atividade proposto.

(7) A fim de maximizar o impacto do Corpo Europeu de Solidariedade, deverão ser adotadas disposições destinadas a permitir que outros programas da União, como o Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração, o programa Europa para os Cidadãos, o Fundo Europeu de

Desenvolvimento Regional e do Programa de Saúde, contribuam para os objetivos do Corpo Europeu de Solidariedade apoiando as atividades desenvolvidas no seu âmbito de aplicação. Esta contribuição deve ser financiada em conformidade com os atos de base respetivos dos programas em causa. Após terem obtido o selo de qualidade do Corpo Europeu de Solidariedade, as organizações

participantes devem ter acesso ao Portal

do Corpo Europeu de Solidariedade e beneficiar das medidas de qualidade e de apoio disponibilizadas de acordo com o tipo de atividade proposto.

Alteração 9

Proposta de regulamento Considerando 8

Texto da Comissão Alteração

(8) O Corpo Europeu de Solidariedade deverá criar novas oportunidades para os jovens realizarem atividades de

voluntariado, estágios ou um emprego em domínios relacionados com a

solidariedade, bem como para conceberem e desenvolverem projetos de solidariedade por sua própria iniciativa. Essas

possibilidades deverão contribuir para o

seu desenvolvimento pessoal, educativo,

social, cívico e profissional. O Corpo Europeu de Solidariedade deverá também apoiar as atividades de ligação em rede dos seus participantes e organizações, bem

(8) O Corpo Europeu de Solidariedade deverá criar novas oportunidades para os jovens realizarem atividades de

voluntariado, estágios ou um emprego em domínios relacionados com a

solidariedade, bem como para conceberem e desenvolverem projetos de solidariedade por sua própria iniciativa. Essas

possibilidades deverão ajudar a atender a

necessidades sociais não satisfeitas e

contribuir para o reforço das comunidades

e contribuir para o desenvolvimento

pessoal, educativo, social, cívico e

PE610.547v02-00 102/256 RR\1147836PT.docx

PT

como as medidas que visem assegurar a qualidade das atividades apoiadas e melhorar a validação dos resultados de aprendizagem.

de Solidariedade deverá também apoiar as atividades de ligação em rede dos seus participantes e organizações, bem como as medidas que visem assegurar a qualidade das atividades apoiadas e melhorar a validação dos resultados de aprendizagem.

Deverá ainda contribuir para apoiar e reforçar as organizações existentes que executam ações de solidariedade.

Alteração 10

Proposta de regulamento Considerando 8-A (novo)

Texto da Comissão Alteração

(8-A) O Corpo Europeu de

Solidariedade deverá poder contribuir para acelerar e facilitar a inserção

profissional da juventude europeia, sendo considerado uma mais-valia para efeitos de CV.

Alteração 11

Proposta de regulamento Considerando 9

Texto da Comissão Alteração

(9) As atividades de voluntariado constituem uma experiência enriquecedora num contexto de aprendizagem não formal e informal, o que promove o

desenvolvimento pessoal, socioeducativo e profissional dos jovens, assim como uma cidadania ativa e a sua empregabilidade. As atividades de voluntariado não deverão

ter um impacto negativo nos empregos

remunerados, potenciais ou existentes, nem

substituir-se-lhes. A fim de assegurar a

continuidade das atividades de

voluntariado apoiadas a nível da União, as atividades de voluntariado desenvolvidas no âmbito do Serviço Voluntário Europeu

(9) As atividades de voluntariado constituem uma experiência enriquecedora num contexto de aprendizagem não formal e informal, o que promove o

desenvolvimento pessoal, socioeducativo e profissional dos jovens, assim como uma cidadania ativa e a sua empregabilidade.

No entanto, dada a natureza transetorial das atividades relacionadas com a solidariedade, os diferentes estatutos das entidades e organizações potencialmente envolvidas nestas atividades e a

importância socioeconómica do setor da solidariedade na UE, devem ser adotadas disposições no presente regulamento para

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PT