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2.4 A REPRESENTAÇÃO PARTIDÁRIA E A ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DA

2.4.4 Funções Administrativas do Gabinete Parlamentar

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte é composta por 24 deputados estaduais, cada qual ocupando um gabinete, sendo este o ambiente que atende os cidadãos que buscam a atenção do parlamentar para os seus reclamos. É no gabinete15 parlamentar que se desenvolve todo o trabalho de articulação, pesquisa e elaboração das proposições apresentadas pelos Deputados no plenário.

No rol de atividades dos Deputados Estaduais, no que se refere à administração do gabinete parlamentar, compete a administração financeira cujos recursos são provenientes da verba de custeio da atividade parlamentar e podem ser utilizados para aquisição de materiais de

15Os Gabinetes Parlamentares serão integrados por um Grupo Específico de Apoio às Atividades de Representação Político-Parlamentar, competindo-lhes exercer atividades de natureza político-administrativa próprias, cuidando da organização dos trabalhos, do expediente, da participação nas Sessões ou Audiências internas ou públicas da Assembleia Legislativa e de suas Comissões, além de desenvolver outras tarefas que não exorbitem os limites de sua atividade (Lei Nº 10.261, de 27 de outubro de 2017. Art. 1º).

escritório e impressos, livros, divulgação de atividades do parlamentar, locação, despesas de ligações pelo uso de telefonia móvel, despesas efetuadas com expedição de cartas, telegramas, material gráfico, entre outros.

O processo de solicitação de ressarcimento se inicia a partir da comprovação, mediante documentos comprobatórios das despesas (nota fiscal e recibo). O Deputado ou responsável solicitará a indenização pelas despesas à Divisão do Núcleo de Fiscalização e Finanças. O ressarcimento será em nome do deputado ou servidor lotado no Gabinete (Ato da Mesa nº 1951/2016, art. 2º, incisos III, IV e XI; Regimento Interno da ALRN, Art. 3).

Figura 4 - Administração Financeira – Função administrativa

Fonte: Regimento Interno da ALRN, Art. 47 § 3º; Ato da Mesa nº 1951/2016 - adaptado pelo autor.

Como se vê na Figura 4, a verba de custeio da atividade parlamentar, identificada também como verba de ressarcimento, segue de forma permanente entre a compra de matérias; comprovação de gastos, que deve ser comprovada com nota fiscal e recibo; implantação no sistema informatizado da ALRN; solicitação de ressarcimento das despesas efetuadas por meio de requerimento padrão e o reembolso. Cabe destacar que todos os atos, de acordo com a norma, são de responsabilidade do Deputado Estadual (Lei do Estado do Rio Grande do Norte, Nº 9.485, de 31 de maio de 2011).

Com o objetivo de atender aos princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência16 (BRASIL, 1988), a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte disponibiliza, em seu sitio eletrônico17, todas as informações referentes às despesas realizadas pelos deputados estaduais e aos respectivos valores da verba de ressarcimento.

Concernente à produção legislativa, as 24 (vinte e quatro) unidades autônomas, denominadas Gabinetes Parlamentares, são independentes para a produção de proposituras ou

16 Constituição da República Federativa do Brasil, 1988, Art. 37. 17http://transparencia.al.rn.leg.br/transparencia/despesas.php.

mesmo pronunciamentos ou qualquer pesquisa que possa ser de interesse daquele deputado responsável pela unidade autônoma. Cabe ao parlamentar e à sua equipe a formulação de pronunciamentos ou proposituras, sendo o deputado aquele que definirá a prioridade ou não dos temas de pronunciamentos que serão levados para a tribuna, ou as matérias que se constituirão em proposituras e que serão encaminhadas para tramitação no Parlamento até a aprovação ou rejeição.

Tratando-se das proposituras, elas estão descritas no artigo 202 do Regimento Interno da ALRN, Resolução 46/90 (Consolidado por determinação da Resolução Nº 010/2003).

