Formação continuada para servidores do setor de Pagamento

Um dos principais problemas apontados por atores escolares no rol das dificuldades inerentes ao trabalho com guias de ocorrências e QIs refere-se às constantes mudanças e às codificações, apontadas por alguns respondentes dos questionários de pesquisa como excessivas.

Se nas escolas o trabalho e as dúvidas dizem respeito apenas àquele universo, as dificuldades dos taxadores multiplicam-se algumas vezes, tendo em vista que atendem uma média de 10 escolas a cada taxação. Se à escola cabe informar, ao taxador cabe incluir no SISAP. Para tanto existe a necessidade de conhecer as telas e as rotinas necessárias à inclusão. Em algumas rotinas são necessário tantos comandos que é realmente preciso fazer a anotação do passo a passo para conseguir realizar a inclusão de uma informação no sistema. A título de ilustração citamos o exemplo da inclusão da estabilidade gestacional de servidoras designadas. Além de ocorrer a inclusão inicial da estabilidade quando a servidora descobre e comunica o estado gravídico à escola, e essa informa ao setor de pagamento para a inclusão, posteriormente, quando do nascimento da criança, faz- se necessário lançar a data do nascimento e alterar o código de designação da

servidora. A quantidade de detalhes é impressionante e se ao incluir uma data, o taxador usar a barra (/) em lugar de ponto (.) a inclusão não se completa.

O fato é que, ou por um excesso de preciosismo, como o exemplificado acima, ou pela complexidade e responsabilidade que envolvem o trabalho dos taxadores, bem como pela enorme quantidade de informações e mudanças a que esses servidores estão expostos, além da rotina que exige trabalhar contra o relógio durante todo o mês, faz-se extremamente necessária a formação continuada dos taxadores, coordenadores e da atendente do balcão a fim de que executem de forma tempestiva, eficaz e eficiente suas atividades.

A falta de tempo devido à demanda de trabalho, cada vez maior, que exige muito de todos os servidores do setor, impossibilitou a organização de treinamentos e estudo no setor de pagamento. Todavia, entre as impressões coletadas nas entrevistas aos servidores que atuam no pagamento percebe-se, mais que o interesse, o reconhecimento da necessidade de se realizarem momentos de formação, treinamento, estudo e troca de informações. A frequência ideal para a realização desses momentos de estudo deve ser mensal, no interstício entre as taxações.

3.1.5 Capacitação sobre ferramentas digitais de arquivo e exercício exploratório do Google Drive

Entre a SRE, e, especificamente o setor de pagamento e as escolas da circunscrição, conforme anteriormente exposto, existe um fluxo de informações grande e constante. Isso sem falarmos de outros atores e esferas que geram e enviam informações e orientações para escolas e para o setor de pagamento. Um dos desafios da sociedade da informação diz respeito à quantidade de informações a que estamos expostos. Por esse motivo torna-se necessário desenvolver estratégias para gerenciar todo o fluxo de informações recebidas, selecionando o que é indispensável do que é dispensável, separando documentos e orientações de acordo com tema, emissor, cronologia ou alguma outra forma que facilite a consulta, leitura, pesquisa em momentos de necessidade.

De acordo com a análise dos dados produzidos durante a pesquisa, constatou-se que 43% dos respondentes usam arquivo de papel e 57% arquivo de papel e digital. O percentual de servidores que utilizam apenas arquivo de papel é

bastante alto tendo em vista o volume de informações e orientações recebidas no decorrer de um ano letivo. Recuperar tais informações, no momento do uso, a partir de mecanismos de busca em ferramentas de arquivo digitais tem potencial para tornar o processo mais rápido e eficiente, demandando menos esforço e menor tempo.

Tendo em vista que a maioria das unidades escolares é equipada com computadores na área administrativa e a quase totalidade conta com algum serviço de internet torna-se indiscutível a pertinência da utilização de arquivos por meio de ferramentas digitais, sem desprezar a necessidade de se manter um arquivo de papel. Entretanto faz-se condição indispensável oferecer suporte para utilização das supracitadas ferramentas aos servidores que trabalham nas escolas e a seus gestores, com o intuito de capacitá-los para gerenciarem com segurança as informações, desenvolverem habilidades para a fazerem o arquivamento, a utilização e a recuperação de informações.

Na SRE Caratinga contamos com o Núcleo de Tecnologia Educacional – NTE – sendo possível estabelecer parcerias com a finalidade de capacitar e aprimorar os conhecimentos dos servidores escolares e principalmente da equipe gestora. Mais uma vez ressaltamos a necessidade de estabelecer critérios que garantam a participação prioritária dos servidores que lidam com a folha de pagamento das escolas da circunscrição.

3.1.6 Estudo sistematizado das resoluções e orientações, nas Escolas

Uma observação realizada pela coordenadora do setor de Pagamento levou a refletir a respeito da necessidade de orientar e estimular servidores que trabalham com a folha de pagamento das escolas da circunscrição ao estudo das resoluções e orientações enviadas às escolas cotidianamente.

A entrevistada 4 ressaltou que os servidores que estão há mais tempo no serviço com a folha têm maior facilidade em acompanhar as mudanças implementadas pela SEEMG, mas que também os servidores que possuem o hábito de ler atentamente as informações enviadas às escolas, independente de ter ou não muito tempo de experiência, apresentam menos dificuldades e erros, uma vez que conhecendo o teor das resoluções e orientações apresentam poucas dúvidas que podem esclarecidas por contatos rápidos, demandando menos tempo no caso de