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CAPÍTULO 4 – ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.2 PERCEPÇÃO DOS COORDENADORES SOBRE AS AÇÕES APLICADAS NAS

4.2.3 Pontos críticos

Acerca dos pontos críticos foram ressaltadas questões como falta de profissionais para compor uma equipe multidisciplinar especializada, entrosamento e motivação por parte dos professores e dificuldade na interação para elaboração e execução de ações colaborativas integradas.

Foi proposta uma formação especializada, com abordagem específica e sensibilização para os servidores que lidam diretamente com o público em geral, pois “(...)

falta na questão de capacitação, na questão do conhecimento, na equipe em relação ao tratamento com o público (...)” (Entrevistado 1). Assim,

(...) pra esse público em específico deveria ser montado uma abordagem específica. Então, isso, isso que a gente observa porque tem divulgação em rede social? Sim, mas pra esse público em específico que não tá tão antenado em rede social muitas vezes a ideia do EJA é uma inclusão social, o pessoal deixou de estudar muito tempo, pra eles retornarem, a abordagem nesse caso precisa ser revista. (Entrevistado 1)

Também houve preocupação com a compreensão integral das informações: “(...)

dificuldade de assimilação por parte dos estudantes” (Entrevistado 1).

O Entrevistado 2 relata que há uma deficiência de matérias para estudo: “temos

pouco multi meios – poucos periódicos em tão os livros quando chega os livros nos temos que colocar os dados deste no sistema para que posteriormente os alunos consigam recuperar as informação”. E, também, critica a atuação da coordenação: “falta divulgação,

acho que tínhamos que ser mais atuantes, na questão de divulgar a biblioteca para os alunos – acho que falta sim é isso, esse trabalho, que a gente faz atende a comunidade e a comunidade interna e externa” (Entrevistado 2).

O Entrevistado 3 também traz algumas ressalvas:

(...) precisamos melhorar em que, vou citar um exemplo pra você, a criação de mais projetos para que as pessoas possam estar participando, acho que são poucos profissionais, precisa incentivar mais a criação de novos cursos porque, para mostrar que esta área da oportunidade de pessoas que tem interesse em cursos seja divulgado é muito importante que o povo a população as cidades daqui do entorno próximo eles possam buscar essa oportunidade que aceite o convite para que possam participar efetivamente dos projetos, ao mesmo tempo dentro dos cursos, ne nos sentimos que têm muitas pessoas que são jovens ne neste grupo as vezes jovens misturados com adultos é um pouco diferenciado eles têm que ter esta interação dentro da sala de aula, pois esta interação é um pouco diferente porque cada um desses jovens e adultos, a questão da comunicação, alguns entende mais rápidos outros têm o aprendizado um pouco mais demorados, então tem esta particularidade de cada um.

Observou-se a carência de membros nas equipes, bem como a falta de comprometimento e companheirismo. Essa carência foi destacada por um dos coordenadores aliada à ausência de definição de procedimentos claros e de mecanismos de comunicação mais eficazes, apresentando como resultado final uma carga excessiva de trabalho irracional. Tal situação foi uma das observações do Entrevistado 6:

“(...) na hora da execução, não tinha equipe, não tinha como fazer tudo aquilo que a gente tava pensando sozinha, faltou equipe, faltou equipe, faltou corpo técnico e faltou, também apoio das coordenações de cursos (...)”. (Entrevistado 6)

E, ainda, foi destacada a inexistência de calendário com a disponibilização dos recursos financeiros destinados para a Assistência Estudantil: “(...) não tem data fixa pra ser

liberado, então ele é liberado, já já aconteceu meses de a gente liberar, de ser liberado por aluno dois meses antes, isso é uma falha da coordenação – não, é do repasse financeiro, pela Reitoria que tá demorando, o MEC libera” (Entrevistado 8).

A promoção da identidade do curso em busca de sua consolidação também foi citada: “(...) que o colegiado do Proeja não existe como identidade todo semestre existe uma

alternância de professores de docentes” (Entrevistado 5).

Foi apresentado um problema recorrente e o não reconhecimento por parte da Coordenação de Assistência Estudantil e Inclusão Social de sua integralidade, como afirma o Entrevistado 7.

(...) reconhecimento do papel que a CDAE desenvolve no âmbito da escola (...) é confundido como um um trabalho de secretariado para outras coordenações (...) e as vezes já houve momento da gente perceber uma certo um olhar certo de diminuição do nossos trabalho até porque a gente trabalha em várias frentes, a gente tem um olhar para a questão social do aluno, um olhar para a questão pedagógica, pra realidade familiar desse estudante tudo isso nos é é motivo da gente ter um atendimento sistemático, (...). ( Entrevistado 7)

Outro destaque apresentado foi a mediação de conflitos: “(...) quando uma

coordenação que tem como responsabilidade lidar com os conflitos, com certeza já vai ter (...) mais é uma questão de negociação é uma questão de ser objetivo também por que é - tem se um problema que precisa ser tratado (...)” (Entrevistado 4).

Observou-se que o trabalho colaborativo ou integrativo não é presente dentro das coordenações, dificultando o planeamento.

(...) era complicado trabalhar de forma integrada ne porque, muitas vezes o planejamento que que era feito apresentado éé, não havia um interesse de de executar aquele planejamento por um motivo por outro, então eu sentia uma dificuldade, foi a minha maior dificuldade talvez eu o ou motivo da minha saída da coordenação foi não consegui trabalhar de forma integrada (...). (Entrevistado 6).

No que se referem aos pontos críticos, os entrevistados acrescentam que, além das questões já citadas, ainda há problemas quanto à sensibilização dos profissionais para o atendimento específico do público, à assimilação pelo/a estudante das informações, ao planeamento como um todo, à presença constante de conflitos e à dificuldade do trabalho colaborativo integrado por parte de alguns funcionários. Percebe-se que a mensagem, necessariamente, precisa ser decodificada, como afirma Robbins (2002), e o planeamento tem de ser implementado para que objetivos, metas e resultados sejam alcançados, como afirma Sobral e Peci (2013).