Art. 202 - Proposição é toda a matéria sujeita à deliberação da Assembleia. § 1º - As proposições podem consistir em proposta de emenda à Constituição, projeto de Lei, projeto de Decreto Legislativo, projeto de Resolução, emenda, subemenda, indicação, requerimento, recurso, parecer, relatório e proposta de fiscalização e controle. § 2º - O Presidente não fará tramitar a proposição que não esteja redigida com clareza, em termos explícitos e concisos, de forma a identificar a vontade legislativa ou a providência objetivada, ou a que contenha expressões ofensivas a quem quer que seja. § 3º - Autor da proposição é o Governador do Estado, o Tribunal de Justiça, o Tribunal de Contas, a Mesa ou Comissão da Assembleia, o Procurador-Geral de Justiça, o cidadão que primeiro assinar o projeto de iniciativa popular, ou o Deputado que a assinar em primeiro lugar, sendo de apoiamento as assinaturas que se seguirem, salvo se o Regimento exigir determinado número delas.

Dentro do rol das proposituras estão os requerimentos, elementos de estudo desta pesquisa. Orientador dos atos internos da Casa, Regimento Interno da ALRN, Resolução 46/90, Resolução 46/90 (consolidado por determinação da Resolução Nº 010/2003), versa, em seu Art. 16, que a todo deputado compete:

 I – oferecer proposições, discutir as matérias, votar e ser votado;

 II – encaminhar, através da Mesa, pedidos de informações a autoridades estaduais sobre fatos relativos ao serviço público ou úteis à elaboração legislativa, observados os artigos 211 a 216 deste Regimento;

 III – usar da palavra, nos termos regimentais;

 IV – integrar as Comissões e representações externas e desempenhar missão autorizada;

 V – examinar quaisquer documentos em tramitação ou existentes no arquivo, podendo deles tirar cópias ou obter certidões;

 VI – utilizar-se dos serviços da Assembleia, desde que para fins relacionados com suas funções;

 VII – receber em sua residência ou em seu gabinete o Diário Oficial do Estado e o Boletim Informativo da Assembleia, bem como, em Plenário, os avulsos de toda a matéria incluída na ordem do dia;

 VIII – promover, perante quaisquer autoridades, entidades ou órgãos da administração estadual ou municipal, direta ou indireta, os interesses públicos ou reivindicações coletivas de âmbito estadual ou das comunidades representadas;  IX – indicar à Mesa, para nomeação em Comissão, servidores de sua confiança, bem como requisitar servidores da Assembleia para a sua assessoria, nos termos da Lei ou Resolução, ficando os serviços dos mesmos sob sua inteira responsabilidade;

 X – realizar outros cometimentos inerentes ao exercício do mandato ou atender a obrigações Político-partidárias decorrentes da representação.

Como exposto, assegura o Regimento Interno a todo Deputado a competência de apresentar proposições; discutir as matérias; votar e ser votado; encaminhar, por meio da Mesa, pedidos de informações a autoridades estaduais sobre fatos relativos ao serviço público ou úteis à elaboração legislativa (Regimento Interno da ALRN, Art. 16, I, II).

Logo, fica demonstrado que o deputado estadual pode participar dos debates no plenário, colocar os assuntos em discussão, igualmente podendo sugerir emendas aos projetos apresentados, opinar e votar as matérias levadas para discussão, usar da palavra, nos termos regimentais, integrar as Comissões e representações externas e desempenhar missão autorizada (Regimento Interno da ALRN, Art. 16, III e IV).

Quanto aos requerimentos, o Regimento Interno, em seu capítulo IV, artigos 210 – 220, trata dos que estão sujeitos apenas a despacho do Presidente; requerimentos de informações e requerimentos sujeitos à deliberação do Plenário:

 Seção I - DOS REQUERIMENTOS SUJEITOS APENAS A DESPACHO DO

PRESIDENTE - Art. 210 - Serão verbais ou escritos, e imediatamente despachados pelo Presidente [...].

 Seção II - DO REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES - Art. 211 - Serão escritos e despachados no prazo de cinco (05) dias pelo Presidente, ouvida a Mesa, e publicados com a respectiva decisão no Boletim Oficial da Assembleia [...].

 Seção III - DOS REQUERIMENTOS SUJEITOS À DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO - Art. 217 - Independem de publicação, serão escritos e, depois lidos no expediente, submetidos ao Plenário na mesma sessão, dispensado anúncio prévio, os requerimentos nos quais se realiza solicitações [...].

Os requerimentos atendem aos atos ou efeito de pedir por meio de petição por escrito ou verbais. Se sugere que no requerimento18 conste o pedido ou informação sobre determinado problema ou assunto.

