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CAPÍTULO 4 – ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.2 PERCEPÇÃO DOS COORDENADORES SOBRE AS AÇÕES APLICADAS NAS

4.2.2 Formas de trabalho

Trataremos de uma análise a respeito das formas como são realizadas ações voltadas para a necessidade dos/as estudantes, tanto a individual quanto a colaborativa. Apesar de os entrevistados apontarem o trabalho individual como prática mais frequente, há casos complexos não tão rotineiros que permeiam estratégias de colaboração entre os coordenadores. Nesse contexto, foi possível perceber que cada coordenação tem um papel diferente dentro da organização, porém com funções essenciais que determinam a permanência e o desenvolvimento do/a estudante. Para compreender melhor o que é uma

equipe integrada ou que trabalha de forma colaborativa, Chiavenato (2017) compara a equipe a uma orquestra, que só se completa a partir da funcionalidade de cada instrumento que o músico maneja, conduzindo com uma perfeita harmonia por meio de uma melodia. Isso reforça que tudo depende do individual para transformar-se em ações coletivas. Nessa perspectiva, salienta-se a necessidade de equipes multidisciplinares constituídas por profissionais de áreas específicas e técnicas.

E, também, Chiavenato (2017) ressalta que o movimento contínuo de mudanças tem interferido em todas as dimensões, principalmente, no que diz respeito ao papel de cada profissional, trazendo certa insegurança no seu desempenho. É necessária uma constante atualização em todos os níveis; mas, particularmente, no que diz respeito às relações, aos comportamentos e ao direcionamento. Com isso, percebe-se que o papel de cada coordenação é bem específico, como relatam os entrevistados.

(...) sempre que possível a gente trabalha em conjunto com as demais coordenações, afim de que, de mostrar pro aluno uma unidade de procedimento, a gente, e as coordenações elas se comunicam, e a gente alinha procedimentos, divulgação de, de informações, prazos, então assim a gente tem um alinhamento para que o estudantes entenda que, que a instituição apesar de ter setores, setores fragmentados, ela funciona como uma só (...). (Entrevistado 1)

Para o Entrevistado 2, o trabalho é sempre de forma individual, como explica: “(...)

não temos a uma relação com as outras coordenações, tipo a gente não faz nenhuma ação junto com outra coordenação, atualmente é mais individual (...)”.

A ação conjunta com outras coordenações acontece de forma pontual, segundo os entrevistados 3 e 4. “(...) algumas reuniões, né que são realizadas quando nós precisamos

fazer oficinas, atividades, relatórios então os atendimentos onde nós podemos estar melhorando o nosso atendimento (...)” (Entrevistado 3). Já o Entrevistado 4 aponta a

necessidade de interação com outras coordenações quanto ao que diz respeito ao aprendizado do/a estudante: “(...) dificuldade de aprendizado que é uma interface com a

CDAE né, de atendimento estudantil que a questão de acompanhar os as dificuldades de deficiências da aprendizagem (...)”.

A integração com outros cursos é o ponto forte, segundo o Entrevistado 5, o que não deixa de ser uma ação conjunta envolvendo terceiros: “(...) até os alunos do Proeja elas

faziam as roupas é a gente tentava integrar muito a questão do curso Técnico em Vestuário do Design de Moda também neste projeto JECA FASHION (...)”.

Houve uma maior aproximação com algumas coordenações, como foi citado pelos entrevistados 6 e 7. Segundo o Entrevistado 6, tal aproximação apresentou duas situações bem distintas, para uma das coordenações a aproximação resultou na promoção do curso, enquanto, para a outra, não houve sucesso na execução do que foi discutido entre as partes. Para o entrevistado, é importante ressaltar a parceria entre a Coordenação Geral de Ensino (CGEN) e o Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especificas (NAPNE),

pois todos os membros da Coordenação de Assistência Estudantil e Inclusão Social (CDAE) compõem a comissão do NAPNE:

(...) houve uma aproximação muito grande (...) da Coordenação do Curso de Computação com a Coordenação Geral pra promover o curso então foi muito interessante, eu aprendi muito com esse diálogo e com as outras coordenações era um pouco mais difícil, com a do Proeja não, com a do Proeja também houve uma aproximação muito grande apesar da gente não conseguir executar muitas coisas porque dependia da deliberação em colegiado e em colegiado não saía - a gente não conseguia promover aquilo que nós tínhamos pensado por um motivo por outro por as áreas estar pensarem de forma diferentes por por N fatores - assim que impediram a realização ne, dessas dessas propostas, mas as demais coordenações foi não houve muita aproximação cada um trabalhava na sua caixinha. (Entrevistado 6).

(...) um dos programas de que são feitos em parceria com (...) a coordenação de ensino é o programa monitoria que que também a participação da CGEN é só no início do antes do lançamento do edital (...) um outro trabalho bastante significativo da organização é trabalhar em parceria com outras coordenações, uma delas é o Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Especificas o NAPNE, então praticamente todos os membros da CDAE fazem parte da comissão que compõe esse núcleo de acessibilidade, o NAPNE, então é um trabalho que a CDAE faz em parceria com o NAPNE dando uma assistência muito direta e muito constante ao NAPNE (...) nós temos por exemplo o trabalho de fazer orientações no campo da adaptação curricular, e aí a gente faz contato com as coordenações de curso, faz contato com a coordenação de ensino, então a CDAE nós diríamos que (...) ela está nessa fronteira com as demais coordenações. (Entrevistado 7)

A grande diversidade em relação à idade é o fator principal citado pelo Entrevistado 8 na participação de Programas e Projetos: “(...) olha o Proeja é ele tem participado, o Proeja

eu acho legal porque é um público bem diversificado como a gente falou, são alunos de dezoito anos até a terceira idade que eu digo de sessenta e poucos anos né nosso público alvo (...)”.

Em suma, dos sete coordenadores entrevistados, seis afirmaram que, para além do trabalho individual dentro de cada coordenação, há, também, o trabalho colaborativo com outras coordenações, entre eles: trabalhos de alinhamento de processos, reuniões, oficinas ou até mesmo outras atividades. Dessa forma, observa-se o crescimento contínuo das organizações que necessariamente dependem dos administradores para orientar de maneira mais adequada as funções e a divisão de tarefas devido à grande complexidade no processo educacional e à relevância estratégias para ações multidisciplinares.