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3.2.1.2 Circunferência da cintura

3.2.3 Força/Resistência muscular de MMSS e MM

De acordo com algumas abordagens sobre força publicadas no ACSM (2000), os testes utilizados neste estudo como indicadores da força/resistência muscular são destinados à avaliação da resistência muscular localizada (RML). A RML foi escolhida em detrimento de outras manifestações de força por esta ser, a princípio, mais presente na rotina diária dos

indivíduos, em especial na faixa etária considerada. Assim, os testes selecionados para a avaliação da RML foram: Teste de flexão do cotovelo em 30 s (para MMSS) e Teste de levantar da cadeira em 30s (para MMII). Para a realização de ambos, foi utilizada uma cadeira com encosto reto e sem braços, de assento não acolchoado, com distância do chão ao assento de 43 cm.

Especificamente para medida em MMSS a padronização recomendada por Rikli e Jones (1999a) para população acima de 60 anos é estabelecida em libras, correspondendo em kilogramas a 2,27 kg para mulheres e 3,63 kg para homens. Nesse protocolo de avaliação para MMSS houve dificuldade em adotar essa padronização, por não haver halteres com essas características disponíveis comercialmente. Dessa forma, optou-se pela utilização de halteres de 2 kg para mulheres e 4 kg para homens, seguindo recomendações de Matsudo (2000). Foram utilizados também cronômetro manual da marca Sport Line® – model 222 para o controle do tempo de 30 s exigido pelo teste.

Para o teste de RML em MMSS (RMLMS), os voluntários permaneceram sentados na cadeira com as costas retas tocando o encosto e os pés apoiados no chão, tomando o cuidado de posicionar o lado dominante mais próximo à extremidade da cadeira. O movimento consistia na execução de rosca bíceps com supinação. A posição inicial compreende os braços estendidos ao longo do corpo e ao lado da cadeira, perpendicularmente ao chão, com o peso sendo segurado de lado com a mão fechada.

Ao comando verbal de iniciar dado pelo avaliador, o avaliado flexiona o cotovelo girando a palma da mão para cima (supinação). Orientou-se que todo ângulo de movimento fosse cumprido, assim como o retorno à posição inicial com o cotovelo completamente estendido. O avaliador mantinha-se ajoelhado próximo ao voluntário, tocando levemente a região biciptal do avaliado, visando a estabilidade da parte superior do braço durante o movimento e assegurar que a flexão fosse completa. Eventualmente era necessário que o avaliador precisasse tocar também no cotovelo do avaliado, para orientá-lo quanto à extensão total da articulação do cotovelo. Após uma rápida demonstração por um dos membros da equipe, o voluntário fazia uma tentativa de duas ou três repetições para verificação da maneira adequada para a realização do movimento. Depois dessas orientações, ao sinal do avaliador, o voluntário executava o máximo de repetições em 30 s. Foram contadas as repetições corretas e completas até o final dos 30 s. No caso do avaliado ter realizado mais da metade do movimento ao final dos

30 s, este também era contabilizado. A metodologia utilizada teve por base os trabalhos de Rikli e Jones (1999a), Matsudo (2000) e Morrow Jr. et al., 2000.

Em relação ao teste de RML em MMII (RMLMI), cada avaliado foi orientado a sentar-se no meio da cadeira, mantendo as costas retas e os pés apoiados no chão, sendo os braços posicionados em forma de “x”, apoiados na frente do tórax. Após a explicação verbal sobre a execução do teste e demonstração pelo avaliador, o voluntário era estimulado a fazer uma tentativa piloto a fim de observar-se a compreensão do teste.

Ao sinal do avaliador, o voluntário fazia o movimento de levantar e sentar na cadeira completamente durante 30 s, procurando alcançar o máximo de repetições nesse tempo. Só foram contados os movimentos completos durante o tempo previsto para o teste. Ao final dos 30 s, caso o avaliado estivesse com mais da metade do movimento realizado, este era também contado. Todas as ações para a realização desse teste tiveram como base metodológica as publicações de Rikli e Jones (1999a), Matsudo (2000) e Morrow Jr. et al., 2000.

3.2.4 Flexibilidade

Para coleta de dados da flexibilidade foi utilizado um colchonete para maior conforto dos voluntários e um banco de madeira de 53 cm, tendo uma régua com padronização métrica em centímetros afixada no mesmo. O ponto onde os avaliados apoiavam os pés corresponde à marca dos 23 cm. Eles sentavam-se no chão com as pernas estendidas e os pés encostados no banco, com afastamento proporcional à linha do quadril. Os braços ficavam estendidos à frente, tendo uma das mãos sobreposta à outra.

Os voluntários eram orientados a flexionar o tronco e progredir lentamente para a frente, deslizando as mãos sobre a fita métrica até atingir seu ponto individual máximo. O avaliador posicionava-se próximo ao voluntário avaliado e colocava uma das mãos sobre seus joelhos para que houvesse controle de que os voluntários não os flexionassem durante a execução do movimento. A medida era realizada durante a fase de expiração, no ponto máximo em que o avaliado pudesse sustentar a posição por pelo menos 2 s. Três tentativas eram realizadas, sendo considerado o melhor resultado obtido e o valor era anotado em centímetros.

A metodologia utilizada foi baseada em orientações publicadas por Mathews (1980), Pollock e Wilmore (1993), Rikli e Jones (1999a) e Matsudo (2000). A Figura 6 mostra um voluntário sendo avaliado no teste de sentar e alcançar.

Figura 6 - Teste de sentar e alcançar em um dos voluntários num parque da cidade.

Os dados relativos aos testes aplicados foram anotados pela equipe de auxiliares numa ficha individual de coleta de dados, na qual já estavam inseridos os valores referenciais para a faixa etária. A inclusão desses valores justifica-se por possibilitar maior facilidade de leitura e interpretação dos dados, tanto pelos voluntários participantes da pesquisa quanto pelos avaliadores (APÊNDICE G).