Compete, também, aos deputados estaduais, no âmbito do Estado do Rio Grande do Norte, a fiscalização contábil financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado e de todas as entidades da administração direta e indireta (RIO GRANDE DO NORTE, Constituição Estadual, Art. 52, 1989).

Atinente à competência fiscalizatória, de acordo com o artigo 16, do regimento interno da Assembleia, no âmbito interno, o deputado poderá examinar quaisquer documentos em

18 Disponível em: <http://www.interlegis.leg.br/produtos_servicos/informacao/biblioteca-virtual-do-programa-

tramitação ou existentes no arquivo da Assembleia Legislativa, podendo tirar cópias ou obter certidões (ALRN, 2003).

Quanto ao controle externo, cabe ao Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado:

O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, é exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado, ao qual compete:

I - apreciar as contas prestadas, anualmente, pelo Governador do Estado, mediante parecer prévio, a ser elaborado em sessenta (60) dias, a contar do seu recebimento; II - julgar as contas dos administradores dos três Poderes do Estado e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, inclusive das fundações, empresas públicas, autarquias e sociedades instituídas ou mantidas pelo Poder Público, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário;

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão e contratação de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, bem como as concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;

IV - realizar, por iniciativa própria, da Assembleia Legislativa, de Comissão técnica ou de inquérito, ou em razão de denúncia, inspeções e auditorias de natureza financeira, contábil, orçamentária, operacional e patrimonial nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário e demais entidades referidas no inciso II;

V - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pelo Estado a Município e a instituições públicas ou privadas;

VI - prestar as informações solicitadas pela Assembleia Legislativa sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

VII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelece, dentre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;

VIII - assinar prazo para que o órgão ou entidade fiscalizada adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;

IX - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Assembleia Legislativa;

X - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados, sugerindo, se for o caso, intervenção em Município (RIO GRANDE DO NORTE, Constituição Estadual, Art. 53, inc. I – X, 1989).

Para Moraes (2004), a Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo e, no processo de construção da agenda dos governos, diante do poder de representação exercido pelos deputados, é comum que os grupos organizados busquem no Parlamento apoio para inclusão de suas reivindicações na agenda do Poder Executivo. Os deputados, posicionados como defensores das reivindicações, solicitam ao governo, por meio de requerimento aprovado em plenário, a inclusão do serviço, programa ou ação, para o grupo ou mesmo município de interesse (Regimento Interno da ALRN, Art. 217).

Para Dias e Matos (2012, p.39), existe uma configuração da cena política:

Na cena política configurada pelo Estado e pelos órgãos de governo em todas as esferas de atuação existem indivíduos, grupos, organizações, movimentos, partidos

que influenciam as políticas públicas, quer seja no processo de construção, quer na sua implantação e nos desdobramentos.

Ou seja, quando os cidadãos ou instituições procuram os parlamentares para defenderem suas causas podem, sim, influenciar na inclusão de determinado pedido na pauta de prioridades do Poder Legislativo.

3 METODOLOGIA

A metodologia é parte fundamental na construção da dissertação, é neste capitulo onde se identifica o método utilizado para realização da pesquisa. De origem grega, a palavra método significa o conjunto de etapas e processos a serem vencidos ordenadamente na investigação dos fatos ou na procura da verdade (RUIZ, 2001, p. 137). Turato assevera que “[...] o método científico é o modo pelo qual os estudiosos constroem seus conhecimentos no campo da ciência, sendo compreensível que, na realidade, o método seja basicamente (filosoficamente) único para todos os saberes”. (TURATO, 2003, p. 149).

3.1 TIPO DE ESTUDO

Este estudo tem por objetivo compreender de que modo a produção legislativa dos gabinetes parlamentares da ALRN contribui para a formação da agenda governamental no Estado do Rio Grande do Norte.

A pesquisa proposta tem abordagem qualitativa, trata-se de um estudo de caso na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte por meio do modelo de Fluxos Múltiplos de Kingdon (2011) com os deputados estaduais que exercem a liderança de bloco ou partido, na impossibilidade, o vice-líder poderá participar, bem como seus respectivos chefes de gabinete.

Observando que toda pesquisa implica no levantamento de dados de variadas fontes, quaisquer que sejam os métodos ou técnicas empregadas (MARCONI; LAKATOS, 2010). Nos utilizamos ainda, de pesquisa documental (análise de documentos cedidos, legislação e publicações), através de dados públicos, para analisar a quantidade e tipos de proposições produzidas pelos deputados estaduais no ano de 2016.

O que nos incentiva a realizar este estudo é a necessidade de analisar a produção legislativa dos deputados estaduais em exercício e seus respectivos gabinetes, verificando de que forma identificam os fluxos de problemas, soluções, oportunidades de mudanças e influência política existentes na relação legislativo-executivo.

3.2 CAMPO DE PESQUISA

Por estarem diretamente ligados ao povo, optou-se pelos Gabinetes da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, tendo em vista que o gabinete é o ambiente que

acolhe o cidadão com suas demandas que serão apresentadas, através das proposições, a Casa Legislativa, cujo papel é atender e expressar as aspirações do povo.

Cabe ressaltar que o autor deste trabalho atua como servidor da Casa Legislativa Potiguar, o que proporcionou, diante das atividades laborais, a facilidade de acesso aos gabinetes da instituição, por conseguinte, a possiblidade maior de obtenção dos dados necessários para a conclusão desta pesquisa.

3.3 SUJEITOS DA PESQUISA

Considerando a importância do poder legislativo na construção da agenda governamental, a presente pesquisa foi realizada com os deputados estaduais que ocupam a função de líder ou vice-líder de bloco ou partido e seus respectivos chefes de gabinetes.

A escolha se deu motivada pela importância da posição estratégica dos sujeitos da pesquisa, uma vez que se apresentam como atores detentores de informações fundamentais para o desenvolvimento do estudo. No entanto, ressaltamos que todos os entrevistados permanecerão anônimos, em razão da assinatura de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e o Termo de Autorização para Gravação de Voz, formalizando a participação na pesquisa.

A Assembleia Legislativa do RN é composta por 24 Deputados que se agrupam em oito blocos parlamentares do seguinte modo:

1. Bloco Partido Social Democrático (PSD) - 4 Deputados: Líder (PSD); Vice-Líder (PSD); Deputado Membro 1 (PSD) e Deputado Membro 2 (PSD).

2. Bloco Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) - 3 Deputados: Líder (PMDB); Vice-Líder (PMDB) e Deputado Membro 1 (PMDB).

3. Bloco Partido Republicano da Ordem Social (PROS) e do Partido Democratas (DEM) – 4 Deputados: Líder (PROS); Vice-Líder (DEM); Deputado Membro 1 (PROS) e Deputado Membro 2 (DEM).

4. Bloco Partido Solidariedade, Partido da República e Partido Humanista da Solidariedade – 3 Deputados: Líder (Solidariedade); Vice-Líder (PR) e Deputado Membro 1 (PHS).

5. Bloco Partido Socialista Brasileiro (PSB) – 3 Deputados: Líder (PSB); Vice-Líder (PSB) e Deputado Membro 1 (PSB).

6. Bloco Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) – 5 Deputados: Líder (PSDB); Vice-Líder (PSDB); Deputado Membro 1 (PSDB); Deputado Membro 2 (PSDB) e Deputado Membro 3 (PSDB).

7. Bloco da Minoria – 1 Deputado: Líder (DEM).

8. Bloco da Liderança do Governo – 1 Deputado: Líder (PSD).

A escolha pelos líderes ou vice-líder de blocos e seus respectivos chefes de gabinete, configurando a princípio 16 sujeitos intencionados para pesquisa, foi motivada devido à importância da posição estratégica dos sujeitos de pesquisa, uma vez que, os deputados apresentam-se como elementos definidores da pauta de discussão do Parlamento, investidos de prerrogativas para dispensar exigências e formalidades regimentais para agilizar a tramitação das proposições, por isso, esses atores são detentores de informações fundamentais para o desenvolvimento do estudo. Outro aspecto para o número de sujeitos pretendidos é a representatividade de partidos políticos. Há também nesta escolha de sujeitos o entendimento que esse número foi suficiente para esgotamento das categorias analíticas. No entanto, ressaltamos que todos os entrevistados tiveram as informações cedidas em sigilo, sendo analisado apenas o conjunto dos dados.

Os entrevistados precisaram atender aos seguintes critérios de inclusão:

 Estar exercendo a função de Deputado Líder ou Vice-Líder de Bloco Político ou ser Chefe de Gabinete deste parlamentar na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.

 Aceitar participar da pesquisa e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e o Termo de Autorização para Gravação de Voz.

E serão considerados como critérios de exclusão:

 Não exercer atividade como Deputado Líder ou Vice-líder de Bloco Político ou não ser Chefe de Gabinete deste parlamentar na Assembleia Legislativa do RN.  Servidores que se recusarem a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e, quando a entrevista for gravada, o Termo de Autorização para Gravação de Voz.

Inicialmente estimamos um total de 16 participantes, no entanto, diante de diversas tentativas realizadas pelo pesquisador e seguidos adiamentos por parte dos participantes que concederiam as entrevistas, fechamos em um total de 11 entrevistados. Sendo: 4 (quatro) parlamentares Líderes, 1 (um) Vice-líder, que serão identificados na pesquisa com o código D mais um número aleatório, e 6 chefes de gabinetes, identificados com o código CG mais número aleatório.

3.4 COLETA DE DADOS

Nesta pesquisa, utilizou-se o modelo de “Múltiplos Fluxos” (Multiple Streams Model) de Kingdon para elaboração de roteiros da pesquisa semidirigidas, ordenadas por formulário específico. Os protocolos utilizados na pesquisa foram: Apêndice 1 – Termo De Consentimento, Apêndice 2 – Carta De Apresentação (Entrevistas), Apêndice 3 – Guia Orientador – Entrevistas – Deputado Estadual, Apêndice 3 - Guia Orientador – Chefe De Gabinete e, quando autorizada ou possível, entrevistas gravadas.

Para Manzini (2014), a entrevista semiestruturada está focada em determinado assunto sobre o qual confeccionamos um roteiro com perguntas principais, complementadas por outras questões intrínsecas às conjunturas da entrevista.

Assim sendo, a proposta de investigação utilizou-se de entrevistas, as quais se mostraram indispensáveis para uma análise sistemática e subjetiva do estudo, associadas às observações, às bibliografias pertinentes à gestão, autonomia e produção legislativa dos gabinetes parlamentares, utilizando-se também livros, artigos, dissertações e teses.

A coleta de dados aconteceu a partir da aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEP), da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A aprovação está registrada sob o número de CAAE: 79620517.9.0000.5568, conforme indica o Anexo 1. Termo de Autorização para Gravação de voz, conforme indica o anexo 2. A pesquisa foi autorizada pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, através da carta de anuência assinada pelo Presidente Deputado Ezequiel Ferreira, conforme Anexo 3. Carta de anuência assinada pelo Vice-Presidente Deputado Gustavo Carvalho, conforme Anexo 4. A coleta foi realizada por meio de entrevistas conduzidas por roteiros semiestruturados (apêndices 1 e 2) e as perguntas elaboradas a partir do modelo teórico de fluxo de problemas de Kingdon (2011). As entrevistas foram gravadas em áudio e posteriormente realizadas as transcrições e análises das respostas. Quando não foi

possível realizar a gravação por impedimentos diversos, os entrevistados responderam o formulário elaborado pelos pesquisadores.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevista semidirigida guiada por um roteiro com perguntas divididas em duas partes: uma primeira sobre o perfil do entrevistado (idade, escolaridade, cargo, se já havia ocupado outro cargo no serviço público, e tempo de instituição) e uma segunda com perguntas que tratam das circunstâncias de como os problemas públicos chegam até o parlamento, do fluxo de soluções para os problemas demandados da sociedade e do fluxo político existente na resolução desses problemas.

Assim sendo, de forma complementar à proposta de investigação, além das entrevistas, utilizou-se dados secundários das proposituras na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, indispensáveis para uma análise sistemática e subjetiva do estudo.

3.5 RISCOS E BENEFÍCIOS

3.5.1 Riscos da Pesquisa

A previsão de riscos foi mínima, poderia ter tido constrangimento por parte dos entrevistados no momento de responder a algumas das perguntas. O risco de constrangimento também poderia provir do entrevistado se sentir avaliado quanto ao seu trabalho. Entretanto, os participantes foram esclarecidos que esse não era o objetivo da pesquisa. Por tais motivos, fizemos a entrevista em local reservado, de preferência sem a presença de outras pessoas. Asseguramos que as informações seriam analisadas em conjunto e que não iríamos identificar os sujeitos participantes da pesquisa nem sua sigla partidária. Poderia, ainda, acontecer um desconforto referente ao tempo gasto em responder o questionário, cuja duração estimada era

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